domingo, agosto 24, 2008

Rio Ave - 1 Benfica - 1

Constituição das Equipas e Avaliação Quantitativa do Desempenho

Estádio do Rio Ave, em Vila do Conde

Árbitro: Carlos Xistra (2)

Rio Ave: Paiva (4); Miguel Lopes (4), Gaspar (4), Bruno Mendes (4) e Sílvio (4); André Vilas Boas (4), Livramento (3) (André Carvalhas,90+2), Evandro (3) e Delson (4); Semedo (4) (Ronaldo, 72m) e Tarantini (3) (Niquinha, 82m)

Suplentes não utilizados: Mora, Henrique Jorge Humberto e Wires

Benfica: Quim (4); Maxi (3), Luisão (3), Katsouranis (3) e Léo (4); Ruben Amorim (2) (Nuno Gomes, 46m (4)), Carlos Martins (3) (Fellipe Bastos, 28m (2)), Yebda (4) e Urreta (3) (Balboa, 70m (3)); Aimar (3) e Cardozo (2)

Suplentes não utilizados: Moreira, Sidnei, Binya e Makukula

Marcadores: 1-0, Semedo (56m); 1-1, Nuno Gomes (57m)

Ao intervalo: 0-0

Resultado final: 1-1.

Sistemas Tácticos

Rio Ave


Benfica


Modelos de Jogo

Rio Ave

Contenção; Expectativa; Transições Rápidas assentes no Jogo Directo.

Benfica

Posse e Circulação de Bola; Domínio e Controlo da Partida; Assumir Iniciativa de Jogo.

Principais Incidências da Partida (fonte: www.record.pt)

10' - Aimar coloca a bola à mercê de Carlos Martins, que à entrada da área arranca uma "bomba", bem ao seu estilo. Grande defesa de Paiva.

16' - Carlos Martins está com a moral em alta. Ganha espaço no meio e arranca um remate muito forte e cheio de intenção. Ao lado da baliza de Paiva.

23' - Na sequência de um canto a bola sobra para o capitão Luisão, que arranca um remate forte. Por cima da baliza do Rio ave. Muito perigo nesta jogada.

28' - SUBSTITUIÇÃO no BENFICA. Sai Carlos Martins, lesionado, e entra para o seu lugar FELLIPE BASTOS.

29' - Mais uma boa jogada, desta feita pelo Rio Ave. Miguel Lopes avança bem pela direita, coloca certeiro no colega Semedo, que remata para defesa de Quim. Depois é Luisão que aparece para limpar a casa na área encarnada.

32' - Delson bate um livre frontal após falta de Katsouranis. A bola ainda toca em Tarantini, beijando depois as malhas laterais da baliza de Quim.

37' - Canto para o Benfica. Batido em jeito para o coração da área, onde aparece Yebda, que cabeceia muito forte e certeiro. Tão certeiro que a bola vai à barra da baliza de Paiva.

56' - GOLO DO BENFICA, por NUNO GOMES.
Resposta imediata das águias. Urreta cruza com muita qualidade da direita, fazendo a bola sobrevoar a área vilacondense. Paiva ainda desviou, fazendo a bola chegar a Nuno Gomes, que facturou sem mácula.

55' - GOLO DO RIO AVE, por SEMEDO.
Na sequência de mais um canto, Evandro eleva-se bem e cabeceia para defesa incompleta de Quim. A bola fica à mercê de Semedo, que se limita a encostar para o fundo das redes.

46' - SUBSTITUIÇÃO no BENFICA. Sai Ruben Amorim e entra NUNO GOMES.

54' - O Rio Ave aperta e beneficia de dois cantos seguidos. No segundo é BrunoMendes a bater para defesa apertada de Quim.

55' - GOLO DO RIO AVE, por SEMEDO.
Na sequência de mais um canto, Evandro eleva-se bem e cabeceia para defesa incompleta de Quim. A bola fica à mercê de Semedo, que se limita a encostar para o fundo das redes.

56' - GOLO DO BENFICA, por NUNO GOMES.
Urreta cruza com muita qualidade da direita, fazendo a bola sobrevoar a área vilacondense. Paiva ainda desviou, fazendo a bola chegar a Nuno Gomes, que facturou sem mácula.

64' - Léo cruza da esquerda, fazendo a bola chegar a Urreta. Remate forte mas sem a direcção pretendida. Boa oportunidade para os encarnados, que aceleram o ritmo em busca da reviravolta.

70' - SUBSTITUIÇÃO no BENFICA. Sai Urreta e entra BALBOA.

90' - Aimar combina bem com Nuno Gomes, que devolve em estilo ao argentino, que erra o alvo por muito pouco.

90' + 2 - Balboa remata à entrada da área. A bola toca num adversário antes de sair pela linha de fundo.

Destaques:

Melhores em Campo

Rio Ave

Miguel Lopes - Um defesa que foi mais ala do que lateral.
Rápido, senhor de boa técnica, revelou uma condição física invejável, que lhe permitiu fazer todo o corredor com idêntica eficácia.
Defendeu e atacou sempre a alta rotação, com equilíbrio e a bom nível.

Semedo - Pela estreia na 1ª Liga com golo.

Benfica

Léo - Começou titubeante, mas na segunda metade assumiu-se como o principal dínamo da transição ofensiva encarnada.
Beneficiando da estruturação táctica do Rio Ave, que lhe aliviou as exigências defensivas e lhe permitiu granjear um imenso corredor para explorar, cotou-se como o melhor jogador do Benfica.

Yebda - Dealbou como trinco, mas com a saída forçada de Martins assumiu-se como médio de transição.
Quer numa quer noutra função, o mesmo equilíbrio.
Eficaz na recuperação e na circulação da bola, conferiu fluidez ao processo ofensivo.
Aproveitou a sua envergadura física para ganhar a generalidade dos duelos a meio-campo e enviar uma bola à trave.

Nuno Gomes - Para além de ter marcado, a sua entrada permitu libertar Aimar e Cardozo.
Actuando nas costas de Cardozo, demonstrou uma mobilidade assinalável, criando espaços para que Aimar e Cardozo pudessem, finalmente, aparecer no jogo.
Contribuiu de sobremaneira para o despertar da equipa.

Piores em Campo

Rio Ave

Tarantini - Não que não tenha cumprido o que se lhe pedia. Longe disso.
Mas, no quadro de uma equipa globalmente competente, terá sido aquele que se revelou menos influente.

Benfica

Ruben Amorim - Não ignoro que actuou numa posição pouco condizente com as suas características.
Todavia, nos encontros de pré-época em que foi chamado a intervir, actuando como ala direito, exibiu predicados que hoje lhe foram estranhos: inteligência, superior leitura de jogo, qualidade de passe e posicionamento irrepreensível.
Amorfo, passou praticamente ao lado do jogo.

Fellipe Bastos - Sentiu a estreia e não se revelou capaz de emprestar a necessária qualidade à primeira fase de construção.
Se defensivamente nem esteve mal, ofensivamente deixou muito a desejar.

Cardozo - Apático e sem iniciativa, entregou-se à marcação de Gaspar.
Melhorou com a entrada de Nuno Gomes, mas já era tarde.

Arbitragem

Se disciplinarmente se apresentou em plano aceitável, já no capítulo técnico não assinalou uma falta de Vilas Boas sobre Aimar no interior da área vilacondense.

Comentário

Quem permanece pouco mais do que letárgico durante 55 minutos e oferece um golo de bola parada arrisca-se a não ganhar...
Foram estas as premissas do empate do Benfica em Vila do Conde.
Numa partida viva, intensa e emotiva, o Benfica voltou a revelar uma certa tendência para o masoquismo.
Enquanto não se viu confrontado com uma situação de desvantagem, não conseguiu libertar-se da ansiedade decorrente da obrigação de vencer.
Toldado por esta grilheta emocional, o Benfica, na primeira metade, exibiu-se em plano inferior ao alardeado nos últimos encontros da pré-época.
Demasiado lento e previsível, nunca encontrou o equilíbrio necessário para desposicionar a defensiva vilacondense.
Assim, apenas na sequência de remates de longa distância protagonizados por Martins e de lances de bola parada, logrou acercar-se com perigo da baliza à guarda de Paiva.
Acontece que para além destas fragilidades e de um Rio Ave surpreendentemente coeso, o Benfica viu-se cedo confrontado com a lesão de Carlos Martins.
O médio de transição estava "apenas" a ser o melhor da equipa, o primus impulsionador dos movimentos atacantes encarnados, e a sua substituição castigou demasiado a equipa (até porque Fellipe Bastos não revelou idêntica inspiração).
A equipa perdeu a escassa fluência que patenteara e afastou-se da área dos de Vila do Conde.
Até ao intervalo, registo apenas para um cabeceamento à trave de Yebda.
Dez minutos volvidos do descanso, surgiu o golo do Rio Ave, numa inadmissível falha de marcação na área benfiquista na sequência de um canto.
O atrevimento e a agressividade dos comandados de João Eusébio rendia proveitos no marcador e colocava o Benfica perante o seu primeiro grande desafio da época.
Seria capaz de reverter a situação?
Foi-o parcialmente e logo no minuto seguinte, por intermédio de Nuno Gomes.
Nesse momento, o Benfica acordou e partiu para o seu melhor período no jogo.
Aproveitando, por fim, o espaço concedido pelo Rio Ave nos corredores, o Benfica cavalgou a área vilacondense e assumiu o domínio integral das incidências da partida.
Embora tenha ameaçado o golo em diferentes ocasiões, o certo é que não logrou ultrapassar Paiva e materializar o seu ascendente.
O despertar tardio revelou-se fatal!

2 comentários:

PanKreas disse...

De facto, a culpa do SL Benfica não ganhar era mesmo do Luís Filipe.
Ainda bem que te foste embora...
Quem vai ser agora o bode espiatório????

JorgeMínimo disse...

Caro Sr. Administrador:

Vejo que este ano, já para preparar mais uma época falhada, o estimado vai finalmente fazer na ficha do jogo uma apreciação sobre a arbitragem, de forma a branquear os maus resultados. Ao contrário do que a sua vista vermelha viu, não há qualquer penalty sobre o Aimar. É uma lei da Física, um objecto não pode aparecer, onde já se encontra outro objecto.
Mais lhe digo, o Benfica empatou, porque jogou pouco. Ainda não há entrosamento entre os jogadores, talvez porque o cigano Flores, ainda há 15 dias estava a testar jogadores para saber quem era dispensado.
Sobre as novas vedetas, devo dizer que o Carlos Martins foi igual a si mesmo, já conseguiu sair lesionado. O Aimar foi péssimo, o Rubem Amorim fraco, os únicos que tentaram remar contra a maré foram o Urreta e o Yebda.

Sobre os jogos do Sporting e FC Porto, dizer que foram duas vitórias justas para duas equipas que já denotam um bom entrosamento para esta altura da época. Dois destaques pela positiva, os soberbos golos do Djaló e do Hulk (bom reforço) e um pela negativa, como é possível marcar um penalty um metro fora da área, como o assinalado a favor do Trofense? Em relação à expulsão do Polga é correctíssima.