terça-feira, julho 28, 2009

Boas Férias!!!



Em Setembro estarei de regresso, isto sem descurar a possibilidade de, sempre que as circunstâncias o exijam, fazer uma ou outra aparição durante o mês de Agosto.

Boas Férias!

segunda-feira, julho 27, 2009

Plantel e Pré-Época

1 - Do que se viu até agora, apenas peço um guarda-redes de indiscutível categoria para fechar o plantel.
Victor do Grémio é o meu pedido

2 - Júlio César é mais do mesmo e para mais do mesmo, basta o mesmo!

3 - Luisão pode sair.
As declarações de Jesus e Vieira prenunciam-no.
Percebo que imperativos financeiros obriguem ao negócio, mas estou em crer que o Benfica sairá enfraquecido.

4 - Não porque inexistam alternativas, mas sim porque às que existem falta experiência, voz de comando e maturidade.
Não se pode construir uma equipa apenas com jogadores jovens.
Então, a zona central da defesa...

5 - Anuncia-se a saída de Yebda e Spesi, a contratação de um guarda-redes e o pensamento em Reyes.
Demasiadas mexidas.
Não estraguem o que tanto trabalho tem dado a construir.

6 - Os opinion maker´s deste País têm-se esforçado por criar a ideia de que o Benfica tem tido desempenhos extraordinários nas Pré-Épocas.
Pois bem, a ditadura dos números, ai o números, desmente esta afirmação!

15/08/2008 PE JA Benfica 0-0 (4-5)g.p. Internazionale Pré-Época 08/09 D
09/08/2008 PE JA Benfica 1-0 Feyenoord Pré-Época 08/09 V
04/08/2008 PE JA V. Guimarães 1-2 Benfica Pré-Época 08/09 V
02/08/2008 PE JA Benfica 2-2 Paris SG Pré-Época 08/09 E
27/07/2008 PE JA Benfica 0-2 Sporting Pré-Época 08/09 D
25/07/2008 PE JA Benfica 2-3 Blackburn Pré-Época 08/09 D
19/07/2008 PE JA Benfica 1-1 Estoril Pré-Época 08/09
Total: 2v, 3e, 2d

05/08/2007 PE Benfica 1-0 Sporting Pré-Época 07/08 V
03/08/2007 PE Benfica 0-0 Real Betis Pré-Época 07/08 E
29/07/2007 PE Al-Ahly 2-1 Benfica Pré-Época 07/08 D
21/07/2007 PE CFR Cluj 2-2 Benfica Pré-Época 07/08 E
08/07/2007 PE Benfica 4-0 RM Hamm
Total: 2v, 2e, 1d

01/08/2006 PE AEK Athens 3-1 Benfica Pré-Época 06/07 D
28/07/2006 PE Benfica 0-1 Deportivo Pré-Época 06/07 D
27/07/2006 PE Sporting 3-0 Benfica Pré-Época 06/07 D
22/07/2006 PE Benfica 2-0 Bordeaux Pré-Época 06/07 V
15/07/2006 PE Sion 3-2 Benfica Pré-Época 06/07 D
12/07/2006 PE Benfica 2-0 Shakhtar Donetsk Pré-Época 06/07 V
08/07/2006 PE Stade Nyonnais 0-3 Benfica
Total: 3v, 0e, 4d

06/08/2005 PE Benfica 0-2 Juventus Pré-Época 05/06 D
02/08/2005 PE Estoril 0-1 Benfica Pré-Época 05/06 V
30/07/2005 PE V. Guimarães 1-1 Benfica Pré-Época 05/06 E
27/07/2005 PE Barreirense 0-1 Benfica Pré-Época 05/06 V
22/07/2005 PE Benfica 5-0 WBA Pré-Época 05/06 V
17/07/2005 PE Benfica 0-1 Chelsea Pré-Época 05/06 D
13/07/2005 PE Carouge 0-3 Benfica Pré-Época 05/06 V
10/07/2005 PE Sion 1-2 Benfica
Total: 5v, 1e, 2d

01/08/2004 PE JA Sp. Braga 1-1 Benfica Pré-Época 04/05 E
28/07/2004 PE JA Real Betis 3-0 Benfica Pré-Época 04/05 D
25/07/2004 PE JA Benfica 2-2 Real Madrid Pré-Época 04/05 E
21/07/2004 PE JA Marseille 0-2 Benfica Pré-Época 04/05 V
19/07/2004 PE JA Zaragoza 0-1 Benfica Pré-Época 04/05 V
17/07/2004 PE JA Carouge 0-2 Benfica
Total: 3v, 2e, 1d

Ou seja, nas últimas 5 pré-épocas apenas numa, o Benfica averbou mais vitórias do que empates e derrotas!

7 - Curiosamente ou talvez não, as duas melhores pré-épocas do Benfica (2004-2005 e 2005-2006) coincidiram com as épocas em que averbou melhores resultados desportivos.
Numa sagrou-se Campeão Nacional e noutra atingiu os quartos de final da Champions!

8 - É por estas e por outras, que, sem entrar em euforias bacocas, os resultados obtidos e, principalmente, a qualidade do futebol exibido pelo Benfica na presente pré-temporada, merecem ser devidamente valorados ("As perspectivas são boas mas a procissão ainda não saiu do adro." - Não podia estar mais de acordo com José Manuel Delgado)

26/07/2009 TA Grp.A Ajax 2-3 Benfica T. Amesterdão 09 V
24/07/2009 TA Grp.A Benfica 2-0 Sunderland T. Amesterdão 09 V
21/07/2009 PE JA Benfica 1-2 Atlético Madrid Pré-Época 09/10 D
18/07/2009 TG F Benfica 2-1 Olhanense T. Guadiana 09 V
16/07/2009 TG MF Benfica 2-1 Athletic T. Guadiana 09 V
13/07/2009 PE JA Benfica 2-0 Shakhtar Donetsk Pré-Época 09/10 V
12/07/2009 PE JA Sion 2-2 Benfica
Total: 5v, 1e, 1d

domingo, julho 26, 2009

Ainda a Propósito do Video do Momento - A Resposta Bacoca de Jorge Baptista, publicada no Bola na Área

Caro Eugénio

Como estou longe de ser um adepto bloguista só ontem fui confrontado com esta lamentável situação - a qual pelo visto também gostaste de dar o teu contributo - e por isso decidi utilizar este teu espaço para que de alguma forma me seja consentido penitenciar-me publicamente pelo que da minha parte foi dito.
Naturalmente quero sublinhar as minhas mais profundas desculpas aos visados, se é que ainda existe alguma forma de atenuar a brincadeira de mau gosto de que fui protagonista.
Também obviamente gostaria que ficasse claro aos meus críticos que nem a SIC nem o Benfica devem ser atingidos por isto. Assim se têm agora a oportunidade de me tentar atingir façam... favor e deixem os outros em paz.
Posto isto, é sabido que eu e o Zé Augusto fomos alvos de uma cilada, ainda pior que os disparates por mim ditos.
Tratou-se de uma conversa-brincadeira privada - da qual naturalmente não me orgulho - apenas entre dois homens.
Uma lamentável brincadeira mas que duvido que a grande maioria dos homens tenha a coragem de atirar a primeira pedra.
O problema é que esta foi indevidamente utilizada e a dos outros, por enquanto... ainda não.
É sem dúvida uma enorme lição, da qual tirarei as devidas ilações.
Peço mais uma vez muitas desculpas a todos, da mesma maneira que não tenho problemas em perdoar aqueles que sempre disseram mal de mim (privada e anonimamente)antes e depois disto.
Obrigado Eugénio por me deixares utilizar este teu espaço.


Jorge Baptista

Balanço do Torneio de Amesterdão

Dois jogos, duas vitórias de indiscutível equidade e a conquista do Torneio de Amesterdão.
Duas partidas que confirmaram as excelente indicações que a equipa havia dado nos precedentes confrontos.
A consolidação do processo de crescimento é inegável.
Pressão alta, bloco compacto e subido em termos defensivos e criatividade e intensidade no processo ofensivo emergiram como os aspectos mais robustecidos.
E uma perfeita leitura daquilo que o jogo exige, acrescento.
Contra o Sunderland, o Benfica soube gerir o ritmo da partida para se impor com naturalidade, evidenciando uma indesmentível supremacia.
Contra o Ajax, houve que sofrer, aumentar a intensidade e apostar na velocidade das transições, especialmente a ofensiva, para suplantar um adversário sempre buliçoso.
O encontro com os holandeses terá constituído mesmo o teste mais complicado que o Benfica enfrentou nesta pré-temporada.
Desde logo, porque o Benfica se viu confrontado com necessidade de alterar o seu modelo de jogo para uma matriz de muito maior contenção e que passou pela entrega da iniciativa de jogo ao adversário.
Depois, porque se tratou da primeira vez em que a equipa actuou na condição de visitante, o que colocou à prova o seu vigor emocional.
Por fim, pela qualidade técnica e pela velocidade de execução da generalidade dos jogadores do Ajax.
E a tudo isto, o Benfica soube responder com competência.
É verdade que começou titubeante e algo sufocado pela intensa pressão inicial dos holandeses.
Todavia, não é menos correcto que bastaram 8 minutos e um golo para a equipa serenar, se organizar e assumir o controlo da partida.
Pese embora o domínio holandês, o Benfica soube administrar as incidências da partida e dirigi-la do modo que mais lhe convinha.
Ancorado numa circulação de bola criteriosa e quase sempre assertiva, o Benfica foi tecendo uma ardilosa teia que manietou, por completo, qualquer veleidade que o Ajax pudesse cogitar.
Simultaneamente, foi arquitectando rápidos movimentos ofensivos, num crescendo de perigosidade para as redes holandesas.
Ilustração perfeita deste paradigma aconteceu, à passagem da meia hora, num contra-ataque exemplar, iniciado por Ramires, continuado por Carlos Martins, Nuno Gomes e Saviola, antes de chegar a Di Maria, que marcou a dois tempos.
Uma vantagem que reflectia o império do Benfica sobre a partida, mas que seria diminuída antes do intervalo, num potente remate à entrada da área de Donald.
Diz-se que a história não se repete, mas o início da segunda parte desmentiu este axioma.
Após o intervalo, o Benfica reproduziu não só o padecimento inicial do primeiro tempo, como também o golo e com este a tranquilidade e o controlo subsequente do encontro.
Construiu umas quantas ocasiões para ampliar a vantagem, mas pecou e muito na finalização.
Seguiram-se as inevitáveis substituições, a natural exaustão física e a progressiva degradação do ritmo e da qualidade do jogo.
Assim, não estranhou que a este decréscimo de consistência tivesse correspondido uma reacção final do Ajax, traduzida num golo de Rommedahl.
Nada que tivesse consequências no desfecho final da partida e do torneio.

Um a Um

Moretto - No carrossel que são as suas exibições, assinou um desempenho seguro e de qualidade.
Moreira - À imagem da equipa.
Começou algo nervoso e inseguro, mas foi agregando a confiança necessária à construção de uma prestação com alguns toques de brilhantismo.
Provou ser o melhor dos 3 guarda-redes do plantel.

Maxi Pereira - A regularidade e a intensidade de sempre.
Começou a época como acabou a transacta.
Assinou um belo golo frente ao Sunderland.

Luisão - Regressado à competição, foi considerado o melhor jogador do torneio.
Não me pareceu merecedor de tal distinção, tais as oscilações de rendimento que evidenciou.
Talvez fruto da sua deficiente condição física, alternou o melhor com o pior.

David Luiz - Retornou à sua posição de raiz e rubricou duas excelentes prestações.
Rápido e com excelente leitura de jogo, ainda teve tempo para fazer um golo.

Miguel Vítor - Pouco tempo em campo frente aos ingleses, num desempenho na linha dos demais.

Shaffer - Desfez as eventuais dúvidas que pudessem existir, conquistando a titularidade a Spesi.
Se defensivamente sofreu um pouco, ofensivamente ofereceu ao seu flanco muita profundidade.
Evidenciou-se pela velocidade e pela qualidade dos cruzamentos.

Javi Garcia - Demonstrou atributos para a posição 6 - Leitura de jogo, posicionamento irrepreensível, capacidade física, simplicidade de processos e critério no passe.
Duas exibições prometedoras.

Ramires - Das alcunhas que se lhe conhecem, Queniano será a que melhor caracteriza os seus desempenhos em Amesterdão - pulmão para dar e vender e capacidade de explosão.
Promete vir a ser o pêndulo da equipa.

Ruben Amorim - Com outra capacidade física, os seus desempenhos subiram em qualidade.
Clarividente ajudou a organizar o processo ofensivo e fisicamente disponível assumiu-se como trave mestra da pressão alta.

Carlos Martins - Talvez tenha assinado os seus melhores desempenhos ao serviço do Benfica.
Jogando na posição 10, conseguiu emprestar fluidez e criatividade ao processo ofensivo.

Di Maria - O melhor nos dois jogos.
Rápido, imprevisível e codicioso, vê-se que está a crescer.

Fábio Coentrão - Mais duas prestações na linha de qualidade das restantes nesta pré-temporada.
Conquistou o seu lugar no plantel.

Aimar - Restituído ao seu lugar natural, perfumou o processo ofensivo encarnado com pormenores da inegável classe que possui.

Saviola - Mais duas prestações na linha de qualidade das restantes nesta pré-temporada.

Cardozo - Mais duas prestações na linha de qualidade das restantes nesta pré-temporada.

Nuno Gomes - Esforçado, conheceu o seu melhor momento na visão de jogo que revelou no lance do segundo golo encarnado.

Weldon - Escassa utilização para uma apreciação.

quinta-feira, julho 23, 2009

Vejam a partir do Minuto 12...

Curiosidades...

1 - "No exercício findo de 30 de Junho de 2008 os custos líquidos salariais com atletas emprestados a outros clubes ascenderam a aproximadamente 3 500 000 € (1 165 000 em Junho de 2007)." - Relatório e Contas da Porto SAD

2 - Cristian Rodriguez chegou de férias lesionado...

3 - "Até 2012, altura em que estará a caminho dos 35 anos, Liedson terá recebido qualquer coisa como nove milhões em salários.
A isso, terão de somar-se 3,2 milhões investidos na compra do passe ao Corinthians, em 2003, e os custos de assinatura/intermediação nas duas renovações (quase 3,2 milhões em 2006, 1,9 milhões agora). Total: mais de 17 milhões de euros. Com os prémios por objectivos que são atribuídos a todos os jogadores, é só fazer as contas."

quarta-feira, julho 22, 2009

Última contratação do Benfica para a presente época?



Nome Weldon Santos de Andrade
Nacionalidade Brasil
Nascimento 1980-08-06 (28 anos)
Naturalidade Santo André (SP) - Brasil
Posição Avançado
Altura 183 cm
Peso 77 kg

2009 Sport
2008 Cruzeiro/Belenenses (E)
2007 Sport/Troyes
2005/06 Sochaux (E)
2005 Cruzeiro/Al-Naasr
2004 Ponte Preta
2003 Sport
2002 Brasiliense
2001 Santos



terça-feira, julho 21, 2009

Benfica-At. Madrid, 1-2

O pior resultado, a melhor exibição!
Assim se pode sintetizar a prestação do Benfica no jogo de apresentação aos sócios.
A consolidação do processo de crescimento da equipa enquanto tal foi a nota mais positiva do teste desta noite.
Pressão alta, bloco compacto e subido em termos defensivos e criatividade e intensidade no processo ofensivo emergiram como os aspectos mais robustecidos.
O Benfica iniciou pujante e dominador a partida, mas seria o Atlético, contra o sentido prevalecente, a inaugurar o marcador.
Uma fotocópia do que havia sucedido frente ao Atlético de Bilbau - Se no Guadiana foi Moretto a comprometer, hoje foi Quim a assumir idêntica postura.
Muito mal posicionado, o internacional português permitiu que um remate fraco de Raúl Garcia terminasse no fundo das suas redes.
Na reacção, também, o Benfica imitou os encontros precedentes e o empate surgiria, sem surpresa, à passagem do minuto 20.
Di María recuperou a bola no meio-campo, serviu Saviola, que, após uma arrancada de 30 metros, vendo Cardozo melhor posicionado, tocou para a direita e o paraguaio só teve de encostar para o fundo da baliza de Asenjo.
Partida igualada no marcador, mas não no domínio e no controlo das suas incidências, que pertencia, por inteiro, ao Benfica.
Todavia e mais uma vez contra a corrente, seria o Atlético a agregar supremacia no resultado.
Na sequência de uma rápida transição ofensiva, Aguero caiu na área e Hugo Miguel assinalou mal grande penalidade (Miguel Vítor não toca no argentino).
De forma iníqua, o Atlético encarava o descanso em vantagem.
Se o Benfica havia dealbado a primeira parte em busca do golo, na segunda repetiu a intenção.
E só não a concretizou por manifesta infelicidade. Várias foram as ocasiões de golo desperdiçadas. Depois, vieram as substituições e com estas a progressiva degradação do ritmo e da qualidade do jogo.
Não obstante, o Benfica acentuou o seu império sobre o adversário (não me recordo de uma defesa de Moretto ou Moreira) e arquitectou mais umas quantas oportunidades de golo, muito por obra e graça da dupla Shaffer/Fábio Coentrão.
Pecou na finalização e, assim, saiu derrotado de um desafio que podia e devia ter vencido.

Um a Um

Quim - Um frango em mais uma prestação muito pouco conseguida.

Maxi Pereira - A sua pior partida até ao momento.
Revelou alguma insegurança.

David Luiz - Estreou-se na presente época e assinou uma exibição regular, sem grandes sobressaltos.

Miguel Vítor - O patrão da defesa, realizou mais uma excelente exibição.

Spesi - Limitou-se a defender e, mesmo assim, acumulou alguns equívocos.

Rúben Amorim - Já esteve mais próximo dos desempenhos da temporada transacta.
Exibiu critério e precisão no passe, boa leitura de jogo e muita disponibilidade defensiva.

Carlos Martins - Sem atingir patamar de elevado brilhantismo, assinou a sua melhor prestação da pré-época.
É verdade que voltou a evidenciar alguma falta de discernimento, mas o certo é que, desta feita, conseguiu emprestar alguma fluidez ao processo ofensivo.
Realce para um excelente passe a isolar Cardozo na segunda metade.

Di Maria - Vê-se que está a crescer.
A assistência para o golo de Cardozo é disso exemplo assaz elucidativo.

Aimar - Restituído ao seu lugar natural, perfumou o processo ofensivo encarnado com pormenores da inegável classe que possui.
Combinou muito e bem com Saviola e Cardozo.

Saviola - Muito activo, conheceu o momento de maior destaque na assistência para Cardozo fazer o primeiro golo.
Solto e com vontade de ter a bola, procurou combinar com Aimar e Cardozo.
Mobilidade, inteligência e capacidade técnica foram predicados que alardeou.

Cardozo - Um golo e muita disponibilidade para lutar com os centrais adversários e combinar com Saviola e Aimar.

Moreira e Moretto - Dois meros espectadores.

Patric - Escassos minutos em campo.

Roderick - Mais um bom desempenho, confirmando os predicados que lhe têm sido assinalados.

Shaffer- Trouxe velocidade, intensidade e muita profundidade ao flanco esquerdo.
Combinou muito bem com Fábio Coentrão e evidenciou-se pela qualidade dos cruzamentos.

Yebda - Mais um desempenho a justificar a contratação de Javi Garcia.
Lento e complicativo, esteve desastrado no passe, perdeu bolas de forma infantil e comprometeu a qualidade das transições.

Ramires - Estranhou a equipa e, apenas, no último quarto-de-hora teve ocasião para se evidenciar, especialmente pela agressividade na disputa da bola e pela singeleza e clarividência de processos.

Fábio Coentrão - Entrou e mexeu com a partida.
Grande segunda parte, demonstrando, uma vez mais, que veio para ficar.
Quem sabe mesmo para ser titular.

Urreta - Lutou.

Nuno Gomes - Lutou, mas está longe da melhor condição física.

Mantorras - Excelente cabeçada superiormente defendida pelo guarda-redes espanhol.

segunda-feira, julho 20, 2009

Segundo Dizem Será Jogador do Benfica - Javi Garcia



Nome Francisco Javier García Fernández
Nacionalidade Espanha
Nascimento 1987-02-08 (22 anos)
Naturalidade Murcia - Espanha
Posição Médio
Altura 186 cm
Peso 82 kg

2008/09 Real Madrid
2007/08 Osasuna
2006/07 Real Madrid/Real Madrid(B)
2005/06 Real Madrid/Real Madrid(B)
2004/05 Real Madrid/Real Madrid(B)

domingo, julho 19, 2009

Benfica 2-1 Olhanense

O teste mais similar com a competição até ao momento!
O Benfica encontrou na final do Torneio do Guadiana um simulacro muito próximo do que o espera na Liga Sagres!
Um adversário muito aguerrido, impregnado de um intenso desejo de derrotar os encarnados, uma atmosfera de pressão e um árbitro que acumulou equívocos em desfavor do Benfica.
A tudo isto, o Benfica soube responder com competência e com uma atitude competitiva e um espírito de conquista assinaláveis.
Numa partida mais lutada do que jogada, Benfica e Olhanense equivaleram-se na primeira parte. Neste período, a agressividade dos de Olhão sufocou os da Luz e não lhes permitiu arquitectar movimentos ofensivos com qualidade.
Na segunda metade, o Benfica acrescentou solidariedade e espírito colectivo a uma superior clarividência e as transições conheceram outra idoneidade.
Contudo, fruto de mais um engano de Nuno Almeida, que viu intencionalidade numa bola na mão de Roderick, o Olhanense colocou-se em vantagem.
Todavia, seria sol de pouca dura, pois que, dois minutos volvidos, Cardozo restabeleceu a igualdade, dando corpo à robustez emocional e ao forte espírito de vitória que parecem imbuir os jogadores do Benfica.
Daí até final, o Benfica assenhoreou-se do domínio e do controlo da partida, mas apenas no período de compensação veria a sua persistência retribuída com um golo, graças a um cabeceamento de Miguel Vítor, após assistência de Coentrão.

Um a Um

Moreira - Parece estar encontrado o titular da baliza encarnada.
Seguro e concentrado, coroou a sua exibição com uma excelente defesa a remate de Zequinha.

Patric - Melhor, muito melhor que na partida frente ao Shakhtar.
Revelou outra desinibição e a sua prestação subiu.

Roderick - Mais um bom desempenho, confirmando os predicados que lhe têm sido apontados.
Lúcido e maduro, viu ser-lhe assinalada uma grande penalidade que, desta feita, não cometeu.

Miguel Vítor - O patrão da defesa, realizou mais uma excelente exibição, abrilhantada com um excelente golo.

Shaffer- Sem atingir um patamar de elevado brilhantismo, o certo é que se revelou muito mais equilibrado do que Spesi.
Se defensivamente sofreu um pouco com Ukra, ofensivamente ofereceu ao seu flanco a profundidade de que carecia.
Evidenciou-se pela qualidade dos cruzamentos.

Yebda - Regressou à titularidade, mas o seu desempenho esteve longe de corresponder às expectativas.
Desastrado no passe, perdeu bolas de forma infantil e comprometeu a qualidade das transições.

Ruben Amorim - Começou mal, mas cedo se recompôs.
Clarividente ajudou a organizar o processo ofensivo e fisicamente disponível assumiu-se como trave mestra da pressão alta.

Di Maria - Vinha de uma paragem e isso notou-se.
Demasiado ansioso, regressou às precipitações do passado.
Sobressaiu bem mais em tarefas defensivas.

Aimar - Vigiado de perto por Rui Baião, demorou a entrar no jogo.
Todavia, quando o fez, nomeadamente na segunda parte, a qualidade dos movimentos ofensivos do Benfica subiu em flecha.
Melhorou e muito na segunda metade, mais solto e criativo, arrancou inúmeras faltas e executou a assistência para o 1-1.

Saviola - Pouco se viu, mas quando apareceu, fez-se notar.
O lance do penalty a favor do Benfica é disso exemplo.

Cardozo - Falhou a sua primeira grande penalidade em Portugal, mas não se deixou afectar e assinou um belo golo de pé esquerdo.

Quim - Uma excelente defesa a remate de Castro foi o ponto alto de uma prestação qualititativamente superior às anteriores.

Maxi Pereira - A regularidade e a intensidade de sempre.
Começou a época como acabou a transacta.

Carlos Martins - Muita vontade, mas pouco discernimento.

Fábio Coentrão - Entrou e mexeu com a partida.
Protagonizou mais uma assistência para golo, a terceira consecutiva.

Urreta - Lutou.

Nuno Gomes - Mais um bom desempenho.
Entrou bem no jogo e quase marcava de cabeça aos 82 minutos.

quinta-feira, julho 16, 2009

Benfica-At. Bilbao 2-1

O pior dos testes até ao momento!
Uma primeira parte sofrível e uma segunda parte menos má, mas, ainda assim, insuficiente para que se possa qualificar a prestação do Benfica como boa.
O Benfica dealbou o encontro muito mal.
E porquê?
Porque ao contrário dos desafios anteriores negou os princípios e os sub-princípios, individuais e colectivos, do modelo de jogo de Jorge Jesus.
Não pressionou o 1º momento de construção do adversário, não conseguiu juntar o bloco e usou e abusou do jogo directo.
Muita letargia, reduzida disponibilidade física, escassa posse de bola, precária qualidade na sua circulação, ausência de lucidez e clarividência, precipitações em barda, más decisões e jogadores muito distantes uns dos outros.
A estes pecados acresceu um outro que se revelou determinante para o desfecho que se verificava ao intervalo - Moretto.
Intranquilo e muito, muito inseguro, comprometeu na defesa das suas redes, mas também enquanto 1º arquitecto do processo ofensivo.
Mais do que os sucessivos equívocos na baliza, aniquilou à nascença os movimentos ofensivos da equipa ao insistir no jogo directo.
Renegou a matriz de jogo que Jesus pretende implementar, subtraiu Aimar da partida e reduziu a capacidade de intervenção de Cardozo, Saviola e Coentrão!
Na segunda metade, o Benfica melhorou e este progresso deveu-se, acima de tudo, à mudança de atitude da equipa. E à saída de Moretto!
Acrescentou solidariedade e espírito colectivo o que desaguou num incremento sensível da qualidade do processo defensivo.
Ao defender melhor e mais longe da sua baliza, o que faltou em inspiração conquistou-se com transpiração.
A equipa afastou o adversário da sua área e aproximou-se da baliza contrária.
Diz-se que a melhor defesa é o ataque. Hoje, o Benfica desmentiu este paradigma ao ponto de se poder afirmar que o melhor ataque foi a defesa.
A esta transformação correspondeu a metamorfose do resultado, que de negativo se converteu em positivo com dois golos de Saviola (ambos na sequência de lances de bola parada).
A atitude da equipa na segunda parte, os golos de Saviola e o quase-golo de Cardozo foram os aspectos mais positivos de um encontro muito lutado e pouco jogado.

Um a Um

Moretto - Dele já disse tudo ou quase tudo, pois que falta rematar afirmando que deve ter assinado a sua dispensa.

Maxi Pereira - A regularidade e a intensidade de sempre.
Começou a época como acabou a transacta.

Roderick - Mais um bom desempenho, pese embora se tenha notado que se ressentiu do esforço de tantos jogos em tão pouco tempo.

Miguel Vítor - O patrão da defesa, realizou mais uma excelente exibição.

Sepsi - Muito posicional, raramente passou a linha de meio-campo.
Defensivamente esteve bem, mas precisa de acrescentar dimensão ofensiva às suas prestações.

Ruben Amorim - No seu primeiro jogo da época, desiludiu.
Não soube interpretar o papel que Jesus reserva ao jogador da posição 6.
Persistiu nos lançamentos longos, quase todos errados, quando o que se pede ao 6 no modelo de Jesus é que recupere a bola e a entregue com precisão nas alas ou em Aimar.

Carlos Martins - Repetiu a ausência de clarividência da época passada, acumulando precipitações e más decisões.

Fábio Coentrão - Vê-se que quer aproveitar a oportunidade e constituir-se como opção válida para o vértice esquerdo do losango.
Não obstante as duas assistências para os golos encarnados, não esteve particularmente inspirado, sendo certo, todavia, que nunca regateou esforços.
Deu nota do seu crescimento futebolístico ao empenhar-se a fundo no processo defensivo.

Aimar - Passou completamente ao lado do jogo, sacrificado que foi pelos "charutos" de Moretto.

Saviola - Não se notou a inactividade forçada das duas últimas épocas em Madrid.
Dois golos e muita vontade de ter a bola.

Cardozo - Desta feita, ficou em branco, mas não foi por isso que o seu desempenho se situou num patamar negativo.
Antes pelo contrário!
Lutou até à exaustão e protagonizou um dos momentos da noite ao ensaiar um chapéu do seu meio-campo, que saiu a rasar o poste da baliza basca.

Moreira - Pouco trabalho, mas duas hesitações que podiam ter sido fatais.
Demasiado "colado" à baliza, revelou dificuldades na leitura de jogo.

Yebda - Deu sequência ao bom desempenho frente aos ucranianos.
Emprestou solidez à equipa e juntou o bloco.

Urreta - O seu melhor desempenho na pré-temporada.
Parece estar a assimilar, paulatinamente, as rotinas próprias do losango.

Nuno Gomes - O seu melhor desempenho na pré-temporada.
Parece que Jesus o vê mais como alternativa a Aimar do que como avançado.
Teve o seu momento mais positivo num excelente o passe a isolar Saviola.

quarta-feira, julho 15, 2009

Pré-época e "ai se fosse no Benfica..."

1 - O plantel do Benfica ainda não está fechado.
Todavia, curiosamente ou talvez não, desde a novela Falcão que a torrente de "cenouras" secou.
Sinal dos tempos ou das boas indicações que os testes frente a Sion e Shakhtar deixaram.

2 - Ramires, Patric, Shaffer e Saviola foram os jogadores adquiridos na presente temporada.
Qual terá sido a melhor contratação?
Por ora, Pablo Aimar!

3 - "Tenho mais bola. Estou feliz."
És tu e eu!

4 - Um guarda-redes, um 6/8 e um avançado é tudo quanto peço.

5 - Da série "ai se fosse no Benfica...":
Izmailov lesionou-se em Março, regressou um mês depois para realizar dois jogos incompletos, ao que iniciou tratamento conservador.
Quatro meses e um defeso depois, concluiu o departamento médico do Sporting que apenas a via cirúrgica seria capaz de debelar o problema de que o russo padece.
Aguarda-o uma paragem de, pelo menos, 2 meses e meio!
Quantos artigos de opinião questionando a competência de Gomes Pereira e seus pares foram escritos?
Zero!

terça-feira, julho 14, 2009

Opinião de António Simões

Declarações de António Simões à RDP Antena 1

"No ano passado, por esta altura, disse que não se percebia muito bem qual era a ideia de Quique Flores e havia um outro problema: saber onde o Aimar jogaria no sistema de jogo, Agora, Jorge Jesus tem uma ideia e percebe-se onde Aimar se enquadra no modelo de jogo, com um losango bem definido. Quer um, quer outro têm lugar nesse losango. Ruben Amorim será um «6» e Ramires será o «8», com o Aimar atrás dos homens da frente e o Di Maria no lado esquerdo. Vamos ter uma equipa homogénea e bem identificada com a linha de orientação do modelo de jogo de Jesus. Independentemente dos resultados e dos adversários tem que se saber o que se quer, para onde se caminha e onde se está neste momento. Temos um Benfica melhorado pela qualidade mas sobretudo pelas ideias que foram demonstradas nos dois jogos de início de temporada."

segunda-feira, julho 13, 2009

Benfica-Shakhtar Donetsk 2-0

Mais um bom teste!
Confirmação das virtudes da véspera, às quais se juntou a capacidade de pressionar alto.
Este terá sido o aspecto mais positivo da partida frente ao Shakhtar.
E o mais improvável se levarmos em linha de conta o natural desgaste de dois confrontos em dias consecutivos.
Até haver "pernas", o Shakhtar nunca conseguiu articular o primeiro momento de construção.
Aliás, defensivamente, a equipa parece já ter assimilado os princípios fundamentais do modelo de jogo de Jesus - Pressão imediata sobre o portador da bola, cobertura zonal dos espaços e preocupação em não fazer faltas.
À competência e organização defensiva acrescentou a lucidez e a eficácia ofensiva.
Doses elevadas de posse e circulação de bola, exploração das alas, segurança na transição e assunção do risco apenas no último terço parecem ser os mandamentos essenciais do processo ofensivo.
Claro está que ainda carecem de harmonização, mas a generalidade dos movimentos atacantes cumpriram a cartilha idealizada por Jesus.
Cardozo e Carlos Martins deram corpo à supremacia encarnada e, tal como sucedera no dia de ontem, o Benfica foi para o intervalo a vencer por dois golos.
Com a segunda parte, chegou a exaustão física e as substituições que importaram a progressiva degradação do ritmo e da qualidade do jogo.
Ainda assim, com maior ou menor dificuldade (Moretto susteve um penalty), o Benfica logrou conservar perene a sua vantagem.

Um a Um

Quim - Pouco trabalho (não me lembro de qualquer intervenção de grau de dificuldade mais elevado), mas não conseguiu transmitir a necessária confiança.

Patric - Abnegado. Apenas abnegado.
Sentiu e de que maneira a camisola. Acumulou erros posicionais e de passe, numa prestação muito fraca.
Falta-lhe confiança e maturidade. Precisa de se desinibir.

Roderick - Acusou o cansaço de 180 minutos em 48 horas, sendo certo que acumulou mais competência do que equívocos.
Exibiu-se em plano menos fulgurante que na véspera (cometeu uma grande penalidade desnecessária), mas o balanço é claramente positivo.

Miguel Vítor - O patrão da defesa, num desempenho de elevada qualidade e concentração.

Shaffer - Generosidade e boa técnica.
Sobressaiu, essencialmente, pela profundidade ofensiva que ofereceu ao seu flanco.
Tem de melhorar o seu posicionamento, mormente a basculação interior, que se revelou excessiva.

Yebda - Cobriu bem o espaço central e entregou quase sempre com critério e precisão.

Carlos Martins - O golo que marcou não coloriu o seu desempenho ao ponto de fazer esquecer a ausência de clarividência, as precipitações e as más decisões.

Aimar - Restituído ao seu lugar natural, perfumou o processo ofensivo encarnado com pormenores da inegável classe que possui.
Um desempenho, acima de tudo, prometedor.
Veremos o que nos reserva o futuro, sendo certo que já se percebeu que Jesus vê em Aimar o principal artífice dos movimentos atacantes da equipa.

Di María - A mesma transpiração, mas não a mesma inspiração.
De destacar o seu empenho nas tarefas defensivas.

Saviola - Menos activo que ontem, pareceu ressentir-se do esforço.
Seja como for, teve participação decisiva no primeiro golo encarnado, ao executar um cruzamento perfeito para a cabeçada vitoriosa de Cardozo.

Cardozo - Dois golos em dois jogos significam confiança em alta.

Moretto - O melhor dos três guarda-redes.
Defendeu um penalty e acumulou um conjunto de intervenções positivas, pautadas por uma segurança nele pouco comum.

Maxi Pereira - A regularidade habitual.

Urreta - Claramente inadaptado ao losango, passou ao lado do jogo.
Sem rotinas de interior, nunca percebeu que terrenos devia pisar.

Fellipe Bastos - Pouco tempo em campo, mas, ainda assim, melhor do que na véspera, especialmente no capítulo do passe.

Jorge Ribeiro - Nem bem, nem mal, antes pelo contrário, como diria Gabriel Alves.
Parece estar na vertigem da dispensa.

Fábio Coentrão - Confirmou as boas indicações do jogo frente ao Sion.

Nuno Gomes - Discreto.

Nelson Oliveira - Discreto, mas mais solto que diante dos suiços.

Mantorras - A alegria do povo.

domingo, julho 12, 2009

Sion - 2 Benfica - 2

«Para primeiro jogo, foi melhor do que pensava» – Jorge Jesus
Concordo em absoluto!
Fluidez ofensiva e coesão defensiva foram as notas dominantes de uma prestação que superou as expectativas durante 60 minutos.
Assente numa estrutura táctica muito semelhante à do Braga da época passada - 4 defesas, meio-campo em losango assimétrico, com um interior e um ala e dois avançados, um fixo e um móvel - o Benfica surpreendeu pela desenvoltura física, táctica e técnica.
A equipa não se ressentiu das intensas cargas físicas a que tem sido sujeita, demonstrou um conhecimento muito razoável das rotinas posicionais próprias do sistema que Jesus pretende implementar e alardeou uma condição técnica assaz interessante.
E, assim, foi, sem ponta de espanto, que o Benfica se assenhoreou do domínio e do controlo da partida, subjugando um adversário que, apenas, em lances de bola parada (e mesmo estes de forma muito esporádica) se acercou da baliza encarnada.
Como corolário lógico deste império, Cardozo inaugurou o marcador aos 25 minutos, após uma excelente jogada de insistência e persistência de Di María.
Dez minutos volvidos, Aimar foi derrubado na área e Saviola converteu o penalty no segundo golo encarnado.
Esta vantagem de dois golos ilustrava, na perfeição, a supremacia encarnada.
Com a segunda parte, vieram as substituições e com estas a mansidão e a progressiva degradação do ritmo e da qualidade do jogo.
Dois erros infantis de Yebda e Quim permitiram ao Sion empatar uma contenda, que nunca chegou sequer a equilibrar.

Um a Um

Moreira - Pouco trabalho, mas algumas notas de insegurança, particularmente no jogo aéreo.

Maxi Pereira - A regularidade e a intensidade de sempre.
Começou a época como acabou a transacta.

Roderick - Muito provavelmente, o melhor em campo.
Irrepreensível!
Confirmou as boas indicações que foi acumulando desde que no segundo ano de juvenil se fixou como central (era trinco).
Revelou uma maturidade, um sentido posicional e uma leitura de jogo invulgares para um jovem de 17 anos.

Miguel Vítor - Na linha de Roderick, um desempenho imaculado!

Sepsi - O empréstimo fez-lhe bem e permitiu-lhe burilar alguns dos aspectos em que era menos forte, mormente na basculação interior.
Ainda assim, precisa de melhorar a sua concentração por forma a não comprometer a segurança das transições.

Yebda - Até estava a realizar uma exibição pautada pelo acerto, quando decidiu oferecer ao Sion o seu primeiro golo.
Um erro inadmissível, que evidenciou a sua dificuldade em manter a concentração elevada ao longo dos 90 minutos.

Carlos Martins - Saiu lesionado, mas até esse momento nada fez para justificar a titularidade.
Repetiu a ausência de clarividência da época passada, acumulando precipitações e más decisões.

Aimar - Restituído ao seu lugar natural, perfumou o processo ofensivo encarnado com pormenores da inegável classe que possui.
Um desempenho, acima de tudo, prometedor.
Veremos o que nos reserva o futuro, sendo certo que já se percebeu que Jesus vê em Aimar o principal artífice dos movimentos atacantes da equipa.

Di María - Assistiu Cardozo para o primeiro golo e evidenciou a concentração, a entrega, o espírito colectivo e o tempo de passe que tão arredios têm andado das suas prestações ao serviço do Benfica.

Saviola - Não se notou a inactividade forçada das duas últimas épocas em Madrid.
Solto e com vontade de ter a bola, procurou combinar com Aimar e Cardozo.
Em progressão ou aparecendo no espaço, evidenciou a sua consabida capacidade para "queimar linhas".
Um desempenho, acima de tudo, prometedor.

Cardozo - Acrescentou mais um golo à sua conta pessoal, numa diagonal curta e rápida ao primeiro poste.
Ainda algo pesado, será o farol ofensivo da equipa.

Quim - Um frango numa prestação marcada pela insegurança.

Urreta - Claramente inadaptado ao losango, passou ao lado do jogo.
Sem rotinas de interior, nunca percebeu que terrenos devia pisar.

Fellipe Bastos - Discreto, preencheu bem o espaço à frente da defesa, mas nem sempre entregou a preceito a bola.

Fábio Coentrão - Disse estar mais capaz emocionalmente e a avaliar pela partida de hoje reconheço-lhe razão.
Pela primeira vez ao serviço do Benfica viu-o sem receio de assumir o jogo.
Um desempenho, acima de tudo, prometedor.

Nuno Gomes - Falhou um golo.

Nelson Oliveira - Entrou na pior fase da partida e não se evidenciou.

Mantorras - Tocou na bola?

quinta-feira, julho 09, 2009

Formação, Vieira, Adivinhação e Estratégias Gastas de Velhas

1 - É evidente que esperava que, para além de Roderick, João Pereira e Nélson Oliveira, Rúben Lima, Romeu Ribeiro, Leandro Pimenta e Yartei tivessem tido oportunidade de realizar a pré-época.
Todavia, esta insatisfação foi superada pela decisão de assinar contratos profissionais com todos os juniores de segundo ano que estavam em final de contrato.
Um inegável corte com o passado!
Uma importante alteração de paradigma!

2 - André Carvalhas e David Simão foram emprestados ao Fátima, Leandro Pimenta foi temporariamente cedido ao Beira-Mar e Rúben Lima ao Nacional.
Óptimas opções!
André Carvalhas e David Simão, dois talentos puros, necessitam de acrescentar competitividade ao seu futebol e nada melhor que a Liga Vitalis para que tal aconteça.
Leandro Pimenta, muito provavelmente o júnior mais sénior do futebol português, encontrará em Aveiro o espaço necessário para acrescentar o ritmo de que carece para se afirmar como alternativa válida na primeira equipa do Benfica na temporada de 2010-2011.
Rúben Lima, na sua segunda época de sénior e depois de duas épocas emprestado ao Aves, prossegue o seu processo de crescimento e de refinação das suas qualidades subindo mais um patamar (espero e desejo que o mesmo suceda com Romeu Ribeiro).

3 - "Luís Filipe Vieira foi reeleito presidente do Benfica e nunca mais vai ter de se incomodar com Bruno Carvalho, o candidato que derrotou por uma margem que não deixa margem para dúvidas. A afluência às urnas foi absolutamente notável tendo em conta o lamentável desenrolar dos acontecimentos que marcaram o período da campanha eleitoral.
Fizeram muito bem os responsáveis pelo movimento Benfica, vencer, vencer em desistir de qualquer acção judicial que pusesse em causa a legitimidade do acto eleitoral bem como do seu resultado final.
Fará muito bem Luís Filipe Vieira em partir para o seu terceiro mandato ciente da importância decisiva do percurso da equipa de futebol nos próximos três anos e despreocupado com os dois por cento de votantes em Bruno Carvalho, sem deixar, no entanto, de respeitar essa amostra de vozes contrárias.
Mas será bom que se preocupe a sério com os cinco por cento de sócios que se deram ao trabalho de se deslocar até às assembleias eleitorais para votar em branco. É este o trabalho que Vieira tem pela frente. Vieira e Jesus, naturalmente."

Não podia estar mais de acordo com este segmento do artigo de opinião de Leonor Pinhão, hoje, em "A Bola".

4 - Quando o Benfica contratou Paneira e Vata, Pinto da Costa asseverou que com tais aquisições o Benfica seria campeão.
E acertou em cheio na sua previsão!
Hoje, desfez-se em elogios a Shaffer e Saviola.
Oxalá, não tenha perdido qualidades de adivinhação...

5 - "Posso dizer que o Reyes não interessa ao FC Porto. No sábado, recebi uma chamada de um empresário a oferecer o Reyes, dizendo que o At. Madrid pretendia trocar o jogador pelo Ibson. Falei de imediato com o treinador, que me disse que não contava com o Reyes mesmo que não custasse nada, pelo que devolvi a chamada a dizer que o FC Porto não estava interessado no negócio", revelou Pinto da Costa, antes de almoçar com 60 deputados na Assembleia da República, em Lisboa.

"O presidente do Atlético de Madrid desconhece que Reyes tenha sido oferecido ao FC Porto. Enrique Cerezo foi confrontado por BB com a revelação de Pinto da Costa, esta quinta-feira em Lisboa, de que o extremo espanhol foi oferecido aos dragões.
O presidente dos "colchoneros" garante que «desconhece» esta proposta revelada pelo líder portista. «Nós não o oferecemos a nenhuma equipa e também não recebemos nenhuma proposta» pelo atleta, referiu."

Palavras para quê? É um artista português...

quarta-feira, julho 08, 2009

Jornalismo...

Já, por diversas vezes, aqui aludi ao engajamento dos diários desportivos portugueses.
Como uma imagem vale por mil palavras, aqui vos deixo as capas de hoje...



terça-feira, julho 07, 2009

Jornalismo, Falcão e Formação

1 - Dois exemplos de como (não) se faz jornalismo em Portugal





2 - O Benfica desistiu de Falcão e, na minha modesta opinião, em boa hora o fez!
Quem, nas duas últimas épocas, jogando numa equipa de topo na Argenttina, apresenta um registo de 54 jogos e 21 golos, não me parece a melhor opção.
Quem, no último ano, tem sido segunda escolha na selecção da Colômbia, preterido por Renteria, não me parece a melhor opção.

3 - Os jornais desportivos rejubilaram.
Plantel fechado significaria ausência de espaço para "cenouras".
O espectro da descida vertiginosa das vendas pairou por instantes sobre a imprensa escrita portuguesa!

4 - Esta desistência podia ser aproveitada para dar uma oportunidade a Elkeson.
A sua evolução assim o exige!

5 - João Alves abandonou o comando técnico da equipa de juniores do Benfica.
Uma decisão que aplaudo!
Nos escalões de formação, mais do que os resultados, importa contribuir para a evolução técnica e táctica dos atletas.
E, neste particular, Alves esteve longe de realizar um bom trabalho nas duas épocas em que dirigiu a equipa de juniores.

6 - João Couto seguiu idêntico destino.
Discordo! Pelas mesmíssimas razões que apoio a substituição do "luvas pretas".
Quem viu jogar a equipa de juvenis constatou, com facilidade, a qualidade e a competência do desempenho de João Couto.

7 - A reestruturação em curso tem de salvaguardar a permanência de Bruno Lage, Luís Nascimento e Nuno Maurício.

segunda-feira, julho 06, 2009

A Verdade Desportiva e a Transparência

1 - O Benfica apresentou, na última assembleia geral da Liga de Clubes, um pacote de alterações ao Regulamento de Competições da Liga, com destaque para a imposição de um limite máximo de três jogadores cedidos temporariamente - na mesma época - a um clube que jogue no mesmo escalão.
E qual foi o destino desta proposta?
A criação de uma comissão para analisar a situação dos jogadores emprestados durante a próxima temporada futebolística!

2 - A última comissão deste género criada no seio da Liga visava a apresentação, até ao final de 2008, de uma proposta de revisão do Regulamento Disciplinar da Liga contemplando o ilícito disciplinar de tráfico de influências.
Quais os resultados do trabalho desta comissão?
Nenhuns. Repito, nenhuns!

3 - As razões da rejeição da proposta do Benfica são óbvias e o plantel do Olhanense evidencia-as na perfeição.
"A equipa do Olhanense iniciou nesta segunda-feira a preparação da temporada 2009/10, com oito reforços confirmados.
Três desses jogadores (Ventura, Tengarrinha e Rabiola) foram cedidos pelo F.C. Porto, aos quais se juntam ainda Castro e Ukra, cujo empréstimo dos «dragões» foi renovado."

4 - Em nome da verdade desportiva e da sã e leal concorrência, urge proibir a cedência temporária de futebolistas a clubes do mesmo escalão!

5 - Em 29 de Abril de 2009, "A BOLA" noticiou que o União de Leiria tinha contratado Hélder Godinho e Mamadi, ambos do Feirense, clube que iria defrontar na fase decisiva do campeonato.
O desmentido surgiu de forma célere e peremptória.
A polémica terminou quase tão rapidamente quanto havia começado.
Qual não foi o meu espanto quando li "A União de Leiria começou hoje a trabalhar com cinco "caras novas" no plantel ao comando do treinador Manuel Fernandes, que garantiu a época passada o regresso Liga portuguesa de futebol.
(...)os leirienses arrancaram com o guarda-redes Hélder Godinho (ex-Feirense) e os defesas Jean Batista (ex-Guaratinguetá, Brasil), Hugo Gomes (ex-Estrela da Amadora), Nuno Gomes (ex-Varzim) e Vítor Moreno (ex-Estrela da Amadora) como únicas novidades."
Todavia, a minha estupefacção ainda cresceu mais quando na mesma notícia se escreve "Na lista de dispensas da União de Leiria estão os defesas Márcio, Wagnão, Patrick e Mamadi, os médios Zongo, Falardo e Cepeda e os avançados Maciel, Moreira e Figa, para os quais o clube procura colocação."
Ou seja, não só foram contratados, como um deles foi, imediatamente, dispensado!
"Bartolas" no seu melhor (leia-se pior)!

domingo, julho 05, 2009

Eleições

Como o cenário criado por Vieira anunciava, Vieira sucedeu a Vieira.
E de forma, absolutamente, esmagadora.
E esperava-se esclarecedora.
Todavia, contra todas as expectativas minimamente racionais, o indivíduo que mereceu a preferência de 501 sócios, não regressou a penates.
Convocou uma conferência de imprensa e ameaça impugnar o acto eleitoral.
Haja decoro que vergonha já se viu que não há!
Bruno Carvalho afirmou e, neste particular, com razão moral para tanto, que Vieira havia traído os interesses próprios do Benfica em detrimento dos seus.
A coerência exige que siga este princípio e se abstenha de intervir.
Convém não esquecer que se Bruno Carvalho obteve 6610 votos de 501 votantes, ou seja, 2,71%, o voto em branco, sem frete de aviões ou outras acções de campanha e propaganda, foi a escolha de 1121 votantes de 13 519 votos, isto é, 5,5%.

quinta-feira, julho 02, 2009

Eleições - Vergonha!

Em 08 de Junho de 2009, escrevi:

"4 - Num processo vergonhosamente nebuloso e indigno do Benfica, a fundamentação da decisão é, a todos os níveis, incompreensível!
Disse Vilarinho que a antecipação visa "clarificar e trazer de regresso a tranquilidade institucional necessária".
Ou seja, dois objectivos de "ontem" e que conheceriam satisfação plena assim tivessem sido designadas eleições no final do campeonato.
Hoje por hoje, são desideratos inalcançáveis!

5 - Do final do campeonato até hoje, nada aconteceu que possa justificar a marcação de eleições antecipadas.
Antes pelo contrário!
A preparação da próxima temporada impôs aos "oposicionistas" um silêncio institucional que aportou ao clube uma serenidade desconhecida nos últimos meses.

6 - Quem quebrou a paz reinante foi Vieira ao lançar a possibilidade, ora concretizada, de eleições antecipadas!

7 - Antecipar eleições para 3 de Julho é atirar gasolina para o fogo da contestação!

8 - Antecipar eleições para 3 de Julho compromete qualquer pretensão de clarificação ou de regresso da necessária "tranquilidade institucional".

9 - Antecipar eleições para um momento em que se planifica e define a próxima época desportiva é a demonstração que Vieira tudo sacrifica em nome da sua perpetuação no poder.

10 - Impôr eleições antecipadas e, simultaneamente, contactar António Salvador com vista à contratação de Jesus revela o quão incogruente Vieira é, o quão tacticista, calculista e oportunista foi a decisão de antecipar as eleições e o quão convencido está que será o próximo presidente do Benfica.

11 - A renúncia dos órgãos sociais remete a direcção para um cenário de mera gestão.
Não me parece compatível com um governo de tal natureza, a tomada de decisões de cedência ou aquisição de jogadores ou treinadores!

12 - Claro está que o argumento das eleições serem para o clube e não para a SAD será esgrimido, no sentido de procurar obnulibar os sócios quanto às competências da actual regência para tomar decisões que não de mera gestão.

13 - Claro está que Vieira continuará alegre e impavidamente a preparar a próxima época.
Seguindo o exemplo dos políticos que na véspera de actos eleitorais entram numa espiral de inaugurações, Vieira irá contratar treinador e jogadores.

14 - Claro está que ao assim proceder, os sócios serão colocados perante uam situação de facto consumado.
Com treinador e jogadores contratados, não há escolha possível!

15 - Temo que Rui Costa venha a ser mais um joguete nas mãos de Vieira.
Apenas a demissão o pode salvar!

16 - Temo que a Benfica TV venha a ser utilizada como caixa de ressonância de Vieira.
Exige-se isenção e pluralismo!"

Infelizmente, tudo se confirmou!
Pior, tudo me vergonhou!
Se uns me causaram repulsa, os outros nausearam-me!
Uns e outros merecem-se!
O Benfica não merece nenhum dos dois, nem merecia ser assim enxovalhado!
Uns levaram a cabo um golpe de Estado estatutário, os outros procuraram um golpe de Estado legal!
Quem clamou batotice não podia ou, pelo menos, não devia ter descido tão baixo!
Ainda para mais quando se arvorou em paladino da moral e dos bons costumes!
Á prestidigitação de LFV, Bruno Carvalho respondeu com trapalhice, mesquinhez e canalhice!
Bruno Carvalho esperou até que não fosse possível apreciar de mérito a sua pretensão para beneficiar de um alegado efeito suspensivo decorrente da mera interposição da providência para afastar Vieira.
De indignidade, em indignidade até à indignidade final.
O que nasce torto, tarde ou nunca se endireita!
Só me resta o voto em branco e esperar que o Benfica possa superar este período de trevas o mais rapidamente possível.

quarta-feira, julho 01, 2009

Análise ao Plantel dos 3 Grandes - SL Benfica - Médios e Avançados

Médios - 6 e 8 -

Hassan Yebda, Gilles Binya, Jorge Ribeiro, Fellipe Bastos, Ruben Amorim, Carlos Martins e Ramires (ex-Cruzeiro)

7 jogadores para 3 lugares assim se confirme a opção pelo 4x4x2 losango.
Para a posição 6, Yebda e Ruben Amorim são os principais candidatos.
O franco-argelino chegou à Luz na época passada a custo zero e assumiu-se como uma das revelações.
Dotado de condições físicas de excepção para a posição, necessita de uma maior regularidade e de melhorar a ocupação de espaços e a leitura de jogo para se guindar a um outro patamar qualitativo.
Ruben Amorim terá sido, a par de Maxi Pereira, o mais regular dos futebolistas do Benfica na temporada transacta.
À direita trouxe, muitas vezes, equilíbrio à equipa.
Todavia, sempre que chamado ao corredor central demonstrou que é aí que as suas qualidades mais se evidenciam.
Superior leitura e visão de jogo, agressividade, capacidade de recuperação de bola, visão periférica e competência técnica são os seus melhores predicados.
Pode beneficiar e muito do losango e do profundo conhecimento que Jesus tem de si para se afirmar definitivamente.
Binya jogou pouco e quase sempre mal na época passada.
Não confirmou a evolução que indiciava e, hoje por hoje, é um fortíssimo candidato à dispensa. Como tive ocasião de escrever, David Luiz é outro dos candidatos à posição 6.
Dispõe de todas as condições para desempenhar a função com brilhantismo.
Claro que necessitará de ganhar rotinas posicionais e incrementar a sua leitura de jogo.
Para os lugares no vértice direito e esquerdo do losango, apenas Ramires se assume como indiscutível.
Com um "pulmão" invejável e uma capacidade fora do comum para jogar entre linhas, a titularidade do internacional brasileiro não oferece controvérsia.
Os demais disputarão entre si a vaga restante.
Amorim, caso Yebda seja o eleito para a posição 6, resolverá a equação.
Carlos Martins assinou uma época muito longe das expectativas geradas após um início de bom nível.
Carente de rotinas posicionais e de condição física para interpretar um dos lugares do duplo-pivot, revelou-se incapaz de executar as transições com um mínimo de acerto.
Terá a sua última oportunidade - ou se afirma ou desaparece.
O 4x4x2 losango é o sistema que melhor se coaduna com as suas características.
Fellipe Bastos foi votado a um incompreensível ostracismo da 1ª à 30ª jornada.
O desempenho de excelente qualidade, coroado com o seu primeiro golo ao serviço do Benfica, na última jornada frente ao Belenenses "obriga" Jesus a considerá-lo como opção para a posição 8.
Utilizado por Quique Flores a lateral esquerdo, Jorge Ribeiro viu os seus defeitos potenciados e as suas virtudes minguadas.
Sem velocidade e rotinas posicionais para o lugar, não conseguiu evidenciar a capacidade técnica e a potência do seu pé esquerdo.
Foi no vértice esquerdo do losango ao serviço do Boavista que conheceu o melhor período da sua carreira.
Caso o repita, constituirá uma alternativa válida.

Médios Alas

Jonathan Urretavizcaya, Di Maria, Balboa e Fábio Coentrão

Em comum, a juventude e a necessidade de afirmação.
Quique andou toda a época à procura de uma solução para a ala direita, desprezando o talento de Urreta.
Todavia, nas últimas jornadas decidiu utilizá-lo e o jovem uruguaio não defraudou as expectativas, arrancando uns quantos desempenhos de qualidade.
Um jogador com evidente margem de progressão.
Após uns Jogos Olímpicos de sonho, Di Maria somou desempenhos sofríveis e inconsequentes.
Com excepção dos golos frente a Olhanense e Paços Ferreira e a exibição em Braga, Di Maria teve uma época para esquecer.
Ou para recordar num processo de crescimento futebolístico que urge consolidar, sob pena de vulgarizar o seu talento.
Balboa chegou do Real Madrid com o peso de ter sido uma das mais dispendiosas contratações e soçobrou à pressão.
Tal como Martins, terá a sua derradeira oportunidade.
O maior desafio de Fábio Coentrão é consigo mesmo.
Na anterior experiência, a sua imaturidade e incapacidade para lidar com a dimensão emocional associada a um grande clube fizeram-no fracassar.

10

Aimar

Aimar é um caso singular no plantel.
Único 10 puro, pois que outros jogadores podem desempenhar a função.
Tolhido por lesões no dealbar da época, apenas a espaços revelou toda a sua imensa classe.
Ultrapassados que foram os problemas físicos, viveu um outro, qual tenha sido a sua colocação sobre a esquerda.
Reconduzido ao seu lugar natural e caso as lesões não o apoquentem, pode afastar a intermitência e fazer a diferença.

Avançados

Óscar Cardozo, Nuno Gomes, Javier Saviola (ex-Real Madrid), Pedro Mantorras

Confinado ao banco de suplentes durante grande parte da época, ainda assim Cardozo cotou-se como o melhor marcador da equipa.
Descrente e sem confiança, mostrou-se apático e abúlico na primeira metade da temporada.
Com a titularidade, cresceu em auto-estima e revelou-se um jogador alegre, solto, fisicamente disponível e, acima de tudo, codicioso.
Caso permaneça no plantel, deverá garantir a titularidade.
Pela primeira vez na sua carreira no Benfica, Nuno Gomes não foi titular.
Suplente utilizado foi o modo como preferencialmente Quique lançou mão do internacional luso.
Este ano deve repetir a experiência.
Saviola é a grande contratação da temporada.
Muitos alvitram que está acabado.
Não enfileiro tal corrente de opinião.
É verdade que não foi muito utilizado nas últimas três temporadas, mas daí a estar, aos 27 anos, acabado vai uma distância muito, mas mesmo muito grande.
Dizem-no acomodado e desmotivado, mas a sua vinda para o Benfica desmente, por completo, esta afirmação. Em Madrid ganhava mais e tinha muito menos chatices!
Aludem a dificuldades físicas, mas o certo é que não se lhe conhecem lesões graves.
O Benfica é a sua oportunidade para relançar uma carreira que estagnou em Madrid.
Julgo que mais do que qualquer outro, Saviola é o primeiro a não querer desbaratá-la.
Mantorras apenas continua no plantel fruto da dívida de incapacitação que o Benfica tem para com ele.
Não obstante, época após época, lá vai contribuindo com golos para alguns êxitos.