quinta-feira, julho 27, 2006

Boas Férias a todos!!!

Entro, amanhã, de férias, pelo que o nosso blog não será actualizado no decurso do mês de Agosto.
Gostaria de endereçar votos sinceros de boas férias a todos os "condóminos".
p.s. divulguem o blog para que, no início da nova época futebolística, novas participações possam enriquecer, ainda mais, este nosso fórum de discussão diária da actualidade desportiva.

Empréstimo de longa duração ou um excelente negócio

O acordo entre o Sporting e o Valência para a cedência de Caneira está praticamente feito e será hoje selado.
O internacional português pode permanecer em Alvalade até 2011.
Um empréstimo de cinco temporadas é o quadro que nas próximas horas deverá passar ao papel, estando os clubes a limar as últimas arestas desse acordo, que permitirá ainda ao emblema espanhol resgatar o atleta mediante contrapartidas aos leões durante a vigência do actual contrato (até 2011).
"Tudo aponta para que Caneira seja jogador do Sporting, no mínimo nas próximas três épocas", afirmou ontem o agente do atleta, Paulo Barbosa.
As negociações entre as partes envolvidas intensificaram-se nas últimas semanas e um empréstimo de longa duração foi a solução encontrada para satisfazer a vontade de Caneira de permanecer em Alvalade (dado não constar dos planos do técnico espanhol Quique Flores), as exigências financeiras do Valência, que não queria ficar a perder – sobretudo em termos de impostos – com o simples empréstimo, e o desejo do Sporting de contar com um jogador que se revelou influente na ascensão da equipa na segunda volta da Liga passada.
A conclusão do negócio está iminente há dias, mas a complexidade da cedência tem atrasado o desfecho, que, no entanto, deverá ocorrer ainda hoje, de modo a que o jogador continue a representar o Sporting.
Perante a saída do defesa-central Moisés, ontem consumada, a aquisição do polivalente internacional luso ganha ainda maior importância, pois passa a ser mais uma alternativa para o eixo, que conta – por enquanto – com Polga, Tonel e Miguel Veloso.

De lesão em lesão, até à lesão final...

O FC Porto cumpriu o segundo treino do dia, debaixo de um intenso calor.
A paciência dos jogadores já está vaticinada para ultrapassar essa contrariedade, por isso todos os atletas deram o máximo na última sessão do dia.
Neste apronto, o avançado croata Tomo Sokota não esteve presente com os restantes colegas de equipa, treinando à parte e de forma condicionada.
A entorse no tornozelo não permite, para já, que o dragão se apresente nas condições ideais. Amanhã os azuis e brancos treinam pela última vez, da parte da manhã em De Lutte, defrontando às 18:07 (por compromissos publicitários) o Heracles Almelo, equipa regressada à Eredivisie, regressando a Portugal na sexta-feira.

O acordo deve estar por horas

As negociações por Simão Sabrosa terminaram em Lisboa, mas continuam em Genebra.
Amadeo Carboni, director desportivo do Valência e Jorge Mendes, representante do jogador, reuniram-se hoje ao jantar na cidade suíça para continuar a discutir os valores da transferência do extremo encarnado para o Valência.
Juan Soler, presidente do clube espanhol, juntou-se às conversações, aproveitando o facto de estar em Genebra para assistir ao sorteio da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Segundo a Rádio Renascença, tudo indica que Simão possa ser apresentado sábado, dia de apresentação oficial do plantel valenciano.
As duas partes estão bastante perto de chegar a um consenso em relação ao valor do negócio, que deverá situar-se entre os 16 e os 18 milhões de euros - curiosamente o clube de Miguel e Hugo Viana espera receber esta semana 18 milhões de euros, 12 por Aimar (Saragoça), três por Fiore (Charlton) e três por Di Vaio (sem clube definido ainda).
O Valência subiu a parada e o Benfica aceitou baixar ligeiramente a fasquia colocada nos 20 milhões.
Simão irá auferir um salário ao nível dos jogadores mais bem pagos no plantel “che”.
Quique Flores, treinador do clube espanhol, está satisfeito com a possibilidade de poder vir a contar com o internacional português na sua equipa e não poupa elogios a Simão. “Apesar de a transferência ainda não estar concretizada, tenho uma opinião favorável do jogador. Tem excelentes qualidades e o perfil adequado para o jogador que procuramos”, disse o treinador espanhol à Rádio Renascença.

Um desfecho inevitável

Sporting e Moisés chegaram ontem a acordo para a rescisão do contrato que os unia.
A decisão foi de mútuo acordo e não incorre em encargos para nenhuma das partes.
O central brasileiro, acompanhado do empresário Baidek e do seu advogado, Cláudio Baethens, esteve em Alvalade para reunir durante três horas com a SAD leonina, não tendo falado à saída. O jogador tinha como objectivo explicar o caso que levou a FIFA a suspendê-lo por quatro meses, na sequência da queixa dos russos do Krylia Sovetov.
O caso implicava também o seu anterior clube, o Cruzeiro de Belo-Horizonte.
O contrato era de dois anos, mas Moisés abandona Alvalade após ter efectuado apenas alguns treinos com o plantel leonino.
Aqui fica, na íntegra, o comunicado emitido pela Sporting, SAD:
SPORTING, SAD E MOISÉS: REVOGAÇÃO POR MÚTUO ACORDO
A Sporting, SAD e o defesa central Moisés revogaram por mútuo acordo o contrato de trabalho do jogador. Moisés tinha assinado um contrato válido por duas época e a revogação do mesmo não trouxe encargos para nenhuma das partes.
COMUNICADO
1. A Sporting, SAD e o jogador Moisés Moura Pinheiro revogaram hoje por mútuo acordo o contrato de trabalho que haviam celebrado para vigorar nas próximas duas épocas;
2. Da referida revogação não resultou qualquer encargo para qualquer das partes;
3. Independentemente dos motivos que levaram à revogação, a Sporting, SAD louva a atitude do jogador Moisés Moura Pinheiro que permite encerrar este assunto de forma célere e sem outras consequências formais que não seja a da cessação do vínculo laboral;
4. A Sporting,SAD reitera ainda que contratação do jogador respeitou todos os procedimentos normais neste tipo de processos;

Um bom reforço - veremos a sua adaptação ao futebol europeu

José Francisco Fonseca Guzmán – mais conhecido por "Kikin" Fonseca – é o avançado escolhido pelos responsáveis encarnados para reforçar o plantel à disposição de Fernando Santos.
O internacional mexicano, que representava o Cruz Azul, chegará hoje ao início da tarde a Lisboa para ultimar os detalhes da sua transferência para o Benfica, nomeadamente a duração do contrato que variará entre os três ou os quatro anos.
O acordo com o emblema mexicano – com o qual o jogador tinha ainda dois anos de contrato, com mais três de opção – foi alcançado após um raide de José Veiga ao México – o director-geral da Luz partiu no sábado à noite para aquele país.
No encontro entre os representantes dos clubes ficou estipulado que o Benfica seria o destino de "Kikin" Fonseca, recebendo o Cruz Azul uma quantia na entre os 1,5 e os dois milhões de euros.
O interesse do Benfica no internacional mexicano não é de agora.
Há muito que o emblema da águia o tinha referenciado, conforme adiantou Alfredo Alvarez, vice-presidente do Cruz Azul. "É já oficial a venda de 'Kikin' Fonseca ao Benfica. A negociação fez-se entre as direcções dos dois clubes e o jogador viajará ainda hoje [ontem] para Portugal", começou por declarar o dirigente, acrescentando: "Há dois dias que um representante do Benfica se encontra no México e manifestou-nos o interesse no jogador. Segundo soubemos, Benfica e 'Kikin' Fonseca já conversavam desde o Mundial da Alemanha...
Face aos pedidos do atleta, que manifestou o interesse de se transferir para o futebol europeu, a direcção do Cruz Azul anuiu e aceitou a proposta apresentada. Só nos resta desejar-lhe boa sorte, pois o Benfica fica bem servido por se tratar de um bom jogador."
"Kikin" Fonseca não é um desconhecido para os adeptos do futebol portugueses.
O internacional mexicano foi um dos eleitos para o Mundial da Alemanha e curiosamente foi ele o autor do golo na derrota da sua selecção com Portugal, tendo, ainda assim, sido eleito o melhor jogador em campo.
O novo reforço do Benfica é apontado como um dos jogadores mais populares do México desde a retirada do guarda-redes Jorge Campos, muito por culpa dos dez golos marcados em 11 jogos da fase de qualificação para o Mundial'2006 e dois em quatro encontros da Taça das Confederações de 2005.
Com esta contratação, falta ao Benfica apenas um médio-esquerdo para compor o plantel às ordens de Fernando Santos.

quarta-feira, julho 26, 2006

Afinal não irá terminar a carreira no Sporting, mas sim num albergue de pré-reformados na Bélgica

Ricardo Sá Pinto está na Bélgica para discutir uma possível transferência para o Standard Liège. O jogador português equaciona prolongar a carreira por mais uma temporada, tal como tinha dado a entender no final da época.
Depois de terminar a sua ligação ao Sporting e de o clube não ter querido prolongá-la, Sá Pinto equacionou o seu futuro e vê com bons olhos a possibilidade de jogar na Bélgica, tendo assim iniciado negociações com o clube onde jogam vários portugueses - Sérgio Conceição, Moreira, Rogério Matias, Areias e Nuno Coelho.
A hipótese de Sá Pinto ficar ligado ao Sporting, noutro cargo, não chegou a avançar.
O antigo capitão do Sporting vai reunir-se durante o dia com responsáveis do Standard Liège, para ouvir a proposta que estará em cima da mesa e decidir então se dá esse passo e volta a emigrar.

Afinal a montanha pariu um rato

A Corte Federal Italiana reduziu a pena a Juventus, Fiorentina, Lazio e AC Milan, com apenas o primeiro a descer à Séria B – equivalente à Liga de Honra, por acusação no âmbito do processo calciocaos, operação de manipulação de resultados e corrupção no futebol italiano.
A Juventus é o único clube relegado para a Série B e vai arrancar a próxima edição da prova com 17 pontos negativos, segundo decisão do Tribunal da Federação Italiana de futebol.
O clube da vecchia segnora vê reduzido em 13 pontos a pena.
Já a Lázio que tinha como castigo a descida de divisão, menos sete pontos no arranque da época e ainda a perda do lugar na Taça UEFA, mantém-se na Série A com menos 11 pontos.
A Fiorentina vai permanecer na I divisão de Itália, mas é penalizada em 19 pontos, vendo o castigo reduzido, visto que estava condenada ao segundo escalão, a menos 12 pontos e ainda a perder o lugar na pré-eliminatória da Champions.
O AC Milan que tinha como sanção começar o campeonato com menos 15 pontos e ficar fora da Liga dos Campeões, vai começar o calcio com menos oito pontos.

A descaracterização de uma instituição secular

A globalização sente-se cada vez mais na equipa da Académica.
Até ao momento, e quando ainda há vagas para um ou dois jogadores, Manuel Machado já tem uma torre de Babel formada por 11 brasileiros, nove portugueses, um turco, um colombiano e um senegalês.
Só lhe falta um asiático e um australiano, australiano porque o resto da Oceania não tem quem jogue bem à bola.
Se ainda é inevitável ter portugueses e é cada vez mais frequente ter ainda mais brasileiros, a Briosa junta-lhes um turco, um colombiano, um argentino e um senegalês. É a United Colors ou as Nações Unidas, como já se ouviu chamar-lhe.
Nem sempre foi assim, porém.
Perdido pelo átrio da unidade hoteleira que acolhe a equipa de Coimbra, na Praia de Quiaios, anda um anuário, que a Liga lançou antes da época 2001/02.
Nele se vê que a Académica, então treinada por João Alves, que viria a conseguir a subida de divisão, incorporava 20 portugueses, um brasileiro, um francês, um moçambicano e um congolês. Ao único jogador do Brasil que aparece na revista, Demétrios, juntar-se-iam apenas Vital e Germano; o de Moçambique era Dário, ainda menor de idade quando chegou a Coimbra. São os sinais do tempo.
Este surto de imigração, que as leis facilitam e estimulam até, não é exclusivo da Académica, como afirma Manuel Machado, que não se sente nada atrapalhado por ter gente de usos e costumes diferentes nem considera o fenómeno estranho. “É a globalização e a regulamentação também aponta cada vez mais para aí, mas é geral, não é uma particularidade da Académica”, entende o técnico.
No balneário e no relvado, aliás, não se verifica qualquer problema de comunicação: “Há os jogadores que falam castelhano e que entendem bem português, só o Sonkaya tem mais dificuldades por apenas se expressar em inglês, mas já conhece a linguagem técnica da época que fez no FC Porto”, afirma Manuel Machado, que liga a incursão de brasileiros a factores económicos: “Isto acontece porque Portugal exporta os seus melhores jogadores, mesmo os que ficam são caros, e o mercado brasileiro enquadra-se nas limitações financeiras dos clubes.”

Uma forma de fazer baixar o preço?

O presidente do FC Porto considerou necessário vir a público explicar a posição do clube em relação à contratação do avançado holandês Hesselink do PSV Eindhoven.
Apesar da insistência manifestada pelo próprio técnico na importância da contratação do jogador, Pinto da Costa explica que os holandeses se revelaram intransigentes em relação aos valores pedidos pelo avançado, e que, na perspectiva do FC Porto, são incomportáveis.
Como tal, e apesar de confirmar que "o FC Porto manifestou junto do PSV a vontade de garantir os direitos desportivos do atleta Hesselink" o presidente portista esclarece que "as conversações não foram concluídas, uma vez que o clube holandês se manteve intransigente em relação ao valor do passe do atleta" concluíndo que o FC Porto considera "o assunto encerrado".

Será desta?

Caneira está cada vez mais próximo do Sporting, mas o negócio, ao contrário do que se esperava, não ficou ontem fechado… por ter sido feriado em Valência, facto que "impediu" a direcção do clube “Ché” de prosseguir as negociações, que hoje serão retomadas... em princípio para concluir uma "novela" que já tem alguns meses.
Não entrando nos planos do técnico da equipa do Mestalla, Marco Caneira pretende prosseguir a carreira no clube leonino, situação que pressiona os espanhóis a resolver a situação – unicamente – com o Sporting.
A SAD verde e branca, por sua vez, tem feito, ao longo das últimas semanas, um jogo de paciência para garantir a continuidade do polivalente defesa, jogo esse que deverá dar os seus frutos ainda hoje.
Com a (renovada) aquisição de Caneira – por empréstimo –, o Sporting, além de poder emprestar André Marques ao Olivais e Moscavide, preserva um elemento que, na segunda metade da temporada transacta, conferiu consistência defensiva à equipa, actuando como lateral-esquerdo.

O capitão da braçadeira, pois que o capitão do balneário será Rui Costa

Nuno Gomes será o futuro capitão de equipa, assumindo, aliás, um papel que já desempenhou na época passada, com a transição no posto a efectuar-se de forma natural, respeitando a hierarquia há muito estabelecida no Estádio da Luz.
O ponta-de-lança era o primeiro subcapitão do conjunto da Luz, assumindo-se sempre como uma das principais figuras na hora de dialogar com os responsáveis do clube e equipas técnicas, tendo sempre participado com Simão Sabrosa na resolução das questões internas do plantel.
Para além de ser o jogador do actual plantel com mais anos de clube – esta será a oitava época a defender as cores do emblema da Luz –, Nuno Gomes é um dos maiores símbolos do conjunto, respeitado por colegas e idolatrado pela massa associativa.
Apesar de ter estado dois anos em Florença, o seu nome nunca foi esquecido pelos adeptos, bastando, aliás, recordar a apoteose que se verificou no Estádio da Luz no dia em que regressou a "casa".
Apesar de Rui Costa possuir o perfil para assumir o estatuto de capitão, a verdade é que a hierarquia será respeitada, com os responsáveis da SAD, em sintonia com o treinador, Fernando Santos, a reconhecerem em Nuno Gomes o perfil e qualidades inatas para liderar o conjunto dentro do relvado, sendo que a transição está mais do que assegurada.

A verdade da mentira

Face ao "aparato" espoletado com a saída de Simão – e aos nomes veiculados como "moeda de troca" para baixar o valor do passe do camisola 20 –, Luís Filipe Vieira fez ontem questão de levantar um pouco mais o véu sobre os moldes das negociações com o Valência.
O presidente encarnado desmentiu, aliás, o empresário Paulo Barbosa, que ontem ia dando como garantida a vontade do emblema da Luz em contar com o regresso de Marco Caneira. "Reconheço o Caneira como um grande profissional e tenho muita pena que o nome dele seja envolvido numa situação destas, mas posso garantir que o Benfica nunca falou nele – aliás, ele já vestiu esta camisola e, se tivesse muita vontade, tinha continuado. Por isso, não seria nesta altura que poderia voltar ao Benfica", adiantou o líder benfiquista, à partida para mais uma ronda negocial com o emblema do país vizinho.
Luís Filipe Vieira sublinhou ainda que a transferência do avançado benfiquista não irá envolver a cedência de qualquer jogador do clube "ché" para a Luz. "O que existe é uma negociação entre o Benfica e o Valência, que envolve, pura e simplesmente, dinheiro. Não entram jogadores no negócio. O Benfica sabe o que pretende", vincou.

Incluam o Aimar, p.f.

O dia intenso de negociações entre Benfica e Valência não foi conclusivo, estando agendado para hoje o desfecho do processo negocial que trouxe Amedeo Carboni, director-desportivo do emblema "ché" a Lisboa, tendo-se reunido com Luís Filipe Vieira, o "vice" Rui Cunha e o empresário Jorge Mendes.
Logo de manhã, os responsáveis dos dois clubes retomaram as negociações interrompidas durante a madrugada, num encontro que se prolongou pela tarde e acabou à mesa de um restaurante em Lisboa, ainda sem o acordo selado.
Amedeo Carboni apresentou uma proposta de 15 milhões de euros, mais a cedência de dois jogadores, sendo um deles o avançado Di Vaio, tendo ainda sido abordados os nomes de Kluivert, Pablo Aimar e Fiore.
Luís Filipe Vieira, no entanto, recusou a cedência de qualquer atleta, mantendo-se intransigente nos 20 milhões de euros exigidos.
"Nós estamos aqui a falar de um jogador muito bom, que agrada ao Valência. Sabemos que é um jogador muito querido aqui. Quando os jogadores são bons é difícil negociar, mas estamos a tratar de tudo", afirmou o director-desportivo do Valência à hora de almoço para, à noite, afirmar que o "importante é que Simão seja feliz no Valência".
As negociações irão prosseguir durante o dia de hoje, sendo certo que será conhecido o desfecho final do processo.
É, aliás, crível que Simão viaje mesmo para Valência, emblema com o qual chegou ontem a acordo.
À hora do almoço, o jogador reuniu-se com Amedeo Carboni e Jorge Mendes, num restaurante no Guincho, e, de acordo com as notícias vinculadas em Espanha, acertou um contrato válido pelas próximas cinco épocas, com um ordenado de três milhões de euros por ano.

terça-feira, julho 25, 2006

A indesejável miscigenação entre futebol e política

Competitividade. Esta palavra parece resumir na perfeição o principal objectivo que Hermínio Loureiro pretende alcançar nos próximos quatro anos, caso seja eleito presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).
Competitividade nos relvados e fora deles, nomeadamente no que diz aspecto aos aspectos financeiros dos clubes. «O mais recente anuário das finanças do futebol profissional mostra que a principal liga foi capaz de gerar 248 milhões de euros em receitas, que contrastam com 270 milhões de despesas. Quem gasta mais do que tem, só percorre um caminho: o da falência.»
Aos 40 anos, este ex-governante, que também já foi presidente da comissão parlamentar de acompanhamento do Euro 2004, abraça «um dos maiores desafios da sua vida profissional».
A primeira a medida a tomar, se chegar onde pretende, está já definida. «Vou fazer uma profunda avaliação de custos na estrutura que dirige o futebol profissional, visando a sua diminuição. Não busco cortes cegos, mas uma diminuição que seja assente no objectivo permanente de ser mais eficaz com menos recursos.»
No que diz respeito aos apoios a adquirir - recorde-se que é essencial obter a concordância de vinte por cento dos emblemas profissionais para oficializar a candidatura -, Hermínio Loureiro aguarda uma boa resposta. «Desde os três maiores clubes ao mais pequeno, todos os apoios são importantes», ressalvou, confidenciando que também já falou com Valentim Loureiro, o seu antecessor e candidato a próximo presidente da Mesa da Assembleia Geral.
«O major foi muito claro ao dizer que não se imiscuirá no processo eleitoral. Ele recolhe o apoio praticamente unânime de todos os clubes, por isso não apresentarei outro candidato para a liderança da Assembleia Geral.»
Sobre a possibilidade do futuro presidente da Liga ser remunerado, Hermínio Loureiro lembra que, com os estatutos actuais, isso não será possível. «Os estatutos não o permitem e para que os estatutos sejam mudados é necessários que os clubes o permitam.»
Atento ao que se vai passando nos bastidores do futebol português, Hermínio Loureiro teceu também algumas considerações sobre o «caso Mateus». «Tenho seguido isso com enorme preocupação. Existem regulamentos e se tudo funcionar em pleno não existem problemas.»

Será verdade?

O La Opinión, jornal diário generalista de la Coruña e o Sportugal, através de uma investigação conjunta, estão em condições de divulgar que Diego Tristán tem um acordo com o Benfica para vestir de encarnado nas próximas três temporadas.
Mas, se com o jogador e as águias está tudo acertado, continua a faltar o entendimento entre o Benfica e o emblema galego. “O que posso dizer é que falta o acordo com o Deportivo, que, tal como o Sporting, está preso por questões financeiras”, disse Rafael Carparcho, director de comunicação do Depor, que aproveitou ainda para referir que desconhece “qualquer interesse do FC Porto”.
Diego Tristán falará esta terça-feira em Isla Canela (Andaluzia), local de estágio da equipa da Corunha, e não seria de estranhar que o futebolista espanhol anunciasse a sua saída.
Os dirigentes encarnados, nomeadamente José Veiga, já negaram o interesse em Tristán, mas, ao que parece, tudo não terá passado de uma manobra de diversão para desviar as atenções.
É que o Sporting também está na corrida e Filipe Soares Franco, presidente dos leões, já admitiu que o clube estava atento a Tristán. “O sr. José Veiga já disse que o Benfica não está, não esteve nem nunca estará interessado em Tristán. Com que cara é que ficaria o sr. Veiga se agora o jogador assinasse pelo Benfica? Veiga já deu a sua palavra e Tristán não será jogador do Benfica”, disse fonte próxima do clube encarnado no último sábado, confrontada com a possibilidade do matador ser a surpresa da apresentação com o Bordéus.
O jogador já manifestou o seu desejo em jogar em Portugal, algo que hoje foi comprovado pelo seu novo representante Eugénio Botas. “A vontade do jogador é sair o mais rápido possível do Deportivo e Portugal é um bom destino”, disse Botas, que não desmentiu o acordo com o Benfica, escusando-se a tecer comentários sobre o facto.
O La Opinión, que segue passo a passo as movimentações no Depor, e o Sportugal souberam, no entanto, junto de fonte próxima do clube galego, que Tristán já se comprometeu com os encarnados para as próximas três temporadas.
O acordo entre os clubes não será fácil, uma vez que Augusto César Lendoiro já disse que “Tristán está muito enganado se pensa que vai sair de borla”.
O futebolista aufere um elevado salário, trunfo que Lendoiro guarda para atrair somente as atenções de clubes abastados.
Até quinta-feira, data de início do torneio do Guadiana - onde, curiosamente, se defrontam os três pricipais intervenientes desta novela; Benfica, Sporting e... Deportivo -, Tristán deverá ter o seu futuro resolvido. Um futuro que tem tudo para ser tingido em tons de encarnado.

Polémicas estéreis ou muito mais do que isso - reflexo de uma determinada forma de ver e sentir a Briosa

O ex-presidente da Académica, Campos Coroa, salientou, hoje, que a utilização de equipamentos de cores diferentes que não o preto e o branco é uma violação dos estatutos do clube."O equipamento da Académica estatutariamente é preto e em alternativa branco e os números nas camisolas devem seguir a mesma norma. Fora disto é uma violação dos estatutos", afirmou o ex-dirigente.
Fernando Pompeu, vice-presidente da direcção de Campos Coroa, em artigo hoje publicado, afina pelo mesmo diapasão e critica que a colagem da actual direcção a estratégias de marketing não desculpa o atropelo aos estatutos de um clube que ultrapassou os cem anos de história. "Sei que desde que haja a garantia da «bola na rede», muitos dos sócios da Académica encolherão os ombros se a equipa jogar de azul, como o farão se actuar de verde ou de vermelho. Sei finalmente que, com os dirigentes que temos, unicamente virados para a estratégia do negócio e completamente insensíveis aos princípios, ao ideário, à imagem histórica da instituição e aos seus sagrados símbolos, tudo, mas tudo mesmo, é hoje possível", salientou o ex-dirigente.
Fernando Pompeu vai mais longe, ao afirmar que a Briosa está a "prostituir-se", ao "permitir a inserção de números dourados nos equipamentos de jogo". "Com esta medida, fica claro que a Briosa está à venda e que no deliberado conspurcar da sua centenária e prestigiadíssima camisola, está a leilão também a sua «alma» de instituição «sui generis», ora metamorfoseada em banal meretriz, que sobe ou desce a saia, sem pudor ou vergonha, ao sabor das suas conveniências e necessidades financeiras", acrescentou o ex-dirigente.
Em causa está a utilização de equipamentos cinzentos e a cor escolhida para o terceiro equipamento, o azul, com números amarelos.
No seu artigo de opinião, Fernando Pompeu acusa o actual presidente, José Eduardo Simões, de descaracterizar a Briosa, não só nos símbolos históricos, como nas promessas não cumpridas: "os campos do Bolão, o saneamento do passivo, entre outras.

Porquê tanta discussão em torno de uma decisão que será sujeita a recurso?

A estratégia do Gil Vicente de tentar evitar que Pedro Mourão e Frederico Cebola - que votaram pela despromoção dos "galos" à Liga de Honra, na primeira decisão conhecida do "Caso Mateus" - acabou por não resultar dado o Conselho de Justiça da FPF, órgão para onde seguiu o requerimento, se ter considerado incompetente para analisar a notificação, argumentando que cabe ao presidente da Comissão Disciplinar essa decisão, devolvendo-lhe o processo.
Com Pedro Mourão disponível para assumir o cargo interinamente, o cenário que se depara é de um julgamento em causa própria, dito de outro modo, Pedro Mourão, caso seja nomeado por Adriano Afonso, presidente da Mesa da Assembleia Geral para o cargo até às eleições de 10 de Agosto, é que vai decidir sobre a validade do incidente de suspeição que o inclui a... ele.
Tudo somado, a confirmar-se a nomeação de um terceiro comissário por Adriano Afonso e a anulação, mais do que previsível, do requerimento interposto pelo clube minhoto, apresenta-se para breve a resolução do Caso Mateus, correndo os minhotos o sério risco de serem despromovidos à Liga de Honra sabendo-se, de antemão, as posições de Pedro Mourão e Frederico Cebola a favor da argumentação do Belenenses.
Gil Vicente e Belenenses já vieram a público expressar os seus sentimentos (antagónicos) com os nortenhos a falar de uma "conspiração" contra o Gil Vicente, entendendo-se em Belém que a decisão de Adriano Afonso de nomear um terceiro vogal constitui "um bom sinal" para que o futebol português prossiga nos melhores rumos.
No entanto, importa lembrar, a decisão que vier a sair da próxima reunião da Comissão Disciplinar da Liga será sempre objecto de recurso para o Conselho de Justiça.

O senhor que se segue

Hesselink mostrou-se uma vez mais receptivo a ingressar no FC Porto, apesar de ter confidenciado ontem que essa possibilidade não está exclusivamente dependente da sua vontade. “Estou interessado, mas continua a faltar um acordo entre os clubes”, afirmou.
No regresso ao trabalho no PSV Eindhoven, o avançado holandês disse ter conhecimento das negociações entre os dois clubes, mas também afirmou que ainda não existe nada de concreto. “Neste momento, sei que existe interesse do FC Porto. Apesar disso, não me quero alongar muito em comentários, até porque não quero criar falsas expectativas. Neste momento, posso ir para o FC Porto, ficar no PSV ou transferir-me para outro clube. Está tudo em aberto”, revelou o ponta-de-lança, antes de explicar as razões que o levam a considerar os azuis e brancos um clube apetecível: “Toda a gente sabe que gostava de experimentar o estrangeiro e o FC Porto reúne todas as condições que eu considero necessárias: participa na Liga dos Campeões, tem um estádio fantástico, é um clube com estatuto e ainda tem um treinador holandês que aprecia as minhas qualidades, o que também é muito importante”.
Mas conseguirá Hesselink convencer os dirigentes do PSV a baixar o preço de modo a permitir a sua transferência para Portugal? “Não sei se isso será possível, mas talvez consiga… Conversei com Stan Valckx e Ronald Koeman, que me falaram da existência de negociações durante as últimas duas ou três semanas. Mas eles também me disseram que ainda não havia acordo entre os clubes, pelo que me resta aguardar por uma solução”.
Hesselink recordou ainda que existiu a possibilidade de ingressar no FC Porto no passado mês de Dezembro, num negócio que acabou por não se concretizar devido a um problema que atingiu o seu filho. “Não me arrependo de ter recusado esse convite, porque na altura tive de permanecer na Holanda. Mas agora o problema está ultrapassado e não teria qualquer problema em emigrar”.
O avançado holandês mostrou-se sempre muito afável e um bom conversador, mesmo quando lhe foi pedido para falar sobre as suas principais características. “Tenho marcado uns golos e sou internacional holandês, mas não sou nenhum Ronaldinho, nem tão pouco um jogador capaz de fintar três adversários antes de marcar um golo. Sou, sobretudo, um jogador de equipa e um bom finalizador”.
Mas valerá o holandês os oito de milhões de euros que o PSV está a pedir? “É difícil falar nesses termos. Acho que são as outras pessoas que tem de avaliar”. A rematar, Hesselink ainda aceitou o desafio sobre se poderia fazer uma boa dupla com Quaresma. “É aquele que faz os cruzamentos com a parte de fora do pé? Sim, é muito bom. É claro que podíamos fazer uma boa dupla, mas não quero falar muito sobre isso, porque o negócio pode acabar por não se concretizar”.

O negócio possível ou o desejado encontro de vontades

A menos que aconteça algum imprevisto de última hora - o que até não seria muito original - McCarthy deixou ontem de ser jogador do FC Porto, quatro anos e meio depois de ter chegado ao clube portista proveniente do Celta de Vigo.
Depois de algumas tentativas falhadas, o sul-africano vai, finalmente, concretizar o sonho de jogar em Inglaterra, ao serviço do Blackburn que lhe ofereceu um contrato de três temporadas e um salário superior ao que auferia no FC Porto.
Os campeões nacionais encaixam cerca de 2,5 milhões de euros, uma verba interessante para um jogador que estava em final de contrato e que estava na iminência de poder sair a custo zero. Convém, no entanto, recordar que Pinto da Costa chegou a recusar uma proposta do West Ham no valor de nove milhões euros, no final de Agosto passado.
McCarthy despediu-se dos companheiros depois do almoço e teve ainda uma pequena conversa com Co Adriaanse aproveitada por ambos para sarar algumas feridas do passado e também para esclarecer o episódio da véspera, quando o sul-africano, juntamente com Raul Meireles e Quaresma, se perdeu do pelotão no passeio de bicicleta.
O avançado ainda participou no primeiro treino da manhã, que começou aos oito horas e constou de corrida no bosque, mas já não seguiu para o parque desportivo do De Lutte, onde a maior parte do plantel cumpriu mais uma sessão de trabalho, ficando no hotel a aguardar a autorização da SAD para abandonar o local.
As malas já estavam feitas e logo depois do almoço fez os 160 quilómetros até Amesterdão, onde apanhou o avião para o Porto, seguindo depois para Vigo.
O jogador foi a casa buscar roupa "cívil" dado que tinha viajado para estágio apenas com roupa do FC Porto. Hoje viaja para Blackburn via Manchester, onde se deverá encontrar com o seu empresário, Rob Moore, que se desloca a Inglaterra directamente de Barcelona.
Durante o dia de hoje o sul-africano vai realizar os indispensáveis exames médicos e acertar com o clube orientado por Mark Hughes os pormenores do contrato que ainda estão.
Entres os clubes o acordo é total e o jogador também já acertou os traços gerais do acordo com o clube da Premiership, pelo que o negócio é praticamente um dado adquirido.
Aliás, numa declaração muito curta mas mesmo assim emocionada, o jogador já deu a saída como irreversível. «Estou muito feliz, porque vou concretizar o sonho de jogar em Inglaterra. Por outro lado, sinto alguma tristeza porque deixo alguns amigos e muitas memórias aqui». McCarthy deixa o FC Porto com 28 anos e quase todos os títulos possíveis, entre eles uma Liga dos Campeões e uma Taça Intercontinental, falhando a conquista da Taça UEFA por uma época. Também disputou duas Supertaças europeias embora não tenha conseguido reclamar nenhuma delas.
Na época passada, fez 23 jogos no campeonato, mas só marcou três golos. Uma registo pouco abonatório para qualquer ponta-de-lança e ainda mais para quem foi o melhor artilheiro da prova, com vinte remates certeiros, em 2003/04.
Para a história, diga-se que foi contra os amadores do Stevo que usou pela última vez a camisola do FC Porto, num jogo em que até marcou um golo.

O desfecho esperado e tão desejado pelos sportinguistas

A continuidade de Marco Caneira em Alvalade, novamente por empréstimo do Valência, deverá ficar hoje definitivamente acertada, com aquela que será a derradeira ronda negocial entre as partes envolvidas.
Ontem o processo sofreu avanços consideráveis, mas ainda não se chegou ao entendimento total, situação que hoje terá lugar após limar algumas arestas.
O agente de Caneira, Paulo Barbosa, esteve durante todo o dia em negociações com Sporting e Valência, e hoje, em princípio, conta fechar uma "novela" que se arrasta desde o final da época passada.
A duração do contrato de empréstimo (que poderá chegar às três temporadas, situação que não preocupa o Valência pois mantém ligação com o jogador até 2011) e aspectos financeiros têm atrasado a conclusão do processo, mas ontem o acordo já ficou muito próximo.
A posição do atleta de pretender continuar a sua carreira no Sporting tem sido decisiva para as pretensões comuns ao emblema verde e branco, embora as limitações financeiras da SAD – tendo em conta o elevado salário que o internacional português recebe do Valência – estejam a fazer demorar o entendimento.
Carlos Freitas, administrador da sociedade leonina, reiterou ontem a forte vontade do clube de poder voltar a contar com o polivalente defesa, vontade ainda mais premente dado o imbróglio que ronda Moisés, que provavelmente acabará por abandonar os leões.
Agora, garantir o concurso de Caneira é uma prioridade ainda maior, até porque, além de ser visto em Alvalade como um elemento preponderante, quer pelas suas qualidades no plano desportivo, quer pela capacidade de liderança que transmite ao balneário, pode actuar como defesa-central. posição temporariamente fragilizada com os problemas relacionados com Moisés. Desta feita, tudo aponta para que o desfecho pretendido por todas as partes envolvidas seja finalmente alcançado.

Está por horas

A saída de Simão do Benfica poderá ficar consumada nas próximas horas, existindo negociações muito adiantadas entre o Benfica e o Valência para a conclusão do negócio.
Amadeo Carboni, director-desportivo do emblema espanhol, chegou ontem à tarde a Lisboa, tendo-se reunido com Luís Filipe Vieira e o empresário Jorge Mendes, mas ainda não tinha existido um ponto final nas negociações.
O Valência começou por oferecer 14 milhões de euros, mais a cedência a título definitivo do passe do avançado Di Vaio, tendo, posteriormente, acrescentado dois milhões no negócio.
Números, ainda assim, insuficientes para convencer Luís Filipe Vieira a aceitar a cedência do capitão de equipa, com o desacordo de verbas a motivar a viagem do director-desportivo do Valência a Lisboa.
O presidente do Benfica, em consonância com José Veiga e Fernando Santos, não pretende receber qualquer atleta do Valência, mantendo-se intransigente nos 20 milhões de euros anunciados publicamente como valor mínimo.
Apesar do desacordo de verbas, é crível que os dois clubes atinjam hoje um entendimento total, ainda para mais quando Simão já chegou a acordo quanto aos montantes a receber (na ordem dos 2,5 milhões de euros) e a duração de contrato (de cinco anos) com o emblema onde jogam os portugueses Caneira, Miguel e Hugo Viana.
Durante o dia de ontem, o presidente do Valência, Juan Soler, afirmou, durante a apresentação de Del Horno, que o único português que pretendia no plantel era Cristiano Ronaldo, desmentindo a existência de negociações com os encarnados.
Uma versão, no entanto, "desmentida" pouco depois com a chegada de Amadeo Carboni a Lisboa.
Ronaldo era, de facto, uma prioridade para o reforço da linha da frente, mas a intransigência demonstrada pelos responsáveis do Manchester United motivou um reacender do interesse em Simão Sabrosa.

segunda-feira, julho 24, 2006

Como se esperava o contra-relógio deu a vitória a Landis

O norte-americano Floyd Landis foi aclamado em Paris como o vencedor da 93ª edição da Volta a França, a corrida da sucessão à dinastia Lance Armstrong, vencedor das sete edições anteriores.
No pódio dos Campos Elísios, na capital francesa, Landis, que representa a equipa Phonak, tornou-se o terceiro americano a vencer a prova - após Greg Lemond e Armstrong - apresentando-se, na cerimónia protocolar, ladeado pelo espanhol Oscar Pereiro (Ilhas Baleares) e pelo alemão Andreas Kloden (T-Mobile), respectivamente segundo e terceiro classificados.
A última etapa, entre Sceaux e Paris, na extensão de 154 quilómetros, foi ganha pelo norueguês Thor Hushovd (vencedor do prólogo em Estrasburgo) que bateu o camisola verde Robbie McEwen e cumpriu a distância em 3h56m51 à "tranquila" média de 39,15 km/h, na tradicional jornada de consagração dos vencedores.
O português José Azevedo, na sua quinta participação, terminou a corrida no 19º lugar, tendo sido o primeiro elemento da Discovery Channel, a anterior equipa de Armstrong.
Por sua vez, Landis, na sua quinta presença em França - e no segundo ano enquanto líder da Phonak, no ano passado foi nono - venceu o Tour aos 30 anos, numa actuação que ficará para os anais da história da prova assinalada pela espectacular recuperação na última etapa dos Alpes, em Morzine, após ter acusado, no dia anterior – " a maior humilhação da sua vida", referiu – um atraso superior a oito minutos.
A história do Tour 2006 passa também pelo galego Oscar Pereiro - que deu os seus primeiros passos enquanto profissional em Portugal - camisola amarela na corrida durante cinco dias, repetindo, no final, o segundo lugar de Joseba Beloki, conquistado em 2002.
Nas restantes classificações o dinamarquês Michael Rasmussen, da Rabobank, sagrou-se, pela segunda vez, o melhor trepador ao passo que o australiano Robbie McEwen (Davitamon) venceu pela terceira ocasião a camisola verde e a jovem esperança do ciclismo italiano, Damiano Cunego, triunfou no prémio da Juventude. A T-Mobile (Alemanha) foi a vencedor da classificação por equipas.

Será desta?

Benni McCarthy está de partida para Inglaterra.
Em princípio, hoje ainda trabalhará com os colegas, mas não deverá voltar a fazê-lo depois disso, porque terá de viajar a curto prazo para o Reino Unido para formalizar o compromisso que já tem alinhavado com o Blackburn Rovers, em princípio por três épocas.
O FC Porto recebe pelo sul-africano cerca de dois milhões e meio de euros, praticamente a mesma verba desembolsada para o contratar, em 2003, ao Celta de Vigo.
McCarthy termina a ligação aos portistas com dois campeonatos nacionais, uma Liga dos Campeões, uma Taça Intercontinental, uma Taça de Portugal, duas Supertaças e o título de melhor marcador da Liga portuguesa em 2003/04.
Um saldo bem positivo para um jogador que nunca teve vida sossegada no FC Porto, mesmo quando o treinador era o seu favorito, José Mourinho, com quem teve o primeiro de vários problemas disciplinares.
Os dois golos marcados aos amadores do Stevo, na passada quinta-feira, foram os últimos do sul-africano com a camisola do FC Porto.
Nesse mesmo dia, já havia contactos adiantados entre o campeão português e o Blackburn, clube ao qual, há cerca de um ano, Pinto da Costa recusou cedê-lo a troco de seis milhões de euros. Uma época e uma produção fraquinha depois, McCarthy entra na última temporada prevista no contrato, cenário que coloca a sua saída noutra perspectiva, da qual os ingleses souberam tirar a devida vantagem.
Ficou a faltar apenas o acordo com o jogador, acordo esse ao qual, segundo apurámos, ontem à noite já só faltavam detalhes.
Aliás, McCarthy foi contactado pessoalmente pelo Blackburn e ficou, desde o primeiro instante, muito entusiasmado com a perspectiva de representar um clube inglês já de uma dimensão razoável. A oficialização da transferência segue dentro de momentos.
No mesmo dia em que McCarthy deverá pôr ponto final na etapa portista da sua carreira, Jan Vennegoor of Hesselink junta-se ao plantel do PSV Eindhoven, terminadas que estão as suas férias de mundialista.
Entre o FC Porto e o campeão holandês, treinado esta época por Ronald Koeman, não há ainda acordo nem sinais de que ele venha a ser conseguido tão cedo, mas continua a ser Hesselink o jogador pretendido por Adriaanse e, mesmo fracassando na tentativa de o contratar, não é líquido que os dragões avancem para uma alternativa, porque a intenção é contratar um jogador seguro, que entre directamente na equipa, e não apenas um avançado para completar o plantel. Sendo certo que o FC Porto não se aproximará sequer dos valores previstos na cláusula de rescisão de Hesselink (oito milhões e meio de euros), a eventual transferência de mais um jogador - Ricardo Costa é o que tem, em simultâneo, melhores ofertas e vontade de sair - originará nova proposta ao PSV Eindhoven. Uma novela que promete novos episódios.

Não está fácil

Hoje deverá ser o dia decisivo para que o processo negocial com vista ao regresso de Caneira a Alvalade fique concluído.
Nesta altura, ainda a impedir as necessárias assinaturas, estão as divergências entre as condições financeiras pretendidas pelo jogador e as oferecidas pelo Sporting.
No entanto, mais do que nunca, Marco Caneira é peça fundamental para o xadrez de Paulo Bento. É nesse contexto que os leões e Paulo Barbosa, representante do jogador, vão conversar durante o dia de hoje.
Depois de ter chegado a Alvalade na última época, também por empréstimo, o polivalente defesa sempre foi considerado elemento essencial para o plantel sportinguista versão 2006/07, no entanto, a situação tornou-se ainda mais premente com o actual cenário que envolve Moisés.

O reforço que afinal não o será

Moisés não vai ser jogador do Sporting em 2006/07.
A existência de um processo movido por ocasião da rescisão unilateral do contrato que o ligava ao Krylia motivou um castigo da FIFA, que poderia impedir o atleta de participar em qualquer competição durante um período de quatro meses.
Confrontada com esta realidade, que garantiu desconhecer até este momento, a SAD leonina decidiu avançar para a rescisão do contrato recentemente assinado com o defesa central.
Os motivos que levaram a este procedimento estão expressos no comunicado ontem divulgado pela direcção de comunicação.
Em causa está um comportamento que os dirigentes verde e brancos qualificam de impróprio para um profissional.
O tema motivou, aliás, um período de reflexão em Alvalade, onde os membros da comissão executiva do conselho de administração da SAD - Carlos Freitas, Rita Figueira e Pedro Mil-Homens - estiveram reunidos, com o objectivo de encontrar a melhor solução para este problema.
Resta saber, agora que Moisés fica fora dos planos de Paulo Bento, se o Sporting regressa ao mercado para contratar outro defesa-central.
Moisés, entretanto, viajou para o Brasil onde procura inteirar-se dos contornos do problema, tendo encontros marcados com o seu advogado e o outro emblema envolvido, o Cruzeiro.
O clube brasileiro já está no campo a tratar da sua absolvição, juntamente com o próprio jogador, pois a defesa conjunta está a ser preparada pelo advogado Eduardo Baethgen, que apresentará na quarta-feira o recurso na FIFA para que a suspensão fique... suspensa, até o recurso ser julgado.
O advogado brasileiro especialista em direito desportivo, Eduardo Baethgen, responsável pela defesa de Cruzeiro e Moisés, afirmou-se convicto de que o jogador não será suspenso.
"Estamos protelando o recurso pela suspensão do jogador e do clube. O efeito suspensivo vai sair até ao início de Agosto, e nós vamos protelar esse efeito suspensivo, em princípio na quarta-feira, após reunir com o clube e o jogador. O nosso objectivo é protelar o efeito suspensivo até ao nosso recurso ser definitivamente julgado, situação que demorará entre oito meses e um ano. Temos plena convicção que vamos conseguir a absolvição, até porque o jogador tinha cinco meses de ordenados em atraso", comentou o jurista, justificando a rescisão de contrato de Moisés com o Krylia Sovetov.

Desta deve mesmo ser!

Benfica e Valência ultimam a saída de Simão Sabrosa, estando iminente o acordo entre os dois clubes.
Hoje, aliás, poderá ser um dia determinante para a conclusão do processo, sendo que os responsáveis encarnados apenas pretendem ser ressarcidos financeiramente pela saída do capitão de equipa, descartando, desse modo, a possibilidade de contarem com o avançado italiano Di Vaio.
O jogador englobado pelos dirigentes do emblema "Ché" no negócio não reúne o perfil traçado por Fernando Santos para o reforço da linha da frente, sendo que a saída de Simão Sabrosa apenas contemplará um encaixe financeiro para o Benfica.
O Valência começou por oferecer 14 milhões de euros, mais a cedência definitiva do passe de Di Vaio, tendo acrescentado, numa fase seguinte, mais dois milhões de euros à proposta inicial. Apesar do elevado montante envolvido, Luís Filipe Vieira e José Veiga recusaram o negócio, pretendendo apenas receber 20 milhões, número, aliás, apontado pelo presidente do Benfica como mínimo para a saída do atleta.
Os responsáveis do Valência optam por manter o maior sigilo ao longo de todo o processo. "Simão? Ainda é jogador do Benfica, por isso não vou comentar...", disse Amadeo Carboni, em declarações ao nosso jornal, enquanto o empresário de Di Vaio, Francesco Zabaglia, afirmou desconhecer a possibilidade de o jogador rumar a Portugal: "De concreto só temos uma proposta do Mónaco. Há também possibilidades de o jogador ir para Itália, mas ainda são propostas que estão a ser estudadas. Benfica? Nada sei, mas caso haja essa possibilidade iremos estudá-la."
O Tottenham também surgiu na corrida por Simão, mas a verdade é que a proposta do Valência é substancialmente superior e o próprio jogador não se mostra muito disposto a rumar para um clube da meio da tabela da Liga inglesa, apesar de o ordenado oferecido pelos ingleses ser superior ao proposto pelo Valência.
Hoje mesmo, Jorge Mendes, empresário de Simão, deverá reunir-se com os responsáveis encarnados no sentido de ultimar o negócio, sendo certo que o jogador, de férias, está à espera de um contacto para iniciar os trabalhos no seu novo clube.
Recorde-se que Simão não esteve presente na cerimónia de apresentação do plantel do Benfica, sendo evidente que o seu tempo (de sucesso) no Estádio da Luz está prestes a chegar ao fim.

sexta-feira, julho 21, 2006

Uma decisão que é a cara da FIFA

Zinedine Zidane foi suspenso por três jogos pela cabeçada com que atingiu Marco Materazzi, na final do Campeonato do Mundo, na Alemanha, mas o defesa italiano também foi punido com dois jogos pelos insultos que originaram a agressão do francês, anunciou esta quinta-feira o Comité Disciplinar da FIFA.
Um castigo simbólico para o internacional francês, uma vez que a final de Berlim assinalou a sua despedida definitiva do futebol. «Sabendo que Zidane põe um termo à sua carreira, a Comissão tomou nota que Zinedine Zidane se comprometia, para além das sanções, a tornar-se disponível junto da FIFA para actividades humanitárias efectuadas pela instância dirigente do futebol mundial em prol das crianças e os adolescentes», explicou um porta-voz da FIFA.
A FIFA esclareceu ainda que «os jogadores reconheceram que os comentários de Materazzi foram difamatórios, mas não de natureza racista» e que ambos pediram desculpa pelo seu «comportamento inapropriado». A FIFA decidiu ainda multar Zidane em 7.500 francos suíços (4.800 euros) e Materazzi em 5.000 fracos suíços (3.200 euros).
O francês já tinha pedido desculpa pelo seu acto, mas disse que não se arrependia de o ter feito, uma vez que o italiano tinha dito «palavras muito duras» sobre a sua mãe e a sua irmã. Já Materazzi reconheceu ter insultado Zidane, devido a uma atitude arrogante deste, mas garante que nunca disse nada sobre religião ou racismo, nem ofendeu a mãe do francês.

Tudo se decidirá Sábado no Contra-Relógio ou como o "morto" ressuscitou para uma previsível vitória final

Depois de no dia anterior ter tido uma quebra de rendimento que o levou a perder mais de dez minutos para os primeiros e ter perdido a camisola amarela, Floyd Landis deu esta quinta-feira uma prova de grande pujança física que lhe permitiu cruzar a meta em Morzine completamente isolado, depois de uma fuga empreendida praticamente desde o início da etapa.
Floyd correu sozinho grande parte dos 200,5 quilómetros e chegou com cinco minutos e 42 segundos de vantagem sobre o segundo classificado, Carlos Sastre.
Apesar do brilhantismo do desempenho do ciclista norte-americano, a chegada isolada não chegou para conquistar a amarela perdida no dia anterior, a qual continua na posse de Óscar Pereiro. O espanhol cortou a meta em sétimo lugar, a sete minutos e oito segundos de Floyd e a um minuto e 27 segundos de Carlos Sastre. Sastre era o segundo classificado da geral, a um minuto e 50 segundos de Pereiro, pelo que conseguiu desta forma diminuir a desvantagem para o camisola amarela para 23 segundos apenas.
José Azevedo chegou no 34º posto da etapa, cortando a meta 21 minutos e 23 segundos depois de Floyd Landis, mas subiu mesmo assim um lugar na geral, até aos 19ª posição.
Classificação Geral:
1. Óscar Pereiro (ESP - CSP)
2. Carlos Sastre (ESP - CSC), a 12 segundos
3. Floyd Landis (USA - PHO), a 30 segundos
4. Andréas Kloden (GER - TMO), a 02 minutos e 29 segundos
5. Cadel Evans (AUS - DVL), 03,08
19. José Azevedo, (POR - DSC), 34,01

A janela de oportunidade de Simão

José Mourinho, actual bicampeão inglês pelo Chelsea, admitiu hoje a saída do ala irlandês Damien Duff, recusando a transferência do extremo holandês Arjen Robben. "Estou numa equipa em que há sempre alguns que querem sair e muitos que eu quero manter desesperadamente. Há sempre alguns que quero manter, mas não tenho coragem porque não posso prometer-lhes que vão jogar 75 por cento dos jogos", disse Mourinho sobre a eventual transferência de Duff para o vizinho Tottenham.
O internacional irlandês de 27 anos assinou pelos blues de Stamford Bridge em 2003, oriundo do Blackburn Rovers, num negócio de cerca de 25 milhões de euros. "Gosto de Damien como jogador e como pessoa. Ouvi-o durante um par de horas e compreendi o que tinha em mente", acrescentou o treinador luso, que já anunciou que pretende mais um atleta.
A próxima compra do Chelsea deverá ser para o lugar do lateral esquerdo espanhol Asier del Horno, que apesar de ter desiludido Mourinho, está a ser disputado por Athletic Bilbau e Valência.
Outro atleta que pode integrar os quadros do Chelsea é o internacional brasileiro Roberto Carlos, também defesa esquerdo, actualmente ao serviço do Real Madrid, mas com a intenção de rumar a outras paragens. "Ashley Cole é um bom jogador, mas temos sido ligados a todos os laterais esquerdos da Europa. É um jogador do Arsenal, portanto não vou falar. Temos Wayne Bridge, de volta do Fulham, e confiamos nele", afirmou Mourinho, sobre o gunner que já motivou uma avultada multa ao Chelsea por uma abordagem ilegal anterior.
De quem Mourinho não abdica é de Robben, uma promessa eleitoral do novo presidente do Real Madrid, Ramón Calderón. "É um jogador que queremos manter no clube, com 100 por cento de certeza", disse o técnico português, complementado por Peter Kenyon, director-executivo do Chelsea, que negou "qualquer abordagem formal, que, de resto, seria prontamente recusada".
A transferência de Duff pode abrir novamente as portas de Stamford Bridge a Simão Sabrosa, capitão do Benfica.
Mourinho já tinha dito que o internacional português não interessava ao Chelsea porque o plantel já contava com quatro extremos, mas com a saída do irlandês tudo volta a ser possível.
O Chelsea já pediu à Federação Internacional de Futebol (FIFA) para investigar a alegada aproximação ilegal dos merengues ao internacional holandês, ainda com vínculo aos blues válido por bastante mais do que os seis meses que permitem encetar negociações.
Mourinho quer um plantel de apenas 22 jogadores, o que significa que ainda vão sair três jogadores da equipa, devendo as escolhas recair sobre o avançado argentino Hernan Crespo, o médio inglês Shaun Wright-Phillips e o defesa alemão Robert Huth.
O Chelsea vai contar com os jovens Obi Mikel, Kalou e Diarra, além do avançado ucraniano Shevchenko e do médio alemão Ballack, após ter cedido o avançado islandês Gudjohnsen (FC Barcelona), o guardião Pidgeley (Millwall), o avançado Carlton Cole (West Ham) e o defesa direito Glen Johnson (Portsmouth).

Hoje sim, já será a sério

Selecção portuguesa de hóquei em patins goleou hoje a Áustria por 24-0 (12-0 ao intervalo) e vai discutir hoje, com a Espanha, o acesso à final do Europeu, em Monza (Itália).
Resultados dos quartos-de-final: França-Suíça, 3-4; Espanha-Alemanha, 10-0; Itália-Andorra, 11-1; Portugal-Áustria, 24-0.
Meias-finais: Espanha-Portugal (17.30 h); Itália-Suíça (20.15 h).
Portugal alinhou: João Pereira, Sérgio Silva (2), Reinaldo Ventura (4), Tiago Rafael (2) e Jorge Silva (3). Jogaram ainda: Carlos Silva, Valter Neves (1), Vítor Hugo (4), Ricardo Barreiros (6) e Pedro Moreira (2).

Uma grande decisão

Pedro Roma vai ser, outra vez, o capitão de equipa da Académica.
Aliás, mesmo sem usar a braçadeira, o experiente guarda-redes, que faz 36 anos no mês que vem, nunca deixou de o ser, pois foi sempre dos jogadores mais influentes no balneário e mais admirados pelos adeptos.
É ele, por exemplo, quem dá a cara pela maior parte das iniciativas publicitárias da Briosa e é ele que toda a gente vê como símbolo da casa.
Por certos adeptos lhe terem deixado, nas paredes do pavilhão-sede, mensagens nada simpáticas, a seguir a resultado desfavorável, e os dirigentes de então não o terem protegido, ainda a equipa andava pela Liga de Honra, Pedro Roma recusou-se a capitanear a equipa e o cargo ficou para Dário.
Quando este e Lucas saíram, Paulo Adriano, agora no AEK de Larnaca, do Chipre, foi o escolhido para usar a braçadeira. Fê-lo até ao final da época passada, altura em que se começou a especular sobre a sua saída da Académica, o que só se veio a confirmar em fins de Junho, já perto do arranque desta pré-temporada.
Houve, então, a necessidade de arranjar novo capitão de equipa. Nuno Luís, que era sub, tal como Zé Castro, este reforço dos espanhóis do Atlético de Madrid, Nuno Piloto, Roberto Brum e até Litos, a contratação mais apelativa da versão 2006/07 da Académica, eram nomes falados nos bastidores, por onde também se concordava que Pedro Roma, se aceitasse, era a melhor solução de todas.
Bastou-lhe reflectir, entender que o que lá vai já lá vai e que a honra de capitanear a Briosa é superior a tudo.
Ponderado, inteligente e com perfil de líder, o número 24, a quem só falta o estágio para concluir a licenciatura em Educação Física, aceitou o cargo.
Nem o facto de se tratar do guarda-redes, na maior parte das vezes distante do que se passa no relvado, levou Manuel Machado a considerar ou sugerir outro nome. Pedro Roma é, no fundo, a opção mais óbvia e avisada dentro do grupo de trabalho.

Será que sim?

Está por horas a resolução do processo negocial que pode fazer do ponta-de-lança Diego Tristán o último reforço leonino neste defeso futebolístico.
Sporting, Corunha e o jogador não desejam prolongar por mais tempo este jogo de paciência, sendo seguro que até amanhã, o mais tardar domingo, o futuro do internacional espanhol ficará definido.
"Esta é uma situação que não interessa a nenhuma das partes. Todos têm interesse em resolver a questão. O Corunha não pretende prolongar mais este processo, e pensamos que, nas próximas horas, tudo ficará resolvido", confessou Rafael Carpacho, director de comunicação do emblema galego.
Entretanto, Tristán foi notificado para se apresentar hoje no hospital Modelo, na Corunha, para realizar exames médicos, estando agendados para o final da tarde, no centro de estágio do Depor, os respectivos testes físicos.
Uma formalidade que o jogador está intimado a cumprir, mas que pode até não se verificar, caso, nas próximas horas, fique definido o seu futuro.
E esse futuro continua a ser conotado com Lisboa, com Sporting e jogador a manterem negociações, por meio de intermediários (a empresa Gestifute, do empresário FIFA Jorge Mendes), que podem culminar com a cedência de Tristán aos leões.
"Existem vários interessados no jogador, mas posso garantir que o Sporting continua muito bem colocado neste processo, tendo mantido contactos regulares com o atleta. As possibilidades de Tristán rumar a Portugal são grandes, mas, no futebol, tudo é possível", alertou Rafael Carpacho.

Será que finalmente se irá afirmar?

PERGUNTA Afirmou recentemente que esperava uma grande época para si. É esse o seu grande desejo?
CARLOS MARTINS Sim, é isso que espero: que esta época me corra, pessoalmente, muito bem, porque ainda não tive uma temporada constante, tenho consciência disso. Nunca fiz uma época à minha imagem e espero que, neste ano desportivo, com muita tranquilidade e muita paz, consiga isso.
P E ultrapassar os problemas, como as lesões…
R Claro. Principalmente na última época, isso condicionou-me muito. É passado, agora sinto-me bem e há que arrancar para uma temporada em cheio.
P Chegou a ir ao estrangeiro para perceber o que se passava. Agora está tudo ultrapassado?
R Acho que é um assunto que faz parte do passado. Tive, com o conhecimento de todos, uma série de lesões que me impediram de fazer o máximo, ou o melhor possível, mas está tudo ultrapassado. Estou bem, que é o que mais importa. Quero encarar o futuro da melhor maneira e ajudar o Sporting.
P Foi sempre presença regular nas Selecções jovens. A chamada à Selecção principal é um objectivo seu?
R Tenho esse objectivo. É a única internacionalização que me falta. Sempre joguei nas Selecções ao longo dos escalões por que passei, É um objectivo meu, mas não vivo obcecado com isso. Sei que, se fizer uma época boa e regular, é mais provável que seja chamado.
P Daqui a dois anos haverá um Europeu; é nisso que pensa?
R O que penso, sinceramente, é fazer uma grande época pelo Sporting. Acho que devo isso ao Sporting, de uma vez por todas – fazer uma época à minha imagem. Tudo o que vier daí é bom. Sei que, para chegar à Selecção, tenho de estar ao mais alto nível. Agora estou concentrado em trabalhar, para mostrar às pessoas que podem confiar em mim.
P Porque acha que deve isso ao Sporting?
R Porque estou cá desde os 11 anos e sinto isto como uma família. Tudo o que eu sei foi aqui que aprendi, portanto acho que devo isso ao Sporting.
P Na época passada, depois de ultrapassados os problemas físicos, acabou por ficar algumas vezes fora das convocatórias, chegando a especular-se que poderia haver problemas com o treinador. O que se passou?
R Também surgiram notícias de que tinha processos disciplinares… Acho que nunca tive nada. Só se alguém moveu um processo disciplinar sem que eu tenha tido conhecimento… Tudo o que passou, passou, e quero pôr uma pedra sobre o assunto. O que posso dizer é que estou concentrado, para fazer o melhor possível ao serviço do Sporting.
P Mas não há, então, qualquer problema com Paulo Bento?
R Nunca houve.
P Com Paulo Bento ou com outros treinadores?
R Graças a Deus, nunca tive problemas com ninguém.

A ver vamos se confirma as boas indicações do ano passado

Anderson jogou ontem na posição que lhe valeu o reconhecimento no Brasil - número 10 - e foi simplesmente um dos melhores jogadores em campo.
Apesar disso, o jovem brasileiro não estava totalmente contente com o que tinha acabado de conseguir fazer. “Satisfeito nunca posso estar, porque tento melhorar sempre mais. Temos trabalhado bem durante a semana, conseguimos um bom resultado, mas ainda há alguns aspectos para melhorar”, referiu.
Mas, afinal, qual é a posição onde Anderson pode render mais neste FC Porto? “Tudo depende do treinador, ele é que sabe, e eu vou jogar onde ele entender que posso ajudar mais a equipa. É só isso que me preocupa”.
E por falar em treinador, o médio brasileiro dispensou algumas palavras para elogiar o trabalho desenvolvido por Co Adriaanse, relembrando que foram estes métodos e esquema táctico que valeram os dois títulos conquistados na temporada transacta.
A nível individual, Anderson coloca a fasquia bem alta. “O meu sonho sempre foi jogar numa equipa grande como o FC Porto e agora que aqui estou quero continuar a fazer o bom trabalho que, no passado, fui fazendo no Grémio e na selecção brasileira. Espero vir a ser um ídolo do clube”, afirmou, antes de concluir com uma análise à forma como está a decorrer este estágio em De Lutte. “A equipa está a trabalhar bem, com tranquilidade, e passo a passo vamos atingir o nosso máximo. É verdade que tem estado algum calor na Holanda, que até faz lembrar o Brasil, mas isso não é preocupante”.

De demissão em demissão até ao alargamento final

A polémica em torno do "caso Mateus" terá levado agora à demissão outros dois membros da Comissão Disciplinar (CD) da Liga: Gomes da Silva, o presidente, e Domingos Lopes, conselheiro impedido pelo Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol de votar neste processo, por alegadas incompatibilidades.
A confirmar-se este par de abandonos, a CD passará a ser presidida pelo vogal Frederico Cebola, mas sem quórum para tomar qualquer decisão, uma vez que só conta com mais um elemento, Pedro Mourão.
Curiosamente, Cebola e Mourão, que também se haviam demitido, regressaram à Liga para manter em funcionamento o órgão disciplinar.
Recorde-se que estes são os elementos que votaram a descida do Gil Vicente no "caso Mateus" e sobre os quais os galos lançaram um "indício de suspeição"; Gomes da Silva e Domingos Lopes haviam decidido o processo a favor do clube de Barcelos.
A falta de quórum deixa nas mãos de Adriano Afonso, presidente da Assembleia Geral da Liga (AG), a decisão de nomear interinamente, até às eleições de 10 de Agosto, um jurista que torne possível o funcionamento da CD.
À Rádio Renascença, antes de ter qualquer conhecimento oficial da demissão de Gomes da Silva, Adriano Afonso considerou essa possibilidade "aborrecida e criticável". "Sem o acórdão é uma coisa terrível! Devia ter aguentado", lamentou.
Por outro lado, pendente que está a possibilidade de votação de Frederico Cebola e Pedro Mourão após a acção do Gil Vicente, só nomeando três elementos o presidente da AG tornaria viável uma apreciação imediata do "caso Mateus".

Começou a luta pelo poder

Hermínio Loureiro passou a reunir os votos de parte substancial de clubes e sociedades desportivas para se candidatar à presidência da Liga, desde que, na tarde de ontem, Valentim Loureiro anunciou que só aceitava o apoio quase unânime dos sócios para exercer o cargo de presidente da assembleia geral.
Nas poucas horas transcorridas sobre este anúncio, e ainda sem candidatos publicamente assumidos, uma outra parte dos sócios da Liga estava a trabalhar num cenário de candidatura de Miranda Calha às eleições do próximo dia 10 de Agosto.
À primeira vista, estaríamos a caminho de uma luta eleitoral entre dois ex-secretários de Estado, apimentada pelo facto de Hermínio ser do PSD e Calha do PS.
E de algum modo será nesse tabuleiro que alguns pretenderão jogar, juntando-lhe o sportinguismo de Hermínio e o benfiquismo de Calha.
Mas nem tudo o que parece é. E certo mesmo é que o cenário de candidatura de Hermínio vem de há muitos meses, foi acompanhado pelo próprio Valentim e inclui conversas com o actual secretário de Estado, Laurentino Dias, e como presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madail, por motivo da nova Lei de Bases do desporto e do futuro Regime Jurídico das federações.
O pontapé de saída para a elaboração das listas, que terão de ser entregues até 5 de Agosto, foi dado ontem pelo ainda presidente da Liga, Valentim Loureiro, que, após recolher o apoio da quase totalidade dos sócios, decidiu candidatar-se não à presidência executiva mas sim à da assembleia geral.
Curiosamente, Valentim Loureiro escolheu o mesmo modelo com que nas últimas eleições autárquicas marcou a agenda (incluindo a do seu próprio partido, o PSD) recandidatando-se à presidência da Câmara Municipal de Gondomar como independente, a mesma fórmula com que acaba de anunciar que encabeça a lista para a mesa da assembleia geral da Liga.
Quem conhece o trajecto do major sabe que ele não tem propriamente o perfil "corta fitas" que está associado a alguns presidentes de assembleias. De resto, até pela relação de amizade de ambos, Hermínio Loureiro colocou como premissa eleitoral não concorrer com Valentim Loureiro.
Esta posição do ex-secretário de Estado dos Desportos era conhecida há bastante tempo, concretamente desde meados de Fevereiro passado, quando ainda em plena efervescência do processo Apito Dourado, personalidades do mundo do futebol e da política principiaram a equacionar cenários reformadores.
Desde então, as conversas cruzadas nunca pararam e uma das últimas terá ocorrido no voo que levou alguns VIP portugueses a apoiar Portugal no desafio contra a Alemanha para a disputa do terceiro e quarto lugares do Mundial.
Ao que nos relataram testemunhas oculares, nesse voo, aproveitado por Marques Mendes para descansar das fadigas da luta político-partidária, Hermínio conversou longamente com Valentim.

quinta-feira, julho 20, 2006

Grande Pereiro ou a história do herói improvável

Ficará para a história a 16ª etapa do Tour 2006 como a jornada em que o camisola amarela, o grande favorito em prova, deitou tudo a perder, após uma espectacular quebra na última subida. Floyd Landis perdeu o Tour e o galego Oscar Pereiro recuperou a amarela a quatro dias de Paris. José Azevedo atacou e sentiu-se melhor, sendo o mais bem classificado da Discovery (20º)
O espanhol Oscar Pereiro recuperou a camisola amarela na Volta a França, o seu compatriota Carlos Sastre subiu ao segundo lugar e o alemão Andreas Kloden tomou o terceiro lugar do pódio ao cabo de uma espectacular reviravolta na classificação geral ocorrida na 16ª etapa da prova, com final em Toussuire, decorridos 182 quilómetros.
No segundo dos três dias nos Alpes – hoje a ligação, novamente de dificuldade máxima, corre-se entre Saint-Jean-de-Maurienne e Morzine (199 km) – o Tour conheceu o seu mais simbólico dia: o dinamarquês Mickaël Rasmussen protagonizou uma grandiosa “cavalgada” desde os primeiros quilómetros, ganhando a etapa (passando na dianteira em todas as montanhas Galibier, Croix-de-Fer, Mollard) num triunfo em glória a que acresce ainda a liderança da classificação da montanha; em contraponto, à deriva, destacou-se o camisola amarela Floyd Landis física e psicologicamente quebrado a 12 quilómetros da chegada, após um ataque de Carlos Sastre. Num único “dia mau”, numa única subida, Landis perdeu as chances de vencer o Tour.
Na corrida, como esperado, o inédito Toussuire provou ser uma surpresa para os favoritos. Landis, sem companheiros de equipa em seu redor, falhou após um ataque de Carlos Sastre (CSC) que lhe valeria o segundo lugar na etapa (a 1m50 de Rasmussen), mas, sobretudo, o segundo lugar na geral. Numa resposta consistente, o anterior líder Oscar Pereiro chegou em terceiro, a 15 segundos, acompanhado do australiano Cadel Evans (Davitamon) e do alemão Andreas klöden (T-Mobile). A quatro dias da festa de Paris, a Volta a França está ao rubro. E, Pereiro, um galego que começou a correr profissionalmente em Portugal e que depois deu o salto – foi por duas vezes 10º na geral do Tour e já tinha ganho uma etapa, em 2005 – arrisca-se a ser um vencedor surpreendente, bastando para tal defender-se hoje nas montanhas e no contra-relógio às portas dos Campos Elíseos– no primeiro “crono” o galego foi 23º e, se registar a mesma prestação, não perde o Tour.
O português José Azevedo terminou a etapa na 16ª posição, tendo subido cinco lugares na classificação geral, sendo agora 20º e o elemento mais bem classificado da Discovery Channel.

Um pequeno grande jogador

PERGUNTA Que títulos espera vencer esta época?
JOÃO MOUTINHO Estamos concentrados na Liga e na Taça de Portugal. Na Liga dos Campeões, passa por fazer o melhor possível.
P O que imagina que o Sporting pode fazer na Liga dos Campeões?
R Primeiro, temos de saber quais são as equipas que vamos apanhar na fase de grupos. Vamos esperar para ver e, depois, tentar fazer o nosso melhor, mas, quanto mais longe chegarmos, melhor.
P Está ansioso por poder jogar nessa prova?
R É uma prova muito importante. É a melhor em termos de clubes, e é sempre bom para um jogador poder participar nessa competição. É uma ansiedade boa. Como ainda não sei o que é jogar na Liga dos Campeões, vai ser muito bom.
P Helton, guarda-redes do FC Porto, afirmou que os campeões nacionais são os principais favoritos ao título. Que comentário lhe merece?
R Nós o que queremos é o Campeonato e a Taça. E nós vamos fazer tudo, como eles irão fazer, para ganhar.
P Afirma que o Sporting é o principal favorito?
R Claro, o Sporting está sempre entre os favoritos.
P Custódio e Liedson disseram que o Sporting está mais forte do que na época passada. Concorda?
R O Sporting reforçou-se, tal como os outros clubes se reforçaram. Continuamos a ser os mesmos, mas conseguimos manter uma estrutura-base muito importante, ou seja, ficou a maior parte dos jogadores, bem como a equipa técnica. Com a vinda de outros jogadores que reforçaram a equipa, o Sporting é, tal como todos os anos, um candidato ao título. Temos de demonstrar isso dentro de campo e vamos trabalhar para que, no final, possamos sair com um sorriso.
P Tendo em vista a nova temporada, coloca Sporting, Benfica e FC Porto no mesmo patamar?
R Tenho estado concentrado unicamente no Sporting e em poder fazer um bom trabalho. FC Porto e Benfica são grandes equipas, tal como nós. No início, partimos todos com os mesmos pontos.
P Do que tem visto nos treinos, se pudesse escolher um onze, quem escolheria?
R Não me cabe a mim responder a isso. O mister está a tirar as suas ilações do trabalho e dos jogadores e saberá tomar essa decisão.
P Mas fazia parte desse onze?
R Claro, como toda a gente.
P É um dos subcapitães da equipa. Como reagiu a essa nomeação?
R Com enorme orgulho. É importante, mas tenho de manter as responsabilidades que todos temos... e mais algumas. Além disso, dar continuidade ao trabalho que tenho vindo a desenvolver. Estou aqui há pouco tempo, mas é extraordinário poder ser um dos capitães.
P Pensa, no futuro, vir a ser o primeiro capitão?
R Logo se verá. Agora fui escolhido como terceiro capitão, daqui para a frente veremos o que acontece.
P Estava à espera?
R Não sei se estar à espera é a expressão correcta. Os misters escolheram, e foi com enorme orgulho que aceitei esse cargo, para poder ajudar a equipa.
P Como um dos capitães, que mensagem passa aos novos colegas?
R A mensagem é sempre a mesma: estarmos todos juntos para conseguir atingir os nossos objectivos.
P Quais as primeiras impressões que tem dos novos companheiros, nomeadamente de Farnerud e Moisés?
R Boas – são excelentes jogadores. Além disso, estão a ambientar-se bem à equipa, e espero que possam ser mais uma opção para ajudar o Sporting.
P Reencontra, nesta equipa, antigos companheiros seus que foram campeões de juniores, como Djaló e Miguel Veloso. Como é voltar a trabalhar com eles?
R É sempre bom. Foram meus colegas desde que entrei no Sporting, ou seja, desde os iniciados. É um sinal de que o Sporting continua a apostar nos jovens, e isso é muito bom. Tanto para os jovens, como para o Sporting.
P Um dos jogadores com que se vai cruzar na nova temporada é Rui Costa. É um encontro que imaginou desta forma?
R Não imaginei. O Rui Costa é um excelente jogador, e eu sempre disse que era um admirador dele, mas, se jogar contra ele, é uma situação que vou encarar com toda a normalidade. Vai ser bom, e tudo farei para tentar vencer.
P Liedson afirmou que é bom para o Campeonato que estes jogadores regressem a casa. Concorda que dão mais visibilidade à prova?
R O Rui Costa teve sempre muita visibilidade, tanto em Portugal, como em Itália, ou na Selecção Nacional, mas temos outros excelentes jogadores no Campeonato, que também [lhe] dão visibilidade.
P Espera que este seja o seu ano, ao nível da Selecção Nacional?
R Estou concentrado no Sporting, para trabalhar e, se possível, ser convocado para a Selecção, mas não vivo a pensar nisso. Penso em poder trabalhar, fazer uma boa pré-época, para podermos entrar no Campeonato com a maior das forças, para conseguirmos as vitórias que todos queremos.
P Mas fazer uma boa época implicará uma chamada à Selecção Nacional...
R Caberá ao mister Scolari decidir o que é melhor para a Selecção.
P Liedson admitiu pensar numa eventual naturalização e em poder jogar pela Selecção...
R Ele disse que irá pensar. É um excelente jogador e, se decidir naturalizar-se, vai ser uma excelente ajuda.
P Será um bom sucessor de Pauleta?
R O Liedson é um grande jogador, mas cabe a ele decidir.
P Vê-se a jogar muitos mais anos em Portugal?
R Vejo-me a jogar no Sporting. Do futuro, ninguém sabe. Agora estou concentrado para poder ajudar o clube a conquistar os seus objectivos.
P Em Portugal, só joga no Sporting?
R Sim.
P Mesmo que saia para o estrangeiro, só admite regressar para o Sporting?
R Este foi o clube onde sempre estive e é o clube onde, se Deus quiser, irei sempre estar.
P Como encara o regresso de Pedro Barbosa?
R Muito bem. É uma pessoa de quem gosto, e é sempre bom alguém que passou dez anos no clube – e que o conhece muito bem – estar aqui para ser mais um para ajudar.
P Ainda o trata por sr. Barbosa?
R Ainda [risos].
P Sá Pinto também é uma das figuras do clube. Gostava que ele regressasse?
R Claro. Esteve, também, vários anos no Sporting, é um jogador que marcou o clube. Se vier, será bem-vindo, para nos poder ajudar.
P Perante o trabalho que tem sido feito, ao nível da formação, nos últimos anos, o Sporting é a melhor escola de jovens talentos em Portugal?
R É de onde tem saído a maior parte dos jogadores portugueses [que vão] para o estrangeiro. Figo, Ronaldo e Viana, por exemplo, são excelentes jogadores, que já mostraram, pelos campeonatos por onde têm passado, que têm valor. O Sporting tem uma grande escola, por todos os jogadores que já formou, pelos títulos que conquistou, e está a aproveitar, ao máximo, tudo o que tem.
P Em que posição no campo espera jogar esta época?
R Não sei; o mister é que sabe qual a posição que é melhor para a equipa. Em primeiro lugar está a equipa, mas onde me sinto melhor é na posição dez.
P Até agora, a maior parte dos reforços contratados são para o meio-campo. É salutar toda esta concorrência?
R É sem dúvida importante ter jogadores para fazer concorrência ao nosso lugar. [Farnerud e Paredes] são dois excelentes jogadores, que vão trabalhar para conseguir jogar, tal como todos os outros que aqui estão.

Um bom negócio para um jogador no último ano de contrato

O Blackburn Rovers voltou à carga por McCarthy e já terá avançado com uma proposta para a aquisição do jogador a rondar os 3,5 milhões de libras, qualquer coisa como cinco milhões de euros.
De acordo com o jornal inglês, Daily Mirror, as conversações entre os dois clubes e o jogador já estarão bastante avançadas e pode mesmo ser desta que McCarthy cumpre o sonho de jogar na Premiership.
O interesse do Blackburn e em particular do seu treinador, Mark Hughes, no ponta-de-lança sul-africano não é de agora.
De facto, já na última temporada o Rovers fez uma investida por ele, chegando a oferecer cerca de seis milhões de euros para garantir a transferência, que acabaria por esbarrar na intransigência do FC Porto relativamente ao pagamento da cláusula de rescisão do jogador - nove milhões de euros - para permitir a sua saída.
Aliás, o Blackburn não foi a única equipa a tentar levar McCarthy para Inglaterra.
Há dois anos, foi o Everton que esteve perto de o conseguir e ainda na última temporada, o West Ham chegou a oferecer os tais nove milhões de euros mencionados na cláusula de rescisão.
Na altura o negócio não avançou porque a oferta foi feita em cima do final do prazo de inscrições, numa altura em que a cláusula de rescisão já não se aplicava e quando o FC Porto não tinha tempo para encontrar uma alternativa ao sul-africano. As coisas são bem diferentes agora.
Pinto da Costa já reconheceu que o jogador se encontra no lote de negociáveis pelo clube e até o empresário admitiu que estava à procura de uma saída, pelo que estão reunidas as condições para que a transferência se concretize nos próximos dias.
De resto, a contratação de Hesselink, a grande prioridade do FC Porto e em particular de Co Adriaanse, depende da capacidade dos portistas para gerarem receitas.
Os cinco milhões de euros que o Blackburn pagaria pelo avançado sul-africano poderiam dar um novo impulso às negociações do FC Porto com o PSV para a contratação de Hesselink. A confirmar nos próximos dias.

Se totalmente recuperado, um bom reforço para a Briosa

O avançado brasileiro Bruno Moraes, jogador do FC Porto, pode ser a terceira aquisição por empréstimo da Académica de Coimbra, segundo revelou ontem a Agência Lusa.
Bruno Moraes, 22 anos (1,80 m, 72 kg), esteve sem competir durante quase toda a última época, devido a grave lesão.
Neste momento, após ter estado emprestado pelos "dragões" ao Vitória de Setúbal, faz parte do plantel portista que está a estagiar na Holanda, daí que a sua eventual dispensa só possa ser concretizada após 28 de Julho, altura em que o campeão nacional termina o estágio de pré-temporada e o técnico Co Adriaanse pode avalizar o empréstimo.

Percebe-se a intenção

O acórdão do Conselho de Justiça que determinou o arquivamento do caso Nuno Assis é "uma violação grosseira das normas, regulamentos e leis, nacionais e internacionais, da luta contra o doping" – esta é a interpretação manifestada ontem por Laurentino Dias, secretário de Estado da Juventude e do Desporto, em conferência de Imprensa efectuada na sede da tutela, em Algés. A seu lado, Luís Sardinha, presidente do Conselho Nacional Antidopagem (CNAD), e Luís Horta, presidente do Laboratório de Análises e Dopagem (LAD), reforçaram a posição que sempre assumiram no processo, ou seja, no sentido da condenação do atleta.
O membro governativo voltou a reafirmar confiança nestas duas entidades (CNAD e LAD), prometendo "ir até ao fim" no processo.
Ou seja, em primeiro lugar, vai "remeter [o processo] para apreciação da Procuradoria-Geral da República", para que esta, "de forma urgente, aprecie e tome, sobre o assunto, as medidas que entender convenientes".
Depois, garante interpelar "a FPF e a Liga quanto às consequências deste tipo de decisões", assim como a FIFA e a UEFA, às quais irá "enviar este dossier".
Finalmente, também a Agência Mundial de Antidopagem (AMA) será notificada, "com um pedido de apreciação e da remessa, se o entenderem, para o Tribunal Arbitral do Desporto, sediado em Lausana".
Quanto ao próprio CJ da FPF, ainda assim, diz não pretender a demissão, mas apenas "uma reflexão" sobre a matéria.
No entender de Laurentino Dias, a irregularidade do acórdão do CJ da FPF prende-se sobretudo com um factor: a de que este organismo mandou arquivar o processo por não se ter provado que Nuno Assis tenha tomado de livre vontade o produto dopante, quando, precisamente, basta "a verificação, nos exames laboratoriais e científicos, da existência de produtos dopantes para que se considere a existência de dopagem" – e o arguido como culpado.
Ou seja, basicamente, segundo as leis, se havia doping na urina de Nuno Assis, então ele é obrigatoriamente culpado (ainda que, depois, possam existir atenuantes).
Para justificar esta ideia, o secretário de Estado aludiu à legislação nacional – "decreto-lei 193/97" –, mas também à "carta internacional olímpica sobre dopagem, à Convenção Europeia contra a Dopagem e aos regulamentos internacionais da UEFA e da FIFA".
Aliás, para ilustrar este ponto, apontou como exemplo os controlos contra o álcool que se fazem nas estradas, afirmando que, nesse caso, também aí o polícia "teria de provar quando é que o infractor bebeu o álcool, se o fez de livre vontade, etc.". "É exactamente a mesma coisa", assinalou Laurentino, acrescentando: "Se fosse preciso provar que o atleta tomou o produto dopante de livre vontade, então era o mesmo que dizer que, para ser culpado, ele tinha de ser apanhado em flagrante, ou então que ele próprio confessasse."

Notícia do "Pravda" sobre a transferência de Manuel Fernandes

Manuel Fernandes viajou ontem, ao início da tarde, para Inglaterra, com o intuito de ultimar a transferência para o Portsmouth, onde se juntará a Pedro Mendes.
O interesse do emblema inglês no internacional português é antigo, tal como O JOGO adiantou em primeira mão na edição do passado dia 1, mas só esta semana se estabeleceu o acordo com o Benfica.
As primeiras propostas apresentadas não agradaram aos dirigentes encarnados, e só depois de os valores terem ultrapassado um pouco os oito milhões de euros é que o Benfica deu o aval à transferência do camisola 14, que irá assinar um contrato válido por quatro ou cinco temporadas. O médio português tratou ontem de alguns pormenores burocráticos relativos à mudança e realizará hoje os habituais exames médicos – recorde-se que o atleta não se tem treinado sob a orientação de Fernando Santos, por se encontrar a recuperar de uma pubalgia –, indispensáveis para a concretização da transferência.
Apenas e só quando estas questões estiverem resolvidas é que Manuel Fernandes será oficialmente apresentado como o mais recente reforço à disposição de Harry Redknapp, confesso admirador das capacidades técnicas do internacional português.
Ao que tudo indica, até amanhã a transferência será consumada, conforme Milan Mandaric revelou a O JOGO. "Ainda há algumas questões por resolver, mas esperamos apresentá-lo oficialmente nos próximos dias", começou por dizer o presidente do Portsmouth. "Ainda tem de efectuar alguns exames médicos. Valores envolvidos? Neste momento. não fica bem falar sobre isso."
À partida para Inglaterra, Manuel Fernandes escusou-se a tecer comentários sobre esta nova etapa da sua carreira.

quarta-feira, julho 19, 2006

Que tudo te corra pelo melhor, Manel!

Manuel Fernandes despediu-se esta manhã dos seus companheiros do Benfica no centro de estágio do Seixal e segue esta tarde para o Portsmouth.
Caso o médio venha a superar os testes médicos a que se vai submeter, o contrato será assinado de imediato com a validade de quatro épocas.
De acordo com a Renascença, que avançou com a notícia, o Benfica vende ao Portsmouth os cinquenta por cento que ainda detinha do passe do jogador.
A outra metade do passe já havia sido vendida pelo clube da Luz a um Fundo de Investimentos. No total o Benfica receberá pela transferência de Manuel Fernandes para aquele clube inglês cerca de 15 milhões de euros.
Segundo a mesma fonte, o Benfica não irá recorrer a qualquer contratação para compensar a saída de Manuel Fernandes.

Até tu, Briosa?

Na época passada, e pela primeira vez na história da Académica, o número de jogadores estrangeiros ultrapassou o de portugueses.
Algo impensável num clube com a tradição da Briosa, intolerável para os românticos que subsistem em Coimbra. Mas a tradição já não é o que era e este ano o filme repete-se.
O português é e será sempre a língua predominante no plantel da Académica — só mesmo por causa dos brasileiros... —, mas há alguns anos seria impensável prever que no seio do sagrado balneário da Briosa a nacionalidade portuguesa ficaria em desvantagem numérica perante a soma de todas as outras. Assim foi na época passada, pela primeira vez em Coimbra, e assim será na que está para começar.
Em 2005/06, 13 portugueses estiveram às ordens de Nelo Vingada, que dispôs ainda de 14 brasileiros, um espanhol e um senegalês.
Em 2006/07, apesar de por ora o número de brasileiros ter sido reduzido para dez, são apenas 13 os portugueses (Fausto, que rodará no Tourizense, entra nestas contas, bem como Medeiros, nascido em França...), mas ainda há um argentino, um colombiano, um senegalês e, se Sonkaya vier mesmo, um turco.
Contas feitas, 13 contra 14, perdem os lusos.
Há muito que esta tendência se verifica no futebol português, mas a Académica, até há poucos anos, resistiu a esta invasão, muito por culpa do seu tradicionalismo, que, verifica-se agora, está cada vez mais esbatido.
Muitos podem ser os motivos apontados para justificar esta tendência, que suscita discussões e insatisfações nalguns círculos de Coimbra, mas um há que pode ser considerado como nuclear: no que ao principal escalão concerne, as características do mercado só permitem a aquisição de portugueses a custo zero para as bolsas menos abonadas, pois quando sob contrato os passes são inflacionados.
Assim, quando o dinheiro não estica recorre-se à importação, sobretudo ao Brasil, onde se compram três pelo preço de um.

Possível reforço da Briosa

Poderá estar a caminho da Académica o ponta de lança Leonardo Ferreira Coelho, conhecido entre os adeptos brasileiros por Léo Macaé, proveniente do Corinthians Alagoense.
Natural de Macaé, tem 23 anos, 1,77 altura e 78kg.
No campeonato Alagoense deste ano já leva na sua conta pessoal 11 golos.

Hoje ainda vai ser mais difícil

"Não houve problema nenhum. Foi um início de subida muito rápido, tentei ir com os frente, mas descolei. Tive que deixar ir, não fui capaz de acompanhar os primeiros... Não estou tão bem como pensava. Vim ao Tour com muita ilusão, com vontade de estar nos dez primeiros, mas, neste momento, não estou ao nível necessário... Não se trata de baixar os braços, nem perder a ambição, mas sim de ser realista e aceitar que não estou na condição que desejava. Ao longo do ano treinei ao máximo para estar bem, mas passaram cinco semanas desde o Dauphiné Liberé, no qual tive boa sensações e hoje (ontem) não consegui estar ao mesmo nível."

Quem tem razão?

Diego Tristán não cumpriu a promessa de falar apenas publicamente quando a sua situação estivesse resolvida e, em declarações ao Depor Sport, sublinhou que a hipótese mais viável é... a Liga portuguesa.
“A única coisa que me atrai são as propostas de Portugal.
Jogar a Champions seria um forte motivo para sair do Deportivo da Corunha. O Celtic e o campeonato escocês não me interessam”, referiu ao periódico.

Actualidade benfiquista

Luis Filipe Vieira confirmou ontem que o processo dos jogadores que não vão permanecer no plantel na época 2006/07, ficando de fora dos planos de Fernando Santos, vão ficar definidos até ao final da semana. "Os dispensáveis? Até sexta-feira as situações vão ficar resolvidas", admitiu em conversa com os jornalistas no Centro de Estágio do Seixal.
O presidente encarnado referiu-se ainda aos casos de Simão e Manuel Fernandes, que podem estar de saída. "São jogadores do Benfica", afirmou, não adiantando mais nada em relação ao assunto, apenas registando que o treinador "está a par" de tudo.
Vieira reiterou ainda que o acordo com a Caixa Geral Depósitos, entidade responsável pelo "naming" do novo Centro de Treinos, é "muito importante para além do futebol", recordando a criação de um cartão de crédito para os sócios do clube da Luz.
Sobre o facto do treino vespertino do Benfica ter sido em regime aberto, depois dos dois aprontos anteriores terem sido "fechados", o líder benfiquista recordou os adeptos que se "trata de um local de trabalho", pelo que a situação "não se vai repetir" no futuro.

No bom caminho ou uma boa exibição de uma selecção renovada

Ao contrário do que faria supor a selecção portuguesa de hóquei em patins conseguiu ontem golear a congénere da Suíça, por expressivos 7-0, no segundo jogo do campeonato da Europa da modalidade.
Depois da vitória alcançada frente à Andorra (3-0), a selecção portuguesa conseguiu levar de vencida sem margens para dúvidas a Suíça por 7-0.
Resta agora saber qual será o próximo adversário de Portugal no jogo dos quartos-de-final, que está marcado para quinta-feira.

Palavras de circunstância

PERGUNTA Como é que se sente neste regresso ao trabalho, depois de quase mês e meio de férias?
LIEDSON Muito bem, apesar do cansaço. A pré-época está a correr bem, é bom reencontrar os colegas e conhecer os novos jogadores. Claro que tenho consciência de que a tendência é para o aumento da intensidade de treino e o consequente cansaço, mas isso é fundamental para estarmos a cem por cento.
P Já é possível fazer um balanço destes primeiros dias de estágio?
R Claro que sim, já deu para entender aquilo que nos espera. Além disso, temos um grupo muito unido, estamos a realizar um trabalho muito proveitoso, para garantir as melhores condições físicas possíveis.
P Tem alguma meta de golos traçada para esta temporada?
R Nunca falei em metas ao longo da minha carreira. Os golos que consigo são consequência do trabalho que realizo no meu clube, e, com eles, procuro ajudar o Sporting a vencer. Para esta temporada, aquilo que espero é fazer muitos golos, não importa quantos.
P Em três temporadas no Sporting, leva já 55 golos marcados no Campeonato. Trocava tudo isso, e ainda os golos que possa realizar esta época, por títulos?
R Claro que sim, nem pensava duas vezes. Trocava os meus golos por títulos sem problemas.
P O Sporting quer mais um avançado. Como interpreta esse desejo?
R O Sporting é um grande clube e os grandes emblemas estão sempre à procura de grandes jogadores. É uma situação perfeitamente normal, e não significa que os atacantes que estão cá não tenham competência. Estou tranquilo em relação a isso, até porque acho que a concorrência faz bem e ajuda no trabalho diário.
P Mário Jardel voltou ao futebol português e já afirmou que vai lutar pelo título de melhor marcador da Liga. É um atacante com quem vai rivalizar nessa luta?
R Todos os avançados pensam em chegar ao fim do Campeonato e sagrarem-se os melhores marcadores da prova, e eu também penso dessa forma. Os golos são um factor fundamental para um atacante e, quantos mais, melhor.
P Teve alguns cuidados especiais com a sua coxa direita, tendo mesmo realizado algum trabalho específico durante as férias. Como é que está essa situação?
R Este trabalho já estava definido, pois a lesão com que acabei a época era bastante complicada. Por isso, nesta fase é importante dar continuidade a esse trabalho, mas estou a sentir-me muito bem, sem problemas.
P Como é que o Sporting vai encarar a participação na Liga dos Campeões?
R Trata-se de uma competição de alto gabarito, onde o nível dos jogos é muito difícil, mas na qual desejamos ir o mais longe possível. Estamos muito motivados, cheios de vontade e empenho em participar numa prova dessa categoria. Aqui, na Europa, é a maior competição de clubes, vou estrear-me nela esta época e quero fazer uma boa campanha.
P Como é que analisa a forma como os adversários do Sporting estão a trabalhar neste defeso?
R Desde que cheguei ao Sporting, em 2003/04, que o nível do campeonato português tem vindo a aumentar. Este ano não será diferente, pois o Benfica e o FC Porto estão a preparar-se bem, e todos teremos as nossas hipóteses.
P Acredita que o facto de ter mantido a estrutura-base pode tornar o Sporting mais favorito à vitória final?
R Não penso que sejamos favoritos, mas temos realmente uma grande base, que transitou da época passada, reforçada ainda com os jogadores contratados e com os jovens, como Djaló, Veloso ou Rui Patrício. Tudo isso nos deixa mais fortes, mas o Campeonato será uma grande disputa entre todos.
P Qual a sua opinião sobre Yannick Djaló, um jovem atacante formado no Sporting e que, esta época, faz parte do plantel?
R Já o conhecia há bastante tempo. Penso que terá um futuro brilhante à sua frente e desejo-lhe muita sorte, para que consiga ser feliz.
P E o seu compatriota Moisés: trata-se de um bom reforço?
R É excelente – vi-o jogar no Vitória da Bahia e no Cruzeiro. Penso que vai ajudar bastante o Sporting.
P Vai voltar a ser o responsável pela marcação de penáltis?
R É uma situação que ainda não está definida, e cuja responsabilidade de decisão cabe ao treinador. Eu vou treinar-me com afinco para poder ser um dos eleitos, mas é Paulo Bento quem vai fazer essa escolha. Na época passada, falhei dois penáltis consecutivos, não me sentia bem psicologicamente para continuar a marcar e pedi ao treinador para deixar essa responsabilidade, mas agora já está tudo bem, e estou pronto para isso, caso assim o entendam.
Liedson confia nas capacidades de Custódio e Pedro Barbosa para desempenhar os respectivos papéis de capitão e director de futebol do Sporting. Para o atacante baiano, o médio leonino, tal como Ricardo e Moutinho, já demonstrou a sua competência para liderar o grupo: "Acho que foi uma boa escolha. O Custódio já demonstrou ser um bom líder, assim como o Ricardo e o Moutinho. Este, apesar de muito jovem, já exibe muita maturidade."
Quanto ao regresso de Pedro Barbosa, agora nas funções de director para o futebol, o camisola 31 relembra o espírito de liderança do antigo centrocampista: "Quando eu cheguei ao Sporting, ele era o capitão, um jogador respeitado e que aprendi a admirar. Acredito que o Sporting fez uma boa escolha."

Assim se constrói um colectivo

Bosingwa começou o estágio com o pé esquerdo.
O jogador quebrou as regras disciplinares logo no início dos trabalhos na Holanda e foi castigado por Co Adriaanse, que riscou de imediato o seu nome da partida de ontem.
O defesa ficou em De Lutte e enquanto a equipa goleava os amadores do Rohda Raalte treinou sozinho, sob a orientação de António Dias.
Esta medida pode ser entendida como um cartão amarelo e um sério aviso ao atleta que, a partir de agora, não terá qualquer margem de manobra a nível comportamental.
Co Adriaanse é conhecido por ter o pulso firme e basta recordar o episódio da época passada com Léo Lima, que foi dispensado a meio do estágio precisamente por razões disciplinares.
Para já, não é esse o destino de Bosingwa, já que esta manhã estará junto dos companheiros para o treino matinal.
O que ainda não é certo é que jogue contra o Stevo Geesteren. "Foi uma decisão minha por razões disciplinares", explicou Co Adriaanse na conferência de Imprensa sem dizer quando e como é que o jogador quebrou as regras. "Não digo mais nada sobre isso. Apenas que foi disciplinar. Ele não está doente nem lesionado e ficou a treinar enquanto estivemos aqui", referiu.
O FC Porto não revelou as razões que levaram o técnico a tomar esta decisão, mas logo à chegada à Holanda Bosingwa foi repreendido por ter usado chinelos para fazer o percurso de bicicleta entre o hotel e o centro de treinos. E mesmo no primeiro treino o jogador não pareceu totalmente empenhado nos exercícios.

A ser que seja pelos tais 15 milhões ou mais...

Manuel Fernandes está perto de rumar a Inglaterra, mais concretamente ao Portsmouth.
O emblema inglês ofereceu, de início, um valor a rondar os oito milhões de euros, mas, perante a intransigência dos responsáveis benfiquistas, reformulou a proposta pelo passe do jovem médio. Com novos valores em mãos, e tendo igualmente em conta que Manuel Fernandes vê a saída da Luz com bons olhos, a SAD benfiquista está na disposição de vender o passe do jogador e já procura, inclusive, uma solução para colmatar a saída do camisola 14 encarnado.
Ainda não há encontro de verbas, mas o acordo deverá ser alcançado nos próximos dias.
O presidente – e também director – do Portsmouth, Milan Mandaric, confirma o interesse no jogador encarnado e até tem um bom pressentimento relativamente ao desfecho das negociações. "Estamos interessados nele, mas infelizmente ainda não conseguimos fechar o negócio. Amanhã [hoje], vou ter uma reunião com os outros directores do Portsmouth para tomarmos algumas decisões, mas estou optimista, no sentido de que o negócio se pode fazer", adiantou, em declarações à Rádio Renascença.
Confessando ser apreciador das características do médio benfiquista, o responsável do clube britânico admite que o negócio só não chegou a bom porto porque ainda não existe encontro de valores. "Gostamos muito do Manuel Fernandes. É um jovem com qualidades fantásticas. Está a acontecer o mesmo que em qualquer negociação. Precisamos apenas de encontrar uma solução, juntamente com o Benfica, no que diz respeito ao aspecto financeiro", atira, garantindo que o negócio não tardará a ficar fechado. "Creio que, até ao final da semana, tudo estará resolvido."

terça-feira, julho 18, 2006

Uma boa ou uma má ideia? qual a vossa opinião

Liedson está disponível para vir a obter a dupla nacionalidade que lhe possa permitir a sua integração na selecção portuguesa, seguindo exemplos de outros seus compatriotas, caso concreto de Deco, o mais mediático.
«Se algum dia for convidado a fazê-lo, não hesitarei em fazê-lo, sinto-me bem em Portugal», disse o avançado do Sporting ao final desta manhã em conferência de imprensa na Academia.
Mas a grande prioridade de Liedson é este ano conquistar a Liga portuguesa através do Sporting.
Sobre a possibilidade da entrada de mais um dianteiro para a equipa do Sporting, o brasileiro considera normal que assim aconteça «porque o clube vai ter pela frente uma longa temporada. O Sporting é um grande clube e todos os bons jogadores têm aqui lugar», afirmou.
Liedson falou também de Jardel, saudando os objectivos do seu compatriota que agora no Beira-Mar «quer marcar muitos golos como fez aqui no Sporting».

Costa e Coroado pegados no funeral de Vítor Correia ou decoro precisa-se

Paulo Costa, árbitro, e Jorge Coroado, ex-árbitro e crítico de arbitragem, desentenderam-se e estiveram quase a chegar a vias de facto durante o funeral do ex-árbitro Vítor Correia, anteontem, no cemitério dos Olivais.
Diz quem os conhece que os dois homens se odeiam cordialmente há muito anos, mas a causa próxima da desinteligência terá sido uma das últimas análises de Coroado, que deixaram o árbitro portuense furioso a propósito de uma arbitragem, julgada muito má, num jogo do Mundial, o crítico escreveu que "até Paulo Costa era capaz de fazer melhor".
Conhecidos nos bastidores pela animosidade que nutrem mutuamente, os dois homens do apito trocaram alguns mimos e, conta quem viu, chegaram a crescer um para o outro, momentos antes de serem separados por outras figuras do mundo do futebol, entre as quais Pinto de Sousa, ex-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol.
Nem a solenidade da cerimónia conteve tanta tensão.
De Coroado, árbitro na reserva, diz-se que é especialmente cáustico nos comentários a Paulo Costa, na rádio, na TV e nas páginas de um jornal, o que alimenta a aversão desde os tempos em que ambos estavam no activo.
Costa admitiu que não vai à bola com Coroado e que teve um desentendimento com ele durante as exéquias, mas "não mais do que isso". E nega que tenha chegado a vias de facto, como noticiou um jornal. "É tudo mentira!", diz o árbitro, afirmando-se "completamente incapaz de uma coisa dessas e muito menos num momento daqueles, para prestar homenagem a uma grande figura da arbitragem portuguesa".