quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Antevisão do Sporting/AAC

Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
Escolhi este poema de António Gedeão para ilustrar o sentimento que mais me
invade na véspera do jogo entre o Sporting e a Briosa a contar para os
quartos de final da Taça de Portugal – Sonho.
Sonho de ver a Académica no Jamor.
Sonho de ver repetida a gloriosa e épica campanha de 39.
Quando numa tarde primaveril de 1939 a Académica, agora AAC/OAF (Organismo
Autómomo de Futebol) venceu a primeira Taça de Portugal (1938/39), estava já
trilhado o caminho que faz desta instituição um símbolo a nível nacional e
internacional, contando com filiais e adeptos espalhados pelos cinco
continentes.
Na época de 38/39 quando a Briosa venceu a primeira edição da Taça de
Portugal, derrotou, nas meias-finais, o Sporting.
Hoje, espero que a história se repita.
Já vai sendo tempo de reeditar glórias passadas - Vencedora da Taça de
Portugal 1938/39 (Benfica 4-3); Finalista vencida da Taça de Portugal em
1950/51 (Benfica, 1-5), 1966/67 (V. Setúbal, 2-3), 1968/69 (Benfica, 1-2);
Vice-campeã nacional em 1966/67; Participou nas competições europeias em
1968/69, 1969/70 e 1971/72 (competição na qual, infelizmente, é detentora do
recorde de eliminações por moeda ao ar); Campeã da II Divisão nacional
1948/49 e 1972/73.
Como disse, Pedro Roma “Dos adversários em prova, o Sporting era aquele que
todos preferiam não defrontar. O sorteio ditou que seremos nós. Os jogos da
Taça têm sempre particularidades diferentes e em que tudo está em aberto." E
garantiu: "A equipa vai jogar como se uma final se tratasse porque o
objectivo é chegar ao Jamor. E tudo faremos para que tal, apesar das
dificuldades, possa ser possível.”
Esta será a 10ª vez que Sporting e Académica se defrontam em jogos a contar
para a Taça de Portugal.
A supremacia leonina é esmagadora – em 8 das 10 ocasiões em que se
encontraram, o Sporting eliminou a Briosa.
A história dealbou logo na primeira edição da Taça, na época 1938/39, tendo
a Académica afastado o Sporting nas meias-finais.
Entre 45/46 e 58/59, os dois emblemas enfrentaram-se por 3 vezes, sendo que
o Sporting saiu sempre vitorioso.
A última proeza da Briosa nestes duelos remonta a 1968/69, quando, numa
meia-final disputada a duas mãos, a Briosa venceu ambos os jogos.
Daí para a frente, mais encontros houve, 1969/70, 1974/75, 1992/93, 1996/97
e 2005/06, mas não mais a Académica se mostra capaz de eliminar os leões.
Aliás, o confronto desta época constitui uma repetição da edição anterior da
Taça de Portugal.
Na temporada transacta, a Académica recebeu o Sporting precisamente na mesma
fase da competição – quartos-de-final – embora sob um cenário bem distinto.
Antes de mais, porque, agora, a Académica assume a condição de visitante.
Depois, porque o jogo assume carácter transcendente para os leões, obrigados
que se mostram a vencer sob pena da própria liderança de Paulo Bento ficar
ameaçada.
O ano passado, Paulo Bento vivia um autêntico idílio, tendo obtido em
Coimbra uma vitória por 0-2, que lhe garantiu a passagem às meias-finais da
Taça e a nona vitória consecutiva.
Hoje, Paulo Bento vive entre o Inferno e o Purgatório.
Desperdiçou oito pontos nos últimos cinco jogos, perdeu o segundo lugar no
campeonato e a intranquilidade apoderou-se da equipa.
Momentos diferentes, resultados distintos (espero e desejo).
Esta temporada, as duas equipas já se defrontaram, tendo o Sporting vencido
por 1-0, com golo de Liedson, após carga não sancionada sobre Pedro Roma.
Aliás, Pedro Roma parecer ser um “bom cliente” para Liedson.
Pedro Roma é o guarda-redes a quem Liedson marcou mais golos: cinco, em seis
confrontos, ficando em branco apenas duas vezes (nas quais o Sporting,
também, não venceu).
Todavia, também não é menos verdade que Liedson nunca marcou à Académica em
dois jogos na mesma época.
A Académica não deverá apresentar uma equipa muito diferente daquela que
defrontou o Sporting para o campeonato.
Pedro Roma, Paulo Sérgio, Litos, Káká e Vítor Vinha, Alexandre, Brum e
Filipe Teixeira, Dame, Nestor e Lino, ou seja, um 4x3x3, que se transformará
um 4x5x1 no momento defensivo.
Pese embora a similitude dos onzes apresentados, esta Académica é distinta
da que jogou em Alvalade em Dezembro.
Desde logo ressalta à evidência que a Académica se apresenta bem mais
consistente do que então.
Estabilizou uma equipa-tipo e um sistema táctico-tipo.
Os principios de jogo mostram-se, agora, bem melhor assimilados, tendo os
jogadores apreendido o modelo de jogo idealizado por MM.
Estabilização do quarteto defensivo, evidenciando-se a titularidade de KáKá,
que vem exibindo qualidades até então desconhecidas, e a adaptação
conseguida de Paulo Sérgio ao lugar de defesa direito, principalmente no
momento defensivo;
A confirmação de Filipe Teixeira e Dame como jogadores diferenciados.
A melhoria gradual de Lino nos aspectos defensivos e a sua adaptação a
qualquer uma das posição à esquerda.
Mais e melhores soluções ofensivas com a chegada de Pittbul e Joeano
(infelizmente, não poderá jogar por lesão).
A Briosa ainda apresenta dificuldades no processo ofensivo, mormente na
transição, às quais não serão alheias a opção por um tridente de médios
defensivos, garantes do equilibrio defensivo, mas deficitários na capacidade
de construção.
Contudo, estas dificuldades fazem-se sentir com maior intensidade nos jogos
em casa, em que a equipa é chamada a assumir o jogo.
Actuando na condição de visitante, a Académica assume uma postura de
contenção, ancorando o processo ofensivo num futebol mais directo, de
transições rápidas e de contra-ataque, que permite atenuar os problemas
assinalados.
O processo ofensivo vive quase em exclusivo da maior ou menor inspiração de
Filipe Teixeira e Dame, por vezes acolitados por Lino.
As bolas paradas, nomeadamente as sobre a direita em beneficio do pé
esquerdo de Lino, são outro dos trunfos ofensivos da Briosa.
O regresso de Miguel Pedro, após um mês de paragem devido a uma rotura no
ligamento interno do joelho esquerdo, é a principal novidade da convocatória
da Académica.
Em relação ao jogo com o Boavista, saíram Pavlovic, ontem operado e,
provavelmente, afastado da competição até final da época, Eduardo e
Sarmento.
De fora, por lesão, continuam Joeano, Hélder Barbosa e Nuno Luís.
Depois do fracasso que consistiu a aposta no 3x4x1x2 frente ao Aves, é
previsível que Paulo Bento regresse ao tradicional 4x4x2 em losango.
Ricardo deverá manter-se na baliza.
Com a recuperação de Tello, a defesa deverá ser composta por Caneira, Polga,
Tonel e Tello.
No meio-campo, reside a principal dúvida.
Miguel Veloso, João Moutinho e Nani parecem ter a titularidade garantida,
restando por saber se será Djaló, Farnerud ou Romagnoli a compor o quarteto
intermediário.
Djaló tem jogado, mas a chamada de Farnerud não seria de estranhar.
Romagnoli esteve lesionado e a sua titularidade seria uma enorme surpresa,
até porque está sem ritmo.
Na frente, Liedson e Bueno serão os eleitos.
A saída de Carlos Martins é o principal destaque da lista de convocados do
Sporting.
Em relação à última convocatória, Paulo Bento deixou também de fora Miguel
Garcia, João Alves e Ronny, por troca com Tonel, Tello e Romagnoli.
Os primeiros vinte minutos de jogo serão, por certo, decisivos.
Caso o Sporting não consiga um golo, a intranquilidade apoderar-se-á dos
seus jogadores, podendo e devendo a Briosa capitalizá-la em proveito
próprio.
O Sporting está “proibido” de perder e esta carga psicológica não deixará de
constituir um peso que cumpre à Académica aproveitar.
Força rapazes
Vamos lutar
Que este jogo é p’ra ganhar.

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Espaço Prof. Karamba

Os jogos relativos aos quartos de final da Taça de Portugal sujeitos a aposta são os seguintes:

Bragança- Belenenses;

Beira-Mar-Boavista;

Sporting-Académica;

Como sempre, aqui deixo o meu palpite:

Bragança- Belenenses: 1-3

Beira-Mar-Boavista: 1-1

Sporting-Académica: 1-1

Liga dos Astros

A Classificação Geral da Liga dos Astros é a seguinte:

1º Lugar: Joker Alho - 1032 pontos;

2º Lugar: Caça Lagartos/Suçuarana - 1028 pontos;

3º Lugar: Kubas4EverTeam - 994 pontos;

4º Lugar: Eagles - 968 pontos;

5º Lugar: Cruzados - 945 pontos;

6º Lugar: Caixa Campus - 942 pontos;

7º Lugar: Afinal estou Vivo - 902 pontos;

8º Lugar: Nª Sr.ª do Caravagio - 748 pontos;

9º Lugar: Santy Thunder Team - 389 pontos;

10º Lugar: Caixa Blogus - 212 pontos;

Espaço Prof. Karamba

A classificação geral do Espaço Prof. Karamba é a seguinte:

1º Lugar: Cavungi – 505 pontos;

2º Lugar: Zex - 480 pontos;

3º Lugar: Carlos - 450 pontos;

4º Lugar: Jorge Mínimo e Kubas - 445 pontos;

5º Lugar: Fura-Redes - 405 pontos;

6º Lugar: Vermelho - 390 pontos;

7º Lugar: Samsalameh – 375 pontos;

8º Lugar: Vermelho Sempre – 370 pontos;

9º Lugar: Vermelho Nunca – 350 pontos;

10º Lugar: Holtreman – 345 pontos;

11º Lugar: Sócio e Estar Vivo é o Contrário de Estar Morto – 325 pontos;

12º Lugar: Costa - 315 pontos;

13º Lugar: Petit – 245 pontos;

14º Lugar: Francisco Lázaro - 165 pontos;

15º Lugar: Braguilha - 100 pontos;

16º Lugar: Drácula - 25 pontos;

17º Lugar: Jimmy Jump Reloaded - 20 pontos;

18º Lugar: Cuto - 10 pontos;

19º Lugar: Sh Cala-te - 5 pontos;

Análise ao Benfica/Paços de Ferreira

Fernando Santos e José Mota devem ter saído satisfeitos do encontro de hoje à noite.
Benfica e Paços deram execução ao discurso dos seus treinadores nas conferências de imprensa de antevisão do jogo.
O Benfica entrou pujante, categórico, com um futebol enleante a toda a largura do terreno.
Com excepção de um hiato competitivo entre os 43 e os 50 minutos, o Benfica foi sempre uma equipa afirmativa, que controlou o jogo e as suas incidências.
Em suma, demonstrou a razão de ser da sua invencibilidade caseira
O Paços, por seu turno, demonstrou ser um conjunto fiel aos seus princípios de jogo, que actuou olhos nos olhos com o Benfica, nunca se encolhendo e procurando dar sentido ofensivo ao seu futebol.
Organização, sistematização e leitura perfeita das circunstâncias do jogo constituíram a matriz essencial do modelo de jogo pacense.
Defendeu quando a tal foi forçado e estendeu-se no terreno quando pode, ancorado num fortíssimo sentido colectivo, que deu coerência e consistência ao processo defensivo e ofensivo.
Apenas uma equipa que assenta no primado do colectivo poderia passar incólume à saída de 4 unidades nucleares – Ronny, Didi, Dani e Fredy.
O Paços é uma equipa singular no contexto do futebol português – encara cada jogo e cada adversário sempre da mesma forma, sem abdicar da sua identidade.
O Paços é a equipa mais proletária e mais socialista da Liga Bwin – corre, luta e sua sempre em prol de um ideal comum, sobrepondo o colectivo ao individualismo.
Ambos os treinadores operaram uma alteração nos seus onzes.
Fernando Santos concedeu a titularidade a Nuno Gomes em detrimento de Derlei e José Mota, como decorrência natural do golo obtido frente ao Sporting, promoveu Cristiano ao onze.
Como supra disse, o Benfica entrou muito bem no jogo.
Procurando alcançar cedo o desiderato da vitória, impôs um ritmo muito forte, que “empurrou” o Paços para a sua área.
Assumiu a iniciativa de jogo, ao mesmo tempo que impediu que o Paços pensasse sequer em ter veleidades ofensivas.
Impositivo, “mandão”, mostrou ao que vinha – resolver cedo o jogo, até porque a sobrecarga competitiva a que os seus jogadores têm sido sujeitos assim aconselhava.
A intensidade do processo ofensivo encarnado permitia pressentir a obtenção breve de um golo.
Nesta fase da partida, beneficiando da basculação central de Mangualde que procurava marcar Simão e que, como tal, abria uma enorme “avenida” no corredor direito da defesa pacense, o Benfica optava, quase em exclusivo, pelo flanco esquerdo para construir o seu momento ofensivo.
Karagounis surgia no espaço deixado vago por Mangualde e assumia-se como a principal referência ofensiva dos encarnados.
Concomitantemente, Simão conseguia libertar-se da vigilância de Mangualde e desenhar diagonais do centro para a ala surgindo em apoio ao grego no flanco canhoto, acentuando, ainda mais, o esquerdismo ofensivo do Benfica.
Aos 8 minutos, o primeiro golo por Simão, na execução soberba de um livre na meia-esquerda do ataque encarnado a punir falta sobre Karagounis.
Se o Benfica havia iniciado o encontro de forma autoritária e absolutamente dominadora, após o golo acentuou o seu controlo da partida.
Empolgou-se e conheceu o seu período de maior fulgor.
Por esta altura, o Paços via-se forçado a recorrer a sucessivas faltas para tentar travar as constantes investidas atacantes dos encarnados.
As suas tentativas de saída para o ataque eram pouco mais do que inexistentes, sendo frequente a sua incapacidade para trocar a bola.
Ainda assim, procuravam conservar um mínimo de organização defensiva, que os pudesse poupar ao avolumar do marcador.
Entre os 18 e os 29 minutos, Nuno Gomes e Miccoli, este por duas vezes, desfrutaram de excelentes ocasiões para dilatar a vantagem, mas Peçanha e alguma inépcia dos avançados do Benfica na finalização inviabilizaram a sua materialização.
Aos 33 minutos, a ressurreição de Nuno Gomes.
Excelente trabalho de Karagounis na esquerda, cruzamento bem medido para a marca de penalty, onde surgiu Nuno Gomes, num belíssimo golpe de cabeça, a fazer o 2-0.
Com uma vantagem confortável no placard, o Benfica fechou a porta do bom futebol e até aos 50 minutos de jogo não mais descobriu onde havia guardado a chave.
Relaxou, baixou a intensidade, diminui a agressividade e o Paços apareceu no jogo com toda a naturalidade.
O Paços começou paulatinamente a soltar-se, a conferir metros ao seu futebol e sem surpresa chegou ao golo.
Geraldo obrigou Quim a magnífica defesa para canto (excelente exibição de um jogador, que forma com Luiz Carlos a melhor dupla de centrais do futebol português a seguir às dos grandes).
Na sequência do canto, a defesa do Benfica mostrou-se absolutamente inábil na sua colocação e no conjurar da situação de perigo criada na sua área e Fahel aproveitou para fazer o 2-1.
O Benfica podia ter resolvido o jogo na 1ª parte, mas agora tudo se complicava.
O Benfica sentiu o golo pacense e intranquilizou-se.
Todavia, a medida da sua intranquilidade não foi a suficiente para que despertasse da estranha apatia que dele se tinha apoderado.
Na 2ª parte, o Benfica regressou dos balneários ainda mais apático e letárgico que antes.
O Paços não se fez rogado e partiu com tudo para cima do Benfica, em busca da igualdade perdida.
O Benfica era uma equipa desconcentrada, nervosa e incapaz de suster o atrevimento do Paços.
Aos 50 minutos, João Paulo, após excelente trabalho de Fahel na esquerda, desperdiçou o 2-2 e o Benfica, face ao susto, finalmente, acordou.
O Benfica despertou e o Paços acabou.
A partir deste momento, o Benfica tomou, de novo, o comando da partida, para não mais o ceder.
Retomou o bom futebol da 1ª parte e começou a construir oportunidades de golo.
Deste modo, aos 64 minutos, Simão fez o 3-1, a concluir de cabeça um trabalho esteticamente irrepreensível de Miccoli.
Com este golo, Simão Sabrosa igualou Postiga na liderança dos melhores marcadores, com nove golos.
Até final, o Benfica controlou o jogo, nunca permitindo ao Paços mais do que alguns “ameaços”.
Apenas no último minuto de jogo, o Paços beneficiou de uma verdadeira chance de golo, que Quim resolveu com uma bela defesa.
Vitória justa do Benfica, que lhe permitiu manter a distância pontual face ao Porto e aumentar a vantagem em relação ao Sporting para 3 pontos.

domingo, fevereiro 25, 2007

Análise à Jornada

Paulo Bento resumiu no Flash-Interview o que foi o Sporting/Aves de Sexta-Feira:
“Este empate nasce em função de uma má primeira parte, com pouca mobilidade e velocidade, e uma segunda parte diferente, um pouco mais à imagem do Sporting, mas em que nos faltou eficácia. Até ao intervalo perdemos demasiado a bola em zona perigosa e mostrámos alguma displicência. Depois do intervalo, acabámos por não merecer a sorte. Em função do pouco que fizemos até aí, pagámos com dois pontos.”
Acrescentando, ainda, que “Na segunda parte acabámos por realizar um bom jogo, fomos muito mais pressionantes e tivemos maior capacidade para explorar as laterais e criar situações de golo, mantendo o adversário sob uma pressão muito grande. Mas a partir do momento em que se desperdiçam oportunidades a equipa torna-se mais intranquila e insegura. Na segunda parte o Aves não teve qualquer situação de golo iminente, mas quem desperdiça 45 minutos arrisca-se a não ganhar.»
Retrato fiel de uma partida, que deixou o Sporting a 7 pontos do Porto.
Em Aveiro, vitória tranquila e folgada do Porto.
Jesualdo, na ressaca do jogo europeu com o Chelsea, não facilitou na rotação dos jogadores, trocando apenas Fucile por Cech.
Apostou no tradicional 4x3x3, ao qual Paco Soler respondeu com um 4x4x2 em losango, que lhe garantiu superioridade numérica no meio-campo.
O Porto nem entrou bem no jogo.
Beneficiando de supremacia no meio-campo e cerceando a capacidade portistas nas alas, o Beira-Mar assumiu o controlo da partida e criou um par de oportunidades para abrir o marcador.
Todavia, aos 17 minutos, na sequência de um lance de bola parada, Lisandro inaugurou o marcador.
O Beira-Mar sentiu em demasia a desvantagem, não mais regressando ao fulgor inicial.
Jogando q.b., sem forçar, em nítida gestão de esforço, o Porto não sentiu quaisquer dificuldades para conservar a vantagem amealhada.
O Beira Mar perdeu o ímpeto inicial e nunca mais o recuperou. Antes pelo contrário.
Sucumbiu totalmente perante um não mais que ligeiro acelerar do Porto.
Aos 70 minutos, Lucho após passe de Lisandro fez o 0-2 e poucos minutos volvidos Raul Meireles fez o 0-3, beneficiando de um “frango” de Eduardo.
Até final, o Porto ainda conseguiria ampliar a vantagem, primeiro por Alan e depois por Adriano.
Vitória justa, ainda que os dois primeiros golos do Porto tenham sido obtidos em posição irregular (Bruno Paixão terá deixado, também, passar em claro uma grande penalidade cometida por Alcaraz sobre Postiga).
O Porto começou titubeante, mas terminou peremptório.
Em Coimbra, a Briosa perdeu com o Boavista, num jogo marcado pela paupérrima arbitragem de João Ferreira.
Uma arbitragem manhosa, sempre em prejuízo da Académica.
Começou melhor o Boavista, que aproveitando dois erros infantis alcançou outros tantos golos.
Primeiro, Paulo Sérgio não foi expedito a executar e Grzelak roubou-lhe a bola para fazer o 0-1.
Ainda que o polaco tenha cometido falta sobre o defesa academista, não é tolerável a eternidade que este demorou a despachar a bola das imediações da sua área.
Depois, Alexandre não dominou uma bola fácil e Kazmierczak rompeu pela meia-esquerda para num remate cruzado bater Pedro Roma, fazendo o 0-2.
Se a perder por 0-1 era difícil reverter a situação, uma desvantagem de dois golos parecia intransponível.
Poderia não o ter sido, assim a sorte tivesse bafejado a Briosa e a arbitragem não tivesse protegido e beneficiado o Boavista.
Na segunda parte, revivi recentes memórias traumáticas.
Uma bola à trave, outra ao poste, uma defendida sobre a linha e um par de boas intervenções de William, fizeram-me regressar a um recente evento traumático…
Concomitantemente, João Ferreira continuava o serviço que havia começado logo no dealbar da partida.
Uma arbitragem inenarrável.
Apitou muito e quase sempre mal.
Um chorrilho de asneiras sempre em prejuízo da Briosa.
Pactuou com sucessivas perdas de tempo por parte dos jogadores axadrezados (a cada oportunidade de golo da Briosa seguia-se uma entrada em campo da equipa médica dos boavisteiros), travou o ritmo de jogo, sancionando faltas e mais faltinhas a meio-campo, incorreu numa espiral incontrolável de erros de julgamento, não puniu entradas violentas de jogadores do Boavista, enfim, deu guarida ao futebol agressivo e anti-desportivo dos boavisteiros.
O homem que só tem um neurónio e mesmo esse funciona mal conseguiu levar a bom porto a sua estratégia de contenção, transições rápidas e doses elevadas de testosterona, sendo certo, todavia, que a acção protectora de João Ferreira em muito o auxiliou.
A Académica perdeu 3 pontos, mas os efeitos nocivos na tabela classificativa foram atenuados pelo empate caseiro do Setúbal e pela derrota do Beira-Mar.
Espero e desejo que a recuperação se inicie já na próxima quarta-feira em Alvalade.
Tenhamos fé, que o Jamor já não está longe.
Nos restantes jogos, destaque, ainda, para a vitória do Belenenses na Figueira, que consolida a candidatura europeia dos azuis do Restelo.

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Espaço Prof. Karamba

A classificação geral do Espaço Prof. Karamba é a seguinte:

1º Lugar: Cavungi – 480 pontos;

2º Lugar: Zex - 460 pontos;

3º Lugar: Carlos - 435 pontos;

4º Lugar: Jorge Mínimo - 430 pontos;

5º Lugar: Kubas – 420 pontos;

6º Lugar: Fura-Redes - 395 pontos;

7º Lugar: Vermelho - 375 pontos;

8º Lugar: Samsalameh – 370 pontos;

9º Lugar: Vermelho Sempre – 355 pontos;

10º Lugar: Holtreman – 345 pontos;

11º Lugar: Vermelho Nunca - 340 pontos;

12º Lugar: Costa e Sócio - 315 pontos;

13º Lugar: Estar Vivo é o Contrário de Estar Morto - 310 pontos;

14º Lugar: Petit – 235 pontos;

15º Lugar: Francisco Lázaro - 165 pontos;

16º Lugar: Braguilha - 100 pontos;

17º Lugar: Drácula - 25 pontos;

18º Lugar: Jimmy Jump Reloaded - 20 pontos;

19º Lugar: Cuto - 10 pontos;

20º Lugar: Sh Cala-te - 5 pontos;

Análise ao Dínamo/Benfica e Breve Comentário ao Parma/Braga

O Benfica está nos oitavos-de-final da Taça UEFA, mas sofreu de forma inútil e despropositada durante 40 minutos.
O Benfica até entrou bem no jogo.
Conseguiu controlá-lo emocionalmente nos primeiros 20 minutos.
A experiência da esmagadora maioria dos jogadores benfiquistas tornou o ruído provocado pelo massivo apoio dos adeptos romenos num imenso silêncio futebolístico.
O ambiente era um dos principais problemas que o Benfica tinha que enfrentar neste confronto com os romenos, mas os primeiros 20 minutos da partida desmentiram essa ideia.
Fernando Santos surpreendeu ao colocar Derlei na posição de Nuno Gomes.
Percebeu-se a intenção – acrescentar agressividade no 1º momento da transição defensiva e profundidade no processo ofensivo.
Todavia, na 1ª parte, Derlei não existiu. A sua influência na equipa foi nula. Falhou passes e perdeu várias bolas na transição ofensiva.
Com a defesa subida e o meio-campo equilibrado, o Benfica aguentou sem dificuldade as primeiras investidas romenos.
Aliás, o Dínamo também nunca mostrou verdadeira vontade de pressionar. Então de pressionar alto, nunca mesmo.
Muito fechado atrás, o Dínamo espreitava o contra-ataque e de forma muito paciente um eventual erro encarnado.
E o erro apareceu. Até aí o Benfica dominara e controlara a partida.
O Dínamo pouco ou nada havia feito para alcançar vantagem no marcador, mas o seu cinismo e a sua paciência foram premiados.
Diagonal de Munteanu, passe preciso e a defesa do Benfica a abrir entre os centrais, com especiais responsabilidades para Anderson.
Uma oportunidade, um golo, eliminatória empatada.
Neste momento, o Benfica abanou.
Vacilou, mas não caiu.
Daí até ao minuto 40, o Benfica conheceu o seu pior período no jogo.
Incapaz de fazer circular a bola e perdendo inúmeras bolas na transição, o Benfica mostrava-se inoperante.
Como equipa experiente que é, não se desuniu, mas demorou uma eternidade a reagir.
Até aos 40 minutos, o Benfica não conseguiu ligar o seu processo ofensivo, apenas tendo criado perigo num cabeceamento de Luisão na sequência de um livre lateral.
Contudo, à passagem do minuto 40, tudo se transformou.
O período de trevas e de obscurantismo desapareceu.
Aos 43 minutos, três oportunidades sucessivas de golo, brilhantemente defendidas por Lobont.
Derlei, Simão e Katsouranis não conseguiram desfeitear o guardião romeno, que se exibiu em grande plano.
Seguiu-se o intervalo e a vantagem romena não encontrava reflexo na produção das duas equipas.
Seguiu-se o intervalo é como quem diz. O Benfica entrou na 2ª parte exactamente com a mesma atitude, fazendo crer que a pausa no jogo não tinha acontecido.
Mais posse e melhor circulação de bola, mais organização e melhor equilíbrio, permitiram ao Benfica começar a conquistar espaços entre linhas e a aumentar a fluidez do seu processo ofensivo.
O Benfica conhecera o seu melhor período nos últimos 3 minutos da 1ª parte e faria o empate logo aos 4 da 2ª metade.
Anderson elevou-se mais e melhor que os seus adversários e deu o melhor seguimento a um canto cobrado por Simão na esquerda.
O mais difícil estava feito.
O Benfica “remontava” na eliminatória e tranquilizava-se.
Ao invés, os romenos sentiram que as suas pretensões de qualificação haviam ruído de forma definitiva.
Ainda ensaiaram uma tímida reacção que os conduziu às imediações da área benfiquista por duas ocasiões, cerca dos 60 minutos.
Não obstante, por esta altura, o Benfica já se havia assenhoreado do comando da partida.
Karagounis assumia-se como o principal impulsionador da manobra ofensiva encarnada.
Mais solto do que na 1ª parte, emprestava dinâmica à transposição defesa-ataque, transportando a bola ou endossando-a em passes de ruptura.
Geria os ritmos da partida, colocando o jogo em bases lentas, como que adormecendo o adversário para, em seguida, o acelerar no último terço e, assim, conquistar os espaços necessários à criação de oportunidades de golo.
Foi, deste modo, que, aos 62 minutos, na sequência de uma bela combinação colectiva, Simão poderia ter feito o 1-2, mas Lobont impediu-o, de novo.
Não tardou, contudo, o segundo golo do Benfica.
Um minuto depois, canto na direita apontado por Simão e surge Katsouranis, à imagem daquilo que fizera no Dragão, ao primeiro poste, a cabecear de forma imparável.
Nesse instante, acabou o jogo.
A eliminatória estava resolvida, até porque os romenos não aguentaram mais esta estocada, que se revelou fatal.
Até final, o Benfica limitou-se a gerir a vantagem.
Manteve a bola no meio-campo contrário e diminuiu a intensidade do jogo.
Luisão mostrava-se imperial no comando da defesa, conjurando as insípidas tentativas romenas, Petit, Katsouranis e Karagounis controlavam a seu bel-prazer o sector intermediário, ao passo que Simão e Miccoli conservavam a bola no meio-campo romeno.
O Dínamo baixou os braços, assinando a sua rendição, o que explica que, quase sem querer, o Benfica ainda tenha construído mais três boas ocasiões de golo por intermédio de Simão, Miccoli e Petit.
Na 2ª parte, o Benfica evidenciou autoridade e controlo total do jogo.
Vitória e qualificação justas e indiscutíveis.
Com esta vitória, está assegurado o 6º lugar português no Ranking da UEFA, o que permitirá a manutenção dos actuais 6 clubes nas competições europeias.
Segue-se o PSG.
Em Parma, fantástica vitória e qualificação do Braga.
Vitória da capacidade de sofrimento, da organização, da segurança, da consistência e, por que não dizê-lo, da fortuna.
O Braga soube sofrer quando foi preciso e soube ser feliz quando foi necessário.
Lá como cá, a sorte do jogo bafejou os bracarenses. Mas, não será menos verdade, que tudo fizeram para a merecer.
Segue-se o Tottenham.

Quantos jogos mais fará Miccoli até se lesionar de novo?
Jogará sem problemas até ao final da época
o próximo
dois
três
ao quarto "rebenta" de vez
não sei quantos mais, mas vai lesionar-se outra vez
  
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Liga dos Astros

Recordo que só serão admitidos a participar em cada jornada, os condóminos que apresentem a sua equipa sem recurso às tão criticadas remissões para as equipas apresentadas nas semanas anteriores.
As equipas apresentadas por remissão ter-se-ão por não escritas, não sendo consideradas.
Boa Sorte!

Espaço Prof. Karamba

Os jogos sujeitos a aposta, esta jornada, são os seguintes:

Benfica - P. Ferreira

Sporting - Desp. Aves

Marítimo - U. Leiria

Sp. Braga - E. Amadora

Beira-Mar - F.C. Porto

Como sempre, aqui deixo o meu palpite:

Benfica - P. Ferreira: 2-0

Sporting - Desp. Aves: 2-0

Marítimo - U. Leiria: 1-1

Sp. Braga - E. Amadora: 2-1

Beira-Mar - F.C. Porto: 1-1

Análise ao Porto/Chelsea e Antevisão do Dínamo/Benfica

Análise ao Porto/Chelsea

O jogo entre o Porto e o Chelsea, especialmente na 2ª parte, revelou a faceta que menos aprecio em Mourinho.
Mourinho é demasiado italiano na abordagem ao jogo.
Mourinho é demasiado pragmático, demasiado obcecado pelos equilíbrios, demasiado avesso ao risco.
A 2 ª parte do Chelsea foi de um cinismo atroz.
Mourinho havia dito que não estava obcecado pela vitória no jogo e a segunda parte foi reflexo dessa declaração de intenções.
Mourinho, após o golo do Porto e face à lesão de Terry, correu um risco que não queria, manifestamente, correr ao fazer entrar Robben e, consequentemente, ao abdicar do 4x4x2 em losango em detrimento do 4x3x3.
Perdeu superioridade numérica no meio-campo e equilibrio estrutural e isso Mourinho só tolera quando em desvantagem.
Ao igualar a partida poucos minutos após ter substituído Terry por Robben, estou convicto que a sua vontade mais profunda seria tirar de imediato Robben e introduzir Obi Mikel por forma a devolver à equipa o equilíbrio e a superioridade perdidas.
Vá lá que só o fez ao intervalo.
Obtido o empate, Mourinho, em vantagem na eliminatória, modelou a sua equipa a uma matriz de expectativa, de espera, entregando a iniciativa do jogo ao Porto.
Nem sequer espreitou, verdadeiramente, o erro portista. Apenas nos 10 minutos finais, o Chelsea se espraiou um pouco mais no terreno, mas, ainda assim, sem comprometer a transição defensiva.
Este cinismo, esta busca permanente pelo equilíbrio constante da equipa na transição defensiva, é o lado lunar de Mourinho ou por outras palavras a faceta italiana de Mourinho.
O não jogo do Chelsea na 2ª parte compromete qualquer perspectiva de espectáculo, mas garante eficácia e eficiência e isso para Mourinho é mais importante do que qualquer outra coisa.
Claro que Mourinho não se resume, nem se esgota como treinador no primado da eficácia e do pragmatismo.
As suas qualidades vão muito além disso.
E, o jogo de ontem, também revelou algumas.
Desde logo, a sua impressionante capacidade de intervir no jogo.
Mesmo com o jogo a decorrer, Mourinho procura condicionar o adversário e o árbitro e, simultaneamente, potenciar a auto-estima dos seus jogadores.
Mourinho dialogou com Quaresma, procurando tirá-lo do jogo ou, pelo menos, abalar-lhe a confiança, contestou as mais relevantes decisões arbitrais e ainda conseguiu estimular os seus jogadores, mormente aqueles que pela sua juventude e pelas circunstâncias da partida mais carecidos estavam de acção psicológica (v.g. Diarra, jovem adaptado a lateral direito que na 1ª parte passou um mau bocado com Quaresma e que foi constantemente aplaudido por Mourinho).
Depois, a sua leitura do jogo.
Quaresma assumiu-se como o principal foco de perigo azul e branco.
Mourinho percebeu-o e escalou Makelele como auxiliar de Diarra na sua marcação. Resultado: Quaresma desapareceu do jogo na 2ª parte.
Quando em desvantagem, não hesitou em fazer entrar um desequilibrador e em alterar o sistema táctico e o modelo de jogo, sapiente que estava da interiorização pela equipa dos automatismo inerentes à nova realidade.
Ganhou a aposta e o Chelsea foi, verdadeiramente, perigoso e acutilante em 4x3x3 e com Robben em campo.
Ao intervalo, outros traços da sua personalidade enquanto treinador vieram ao de cima e abjurou o futebol, restabelecendo a ordem inicial.
Foi fiel ao que havia prometido – Um jogo com 180 minutos e, assim, jogou com a vantagem obtida.
Lamento, mas Mourinho é assim – qualquer ponta de desorganização é um caos.
O Porto não entrou bem no jogo.
Não conseguiu controlar emocionalmente a partida desde início.
A ansiedade tomou conta dos seus jogadores e os primeiros minutos não auguraram nada de bom.
Todavia, o golo de Meireles tudo alterou.
O Porto serenou e embalou para uma boa exibição na 1ª parte.
Nem mesmo o golo do empate do Chelsea fez abalar a confiança dos jogadores portistas, que indiferentes a isso continuaram a labutar no sentido da obtenção do 2º golo.
Este foi, sem dúvida, o melhor período do Porto no jogo.
Até ao remate de Quaresma que embateu na barra da baliza de Cech, o Porto esteve por cima no jogo.
Podia e devia ter logrado o 2º tento.
Contudo, a sua melhor ocasião de golo em todo o jogo, como que constituiu o canto de cisne da equipa.
Se acontecimento houve que mexeu negativamente com a equipa foi, precisamente, o remate de Quaresma à barra.
A equipa como que desacreditou nas suas chances de vitória a partir desse momento.
O Porto autoritário e confiante desapareceu e ressurgiu, então, o Porto descrente e temeroso do dealbar da partida.
É evidente que o cerrar de portas do Chelsea na 2ª metade, a par da quebra física de Lucho e Paulo Assunção e das substituições de Jesualdo, em muito contribuíram para o desempenho menos conseguido da 2ª parte.
Não obstante, mentalmente a equipa não estava já preparada para vencer.
O cinismo inglês da 2ª metade, entregando totalmente a iniciativa de jogo ao Porto e remetendo-se ao seu meio-campo, cerceou as pretensões ofensivas do Porto.
Sem espaços torna-se muito mais difícil desenvolver o processo ofensivo e quando quem defende o faz com jogadores da estirpe de Cech, Carvalho, Essien, Lampard e mesmo Drogba tudo assume um grau de dificuldade ainda maior.
Na 1ª parte, Lucho e Assunção deram sempre à equipa o equilíbrio que não comprometia a transição defensiva.
A sua superior ocupação dos espaços foi sempre garantia de consistência defensiva na transição.
Podia o Porto aventurar-se no ataque que Lucho e Assunção asseguravam o posicionamento defensivo.
Lucho e Assunção caíram fisicamente na 2ª parte e a equipa ressentiu-se e não mais se mostrando tão afoita como antes.
Jesualdo mexeu mal na equipa.
Introduziu factores de perturbação, que numa equipa em quebra anímica são fatais.
Primeiro, tirou Meireles e fez entrar Marek Cech, o que se não implicou uma alteração estrutural, pelo menos importou uma modificação substancial de estilo.
Marek Cech é mais audaz que Meireles, criando mais desequilíbrios ofensivos, mas também menor consistência defensiva.
Foi um factor de ansiedade e de perturbação numa equipa que vivia obcecada com a possibilidade errar.
Uma substituição ofensiva poderia ter tido o condão de despertar a equipa, mas, neste caso, produziu o efeito contrário – acentuou a intranquilidade.
A equipa não recebeu bem esta alteração e Jesualdo, justiça lhe seja feita, percebeu-o rapidamente.
Tirou Fucile e fez entrar Bruno Moraes.
Cech recuou para lateral e Moraes postou-se atrás de Postiga.
Todavia, como supra dissemos, a equipa não estava, nesta altura, capaz de encarar uma possível vitória e, assim, também não absorveu com proveito esta substituição.
Por fim, tirou Postiga e fez entrar Adriano, na mais inócua das modificações que operou.
O Porto podia ter ganho o jogo, assim tivesse aproveitado o ascendente que conseguiu na 1ª parte, que é como quem diz tivesse tido um bocadinho mais de felicidade no remate de Quaresma.
O Chelsea jogou q.b., no estrito cumprimento do plano que Mourinho traçou para a eliminatória.
Interessava-lhe garantir vantagem para o 2º jogo e conseguiu-o.
Como tanto gosta, jogará a 2ª mão em superioridade psicológica e no marcador.
Tem tudo a seu favor.
O primado da racionalidade, do pragmatismo e do resultado impôs-se uma vez mais.
Mourinho ganhou, mas o futebol perdeu uma vez mais.

Antevisão do Dínamo/Benfica

O Dínamo-Benfica vai ser o 32º jogo entre equipas dos dois países e o saldo
é esmagadoramente favorável a Portugal: 16 vitórias, oito empates e apenas
sete derrotas.
Se é verdade que já este ano o Rapid Bucareste eliminou o Nacional da Taça
UEFA, convém recordar que dos 15 confrontos a eliminar entre equipas dos
dois países, os portugueses saíram vencedores em onze ocasiões, sendo
afastados apenas quatro vezes (nenhuma delas aconteceu com o Benfica, que
evidencia um balanço integralmente positivo contra equipas romenas -
contando já com a vitória da Luz, há uma semana, são nove jogos, quatro
vitórias, quatro empates e apenas uma derrota, que equivalem a quatro
apuramentos em outros tantos confrontos).
Neste particular, o desafio entre o Benfica e o Dínamo tem o especial
aliciante de colocar frente a frente portugueses e romenos, numa altura em
que os dois países lutam ombro a ombro pelo sexto lugar no ranking da UEFA.
Portugal leva vantagem e as contas ficaram melhores depois da última
jornada, com a dupla vitória de Benfica e Sp. Braga e a dupla derrota de
Steaua e Dínamo Bucareste, a elevar para 1,085 a vantagem portuguesa.
Aliás, caso o Benfica se apure, Portugal, independentemente dos resultados
que Porto e Braga venham a conseguir, tem praticamente assegurada a
colocação de seis equipas nas provas europeias em 2008 (três na Liga dos
Campeões, duas delas na fase de grupos e três na Taça UEFA).
Fernando Santos não deverá introduzir grandes alterações na equipa que
defrontou e bateu o Nacional na Madeira por 0-2, até porque nesta altura tem
claramente definido um onze base e um esquema táctico preferencial.
Na baliza, não há quaisquer dúvidas quanto à titularidade de Quim, e na
defesa, Nélson, Luisão, Anderson e Léo estão de pedra e cal.
Tendo em consideração que o 4-4-2 em losango será para manter, a linha
intermédia apenas registará uma mudança: a entrada de Karagounis para o
lugar do lesionado Rui Costa. E se Karagounis deverá jogar do lado esquerdo
do losango do meio-campo, no lado contrário estará o seu compatriota
Katsouranis. Na posição mais recuada, à frente dos centrais, jogará Petit,
enquanto Simão actuará novamente atrás dos pontas-de-lança. A dupla de
ataque será formada por Miccoli e Nuno Gomes.
A campanha do Dínamo de Bucareste na presente temporada é digna de respeito
– os romenos têm uma larga vantagem pontual sobre o segundo classificado no
campeonato – Steua - e estão a realizar uma boa Taça UEFA.
Com uma vantagem que não sendo confortável é, pelo menos, encorajadora, o
Benfica enfrenta alguns perigos nesta sua deslocação a Bucareste.
A começar pelas condições meteorológicas.
Embora o rigor do Inverno já tenha sido ultrapassado, a verdade é que se
prevê uma máxima de cinco graus e uma mínima de um negativo.
Á hora do jogo, 20h45 locais (18h45 portuguesas), deve-se registar uma
temperatura negativa ou muito próxima disso.
Por outro lado, o Benfica irá encontrar um campo muito pequeno com um
público muito agressivo e muito perto do relvado.
Será, por certo, um ambiente muito hostil, pese embora facilmente reversível
assim o Benfica consiga tomar o comando da partida. O grau de exigência dos
adeptos romenos é elevado e quando o rumo do encontro não lhes sorri,
rapidamente transformam o seu apoio em vaias à equipa.
Em Lisboa, o Dínamo demonstrou ser uma equipa que, essencialmente, se
preocupa em fechar espaços.
O Dínamo demonstra especial apetência para jogar muito fechado atrás e
depois partir para contra-ataques rápidos.
A relativa pequenez do relvado permite à equipa desenvolver de forma muito
mais eficaz essa estratégia quando actua na condição de visitado.
O Dínamo vale, sobretudo, pelo colectivo, pelo conjunto, não apresentando
grandes individualidades.
Niculescu será o jogador mais diferenciado, assumindo-se como muito perigoso
na execução de lances de bola parada.
O Dínamo renovou-se na reabertura de mercado, mas pareceu algo emperrado
pelos dois meses de paragem competitiva com que se apresentou na Luz.
A saída do goleador Ionel Ganea, actual líder dos marcadores no campeonato
romeno, para o Rapid Bucareste, durante a pausa de Inverno, foi atenuada com
a chegada de reforços, em especial para o sector defensivo.
Se os letões Romanovs e Smirnovs, ainda não se assumiram como titulares, o
mesmo não sucede com o guarda-redes Lobont e com o lateral/médio esquerdo
Balace.
O onze a apresentar por Rednic não deve ser muito diferente do apresentado
na Luz.
Deste modo, o Dínamo deverá actuar com Lobont, Blay, Moti, Radu e Pulhac,
Margaritescu, Zé Kalanga, Munteanu e Ropotan, Niculescu e Danciulescu.
Caso recupere Cristea deverá ser titular em detrimento de Ropotan.
Jogo de grau de dificuldade médio/alto, em que a vantagem alcançada no
jogo da 1ª mão deverá ser suficiente para garantir o apuramento do Benfica.
O controlo emocional da partida nos primeiros vinte minutos é crucial.
Um golo do Dínamo neste período pode ser muito difícil de gerir.
Cuidados redobrados, mas sem temores reverenciais.
Fidelidade aos princípios de jogo, ao sistema e ao modelo, espírito de conquista, respeito, audácia e confiança, são os factores chaves para o êxito.

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Liga dos Astros

A Classificação Geral da Liga dos Astros é a seguinte:

1º Lugar: Caça Lagartos/Suçuarana - 960 pontos;

2º Lugar: Joker Alho - 959 pontos;

3º Lugar: Kubas4EverTeam - 938 pontos;

4º Lugar: Afinal estou Vivo - 902 pontos;

5º Lugar: Eagles - 894 pontos;

6º Lugar: Cruzados - 893 pontos;

7º Lugar: Caixa Campus - 886 pontos;

8º Lugar: Nª Sr.ª do Caravagio - 748 pontos;

9º Lugar: Santy Thunder Team - 389 pontos;

10º Lugar: Caixa Blogus - 212 pontos;

Antevisão do Porto/Chelsea

Perguntava-se, ontem, no Programa da RTPN “Trio d´Ataque” se o Porto tem capacidade para vencer o Chelsea.
A resposta é, para mim, óbvia: Claro que sim!
Qualquer um dos três grandes portugueses tem capacidade para derrotar qualquer equipa mundial, mormente se actuarem na condição de visitados.
Num jogo e em casa, Benfica, Porto e Sporting podem e devem aspirar sempre à vitória independentemente do adversário.
Numa eliminatória, é diferente e a certeza transforma-se em dúvida perante determinados oponentes.
É o caso do Porto frente ao Chelsea.
Não me assaltam dúvidas no que tange à susceptibilidade do Porto vencer o Chelsea no Dragão.
Ao invés, duvido que o Porto consiga eliminar o Chelsea.
Para a partida de hoje à noite, esperam os portistas que a tradição ainda seja o que foi, pois que o Porto nunca perdeu em casa com equipas inglesas.
Em oito confrontos cedeu quatro empates e a última das vitórias foi, precisamente, diante do Chelsea.
Não há petróleo em Londres, mas dinheiro, muito dinheiro é coisa que não falta.
O Chelsea foi, durante muito anos, apenas mais um clube de Londres. E, mesmo no contexto londrino, um clube relativamente obscuro e sombrio, sempre ofuscado pelo brilho dos renomados e tradicionais Arsenal e Tottenham.
Faltava-lhe uma identidade definida.
A abertura bolsista da década de 80, para a qual os clubes menos conservadores e tradicionais partiram com avanço, transformou o Chelsea.
Primeiro, tornou-o no clube “chic” do futebol inglês, imagem da nova era mercantilista.
Edificou um novo estádio e assumiu-se como o principal ícone do futebol enquanto negócio e espectáculo.
A ascensão do Chelsea significava o triunfo do sonho capitalista do pobre que se transforma em rico e o fim do império dos clubes com forte implementação social.
A especulação bolsista trouxe Abramovich e com ele a sua fortuna mais ou menos obscura.
Pessoalmente, Abramovich procurava reconhecimento social e financeiramente, procurava lavar os capitais que acumulara, precisamente, aquilo que a nova ordem mundial saída da transformação do futebol num mero negócio e dos clubes em sociedades anónimas como quaisquer outras lhe podia proporcionar.
Assim, não se estranhou que tão rápida e meteoricamente como tinha chegado, haja desatado a comprar jogadores por valores inimagináveis, ainda para mais num mercado mergulhado numa profunda crise recessiva.
Numa época de recessão, foram aquisições milionárias umas atrás das outras, procurando conquistar um espaço, criar uma imagem, calar os críticos tradicionalistas, revitalizar o mercado e branquear a sua fortuna.
Num cenário de falência ou pré-falência generalizado, Abramovich marcava, claramente, a diferença.
Num curto espaço de tempo, Abramovich construiu uma equipa de estrelas.
Todavia, as vitórias só chegariam com o advento de Mourinho em Stanford Bridge.
Mourinho veni, vidi, vici.
Contudo, apenas e tão só, ao nível interno.
Falta-lhe o mais ambicionado dos troféus europeus – A Champions.
Esse é o grande desafio que, hoje, verdadeiramente, estimula Mourinho no Chelsea.
Mourinho ainda não o disse aberta e frontalmente, mas deixou já pistas claras que nos permitem assim concluir.
Numa temporada menos bem sucedida internamente, na qual viveu uma contestação para si, de todo em todo, desconhecida, a fasquia das expectativas encontra-se muito alta.
A vitória ou a “morte”, ou seja, a conquista da Champions ou a saída no final da época.
Abramovich pretende ser recordado não só como o homem que devolveu as glórias internas ao Chelsea, mas também e principalmente como o homem que deu verdadeira dimensão europeia ao clube.
É nesta encruzilhada que vive Mourinho esta época.
Esta temporada, a inconstância exibicional e de resultados do Chelsea resulta muito da instabilidade no sistema de jogo a adoptar.
Mourinho tem oscilado entre o 4x3x3 e o 4x4x2 em losango e a equipa tem oscilado na exacta medida das sucessivas hesitações de Mourinho entre um e outro sistema.
Ao Chelsea tem faltado os dois pilares fundamentais na construção de uma equipa: confiança (mentalidade) e identidade (táctica).
Mourinho que sempre assentou as suas equipas nestas premissas, tem vacilado de uma forma incompreensível com as naturais consequências ao nível dos resultados e das exibições.
Para o jogo no Dragão, a recuperação de Ballack permite antever que Mourinho irá, de novo, privilegiar o 4x4x2 em losango.
Depois de falhar os dois últimos encontros devido a um problema muscular, Michael Ballack está recuperado e, assim, Mourinho deverá optar por um onze composto por Cech, Geremi, Ricardo Carvalho, Terry e Wayne Bridge, Claude Makelele, Michael Essien, Frank Lampard e Michael Ballack, Didier Drogba e Andrei Shevchenko.
Coloco uma interrogação na titularidade de Andrei Shevchenko, pois que as dificuldades de adaptação que tem vindo a revelar ao sistema e ao modelo de jogo do Chelsea, poderão abrir as portas da titularidade a Arjen Robben, o que, aliás, aportaria outra versatilidade e mobilidade à frente de ataque do Chelsea.
A par das hesitações tácticas de Mourinho, as sucessivas lesões que apoquentaram elementos nucleares do plantel em diferentes momentos da temporada, também, contribuíram para o menor fulgor evidenciado pelo Chelsea na presente época.
Todavia, após vários meses em que as lesões teimaram em não largar a equipa inglesa, o panorama clínico é agora bem mais animador para Mourinho, que apenas não pode contar com Ashley e Joe Cole e com o holandês Bouhlarouz.
Um dos principais argumentos do Chelsea, como, de resto, de qualquer uma das equipas que Mourinho já treinou, são os lances de bola parada.
O Chelsea é, hoje por hoje, a melhor equipa do Mundo nas bolas paradas, quer sejam cantos, quer sejam livres.
Neste particular, um jogador tem sobressaído dos demais – Didier Drogba.
Em super forma, Drogba têm-se evidenciado na marcação de livres, predicado até agora na penumbra do imenso manancial de outras qualidades que possui.
Aliás, Drogba tem sido o coração e a alma da equipa, marcando golos, assistindo os companheiros e auxiliando em tarefas defensivas.
Com Lampard e Terry menos exuberantes do que o habitual, Drogba assumiu-se como o líder da equipa.
Marcá-lo é uma das prioridades para o Porto.
Pepe parece ser o homem ideal para tal.
Mourinho mostrou-se menos afirmativo e mais assertivo na conferência de imprensa que antecedeu o jogo.
Mestre nos “mind games”, Mourinho abdicou da comparação entre o Porto e a Sicília que havia feito no passado e procurou baixar o nível de hostilidade.
Mourinho sabe que muitas das vitórias portistas foram construídas sobre a potenciação psicológica do inimigo externo que urgia derrubar.
Assim, procurou baixar os níveis de confrontação por forma a retirar do jogo um dos clássicos trunfos portistas.
Jesualdo, por seu turno, não explorou este aspecto do jogo.
Mostrou-se sempre titubeante e hesitante, proferindo declarações de circunstância.
Jesualdo que surpreendeu ao preterir Ibson da convocatória, optando por chamar Ricardo Costa.
Primeiro sinal de temor, que não augura nada de bom para os portistas.
O Porto só terá verdadeiras chances de vencer se não se atemorizar perante o Chelsea.
Se se encolher, poucas hipóteses de sucesso terá.
Pelo contrário, se entrar destemido, enfrentando o adversário olhos nos olhos, as suas probabilidades de êxito sobem exponencialmente.
Fidelidade aos princípios de jogo já assimilados, conservação do sistema e modelo de jogo, audácia e concentração serão as qualidades que o Porto terá que apresentar para ganhar.
Jesualdo deverá regressar ao 4x3x3 em detrimento do 4x4x2 em losango da partida com a Naval.
E, por uma razão simples: para este jogo há Quaresma.
A utilização de Quaresma é sempre um imperativo, mas para este encontro ainda o é mais.
A principal debilidade do Chelsea são os seus laterais e Quaresma surge como o jogador mais apto a explorar tais fraquezas.
A principal força portista reside nos flancos, quer no virtuosismo, criatividade e “magia” de Quaresma, quer nas diagonais de Lisandro.
Deste modo, o melhor do Porto encaixa no pior do Chelsea, circunstância que constitui uma vantagem relativa que poderá ser determinante para o desfecho da eliminatória.
Apostar no jogo flanqueado como matriz essencial do processo ofensivo deve ser uma das prioridades do Porto.
Por outro lado, ao nível dos onze eleitos por Jesualdo, é grande a probabilidade de Raul Meireles voltar a integrar a equipa titular.
Meireles não defrontou a Naval, mas o regresso ao 4x3x3 deverá devolver-lhe a titularidade.
Assim, o Porto deverá alinhar com Hélton, Bosingwa, Pepe, Bruno Alves e Fucile, Paulo Assunção, Raul Meireles e Lucho, Quaresma, Postiga e Lisandro.
O Porto deverá optar por baixar a intensidade e o ritmo de jogo para deste forma aumentar as dificuldades do Chelsea.
Será um jogo de paciência, que se decidirá nos pormenores.
Será um jogo mentalmente desgastante para os jogadores portistas, pois que sabem que qualquer erro poderá acarretar a derrota.
Pese embora, o Chelsea pareça atravessar um dos seus melhores períodos na temporada e o Porto aparente viver realidade oposta, o certo é que o momento interno costuma ser pouco relevante na Europa.
A motivação que estes jogos usualmente aportam aos jogadores atenua ou apaga mesmo um eventual pior momento interno das equipas.
Jogo de prognóstico reservado, repartindo-se a quota parte de favoritismo de forma igualitária pelas duas equipas.

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Espaço Prof. Karamba

A classificação geral do Espaço Prof. Karamba é a seguinte:

1º Lugar: Cavungi – 465 pontos;

2º Lugar: Zex - 440 pontos;

3º Lugar: Carlos, Jorge Mínimo e Kubas – 415 pontos;

4º Lugar: Fura-Redes - 395 pontos;

5º Lugar: Samsalameh – 365 pontos;

6º Lugar: Vermelho – 355 pontos;

7º Lugar: Vermelho Sempre – 350 pontos;

8º Lugar: Holtreman – 345 pontos;

9º Lugar: Vermelho Nunca - 340 pontos;

10º Lugar: Costa - 315 pontos;

11º Lugar: Sócio - 310 pontos;

12º Lugar: Estar Vivo é o Contrário de Estar Morto - 305 pontos;

13º Lugar: Petit – 230 pontos;

14º Lugar: Francisco Lázaro - 165 pontos;

15º Lugar: Braguilha - 100 pontos;

16º Lugar: Jimmy Jump Reloaded e Drácula - 20 pontos;

17º Lugar: Sh Cala-te e Cuto - 5 pontos;

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Espaço Prof. Karamba

Os jogos sujeitos a aposta são os seguintes:

FCPorto/Chelsea;

Dínamo Bucareste/Benfica;

Parma/Braga;

Como sempre, aqui deixo o meu palpite:

FCPorto/Chelsea: 1-1;

Dínamo Bucareste/Benfica: 1-2;

Parma/Braga: 1-1

Análise à Jornada

O Benfica bateu o Nacional com dois golos de Miccoli e voltou a ultrapassar o Sporting na classificação.
Fernando Santos apostou no seu já habitual 4x4x2 em losango, mas o onze apresentou uma novidade, qual seja a entrada de Miccoli.
Karagounis foi o sacrificado para a entrada de Miccoli que, a meio da semana, já tinha sido decisivo frente ao Dínamo Bucareste.
Fernando Santos manteve Simão na posição mais avançada do losango, desempenhando as funções de 10, surgindo Katsouranis e Rui Costa como médios de transição, o primeiro na meia-direita e o segundo na meia-esquerda.
A deslocação de Rui Costa para a meia-esquerda do losango fez a
equipa perder capacidade de exploração do jogo entre linhas, levando-a a uma maior exploração do jogo pelas alas, através de Nelson, Léo e Simão.
O Benfica procurou conquistar profundidade pelas alas, com Nelson e Léo a aproveitarem os corredores, apoiados por Katsouranis, Rui Costa e Simão, surgindo Petit no vértice mais recuado do losango, essencialmente preocupado com as compensações defensivas e a ocupação de espaços.
Por seu turno, Carlos Brito apostou num tridente de médios centros, Chainho,
Bruno e Bruno Amaro, povoando a zona central e procurando obter superioridade numérica a meio-campo.
À frente destes surgiu Juliano, colocado mais sobre a esquerda, mas com mobilidade suficiente para deambular por toda a frente de ataque.
Rodrigo, mais posicional ao centro, e Diego mais livre sobre a direita, compunham o ataque nacionalista.
Patacas e Alonso, apareciam no papel de “carrilleros”, procurando explorar as alas para a partir daí iniciarem a construção do processo ofensivo nacionalista.
Todavia, estes preocuparam-se sempre mais em fechar defensivamente do que em explorar ofensivamente o seu corredor.
Bruno, Bruno Amaro e Juliano seguiram-lhes as pisadas e, assim, o futebol do Nacional resumiu-se ao momento defensivo durante toda a primeira parte.
Os madeirenses conseguiram acertar rapidamente com as marcações, exercendo uma forte pressão sobre o detentor da bola, assim manietando o processo ofensivo do Benfica.
Seguia o jogo deste modo equilibrado, com as equipas perfeitamente encaixadas uma na outra, quando, aos 12 minutos, Rui Costa se lesionou e teve de sair.
Para o seu lugar entrou Karagounis e o futebol do Benfica beneficiou com a troca.
Karagounis conseguiu emprestar maior dinâmica e, em rápidas combinações com Léo e Simão, foi abrindo algumas brechas nas apertadas marcações insulares.
Paulatinamente o Benfica foi-se assenhorando do comando da partida e construindo algumas boas oportunidades de golo.
No final da primeira parte, a melhor ocasião de golo encarnada.
Petit desferiu um potente remate sobre a meia-direita e Diego, em voo, desviou a bola com a ponta dos dedos para o poste.
Ao intervalo, 0-0, com sinal mais a pertencer ao Benfica.
Na segunda metade, o Benfica acentuou o seu domínio sobre a partida, apertando o cerco à área madeirense e criando perigo em lances sucessivos.
Se no primeiro tempo, havia sido o flanco esquerdo o eleito como o preferencial para conduzir o processo ofensivo encarnado, na segunda parte coube a Nelson assumir essa responsabilidade.
Se na primeira metade, Nelson se havia exibido em plano pouco mais do que medíocre, no segundo tempo subiu, claramente, de produção.
Ainda assim, demorou a arrancar um cruzamento bem medido.
A primeira vez que o conseguiu, aos 61 minutos, Nuno Gomes, em luta com Ávalos, ajeitou a bola para o remate cruzado e imparável de Miccoli.
O mais difícil estava alcançado.
O Nacional tentou reagir, subiu as suas linhas, mas expôs-se às rápidas transições encarnadas.
É consabida a lentidão de Ávalos e Ricardo Fernandes, pelo que actuando com 40 metros nas suas costas, aumentavam extraordinariamente os riscos de serem surpreendidos em contra-ataque.
O Nacional procurava pressionar mais alto, mas sem qualquer consequência.
Ao invés, ia “criando” cada vez mais espaço nas costas da sua defesa.
Aliás, a sua melhor ocasião no jogo aconteceu ainda antes do primeiro golo benfiquista, num fortíssimo remate de fora da área da autoria de Juliano.
Aos 70 minutos, Miccoli ganhou a bola a meio-campo, ultrapassou Ávalos e isolou-se para à saída de Diego lhe picar a bola sobre a cabeça, fazendo o 0-2.
Pese embora faltassem ainda vinte minutos para jogar, o Benfica não mais perdeu o controlo e o domínio do desafio, limitando-se a gerir até final.
Vitória justa e incontestada do Benfica.
O Benfica alcançou uma importantíssima vitória num terreno tradicionalmente difícil, conservando, deste modo, intactas as suas aspirações ao título.
No Dragão, o Porto regressou às vitórias, mantendo incólume o seu registo frente à Naval.
O Porto regressou as vitórias caseiras aplicando a mesma «chapa 4» com que havia presenteado o P. Ferreira, há dois meses.
Sem Quaresma, Jesualdo Ferreira converteu-se ao 4x4x2 em losango.
Um ano depois, o confronto com a Naval serviu para nova inovação táctica.
Com Adriaanse, um desaire na Amadora motivou a implementação de um sistema de três defesas.
Agora, Jesualdo também inovou e estruturou a sua equipa num 4x4x2, que, pelo menos, promete diminuir a quota de dependência de Ricardo Quaresma.
Com Pepe de regresso à defesa, Cech surgiu como médio interior esquerdo, Lucho González fez o mesmo na direita e Bruno Moraes foi um falso 10 com liberdade para apoiar Postiga e Lisandro López.
A Naval abdicou do “autocarro” e manteve o seu modelo usual.
Criou algumas oportunidades na fase inicial do encontro, mas o primeiro golo do Porto dizimou as suas pretensões.
Bruno Moraes recuperou a bola a meio-campo e descobriu a movimentação-tipo de Lisandro, que numa diagonal da direita para o centro e fez o 1-0.
Pouco depois, Lucho González marcou o seu sexto golo após incursão de Pepe pelo flanco direito e, no início da segunda parte, Lisandro fotocopiou o seu primeiro golo ao receber um passe de Hélder Postiga.
A Naval reflectiu, na segunda metade do encontro, a imagem de um derrotado absolutamente conformado.
Até final, o Porto limitou-se a gerir o resultado, o ritmo de jogo e, essencialmente, a rotação de jogadores, tendo em vista a recepção ao Chelsea, não sem que ainda obtivesse o quarto golo, por intermédio de Adriano, correspondendo de cabeça a cruzamento de Marek Cech.
Houve, ainda, tempo para a estreia de Rentería.
Estreia apenas que o escasso período em que foi utilizado não permitiu qualquer juízo avaliativo das suas capacidades.
Vitória justa e incontestada dos portistas.
Na Mata Real, mantiveram-se as invencibilidades.
O desfecho estatisticamente previsível. Se os pacenses não perdem em casa há mais de um ano e os leões não são batidos enquanto visitantes há igual período, só podia mesmo dar nisto: empate (1-1).
Paulo Bento preteriu o esquema de três defesas, que havia redundado em goleadas frente a Nacional e Pinhalnovense, e regressou ao 4x4x2 em losango.
Com Miguel Veloso no vértice mais recuado do losango, no lugar de Custódio, João Moutinho e Nani ocuparam-se dos desequilíbrios nos flancos, residindo nestas movimentações os principais focos de perigo para Peçanha.
Por seu turno, Djaló pareceu sempre desenquadrado do sistema e da dinâmica da equipa, tendo passado grande parte do tempo de jogo à procura do seu espaço
O Paços de Ferreira apresentou o seu esquema habitual, com o estreante Ricardinho a entrar directamente para o onze.
Todavia, o entrosamento e a ligação entre os sectores não foi o melhor.
Com três elementos no meio-campo com excessivas preocupações defensivas, criou-se um fosso enorme entre a intermediária e a linha atacante.
Como consequência desta ausência de ligação, Ricardo acabou por ser um mero espectador, na primeira parte.
Do lado leonino, o caudal ofensivo resultou na criação de algumas oportunidades de golo, mas a desinspiração de Bueno e a inspiração de Peçanha conjugaram-se na manutenção do nulo no marcador.
Na segunda parte, navegava o jogo em águas equilibradas, quando Liedson decidiu sair dos “braços de Morfeu” e fazer o seu primeiro remate à baliza contrária.
Aos 51 minutos, excelente abertura de Miguel Veloso, desde a linha de meio-campo, permitindo a Liedson dominar a bola e rematar com o pé esquerdo para o poste mais distante, fazendo o primeiro golo da partida.
O domínio do Sporting encontrava reflexo no marcador.
Com o golo leonino, surgiu o melhor período pacense.
Num assomo de orgulho, os castores foram à procura da igualdade.
José Mota fez entrar Cristiano e este na primeira vez que tocou na bola, restabeleceu a igualdade.
Cristiano ganhou a bola a meio-campo, foi mais lesto e forte que Caneira e à entrada da área desferiu um potente remate que bateu Ricardo.
Falhou o Sporting naquilo em que costuma ser mais forte - a transição defensiva.
Apelando à sua tradicional “alma” guerreira, mesmo exibindo-se uns furos abaixo do habitual, o Paços conseguia chegar à igualdade.
Faltavam ainda cerca de 20 minutos para jogar e Paulo Bento decidiu lançar mão do plano B que tão bons resultados dera frente a Nacional e Pinhalnovo.
Tirou Caneira e fez entrar Romagnoli.
O Sporting asfixiou o adversário, criou excelentes oportunidades de golo, mas a ansiedade havia tomado conta dos jogadores leoninos.
Os remates leoninos não mais encontraram os caminhos da baliza pacense.
Liedson, sem oposição, atirou de forma incompreensível ao poste, Alecsandro, a poucos metros da baliza, atirou por cima, Peçanha executou algumas defesas e a “floresta” de pernas que se ergueu à frente da baliza pacense fez o resto.
Partida em que o Paços beneficiou da sorte do jogo, tal como acontecera frente ao Benfica, e em que a vitória leonina seria o resultado mais justo.
Nos restantes jogos, destaque para o nono jogo a pontuar do Estrela e para o empate do Setúbal no Bessa, com um golo de Ayew a meias com William.

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Antevisão da Próxima Jornada da Liga Bwin

Este fim de semana, regressa o campeonato.
Mas antes, permitam-me uma breve referência à vitória bracarense na UEFA.
Vitória que foi o culminar do estrito cumprimento de um plano previamente traçado para a obter.
A forma e, principalmente, o momento em que o Braga alcançou o tento da vitória pareceu obedecer a um cínico projecto curiosamente desenhado à italiana.
Marcar a 10 minutos do fim, assim praticamente inviabilizando qualquer reacção do adversário, foi um duro e certeiro golpe que destroçou o objectivo italiano de conservação do nulo.
Meio caminho está percorrido e de modo imaculado.
Rigor e concentração deverão ser suficientes para garantir a qualificação ante um Parma a léguas da equipa que foi nos idos de 90.
Regressando ao campeonato, direi que a 12 jornadas do fim, o F.C. Porto é líder com três pontos de vantagem sobre o Sporting e quatro sobre o Benfica.

Nacional-Benfica

O Benfica desloca-se à Choupana para defrontar o Nacional.
Nacional-Benfica é um duelo de que muito se tem falado devido ao processo Apito Dourado, num caso relativo à época 2003/04.
No que diz respeito ao futebol jogado, os encarnados já deixaram oito pontos em 21 possíveis na Choupana. Mais de um terço.
Nas anteriores 7 visitas à Madeira para defrontar o Nacional, o Benfica
obteve 4 vitórias, 1 empate e perdeu por duas ocasiões.
Aliás, o F.C. Porto é o único dos grandes que ainda não perdeu na Choupana:
seis vitórias e um empate é o seu registo.
Na última época, o Benfica desperdiçou as parcas chances de alcançar o
segundo lugar, precisamente, na Choupana.
Um golo de Miccoli no início ainda colocou o Benfica em vantagem, mas
Ricardo Fernandes empataria perto do fim, colocando um ponto final nas
aspirações benfiquistas de entrada directa na Champions.
Bruno Paixão foi o árbitro nomeado pela Liga para dirigir o jogo entre
Nacional e Benfica, do próximo Domingo.
Fernando Santos apenas deverá efectuar uma alteração no onze que defrontou e
derrotou o Dínamo, qual seja a entrada de Miccoli.
Karagounis e Petit são os principais candidatos à saída.
Coloco Petit neste equação apenas por ter evidenciado problemas físicos na
partida com os romenos (Petit é uma das vacas sagradas de Santos e só não
jogará se não estiver, manifestamente, em condições).
Assim, se Petit estiver em condições físicas de actuar, será Karagounis o
jogador a remeter para o banco.
Deste modo, Santos deverá apresentar Quim, Nelson, Luisão, Anderson, Léo,
Petit, Katsouranis, Rui Costa, Simão, Miccoli e Nuno Gomes.
Num terreno tradicionalmente difícil, quer pela sua localização, quer pelas
condições atmosféricas que aí se fazem sentir, o Benfica terá que apresentar outra atitude para
levar de vencido o Nacional.
A manter-se a lentidão e a previsibilidade nas transições, as dificuldades
acentuar-se-ão.
A matriz essencial do processo ofensivo do Benfica passa pela exploração do
jogo entre linhas por parte de Simão e dos seus médios de transição.
No entanto, a deslocação de Rui Costa para a meia-esquerda do losango fará a
equipa perder capacidade de exploração do jogo entre linhas, importando,
consequentemente, uma maior exploração do jogo pelas alas, através de Simão
e Miccoli.
Aliás, a previsível aposta de Carlos Brito em 3 médios centros, Chainho,
Bruno e Bruno Amaro, acarretará um superpovoamento da zona central que torna de
todo em todo aconselhável que o processo ofensivo encarnado se desenvolva
pelos flancos.
Assim, quer Miccoli, quer Simão, desenharão movimentos basculantes do centro
para as alas, quer esquerda, quer direita, numa tentativa de exploração dos
corredores e de desposicionamento das unidades centrais dos insulares.
Na maior ou menor amplitude dos movimentos encetados por Simão e Miccoli
residirá a chave do êxito do processo ofensivo do Benfica.
Chainho é poderoso no encurtar de linhas e na ocupação e preenchimento de
espaços, pelo que urge obrigar à sua deslocação do centro para as alas,
desgastando-o e retirando-lhe capacidade de intervir sobre o jogo.
No que concerne ao processo defensivo e sua interacção com o processo
ofensivo, será necessário que a equipa adopte um bloco médio-baixo, por
forma a não perder a possibilidade de conquistar bolas no meio-terreno
insular, mas também a assegurar a não criação de espaços nas costas
da defesa susceptíveis de serem aproveitados pelos velozes avançados do Nacional.
O Nacional não deverá abdicar do seu tradicional modelo de jogo, baseado em
dois blocos, cuja ligação entre si é assegurada por Chainho.
Um primeiro bloco, mais alto, composto pelos avançados e médios de
transição, procurando a recuperação da bola o mais rápido e mais alto
possível e um segundo bloco, mais recuado, postado quase sobre a linha da
grande área, procurando precaver os lançamentos para as suas costas e
proteger a falta de velocidade dos centrais madeirenses.
Entre estes blocos, opera Chainho, numa missão pendular, ora subindo, ora
recuando, consoante a localização da bola.
O processo ofensivo do Nacional, deverá assentar na capacidade de penetração
pelas alas dos laterais, Patacas e Alonso, mais este do que o primeiro, na
capacidade de circulação de bola de Bruno e Spadacio, na capacidade de
transporte de bola de Bruno Amaro, na meia distância fortíssima dos Brunos e
nas bolas paradas.
Raras serão as situações em que ocorrerão transições rápidas, pois que o
modelo de Carlos Brito passa mais pela subida paulatina das linhas,
apostando no virtuosismo de Bruno e Spadacio na circulação da bola.
Transições rápidas ocorrerão apenas e só quando Bruno se servir da sua
capacidade de passar, com mestria, a longa distância, isto é, quando a
equipa explorar o jogo directo.
A criação de espaços no momento ofensivo surgirá das penetrações verticais
dos laterais suportadas pela superior capacidade de retenção e endosso da
bola dos médios de transição.
Será um jogo muito difícil para o Benfica, sendo de repartir o favoritismo
pelas duas equipas em proporção igualitária.

Porto- Naval

Os dragões recebem a Naval depois de duas derrotas consecutivas, num jogo
arbitrado por Nuno Almeida.
A Naval, à luz de um critério histórico, será o adversário ideal para o
Porto sair da crise em que vive desde o início do ano ou não contasse por
vitórias os anteriores confrontos com os figueirenses.
Na recepção à Naval, Jesualdo deverá introduzir algumas alterações no onze
que apresentou frente ao Estrela, desde logo pelo regresso de Pepe e,
previsivelmente, de Ricardo Quaresma.
Na defesa, Pepe reocupará o lugar ao lado de Bruno Alves, relegando Ricardo
Costa para o banco de suplentes.
Na esquerda, surpreendentemente, Lucas Mareque não foi convocado, pelo que
Fucile se assume como o candidato melhor colocado à titularidade, até porque
Cech esteve lesionado.
No meio-campo, face às dificuldades produtivas evidenciadas, são expectáveis
mudanças.
O subrendimento de Lucho e Raul Meireles tem sido a razão mais vezes
alvitrada para explicar os problemas na transição ofensiva.
Assim, não será descabido pensar na titularidade de Ibson em detrimento de
Meireles, até porque Jorginho ainda não ganhou espaço nas opções de Jesualdo
e continua ausente, por lesão, do lote de convocados.
Na frente, tudo dependerá da despenalização de Quaresma.
Jesualdo Ferreira chamou Ricardo Quaresma para o jogo frente à Naval,
acreditando que o jogador será despenalizado pelo Conselho de Justiça da
Federação.
Jesualdo Ferreira preparou o jogo com a Naval sem saber se pode
contar com Quaresma.
Na prática, traçou um plano A, no qual Quaresma é despenalizado pelo Conselho de Justiça da FPF na sexta-feira de manhã e faz parte do tridente ofensivo, e um plano B, em que o CJ dá razão à Comissão Disciplinar da Liga, mantém o castigo a Quaresma e o Porto recebe a Naval sem ele.
Se Quaresma for despenalizado, tudo indica que, juntamente com Postiga e
Lisandro, constituirá o tridente ofensivo.
Na inversa, várias possibilidades se abrem.
Vieirinha depois da titularidade frente ao Estrela não foi convocado, mas
Adriano, Rentería, Alan e Bruno Moraes assumem-se como alternativas válidas,
ainda que, com excepção de Alan, importem ligeiras modificações no
tradicional 4x3x3.
Mesmo uma eventual chamada de Cech a funções mais adiantadas não será
hipótese a descartar.
A estreia do avançado angolano Osvaldo, reforço de Inverno da Naval, é a
principal nota de destaque da lista de convocados de Mariano Barreto.
De fora continuam Wilson Júnior, Solimar, Elivelton, Dudu, Tony e Tiago
Fraga, todos por motivos físicos.
A Naval apresentar-se-á no Dragão com a motivação suplementar de querer
apagar a má imagem deixada pela eliminação na Taça frente ao Bragança.
A Naval, não obstante os 3 técnicos que conheceu esta época, é uma equipa
com os princípios de jogo muito bem assimilados, estruturada sob uma
fortíssima consistência defensiva e na exploração do contra-ataque.
Na defesa, Taborda, Fernando, Paulão e Orestes são sinónimo de experiência,
fiabilidade e segurança.
Na frente, Fajardo, Lito e Nei são sinónimo de velocidade, codícia e
capacidade de explorar os espaços nas costas da defesa e entre o central e o
lateral, através de penetrações verticais ou diagonais das alas para o
centro.
Certamente, que a Naval assumirá uma postura de expectativa, procurando
potenciar a seu favor a ansiedade que não deixará de marcar os jogadores
portistas.
Apostará na contenção inicial e num estender progressivo no campo assim o
resultado o permita.
O tempo jogará a seu favor e a Naval sabe-o.
As duas derrotas consecutivas encurtaram, ao mínimo, a margem de erro que os
portistas conseguiram acumular durante a primeira volta.
Com escassos três pontos de vantagem para o Sporting e quatro para o
Benfica, mais insucessos podem, inclusive, implicar a perda da liderança.
No entanto, com cinco vitórias em outros tantos jogos realizados com a
Naval, actuando na condição de visitado, com Pepe de volta, o Porto têm
todas as condições para se reencontrar com as vitórias antes da recepção ao
Chelsea.

Paços de Ferreira-Sporting

O Sporting, numa partida arbitrada por Pedro Proença, visita um Paços de
Ferreira invicto em casa há mais de um ano e um estádio onde já sofreu derrotas
históricas.
Nos anteriores 8 confrontos, o Sporting averbou 4 vitórias, 1 empate e 3
derrotas.
O jogo da primeira volta ficou marcado pela polémica, uma vez que a equipa pacense venceu em Alvalade com um golo marcado com a mão pelo brasileiro
Ronny, entretanto já transferido para a China.
Uma das principais curiosidades em torno deste jogo reside em saber qual o
sistema que Paulo Bento irá utilizar - se o 4x4x2 em losango ou o 3x4x1x2.
Penso que o sucesso alcançado pelo sistema táctico preconizado por Paulo
Bento nos dois últimos jogos (segunda parte do jogo com o Nacional e os 90
minutos da partida com o Pinhalnovense), não implicará o abandono do 4x4x2
em losango.
Com efeito, apesar da estrutura assente em três defesas (3x4x1x2) ter
permitido aos leões marcarem 11 golos em dois jogos, a verdade é que este é
um modelo alternativo, que vem sendo consolidado, mas que não apresenta,
ainda, maturação suficiente.
Aliás, decorridas 17 jornadas, não faria muito sentido que a equipa
rompesse, definitivamente, com o modelo que definiu para a época em curso.
O 3x4x1x2 será sempre uma alternativa, uma opção pontual, que poderá ocorrer
em determinados momentos, ou mesmo em alguns jogos.
Por outro lado, a previsível ausência de Pereirinha inviabilizaria, ipso
facto, o recurso ao 3x4x1x2.
O 3x4x1x2 impõe a chamada de dois jogadores: Bruno Pereirinha, para se
ocupar do corredor direito, e Yannick Djaló, para actuar no apoio à dupla de
avançados, aproveitando os espaços por estes criados.
Abel poderia constituir alternativa a Pereirinha, mas, ultimamente, perdeu
espaço na hierarquia de prioridades de Bento.
Neste sentido, tudo aponta para que Paulo Bento volte a optar pela estrutura
do losango.
Quanto ao onze a apresentar, a principal novidade em relação à equipa que entrou frente ao Nacional deverá ser Djaló, principal candidato a assumir as funções de suporte à dupla atacante na partida com o Paços de Ferreira.
O jovem atacante desempenhou essas funções na 2ª parte do jogo com o Nacional e Pinhalnovense, correspondendo, com assistências e golos, em dois jogos que o Sporting venceu, marcando 11 golos e sofrendo apenas 1.
Com Liedson e Bueno com lugar garantido na frente de ataque (juntos,
marcaram nove golos em dois jogos), tudo aponta para que Djaló se mantenha
nas funções de camisola dez, apoiando os dois pontas-de-lança.
Outras opções à disposição de Paulo Bento são Carlos Martins e "Pipi"
Romagnoli, jogadores que já desempenharam várias vezes essa função, ainda
que nenhum deles tenha sido regularmente convincente nos respectivos
desempenhos.
No mais, com o regresso de Tello aos treinos em pleno, a defesa deverá
manter-se inalterada.
Já no meio-campo, após o desentendimento com Ronny num treino, Nani deve
regressar ao banco.
Na frente, após a produtividade patenteada nos últimos jogos, a dupla
Liedson e Bueno deverá manter-se.
O Paços deverá manter-se fiel ao seu modelo de jogo.
Como disse o mítico José Mota "não queremos ser
favoritos, mas jogamos para vencer. Somos pequenos, mas não alteramos uma
vírgula à nossa forma de jogar.”
E tem razões para isso ou não estivesse a sua equipa invicta em casa há mais de um ano.
Assim, deverá apresentar Peçanha, Mangualde, Geraldo, Luiz Carlos e Antunes,
Paulo Sousa, Elias, Fahel, Edson, Cristiano e João Paulo.
Será a equipa do costume, com a marca impressiva do seu treinador – trabalhadora, lutadora, aguerrida e atrevida ou nas palavras de José Mota: “temos respeito pelo Sporting mas é uma partida normal porque até já os
vencemos antes. Vai ser um jogo extremamente difícil para eles”, para acrescentar que “nos 90 minutos tudo é possível. Se perdermos, vamos vender cara a derrota”.
A partida prevê-se equilibrada, face à invencibilidade pacense em casa e à
circunstância do Sporting de Paulo Bento revelar maior à vontade quando joga
na condição de visitante (no total, o Sporting marcou, com Bento ao leme, no
Campeonato, 37 golos na condição de visitante, contra apenas 34 na condição
de visitado).
Partida com favoritismo leonino, embora não muito acentuado.

Espaço Prof. Karamba

A classificação geral do Espaço Prof. Karamba é a seguinte:

1º Lugar: Cavungi – 435 pontos;

2º Lugar: Zex - 425 pontos;

3º Lugar: Jorge Mínimo – 410 pontos;

4º Lugar: Kubas - 405 pontos;

5º Lugar: Carlos - 400 pontos;

6º Lugar: Fura-Redes - 375 pontos;

7º Lugar: Vermelho Nunca, Vermelho e Samsalameh - 335 pontos;

8º Lugar: Holtreman e Vermelho Sempre – 330 pontos;

9º Lugar: Costa - 315 pontos;

10º Lugar: Sócio - 300 pontos;

11º Lugar: Estar Vivo é o Contrário de Estar Morto - 285 pontos;

12º Lugar: Petit – 210 pontos;

13º Lugar: Francisco Lázaro - 165 pontos;

14º Lugar: Braguilha - 100 pontos;

15º Lugar: Jimmy Jump Reloaded - 20 pontos;

16º Lugar: Sh Cala-te e Cuto - 5 pontos;

Liga dos Astros

Recordo que só serão admitidos a participar em cada jornada, os condóminos que apresentem a sua equipa sem recurso às tão criticadas remissões para as equipas apresentadas nas semanas anteriores.
As equipas apresentadas por remissão ter-se-ão por não escritas, não sendo consideradas.
Boa Sorte!

Espaço Prof. Karamba

Os jogos sujeitos a aposta, esta semana, são os seguintes:

F.C. Porto - Naval;

P. Ferreira - Sporting;

Nacional - Benfica;

U. Leiria - Sp. Braga;

Belenenses - Académica;

Como sempre, aqui deixo o meu palpite:

F.C. Porto - Naval: 1-0;

P. Ferreira - Sporting: 2-1;

Nacional - Benfica: 1-2;

U. Leiria - Sp. Braga: 1-1;

Belenenses - Académica: 1-2;

Análise ao Benfica/Dínamo de Bucareste

O Benfica venceu o Dínamo de Bucareste pela margem mínima, com um golo marcado por Miccoli, mesmo em cima do apito final.
Um golo à Jordão no Euro-84 contra a França, com a bola a embater no solo e a sobrevoar o guarda-redes antes de se anichar nas redes.
Tal como na partida da época passada a contar para a Champions frente ao Lille, um golo de Miccoli resolveu uma partida em que o Benfica raramente conseguiu ligar o seu processo ofensivo.
Fernando Santos repetiu o onze que defrontou o Boavista, na Luz, mas ao contrário do verificado frente aos axadrezados a exibição do Benfica não se guindou a patamares de excelência, muito pelo contrário.
O Dínamo apresentou-se compacto, com duas fileiras de 4 elementos muito próximas entre si, cerceando espaços entre linhas.
Assim, o Benfica cuja matriz essencial do processo ofensivo passa, precisamente, pela exploração do jogo entre linhas por parte de Simão e dos seus médios de transição, Katsouranis e Karagounis, viu-se manietado.
Sem espaços e com um bloco demasiado baixo, que não lhe permitia recuperar a bola no meio terreno contrário, o Benfica sentiu imensas dificuldades para se acercar com perigo da área adversária.
Jogando de forma demasiado lenta e previsível, sem conseguir colocar a bola nas costas da defesa romena, o Benfica raramente criou ocasiões de golo.
Este foi um daqueles jogos que comprovam a teoria segundo a qual o mais importante num desafio de futebol não é a percentagem de posse de bola, mas sim a qualidade da posse de bola.
Posse de bola teve o Benfica, qualidade de posse de bola só muito a espaços.
Ter a bola é sempre preferível, pois que se está sempre mais perto de marcar e mais longe de sofrer golos, mas por si só não releva verdadeiramente para o curso do jogo.
Sem materialização, a posse de bola é ofensivamente inócua e esta noite foi, exactamente, isso que se verificou.
Recorrendo a um dito popular, poderia sintetizar dizendo “muita parra e pouca uva”.
Na 1ª parte, o Benfica apenas criou duas oportunidades de golo, ambas ingloriamente desperdiçadas por Nuno Gomes, a quem faltou “killer instinct”.
A defesa em linha e o meio campo robusto e compacto dos romenos chegavam e sobravam para anular as tímidas investidas do Benfica.
Os romenos conseguiram adormecer o Benfica e pautar o ritmo de jogo, nivelando-o por baixo, por forma a que o seu interregno competitivo não se notasse.
Com 0-0 no marcador e face à prestação menos conseguida da equipa, Fernando Santos fez entrar Miccoli no início da segunda parte e deixou no balneário Petit, que já tinha visto um cartão amarelo.
Katsouranis passou a jogar como médio mais recuado, enquanto que Simão assumiu as funções de 10 no vértice mais adiantado do losango, ao passo que Rui Costa recuou para a meia-esquerda, ao lado de Karagounis, assumindo-se ambos como médios de transição.
Não obstante estas alterações, foi o Dínamo que melhor iniciou a segunda parte.
Mais solta e atrevida, a equipa romena viveu o seu melhor período do jogo no dealbar da segunda metade.
Não que tenha criado jogadas ofensivas com perigo para a baliza de Quim, mas ainda assim permitiu-lhe respirar e ganhar fôlego para o resto da partida.
Aliás, a única vez em que Quim foi verdadeiramente chamado a intervir aconteceu não neste período, mas sim aos 75m quando respondeu com uma boa defesa a um remate cruzado de Niculescu.
O empate sem golos agradava aos romenos, que tudo faziam para o preservar.
A quietude da segunda parte, apenas foi quebrada ao minuto 69 quando, na conversão de um livre, Simão rematou à barra e na recarga Miccoli falhou, de forma incrível, a emenda bem próximo da linha de golo.
O fantasma do jogo com o Boavista pairou sobre a Luz.
Aos 74 minutos, Fernando Santos procedeu à segunda substituição, fazendo entrar Derlei para o lugar de Nuno Gomes.
No último quarto de hora, o Benfica subiu as suas linhas e acentuou a pressão sobre os romenos, que denotaram claras e evidentes dificuldades físicas.
A falta de pernas dos romenos aliada à pressão subida do Benfica empurrou o Dínamo para as imediações da sua grande área.
Defendendo muito atrás e sem capacidade para sair a jogar, os romenos viam-se cada vez mais confinados ao processo defensivo, fazendo adivinhar o golo encarnado.
Todavia, neste período, os jogadores do Benfica revelavam uma enorme ansiedade que adiava a obtenção do golo.
Os jogadores do Benfica mostravam-se incapazes de acertarem o último e decisivo passe.
Contudo, perto do final do jogo, Derlei, na grande área, cabeceou ao lado, como que a anunciar o golo que se seguiria.
Aos 89 minutos, Rui Costa construiu a jogada que deu origem ao golo.
Na esquerda, cruzou para Simão que rematou para defesa incompleta de Lobont, surgindo Miccoli, na recarga, a fazer o 1-0.
O tento de Miccoli garantiu uma dificílima, mas importante, vitória para o Benfica.
O principal objectivo mostrava-se alcançado - vencer sem sofrer golos.
Vitória justa da única equipa que a procurou.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Antevisão do Benfica/Dínamo de Bucareste

A Taça UEFA é a primeira das competições europeias a regressar.
Nada mais nada menos do que clubes de 15 países em compita por um lugar na final de Glasgow, agendada para Maio.
Seis antigos vencedores da competição qualificaram-se para os 16 avos-de-final.
Neste lote, surgem o vencedor de 2004/05, CSKA de Moscovo, e o detentor do título, o Sevilla, que surge a liderar o contingente espanhol, constituído por quatro formações.
Aliás, a Espanha, a par da França, ambos com quatro equipas, são os países mais representados nestes 16 avos-de-final.
Portugal mostra-se representado por Benfica e Braga, que defrontarão o Dínamo de Bucareste e o Parma, respectivamente.
O Benfica já defrontou equipas romenas em competições europeias em quatro ocasiões.
A primeira, na temporada 1982/83, nas meias-finais da Taça UEFA, frente ao Universidade de Craiova.
Depois de um nulo na Luz, um empate (1-1) fora valeu a qualificação para a final, graças a um golo de Filipovic.
Em 1987/88, a história repetiu-se.
O Benfica voltou a marcar presença numa final europeia, no caso na Taça dos Clubes Campeões Europeus, depois de eliminar o Steaua de Bucareste.
Desta feita, depois de um nulo em Bucareste, Rui Águas bisou na Luz e resolveu a eliminatória.
O Steaua voltou a cruzar o caminho do Benfica em 1994/95, na fase de grupos da Liga dos Campeões, que os encarnados ultrapassaram, ao contrário dos romenos.
Mais recentemente, em 1999/200, o Benfica defrontou, precisamente, o Dínamo de Bucareste.
Na Luz, os romenos venceram por 1-0, mas, na Roménia, o Benfica triunfou por 2-0, com golos de Maniche e Chano.
Fernando Santos efectuou quatro alterações da lista de convocados, tendo em vista o jogo desta quarta-feira com o Dínamo de Bucareste.
Com todo o plantel disponível (excepção feita para o castigado por doping Nuno Assis) o treinador do Benfica voltou a chamar Karagounis, Petit e Miccoli, num lote onde se destaca a estreia de Derlei.
Com estas entradas, ficaram de fora Moretto, Paulo Jorge, Karyaka, Marco Ferreira, Manu e Pedro Correia, todos por opção técnica.
Destaque para o regresso de Miccoli, quase um mês depois.
O avançado italiano regressa aos convocados depois de debelada uma tendinite.
Fernando Santos admitiu que vai voltar a fazer alterações na equipa para o jogo com o Dínamo Bucareste, uma vez que conta com quatro jogadores que estavam indisponíveis na última partida, frente ao Varzim.
Fernando Santos revelou que o onze a apresentar frente aos romenos deverá ser muito semelhante ao que defrontou o Boavista, na última jornada da Liga Bwin.
No encontro frente ao Boavista, que terminou empatado sem golos, o Benfica jogou de início com Quim, Nelson, Luisão, Anderson, Léo, Petit, Katsouranis, Karagounis, Rui Costa, Simão e Nuno Gomes.
Não conheço o Dínamo, mas, segundo Fernando Santos, trata-se de uma equipa que "tem jogadores tecnicamente muito evoluídos e são um exemplo da escola romena".
Aduziu o treinador que "sabem adormecer o adversário, são uma equipa matreira, concretizadora, muito boa na posse de bola e veloz, e por isso temos de ter atenção. Os jogos entre o futebol português e romeno, na selecção e nos clubes, são sempre jogos equilibrados. Temos de ser agressivos sem bola, não dar espaço para eles jogarem e depois sermos dinâmicos".
O essencial para este jogo será marcar e não sofrer golos.

Revista da Imprensa Desportiva

As Fotos do Almoço


Espaço Prof. Karamba

Os jogos sujeitos a aposta são os seguintes:

Benfica - Dínamo de Bucareste;

Sp. Braga - Parma;

Como sempre, aqui deixo o meu palpite:

Benfica - Dínamo de Bucareste: 3-0;

Sp.Braga - Parma: 1-0

domingo, fevereiro 11, 2007

Análise aos Oitavos de Final da Taça de Portugal

Parabéns, Varzim!
O Varzim ganhou e de forma inteiramente justa!
Foi mais e melhor equipa!
Sempre organizada, com um ocupação extraordinária dos espaços, sempre compacta e sempre concentrada.
O Benfica até entrou bem no jogo.
Dominador, entrou em campo com vontade de mandar e marcar cedo.
Estruturado no já habitual 4x4x2 em losango, Beto e João Coimbra foram as surpresas no onze por troca com Petit e Karagounis, ambos lesionados.
Diga-se que o inenarrável Beto voltou a protagonizar uma exibição também ela inenarrável.
Sem tempo de entrada aos lances, sem capacidade para impulsionar a equipa para o ataque, sem capacidade técnica para fazer jogar a equipa, o resultado da sua presença em campo foi nulo.
Recuperou algumas bolas, mas mesmo nesse aspecto não esteve particularmente activo e não raras vezes assim como se apossou da bola, perdeu-a.
Olegário perdoou-lhe a expulsão e a sua saída ao quarto de hora da segunda parte só pecou por excessivamente tardia.
Tardia no sentido de que nem sequer se devia ter equipado…
À passagem do minuto treze, Nelson desviou para o fundo das redes um cruzamento bem medido de Mendonça vindo da direita.
O primeiro de vários erros de Nelson.
A par de Beto, talvez, o pior dos benfiquistas em campo.
Quer dizer, Marco Ferreira, ainda que só tenha jogado pouco mais de 10 minutos, protagonizou exibição capaz de ombrear com estes dois, mormente pelo “excelente” desarme a Mantorras, que impediu o angolano de fazer o golo da igualdade no final do encontro.
Não defendeu, não atacou, marcou um auto-golo inexplicável e cometeu de forma igualmente incompreensível a falta que originou o 2º golo varzinista.
Asneiras, atrás de asneiras, prosseguindo naquilo que tem sido a sua época - uma vertigem de inconstância preocupante.
Sem Petit e Karagounis no meio-campo, Fernando Santos deu uma oportunidade a Beto e João Coimbra, que, definitivamente, não conseguiram agarrar a oportunidade.
Katsouranis também se escondeu muito e Rui Costa viveu de fogachos, de lampejos de classe e talento.
O Benfica até reagiu muito bem ao golo varzinista.
Primeiro, Ricardo defendeu sobre a linha um soberbo cabeceamento de Anderson.
Depois, surgiu o golo do empate.
Seria precisamente dos pés de Rui Costa que surgiria a assistência para o golo do empate, numa abertura vinda da esquerda para a surpreendente cabeçada certeira de Simão.
Todavia, este golo não importou a criação da dinâmica de conquista que seria expectável.
Até ao intervalo, o Benfica não aproveitou a tendência e deixou-se enredar na teia pacientemente montada pelo Varzim.
De processos simples, assente num meio-campo forte, trabalhador e inteligente, que sabia como lançar os dois avançados colocados junto à linha, os varzinistas conseguiram adormecer o Benfica.
E fizeram-no, também, na 2ª parte.
Fernando Santos mexeu na equipa ao intervalo, fazendo entrar Mantorras para o lugar de João Coimbra.
Nenhum benefício acarretou esta mudança, antes pelo contrário.
A equipa perdeu a pouca dinâmica que havia patenteado e uma estranha letargia dela se apoderou.
Na 2ª metade, o Benfica como que se acomodou ao jogo.
O primeiro remate do segundo tempo surgiu aos 73 minutos, por Rui Costa.
Curiosamente, três minutos depois, surgiu o golo da vitória varzinista.
Livre na esquerda do ataque poveiro e Nuno Rocha colocou a bola na cabeça de Mendonça para este, numa excelente execução, fazer o 2-1 final.
Faltavam, ainda, quinze minutos para o apito final, mas o Varzim soube controlar o encontro e esperar que o Benfica falhasse duas enormes oportunidades: aos 79, com Luisão a rematar para defesa de Ricardo; e aos 85, com Rui Costa a isolar Mantorras, mas com Marco Ferreira a surgir a cortar espaços ao angolano e a rematar por cima da barra.
Mau jogo do Benfica, excelente jogo do Varzim e, assim, vitória justa dos poveiros.
Para além da eliminação, as consequências desta derrota estendem-se à próxima partida do Benfica para o campeonato, pois que Luisão e Simão não poderão actuar na Choupana por terem visto o 5º cartão amarelo.
Na Tapadinha, a Briosa venceu com dificuldades o Atlético.
Num mau jogo de futebol, a Académica venceu um Atlético que foi sempre um adversário digno, combativo e que fez jus ao seu percurso nesta edição da Taça.
Um golo ao cair do pano apontado por Pitbull resolveu um jogo, que parecia caminhar para o prolongamento desde muito cedo.
Nos restantes jogos, destaque para a gorda e tranquila vitória do Sporting no Pinhalnovo, com um excelente golo de Liedson, e para a vitória do Bragança na Figueira.
Mas, este fim de semana, ficou marcado por outro evento, que do ponto de vista pessoal, assumiu importância maior – o Almoço do blog em Lisboa.
Foi com grata satisfação que tive oportunidade de privar com aqueles que durante mais de um ano apenas virtualmente conheci.
Agradecer-lhes a simpatia, a bonomia e a camaradagem com que nos receberam.
O ambiente no almoço não podia ter sido melhor.
Relacionamo-nos como se há muito nos conhecêssemos, numa clara demonstração que este blog é, hoje por hoje e acima de tudo, uma tertúlia de amigos.
A todos, o meu muito obrigado!

Espaço Prof. Karamba

A classificação geral do Espaço Prof. Karamba é a seguinte:

1º Lugar: Cavungi – 425 pontos;

2º Lugar: Zex - 410 pontos;

3º Lugar: Kubas - 400 pontos;

4º Lugar: Carlos e Jorge Mínimo - 395 pontos;

5º Lugar: Fura-Redes - 370 pontos;

6º Lugar: Vermelho Nunca, Holtreman e Samsalameh - 330 pontos;

7º Lugar: Vermelho Sempre – 325 pontos;

8º Lugar: Vermelho – 320 pontos;

9º Lugar: Costa - 315 pontos;

10º Lugar: Sócio - 295 pontos;

11º Lugar: Estar Vivo é o Contrário de Estar Morto - 280 pontos;

12º Lugar: Petit – 205 pontos;

13º Lugar: Francisco Lázaro - 165 pontos;

14º Lugar: Braguilha - 100 pontos;

15º Lugar: Jimmy Jump Reloaded - 20 pontos;

16º Lugar: Sh Cala-te - 5 pontos;