quarta-feira, dezembro 20, 2006

Artigo de Opinião do Condómino Fura-Redes

BRONCA GATE

O Futebol Clube do Porto vive, presentemente, um dos momentos mais conturbados da sua história, como é do conhecimento de todos.

Mais uma vez ao Futebol Clube do Porto não basta ser mais forte nas quatro linhas, tendo, também, de superar os ataques de inúmeras linhas editados sob a capa de uma qualquer parol(in)a, figura feminina que rivaliza em protagonismo com a Virgem Maria neste Natal.
Na verdade, uma ex-rameira foi rapidamente santificada (como de resto já se esperava) a partir do momento em que criticou o inimigo público n.º 1 do País, o meu presidente Jorge Nuno Pinto da Costa.
A única razão pela qual ainda não foram postos à venda presépios em que parolina é a Virgem, é porque não decidiram se S. José será o Barbas ou o Orelhas (de qualquer modo no meu presépio Carol já tem lugar em substituição da Ametista).

Foi com agrado, satisfação, êxtase, libertação e enorme sede de vingança que o País acolheu essa obra de arte que veio agitar o mercado literário, através da última edição das cantigas de escárnio e maldizer, publicado sob o título de EU+CAROLINA+ por CAROLINA Salgado.
Do título, desde logo, se retira alguma necessidade narcisista de afirmação da personagem parolina, sendo certo que aquele título faz induzir a existência de outros eus daquela rameira.
Faria mais sentido que aquela publicação, atento o casal em causa e respectivo conteúdo, tivesse como título “O Marquês da SAD”ou “Eu, na faixa dos gases”.
Desde a publicação deste livro, Carol voltou a ter algo que a mesma teve sempre no passado, ou seja COBERTURA.
Depois da cobertura televisiva, há quem diga que os simpatizantes do clube com mais associados na lista de devedores ao Fisco estão dispostos a dar-lhe cobertura, ao que se sabe a senhora não se importa, ainda que sejam os 160.000.

Sempre a considerei, e o Presidente que me perdoe, olhando para ela e o que dela sabia, uma eslovaca qualquer mas nesse particular o que estava em causa era a vida privada do Presidente, pelo que nada havia a fazer.
Mas revertendo para o conjunto de linhas que a rameira expeliu e mais concretamente no que diz respeito ao estilo literário usado confesso que aprecio o mesmo, pois sempre que tenho necessidade de recorrer a uma casa de banho de um qualquer tasco ou de uma estação de serviço na auto-estrada perco algum tempo a ler as portas do WC, onde me deparo com este género de prosa.

Daquela escória fiquei surpreendido com a revelação de que o Presidente sofria de flatulência.
Segundo me foi garantido afecta uma grande parte da população.
Mais surpreendido fiquei com a solução de recurso para fazer face ao embaraço causado por tal problema.
Foi uma grande ajuda para a Tabaqueira!
Já estou a imaginar os próximos maços de tabaco a dizer de um dos seus lados “Fumar prejudica gravemente a saúde” e do outro “mas dá um jeitaço para abafar os gases”.
Se bem que isto levanta outro problema, pois até aqui podíamos escolher livremente entre um espaço para fumadores ou não fumadores sem que daí se extraísse outra conclusão, mas a partir de agora se formos para um espaço de fumadores e a nossa companhia estiver a fumar vão logo pensar que nós somos os gaseificados.

Seja como for, inicialmente pensei que a denunciada flatulência se ficasse a dever à existência de escutas sobre os visados, pois recordo-me de que, há uns tempos, houve um senhor de Ferro, que quando estava sob escuta, disse “estou-me CAGANDO para a justiça”.
Porém, depois de reflectir, concluí que poderia ser uma estratégia dos visados.
Senão vejamos, a flatulência pode revelar-se de capital importância na obliteração de uma escuta.

Exemplificando, imagine-se a seguinte conversação entre Pinto da Costa (P.C.) e Valentim Loureiro (V.L.):
“P.C. – Tou, maior, tudo bem?
V.L. – Sim e contigo?
P.C.- Também. Olha lá precisava que falasses com o PUUUUUU (corresponde ao ruído de um vulgarmente denominado peido) para ver se conseguia PUUUUUU, de modos que se conseguisses isso era bom.
V.L.- Da minha parte tudo bem. Mas quanto é que podes arranjar?
P.C.- É pá, eu agora só tenho disponíveis PUUUUUU e PUUUUUU. Desculpa lá, Tintim mas ontem fomos comer tripas e acabou-se o tabaco à Carol, de modos que guardei alguns para hoje.
V.L.- Tudo bem, sabes que eu lá na Guiné lidava com todo o tipo de explosivos.
P.C. – É pá, mas isto aqui tá pior que o balneário do Benfica no tempo do Gaspar Ramos……”
Ora, este estratagema descredibiliza qualquer escuta.

Aliás, foi por desconhecer este sistema que a Miss Picante (C.S.) se incompatibilizou com o Presidente.
Na verdade, na ocasião travou-se entre ambos esta - última - conversação:
“C.S. – Toueee, Môre!?
P.C. – Sim
C.S. – Môre?
P.C.- Sim. Quem fala?
C.S. – Môre? Tás-me a oubire?
P.C. – Ta? PUUUUUU ta?
C.S. – O queeeeeeeeee?
P.C. – PUUUUUUta?
C.S.- ó seu %&%=?»»$%#”#”#”.

E assim acabou tudo entre este casal.
Carol decidiu, então, falar dos PODRES do seu companheiro, e, vai daí, OBROU, publicando o resultado.

Considero a menção à mencionada flatulência do Presidente, existisse ela ou não, desnecessária e apenas com o fito de achincalhar este.
Face a tal propósito, e ao carácter vexatório que tal alusão encerra em si, não será de estranhar que tal afirmação seja, mais tarde, esgrimida em Tribunal.
Desconheço quais as regras a que um julgamento deste jaez terá de respeitar, mas de uma coisa não tenho dúvida, face aos comentários que já ouvi de pessoas do foro, que Carol para se safar, neste particular, terá de PROVAR o peido, doutro modo poderá a sua imagem sair BORRADA desta história.
Veremos, então, se Carol provará o peido.

Porque é que não surgem referências a este respeito no que concerne a Miccoli, ou será que ainda ninguém percebeu porque é que lhe chamam pequeno BOMBARDEIRO???!!!

Carol será, agora, tanto quanto se sabe, peça chave nesta nova vaga processual que se abaterá sobre o clube azul e branco no, ora, denominado “Pito Dourado”.
Todavia, por aquilo que me foi dito o seu contributo será pouco relevante, pois aquela não assistiu a nada, já que se manteve sempre de costas!!!
Mas, como se sabe, esta casta mulher não mente (quem se atreveria a duvidar da palavra de uma representante da mais antiga profissão do Mundo?), e como tal nem vale a pena avançar para julgamento: o presidente do Futebol Clube do Porto é culpado porque a ex-namorada diz que sim. Que razões teria ela para mentir? OK, além de ser uma forma de ganhar dinheiro fácil? Pronto, e além de ganhar um protagonismo e admiração do grande público como nunca teve? Sim, e além de ser uma forma de se vingar por uma relação que acabou mal para ela? A sério, tirando estes insignificantes motivos, ela não tem nada a ganhar com isto! É puro altruísmo, e, atrevo-me mesmo a dizer, amor à Pátria. Por isso só pode ser verdade!
O parlamento fará horas extraordinárias para aprovar antes do Natal uma lei que permita que a palavra de ex-prostitutas/alternadeiras/strippers seja aceite sempre como prova inequívoca de qualquer tipo de crime.

Por sua vez, Pinto da Costa prometeu também escrever uma novo livro em que revelará pormenores sórdidos de Madame Carol.
Depois de “Largos Dias têm cem anos”, o presidente voltará com “Largos ânus têm seus dias” em que Pinto da Costa conta que: a primeira vez que tiveram um jantar social e o Presidente lhe disse para ficar à vontade e ser igual a ela própria, Carol foi para cima da mesa onde estava a ser servido o jantar e começou a despir-se; e sempre que o casal ia passar o Reveillon a casa de um amigo e este abria a garrafa de champagne ao som da 1ª das doze badaladas, Carol dirigia-se para perto do anfitrião e acompanhava-o até ao quarto onde lhe fazia boas festas; e daquela vez em que foram ao “Feira Nova” e quando se aprestavam para pagar uma frigideira, cujo código não era reconhecido pelo máquina registadora daquela superfície comercial e a operadora de caixa chamou um funcionário da secção de Ménage, a Madame Carol, triste por ser reconhecida, armou uma enorme confusão, que só foi resolvida com a chegada do guarda Abel ou, ainda, o motivo pelo qual Carol não queria ir para Santiago de Compostela, pois quando viajava de carro começava sempre por Segóvia.

O certo é que com a publicação desta obra a SIC Comédia viu a sua área completamente preenchida, razão pela qual decidiu encerrar as suas emissões.
No entanto, há quem diga que esta publicação é mais um plano maquiavélico de Pinto da Costa, pois assim, evita que nesta quadra os simpatizantes do Benfica adquiram, ainda mais, Kits de sócio, com manifesto prejuízo para esta instituição (veja-se o reflexo na última assistência deste sábado no jogo da Luz, onde estavam os restantes 130.000 sócios????? Exacto, nas caixas da Fnac) ou, então, para rivalizar com o livro de Liedson (este resolve, Carol complica).

Depois dos donos da Bola, do caso Paula; de penhora de retretes e de outras perseguições, o Presidente e o clube vê-se em mais uma tremenda batalha e é minha convicção de que aquele continuará, como sempre, o seu Papado, com tranquilidade, ao passo que Madame Carol voltará a ser Papada.
Acontecesse com outras pessoas e já teríamos estações de televisões ou redacções de jornais a ser invadidos a fim de serem tiradas explicações, mas com o “Papa” todos gostam de bulir.
O que mais me preocupa é que, presentemente, o mundo da bola parecer que está nas mãos de duas mulheres (aonde é que já se viu o futebol dependendo de duas mulheres?????) que têm em comum ter gado na sua identificação (salGADO e morGADO).
Será que um livro de Catarina Tallon merecerá, também, igual atenção????
Ou quando as televisões difundem imagens de um dirigente desportivo ser agredido num aeroporto deste país serão tais actos merecedores de alguma investigação uma vez que dizem respeito ao fenómeno desportivo, ou teremos mais uma nova vertente da dicotomia Norte/Sul e uma vez que estes factos ocorreram a sul de Coimbra não merecem qualquer tratamento, sendo que se o tivessem sido no outro hemisfério as entidades policias e as altas hierarquias de Lisboa tratariam da sua investigação????
Não faltará muito para se associar o desaparecimento de prostitutas em Inglaterra ao caso da ex-alternadeira e, por via disso, a Pinto da Costa.
Todavia, Presidente sempre poderá contar com o apoio dos verdadeiros portistas que não pedem a sua demissão, bem como com o das mães de Bragança.


Tenho quase a certeza que esta publicação da D. Quixote (personagem que se caracterizava por ver inimigos, perigos e coisas digna de relevo onde e quando as mesmas não existiam. Curioso, não?!) dará lugar a um livro e se assim for atrevo-me a sugerir a respectiva banda sonora, uma música que já ouviram, de certeza, pertencente a Engelbert Humperdinck e que reza assim:

Oh Carol
I am but a fool
Darling I love you
though you treat me cruel
You hurt me
and you made me cry
but if you leave me
I will surely die
Darling there will never be another
'cause I love you so
Don't ever leave me
say you'll never go
I will always want you for my sweetheart
no matter what you do
Oh Carol
I'm so in love with you


No plano desportivo, daquilo que realmente importa, os últimos quinze dias caracterizaram-se por um serviço de urgência na Choupana e pelos serviços mínimos frente ao Arsenal e ao Paços de Ferreira.

Uma vez que este é o meu último artigo, doravante só escreverei em portas de WC, despeço, agradecendo ao meu amigo Vermelho a oportunidade que me deu e à qual tentei corresponder da melhor forma, fazendo-o, sempre, com enorme orgulho e satisfação.
Contudo, não me é possível continuar, correndo de me chamarem escritor e, assim, ser confundido com alguém que se agarra a um barão e faz outras diabruras e até lida com capangas.
Por tudo o que me facultou neste período de tempo o meu Muito Obrigado.
A todos desejo umas Boas Festas mas certifiquem-se de que podem confiar em quem as faz.
Até um dia.

7 comentários:

Carlos disse...

BRILHANTE e HILARIANTE este Furão.
Não nos abandone, caríssimo...
Sempre que está para postar, o blog entra num frenesim!
Que me perdoem os demais, mas o Furão ofusca tudo e tudos à sua passagem. Hoje é mais um dia Grande do blog.
Obrigado.

Vermelho disse...

amigo Fura-Redes:
Mais um artigo que dispensa adjectivações.
Desde que aceitaste o desafio que te lancei de escreveres para o nosso blog, que sempre nos brindaste com crónicas de elevada qualidade.
Prosa pensada, estruturada, polvilhada de humor fino e requintado.
Gostaria de poder apresentar os teus escritos a uma qualquer editora para que os publicasse.
A edição em Portugal anda pelas ruas da amargura, mas isso não nos pode levar a concluir da forma como o fazes no final da tua crónica.
Fazê-lo seria um crime de lesa-pátria!
procurando dissecar alguns pontos do teu artigo, dizer que sobre o livro de Carolina Salgado já muito escrevi.
Repugna-me!
Revolve-me os intestinos!
A exposição mediática de tal personagem diz bem do estado de degradação a que chegou a nossa vida pública.
Todavia, nalguns pontos discordo, frontalmente, do teu artigo (como não podia deixar de ser).
A mania da perseguição que por ele perpassa.
É destituída de sentido, tanto mais que muitas das afirmações que o livro comporta são suportadas por elementos probatórios recolhidos e vertidos em investigação judicial.
Outro ponto do qual discordo, é o preconceito elitista de que o depoimento de uma alternadeira ou de uma prostituta é menos credível do que o de qualquer outra pessoa.
não pode ser!
não podem existir pré-conceitos na avaliação da prova!
o que cumpre avaliar é da conformidade do seu depoimento com outros meios de prova.
considerar de outra forma é racismo lato sensu.
certamente que já se produziram imensas acusações neste País pela prática de crimes de lenocínio.
Quais foram os meios prova considerados para afirmar a existência de indícios da comissão de tal ilícito típico?
também e em larga medida testemunhais.
das duas uma: o depoimento das prostitutas apenas apresenta credibilidade relativamente a crimes relacionados com o exercício de tal actividade ou os Magistrados que assim procederam valoraram, mal, depoimentos sem credibilidade.
Para mim, Madam Carol não tem credibilidade hoje, como não tinha ontem.
E não tem, não por ter sido ou ser alternadeira, mas sim porque tudo o que diz cheira a ressabiamento e a vingança.
Se o seu depoimento perante as autoridades judiciárias se revelar congruente com outros meios de prova recolhidos ou a recolher no âmbito da investigação, se apresentar minúcia, destalhe, precisão e rigor, terei que alterar a minha opinião.
Todavia, para já, não revela nada disso, antes pelo contrário.
o engraçado desta questão da credibilidade é que quem, ontem, a excomungava, hoje idolatra-a e quem, ontem, a idoltrava, hoje apelida-a de puta, vaca e outros insultos que me dispenso de reproduzir.
É triste!
É triste ver quem promoveu uma conferência de imprensa na qual achincalhou a personagem, agora afirmar a importância vital do seu testemunho.
É triste ver quem a insultou, a comprar o seu livro, como se de uma preciosidade se tratasse.
É triste ver quem a protegeu, idolatrou, guindou a patamares de consideração, respeito e estima, a insultá-la.
A pessoa é a mesma, os interesses é que são diferentes.
Quem não tem princípios, quem não olha a meios para atingir os seus fins e se move, única e simplesmente, pela satisfação de interesses próprios, não me merece respeito, antes repulsa.
Uma última nota quanto à Credibilidade.
Quem "atira pedras" e insulta Madam Carol por ter sido alternadeira o que pensará de quem aceitou partilhar a sua vida com ela, elevando-a à condição de 1ª Dama, e de quem explora ou explorou estabelecimentos de diversão nocturna nos quais se pratica prostituição ou alterne?
abraço.

Vermelho disse...

amigo jc:
só é enrabado quem quer!
poucos conseguem rir das suas próprias misérias!
apenas os que sobre elas reflectem!
para uns o silêncio é de ouro, para outros da discussão nasce a luz.
são perspectivas de vida!
abraço.

Vermelho disse...

amigo jc:
os artigos apagados são da autoria do falso vermelho.
este tratava-se da crónica do MST.
quanto às personagens de que falas, desconheço, em absoluto, o criador.
abraço.

Anónimo disse...

Hola imbéciles, aquí estoy otra vez. Artículo agradable, muy inteligent aunque demasiado longo. Cuando usted aprende a sintetizar sus pensamientos, usted mejorará mucho.
¿A propósito, usted vio la lucha en ecuador? Infelizmente mi equipo no estuvo implicado, el grande DEPORTIVO QUEVEDO.

Vermelho disse...

amigo falso vermelho:
se pretende comentar os artigos publicados neste blog, adopte um nick distinto dos existentes, pois, caso contrário, serei forçado a apagar as suas contribuições.
abraço.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.