quarta-feira, outubro 07, 2009

Artigo de Opinião de Luís Freitas Lobo

Carlos Martins: o limite

Começou no espaço que é habitual Aimar ocupar. Depois, com a bola a rolar, é outro jogador. Menos cerebral, mais impulsivo, distintas acções e reacções ao jogo. Tudo isso, claro, leva a equipa por outros caminhos na última fase de construção.
A maior força emocional do seu jogo é também a razão da sua maior instabilidade (táctica e emocional).
Uma boa equipa, isto é, com o colectivo e seus elos de ligação (emoção e táctica) bem ligados, consegue, porém, absorver um jogador assim mais difícil. Noutra situação, sem essa moldura colectiva forte é diferente.
A carreira de Carlos Martins tem sido feita nessa dicotomia.
Mantêm o jogo sempre em sobressalto. O adversário e a…própria equipa.
É uma segunda velocidade, um estado de espírito alternativo.
Mais do que jogar bem, faz boas jogadas/movimentos.
Um futebol específico para um jogador particular.
Como o centro para o 0-1. Ou o remate para o 0-2.
Porque quando a equipa joga bem, qualquer estado de ânimo (a tal «atitude») ocupa o lugar secundário que lhe corresponde na análise futebolística.

2 comentários:

Zex disse...

Esqueceu-se de dizer que o génio não aguenta mais de 45m sem se lesionar.

antes morto que vermelho disse...

Consta que a empresa que distribui o Famous Grouse, negociou uma espécie de rappel com ele...
quanto mais se lesionar, beber e atirar biqueiradas para a bancada, mais bebida tem á disposição