sábado, maio 09, 2009

Benfica - Trofense 2-2

Constituição das Equipas e Avaliação Quantitativa do Desempenho

Estádio do Sport Lisboa e Benfica, em Lisboa

Árbitro: João Ferreira (AF Setúbal)

Benfica – Quim (2); Maxi Pereira (3), Luisão (2), Sidnei (3) e David Luiz (3); Carlos Martins (3) (Yebda, 74 m (-)) e Ruben Amorim (3); Urreta (3) (Balboa, 65 m (3)), Aimar (3) e Di Maria (2) (Mantorras, 79 m (-)); Cardozo (4).

Suplentes: Moreira, Jorge Ribeiro, Balboa, Katsouranis, Binya, Yebda e Mantorras.

Trofense – Marco (4); Varela (3), Miguel Ângelo (2), Valdomiro (4) e Zamorano (3); Paulo Roberto (3) (Moustapha, 81 m (-)), Milton do Ó (3), Hugo Leal (3) e Pinheiro (3) (Delfim, 67 m (2)); Charles Chad (2) (Edu Souza, 65 m (2)) e Hélder Barbosa (3).

Suplentes: Paulo Lopes, Edu, Delfim, Lipatin, Moustapha, Dagil e Edu Souza.

Disciplina: cartão amarelo a Luisão (70 m) e Aimar (74 m).

Marcador: 0-1 por Valdomiro (30 m); 1-1 por Cardozo (35 m); 2-1 por Cardozo (38 m); 2-2 por Paulo Roberto (58 m).

Sistemas Tácticos

Benfica



Trofense


Modelos de Jogo

Benfica

Posse e Circulação de Bola; Domínio e Controlo da Partida; Bloco médio/alto; Assumir Iniciativa de Jogo.

Trofense

Bloco baixo; Expectativa; Transições Rápidas.

Principais Incidências da Partida (fonte: http://www.record.pt/)

8'
Hélder Barbosa trabalha bem na esquerda e cruza atrasado para o remate de Miguel Ângelo, sem marcação no coração da área, com a bola a sair ligeiramente sobre a barra da baliza de Quim.

14'
Excelente oportunidade para o Benfica, com Luisão a cabecear ao poste direito da baliza de Marco, na sequência de um pontapé de canto cobrado por Di María no flanco direito do ataque benfiquista.

26'
Cardozo cabeceia ligeiramente sobre a barra após centro de Di María da esquerda

28'
Marco em grande destaque, a evitar o golo benfiquista em duas ocasiões seguidas, primeiro a remate de Aimar e depois de Urreta, acabando por agarrar a bola ao atirar-se aos pés do uruguaio. Antes, havia sido a evitar, sobre a linha, o golo de Cardozo...

31' Valdomiro
Livre apontado por Hugo Leal na esquerda e Valdomiro ganha a Luisão, cabeceando para o fundo da baliza de Quim.

36' Cardozo
Centro de Aimar da direita e Cardozo foge a Miguel Ângelo para desviar para o fundo da baliza.

39' Cardozo
Cruzamento de Urreta da direita e Cardozo, novamente nas costas de Miguel Ângelo, cabeceia para o golo que dá vantagem aos encarnados.

47'
Marco em dificuldades após remate de Cardozo da esquerda. Na insistência, Sidnei ganha de cabeça mas a bola sai sobre a barra.

51'
Marco novamente em apuros após um centro de Di María, da esquerda, que sofre um desvio num adversário. O guardião evita o golo já em dificuldades...

57'
Belo lance do ataque encarnado, com Maxi Pereira e Urreta a combinarem bem pela direita, acabando o lateral por rematar para uma defesa apertada de Marco, com o pé direito.

59' Paulinho
Livre apontado por Hugo Leal na direita, com Varela a ganhar de cabeça ao segundo poste e Paulinho, no lado contrário, acaba por atirar para o fundo das redes também de cabeça.

85'
Mantorras quase chegava ao golo, com um remate já sem ângulo que Marco defende com as pernas.

90'+3
Ruben Amorim, de muito longe, remata para mais uma boa defesa de Marco.

Destaques

Melhores em Campo

Benfica

Cardozo - Adicionou dois golos ao seu currículo!
No mais, alardeou uma disponibilidade física e um inconformismo que há muito não se lhe reconheciam.

Urreta - Esteve nos dois golos do Benfica.
Em ambos revelou que podia e devia ter sido mais vezes utilizado ao longo da época.

Balboa - Finalmente, lampejos de competência.
Entrou bem e dinamizou o flanco direito. 25 minutos bem razoáveis.

Trofense

Marco - Sofreu dois golos, nos quais não teve qualquer responsabilidade.
No mais, esteve irrepreensível!

Valdomiro - Comandou a defesa e acrescentou mais um golo à sua conta pessoal.
A circunstância de ser o melhor marcador do Trofense diz bem do que é o paradigma futebolístico de Tulipa...

Piores em Campo

Benfica

Luisão - Regressou após lesão e a paragem notou-se.
A sua morfologia não o favorece nestas situações e, hoje, foi particularmente evidente.
Incorreu nalguns equívocos, o maior dos quais no primeiro golo Trofense (inadmissível num jogador da sua estatura a forma como se deixou bater por Valdomiro).

Di Maria - Perfeitamente inconsequente!
Culminou mais um desempenho sofrível com uma atitude irreflectida que deve merecer punição interna!

Trofense

Miguel Ângelo - O promissor central teve um fim de tarde para esquecer.
Nunca acertou com a marcação a Cardozo!
O segundo golo do paraguaio ilustra na perfeição o seu fraco desempenho.

Arbitragem

Erros de pormenor, num desempenho sem influência no resultado.

Comentário

Fim da Linha para Quique!

Advoguei, em nome da estabilidade, a continuidade de Quique.
Quique obriga-me a abjurar!
Nos dois últimos dias, desbaratou qualquer possibilidade de continuidade!
Primeiro, numa asnática conferência de imprensa, afirmou: "Cumprimos objectivos mas que por vezes parecem invisíveis, como é o caso de terem sido lançados jovens na equipa principal, e o facto do Benfica ser a equipa da Europa com menos lesões."
Para além de um insulto soez à inteligência dos adeptos benfiquistas, estas declarações constituem uma canhestra fuga para a frente!
Para que a sua permanência no Benfica se estende-se por mais uma época premissa essencial seria assumir o fracasso da actual temporada.
Exigia-se que assumisse as suas responsabilidades na paupérrima temporada da equipa, diagnosticasse o que falhou e que apresentasse soluções para superar as insuficiências detectadas.
Olhos nos olhos, sem tibiezas e com frontalidade!
Só assim poderia reconstituir o capital de confiança perdido e reconstruir uma ideia mobilizadora e galvanizadora do plantel e da massa associativa.
Mas, Quique não o fez.
Não foi Homem! Foi um rato!
Ao invés de tomar sobre si a obrigação de responder pelo insucesso, ensaiou um discurso auto-encomiástico que de tão despropositado só pode ser sintoma de esquizofrenia paranóide!
Um tiro no pé tão potente que conduz a uma inevitável amputação!
Mas, a sua ruptura de contacto com o mundo exterior não terminou por aqui.
Prosseguiu num lamentável bate-boca com Léo.
Desnorteado, sucumbiu à pressão e perdeu, de vez, qualquer ponta de autoridade sobre o balneário.
E culminou no desempenho da equipa frente ao Trofense.
Não que o Benfica tenha jogado muito mal.
Antes pelo contrário!
Até aos 60 minutos, o Benfica exibiu-se em bom plano, apenas pecando, uma vez mais, na finalização.
A sua evidente superioridade sobre o adversário não conheceu o devido e merecido reflexo no marcador.
Mas, o pior foi depois. Depois e no entretanto!
Passo a explicar:
A três jornadas do terminus da competição, toda e qualquer equipa tem de ter o seu processo defensivo assimilado e consolidado!
Especialmente, no que tange a lances de bola parada.
A opção pela defesa zonal nos lances de bola parada não pode, nem deve ser absoluta.
Quando o adversário tem um jogador alvo na execução daquele tipo de situações, há que mesclar a zona com homem a homem sobre aquele jogador.
Não marcar Valdomiro individualmente é necedade inadmissível, ainda para mais quando se sabe (ou devia saber) que é a principal solução do Trofense nos livres laterais sobre a esquerda.
No princípio, no meio ou no fim da competição, não pode uma equipa sofrer dois golos, em partes distintas do mesmo jogo, na sequência de livre laterais.
A três jornadas do fim da competição, não pode uma equipa baquear emocionalmente perante a adversidade!
O Trofense igualou e o Benfica desapareceu, revelando-se incapaz de esboçar, sequer, uma remontada!
Ou seja, os pecadilhos evidenciados pelo Benfica repousam na inalienável esfera de competência própria do treinador!
Por tudo isto, ABJURO!

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