domingo, novembro 09, 2008

Breve Análise ao que vai jogado da 4ª Eliminatória da Taça de Portugal e Análise do Condómino JC ao Sporting-Porto

Resultados

Boavista-V. Guimarães, 0-2
Olivais e Moscavide-Beira Mar, 2-0
Valdevez-Gil Vicente, 1-0
Vizela-Esmoriz, 3-1
Arouca-P. Ferreira, 0-0 (1-3, g.p.)
Gondomar-Trofense, 0-2
Cinfães-Fátima, 1-0
Leixões-Santana, 3-0 (a.p.)
Académica-E. Amadora, 0-1
Portimonense-Varzim, 3-0
Naval-Belenenses, 3-2 a.p.
Sporting-F.C. Porto, 4-5 a.p.

No Sábado, o V. Guimarães eliminou o Boavista e regressou aos triunfos no Bessa dez anos depois.
O Boavista demonstrou a razão de ser da boa carreira na Liga Vitalis, mas a frieza competitiva dos vimaranenses resolveu um problema que chegou a parecer irresolúvel.
No Domingo, uma surpresa e três meias-surpresas.
O sucesso imprevisto pertenceu ao Olivais em Moscavide que derrotou, sem apelo nem agravo, um Beira-Mar que teima em não acertar o passo.
Santana, Arouca e Estrela da Amadora protagonizaram os outros êxitos apenas remotamente expectáveis.
Aliás, no caso da equipa madeirense nem se deve falar propriamente em resultado feliz, na medida em que acabou por ser eliminada da competição no prolongamento.
Todavia, empatar nos 90 minutos em casa do líder da Liga Sagres não pode deixar de ser motivo para largo regozijo.
O mesmo se diga do Arouca que, uma vez mais, obrigou uma equipa da Liga Sagres ao desempate por pontapés da marca de grande penalidade.
Desta feita, soçobrou, mas o seu desempenho mostra-se merecedor dos mais rasgados encómios.
Em Coimbra, um Estrela literalmente faminto venceu a Briosa.
Um golo de Silvestre Varela, a 10 minutos do final, penalizou a prodigalidade ofensiva da Académica.
No mais, nada de desfechos inusitados.
Em Gondomar, o Trofense soube suster o ascendente gondomarense na primeira hora de jogo e foi imensamente eficaz.
David Caiado, aos 38 minutos, e Rui Borges aos 82 resolveram a equação da qualificação.
Na Figueira, a Naval "constrangeu-se" ao prolongamento.
Construiu uma vantagem de dois golos, que dissipou ingloriamente e não fora um belo golo de Alex Hauw, na marcação de um livre, e o desempate por pontapés da marca da grande penalidade teria sido uma fatalidade.
Em Alvalade, uma partida à qual se deve aplicar um "chavão" tão próprio do futebolês: Foi um jogo com duas partes distintas.
Na primeira, o Sporting superiorizou-se claramente a um Porto amorfo e desorganizado, que concedeu muito espaço entre linhas.
Neste período, o Sporting desenhou a sua melhor exibição da temporada, alardeando uma intensidade, uma velocidade e uma fluidez ofensiva até hoje ignotas.
Não obstante o evidente ascendente leonino seria apenas na sequência de um erro grosseiro de Pedro Emanuel, que o Sporting se colocaria em vantagem.
A supremacia do Sporting não conheceu proporcional dimensão no marcador.
Como em tantos outros encontros, em vantagem, Paulo Bento modificou o modelo de jogo da sua equipa e ao invés de uma matriz de iniciativa optou pela expectativa em vista da exploração dos erros do adversário.
Sucede que esta mudança de paradigma viria a permitir ao Porto reerguer-se das cinzas e regressar à discussão do jogo e da eliminatória.
Se, na primeira metade, a maior agressividade e veemência do meio-campo leonino haviam feito a diferença, na segunda as premissas inverteram-se.
Jesualdo retirou um Raúl Meireles fisicamente exaurido e o sector intermediário portista cresceu em combatividade e intensidade, assumindo o predomínio da partida.
Acresce que, ao contrário de outros encontros, o Sporting perdeu o controlo do desafio.
O Sporting baixou em demasia as suas linhas, decresceu a pressão sobre o portador da bola e perdeu capacidade de posse e circulação da bola.
Contudo, por paradoxal que pareça, sofreria o golo do empate numa transição rápida, aspecto em que o Sporting é particularmente competente, principalmente quando em primazia no resultado.
Um golo em que o maior defeito de Hulk se assumiu como a sua maior virtude: Hulk desconhece a dimensão colectiva do jogo e foi esse mesmo individualismo que lhe permitiu igualar a contenda. Um grande golo após um "pique" de 60 mestros!
Inexplicável a colocação de Rochemback, um jogador reconhecidamente lento, como garante da transição defensiva (a forma como Hulk o bateu em velocidade roçou a humilhação)!
Placard empatado e jogo encurralado pelo temor da derrota de ambas as equipas.
Emergiu, então, um outro protagonista, que cerceou qualidade ao espectáculo: Bruno Paixão.
Primeiro, não viu um tão evidente quanto desnecessário penalty de Patrício sobre Hulk.
Logo após, expulsou e bem Caneira. Um jogador experiente como é Caneira, tendo um amarelo, não se pode expor à exibição de um segundo.
Incompreensível o seu descontrolo!
Depois, trilhou o caminho do despautério disciplinar, exibiu amarelos a granel.
Seguiu-se a correcta expulsão de Pedro Emanuel, outra garotice de um jogador versado nestes ambientes.
Incompreensível o seu descontrolo!
Antes do final da partida, perdoou, por razões indecifráveis, uma grande penalidade contra o Porto, quando Rolando tocou, de modo manifesto, a bola com o braço.
Já no prolongamento, não assinalou outra grande penalidade a favor do Sporting, por obstrução, com contacto, de Bruno Alves.
Por fim, acertou em mais uma expulsão, desta vez de Hulk, que simulou, grosseiramente, um derrube na área.
Deste modo, não surpreendeu que o jogo se tenha arrastado de quezília em quezília, de qui pro quo em qui pro quo para o desempate por pontapés da marca de grande penalidade.
Aí, o Porto foi mais certeiro e venceu.
Abel revelou fragilidade emocional para lidar com a tensão própria destas ocasiões e atirou, fraco e denunciado, possibilitando a defesa a Helton.

Análise do Condómino JC ao Sporting-Porto

Excelente espectáculo de futebol este a que assistimos ontem no Estádio de Alvalade.
Foi um jogo bastante emotivo e com uma primeira parte de luxo do Sporting, a que não faltaram os casos de arbitragem, as habituais expulsões, os golos e os destaques individuais (pela positiva e pela negativa).
Depois de breves minutos em que as equipas procuraram encaixar uma na outra, ocasião em que uma falha de Abel permitiu ao Porto criar a primeira situação de algum perigo, o SCP embalou para 30 minutos de elevada qualidade, seguramente o melhor futebol que a equipa de Paulo Bento já apresentou esta época.
Com os seus jogadores muito dinâmicos, o SCP agarrou o jogo porque conseguiu o controlo do meio-campo, onde apresentou sempre superior número de unidades em relação aos portistas.
Miguel Veloso, colocado a lateral, mas que funcionava mais como médio esquerdo quando o SCP tinha a posse de bola, e Romagnoli, muito móvel, que aparecia tanto na esquerda como na direita, faziam com que os leões tivessem sempre mais unidades na intermediaria do que o FCP, até porque os dragões tinham um Mariano muito abúlico e um Rui Meireles que derivava frequentes vezes para a esquerda, em auxílio a Pedro Emanuel.
Além da superioridade sportinguista no meio campo, os jogadores do SCP, comandados por um Rochemback mais magro e imperial, na sua posição favorita, jogavam com maior velocidade e mais pressionantes, de forma que o FCP foi literalmente encostado às cordas.
Sucederam-se então os lances de perigo junto da baliza de Helton, com remates perigosos de Izmailov, Postiga e Rochemback, estes dois últimos a proporcionarem excelentes defesas ao guarda-redes portista.
Como se adivinhava, surgiu o golo do SCP: um cruzamento da esquerda que embateu num defesa portista, a bola ressaltou para a entrada da área e Fernando, sem oposição, pontapeia a bola de forma disparatada, fazendo-a subir muito e cair na grande área, onde Liedson, ladino, ludibria Pedro Emanuel e faz golo de cabeça.
A partir daqui, o SCP retraiu-se e até ao intervalo o jogo ficou equilibrado, sem lances de perigo em nenhuma das balizas.
O FCP lisonjeiramente foi para descanso a perder por apenas 1-0, quando apenas havia conseguido durante toda a primeira parte um remate com algum perigo à baliza de Patrício, por Lisandro, de cabeça.
No segundo tempo, o jogo começou com o FCP mais equilibrado, a que não foi alheia a entrada de Tomás Costa para o meio campo, em lugar do inexistente Mariano. Ainda assim, o SCP logrou, neste período, criar duas situações de perigo.
Até que surgiu o golo portista: um canto marcado displicentemente pelo SCP, bola nos pés de Hulk, que arrancou a toda a velocidade ainda do seu meio campo, foi ganhando metros a Rochemback, entrou na área e disparou fortíssimo para o fundo da baliza, sem que Rui Patrício pudesse evitar o golo.
Começaram então as quezílias entre os jogadores e ambas as equipas e foi a vez de Bruno Paixão entrar em jogo, puxando da cartolina amarela a torto e a direito. Neste frenesim, Caneira acaba expulso, e quando se pensava que o FCP ia partir para a vitória, o jogo manteve-se equilibrado, não se notando a desvantagem numérica do SCP e sem lances de perigo nem para um nem para outro lado.
Bruno Paixão resolve entrar de novo em jogo e expulsa agora Pedro Emanuel, reequilibrando as equipas, e então sim, o SCP voltou a superiorizar-se ao FCP.
Até final, os dragões recolheram-se para o seu meio campo e o sinal mais pertenceu sempre ao SCP, que, contudo, não logrou concretizar em golos esse domínio final.
Durante todo o jogo, pareceu-me terem ficado dois penalties por marcar, um para cada lado: carga de Patrício sobre Hulk, no lance que antecedeu a expulsão de Caneira, e mão de Rolando, já caído na grande área portista. Outro lance entre Abel e Bruno Alves na área do FCP, numa jogada de ataque do SCP, suscitaram-me algumas dúvidas.
As equipas foram para prolongamento, a que eu já não assisti, sabendo que neste período Hulk foi bem expulso porque simulou uma grande penalidade.
Também não vi as grandes penalidades, apenas a de Abel, razão pela qual sei que o SCP perdeu, da exacta forma que eu aqui tinha dito na sexta feira – empate, penalties e derrota.
E nova penalidade falhada por um defesa direito deixa o SCP de fora da Taça.
Destaco no SCP as exibições de Polga, Veloso, Rochemback, Izmailov, Postiga e Moutinho e, no FCP, Helton, Hulk, Bruno Alves, Tomás Costa e Lisandro.

32 comentários:

JorgeMínimo disse...

Cavalheiros:

Não poderei estar presente durante o dia no blog, venho aqui a esta hora adiantada dizer simplesmente que considero injusta a eliminação do Sporting nesta Taça de Portugal.
Se houve alguém, mesmo em inferioridade numérica, que quis ganhar o jogo foi a turma leonina. O FC Porto tirando o princípio da segunda parte, apesar de o Sporting ter tido a melhor oportunidade do jogo nesse período, nunca fez nada para ganhar, mesmo quando estava em superioridade numérica. Sobre o árbitro, o nosso estimado Sr. Administrador já disse tudo, conseguiu complicar o que era simples. Como é possível num jogo disciplinarmente sem grandes casos, dar 10(?) cartões amarelos e 3 cartões vermelhos? Só porque, mais uma vez quis ser protagonista. Vá lá, pelo menos que se saiba, não mandou nenhuns piropos picantes todo nú, para as adeptas dos dois clubes.
Destaques pela positiva Helton(duas defesas sensacionais ao João Moutinho e ao Abel) e João Moutinho(incansável e com momentos de grande classe) e destaques pela negativa ao Mariano González(é uma perfeita nulidade) e ao Rochemback(cada vez mais é penoso ver a sua prestação em campo, o seu "sprint" sem bola contra o Hulk com bola, no golo portista foi perfeitamente ridículo).
Nos penalties mais uma vez foi uma lotaria, ganhou curiosamente quem marcou pior. Uma bola para fora depois de roçar na trave e três penalties ao meio da baliza foram suficientes para continuarem os portistas na taça. Ontem era mesmo o dia da redenção do Helton!!!

P.S: Ao contrário do que o caríssimo Sr. Administrador aqui afirma, quem falhou o penalty na Luz foi o Miguel Garcia e não o Abel.

Vermelho disse...

Amigo Mínimo:
Tem razão!
Irei corrigir.

p.s. O Abel nem no Sporting estava.
Ambos DD e confundi-me.
Peço desculpa pela incorrecção.
Abraço e Obrigado pela chamada de atenção.

Anónimo disse...

Amigo Vermelho:
Não recebeste a minha crónica do jogo SCP-FCP?
Mandei-ta ontem para o endereço electrónico do blog.

Vermelho disse...

Amigo JC:
Peço desculpa, mas não vi no mail do blog.
Só vi nos meus pessoais.
Vou publicar agora.
Obrigado.

Vermelho disse...

Amigo JC:
Agradecer, publicamente, a tua disponibilidade e amabilidade.
Louvar o esforço e a dedicação com que, uma vez mais, me fizeste o favor de presentear.
Uma excelente crónica a fazer jus aos teus créditos de comentador renomado.
Penitenciar-me, novamente, pela minha falha.
Habitualmente, envias-me as tuas colaborações para o meu mail pessoal e, por isso, não consultei o do Blog.
Muito e muito obrigado!

p.s. Apenas um pormenor com o qual discordo: As loas que teces à exibição do Rochemback.
Neste particular, nos afastamos na apreciação ao jogo.
Aquele abraço.

Anónimo disse...

Amigo Vermelho:
Obrigado pelos elogios.
Quanto ao desempenho de Rochemback, reconheço que, na 2ª parte, a sua exibição baixou de nível, mas na 1ª gostei bastante da sua movimentação em campo.
Nos destaques do SCP, esqueci-me de salientar Moutinho.
Importa referir que tenho uma imprecisão na minha análise: refiro o lance entre Abel e Bruno Alves como tendo ocorrido "durante o jogo" quando ele se deu no prolongamento.
Apesar de não ter visto esta fase do jogo, fui "espreitar" o resultado no momento em que esse lance ocorreu, e depois ao escrever a crónica confundi o momento em que aconteceu.

Curioso é que na sexta feira eu tinha escrito:

"Factor a ter em conta é o facto de o SCP contar com Liedson, o que não sucedeu no jogo em que o SCP perdeu por 1-2.
Vai ser um jogo muito complicado e estranhamente não estou com nenhum "feeling" sobre o jogo.
O que normalmente dá empate.
Significando isso que vamos a penalties, logo, que perdemos o jogo.
Factor a ter em conta também é o Snr. Bruno Paixão.
Vamos a ver, sendo certo que eu só verei se o jogo der em canal aberto."

Vermelho disse...

Amigo JC:
Irei incluir essa referência, que vejo de equidade indiscutível.

Zex disse...

Algumas notas sobre o jogo.
Segundo o condómino Mínimo e Paulo Bento, a vitória moral foi do Sporting. Voltaram ao tempo das vitórias morais, o que me agrada.
Claro que o Sporting foi muito superior na primeira parte.
Na segunda parte e no prolongamento, entendo que o jogo foi equilibrado.
Pedro Emanuel e Fernando estiveram muito mal no golo do Sporting.
Golo de Hulk é de grande qualidade. Sprint de 60m seguido de missíl a furar as redes. Rochemback esteve ridículo. Ia de triciclo. Lá vai hoje o Paulinho, de agulha, linha e dedal em riste coser as redes da baliza. Coitado !

Má arbitragem de Bruno Paixão. Erros para os dois lados. Segundo o que pude ver já em casa, ficou por marcar um penalty claro sobre Hulk no lance da expulsão de Caneira, bem como um penalty e expulsão imediata por dupla agressão de Rochemback a Rolando, sendo que o Sr. do Campomaiorense marcou, acredite-se, falta contra o FCP.
O pontapé que precede a expulsão de Caneira é involuntário, tal como me parece ser a mão de Rolando no penalty reclamado pelo Sporting. De qualqur modo, acho a expulsão de caneira exagerada.
Quanto ao lance da eventual falta de Bruno Alves sobre Abel, que entendo ser duvidosa, trata-se de uma obstrução, punida, penso, com livre indirecto.
Ou seja, acho que há razões de queixa de ambos os lados, sendo que claro que os Calimeros se desculpam com o árbitro para o desgecho final. Eu acho que alguns pensam que foi o paixão de falhou o penalty...

Anónimo disse...

Vislumbro um erro do tamanho de uma casa no meu texto:
"descanço" em vez de descanso!
Que disparate!
As minhas desculpas.

Mestrecavungi disse...

Amigo JC,
Bela prosa.
Concordo quase por inteiro com ela.
Com a prosa!
De facto o SCP teve 30m de grande nível, mas não soube matar o jogo.
O FCP da 1ª parte foi uma caricatura de um campeão!
Embora equilibrado no resto do tempo, prolongamento incluído, o SCP foi a equipa que mais quis ganhar o jogo.Se calhar pelo facto de jogar em casa...
Mal seria que fosse o FCP quem assumisse as redeas do jogo!
Da arbitragem, penso que ficou claro que paixão é um pessimo arbitro.
Roubou a torto e a direito!
2 penalties a favor do FCP que não foram assinalados, (Patricio sobre Hulk e agressão de Rochemback sobre Rolando) e 1 penaltie a fvor do SCP por mão de rolando.
A obstrução de Alves a Abel deixou-me dúvidas, mas o 1º cartão a Caneira nasce de um lance identico.
Mal Paixão.
As expulsões são as 3 justas.
O FCP foi um justo vencedor porque venceu.
Fica para a história o Sprint de Assafa Rochemback!
Acho no minimo caricato o choradinho de Paulo Bento sobre a arbitragem.
Bento já está a adoptar o velho discurso calimero que se pensava um pouco arredado de Alvalade.
Quando o SCP perde o arbitro rouba.Aliás começa a roubar assim que sai de casa.Ainda está a beber o galão e comer uma torrada e já está a roubar o SCP.
Ontem não foi eliminado pelo sr Paixão.
Foi pela falta de sorte nos penalties.
Foi pelo sr. Abel.

Anónimo disse...

Concordo com a análise de Zex à arbitragem.
Muito fraca, com erros para ambos os lados.
Aliás, em lado algum digo que a derrota do SCP se deveu ao árbitro.
Apenas saliento o seu péssimo trabalho.

Mestrecavungi disse...

Uma nota par o festejo de Hulk depois do golo.O gesto de bater na veia, como o fez Nuno Gomes em Braga!
Que triste figura!

Zex disse...

Quanto aos jogadores.
No FCP surpreendeu-me a não inclusão de Pelé no onze inicial, até porque Fernando não se porta mal como lateral direito, bem melhor que Sapo.
Bom jogo dos centrais do FCP.
Péssimo jogo de Pedro Emanuel. Claras culpas no golo e expulsão infantil, ainda para mais num lance com Moutinho, que tem tanto de fiteiro, como de bom jogador.
Óptimo jogo de Hulk, o melhor do FCP a par de Helton, que está de voltas às boas exiibições.
Hulke tem muita força e bom remate. É um pouco individualista, mas foi graças a isso que marcou um belo golo.
Lucho em baixo, com uma condição física muito deficiente.
Lisandro médio, mas nota-se, em muitos momentos do jogo, uma apatia a que não serão alheios os problemas conhecidos sobre o seu vencimento.
Rodriguez e Mariano péssimos, como habitualmente.

No Sporting, Romagnoli bem na primeira parte. Izamailov bem, a espaços. Moutinho fez bom jogo, tal como Veloso e Postiga, embora este último tenha estado muito ressabiado...
Liedson muito apagado, apesar do golo marcado. Abel mau. Pedro Silva bom final de segunda parte, mas mau prolongamento. Yannick horrível, com problemas graves de equilíbro já que estava sempre a cair.

Notou-se, mais no prolongamento, uma condição física muito débil de muitos jogadores, a que não será alheio o jogo, a meio da semana, na COMPETIÇÃO MAIS IMPORTANTE DA UEFA.
Tratou-se, apesar de tudo, de um bom jogo de futebol. Bem melhor que o do campeonato, a que assisti igualmente.
O Resultado justo, quanto a mim, seria o empate. Não podendo ser assim. Os penalties são uma lotaria conhecida.
O FCPorto segue em frente. O "papa-taças" vai ficar de jejum. Os "invictos" na Taça estão fora. Não saem de Lisboa e é aí que ficam fora. Ironia do destino.
A mítica estatística, desfavorável e Jesualdo parece estar a ficar mais equilibrada...

Zex disse...

E, Sr. JC, nota para o excelente artigo, bastante expressivo e com pinceladas de neutralidade notáveis.
Muito bem !
Parabéns !

Zex disse...

É incrível que uma equipa que estava em crise, ganha dois jogos, com imensa sorte, muito importantes para a manutenção dos níveis de confiança no treinador e dos jogadores.
Não era o que eu desejava nem que esperava...

Zex disse...

Sr. Vermelho,
A Obstrução não costuma ser punida com livre indirecto ?
Se assim for, o que dizer do lance entre Alves e Abel ?
Ou contra o FCP é diferente ?

Zex disse...

Chamo, por último, a atenção dos condóminos para as declarações de Rui Santos, o herói do Rabona de Vungi, sobre Dias Ferreira. Disse que este precisava de tratamento psiquiátrico urgente. Que se promovia à custa da irmã, que queria ser primeira ministra de Portugal. Acrescentou que umas segundas feiras concorda com Soares Golf, outras discorda, que não percebe o que defende. E, por último, que o seu desejo era ser presidente do Sporte, ao contrário dele, Rui Santos, que nada disso deseja.
Ou dá processo judicial ou hoje vai haver sangue no Dia Seguinte...

Mestrecavungi disse...

Amigo Zex,
De facto os entendidos falam em livre indirecto nas obstruções.
Daí eu não pensar que o lance seja penalty.
No entanto o animal Paixão no lance em que Caneira recebe o 1º amarelo, marca falta.
Por ser na grande area não pode ser diferente.
Ficou assim por marcar um livre indirecto dentro da GA Portista!

Vermelho disse...

Amigo Zex:
Obstrução com contacto é punida com livre directo.
Dentro da área, penalty!
Quanto à expulsão de Rochemback por agressão a Rolando, dizer da sua justeza.
Sucede que se trata de um lance televisivo, pelo que, neste particular, não serão de assacar responsabilidades ao árbitro.

p.s. Amigo JC descansado estejas que o descanso já encontrou a sua grafia habitual.

Anónimo disse...

Agradecido, Amigo Vermelho, por teres tirado essa vergonhosa nódoa da minha crónica.

Zex disse...

Para os condóminos lerem.
"O Tribunal de O JOGO
Quantos seriam precisos para Bruno Paixão assinalar um?

Por se tratar de um lance de golo iminente, uma grande penalidade mal assinalada pode influenciar negativamente o resultado de um jogo. Talvez por isso os árbitros tenham tanta renitência em assinalá-las, como ontem aconteceu com Bruno Paixão. Foram quatro os possiveis penáltis que passaram em claro e em todos eles há pelo menos dois ex-árbitros deste painel que os consideraram como tal. Apenas num, ainda assim, houve unanimidade: foi aos 67', numa falta de Rui Patrício sobre Hulk.


Expulsões correctamente decidididas

É praticamente unânime a avaliação positiva às três expulsões ordenadas por Bruno Paixão. O segundo amarelo a Bruno Alves é indiscutível, assim como em relação a Caneira, embora neste caso haja quem defenda que o vermelho directo tivesse sido a decisão mais correcta. Quanto a Hulk, a questão não foi colocada ao painel, tão evidente (visualizadas as imagens televisivas) parece ter sido a simulação do avançado. Outros vermelhos poderiam, no entanto, ter sido exibidos.


OS LANCES PARA PENÁLTI

Rui Patrício carrega, sem bola, Hulk pelas costas?

67'


Após centro de Pedro Silva, Rolando corta a bola com o braço?

87'


Bruno Alves trava em falta a progressão de Abel?

109'


Rochemback comete falta, com o braço, sobre Rolando?

116'


Jorge Coroado

-

Rui Patrício, sem razão objectiva ou aparente (devido à distância a que estava a bola) saltou sobre Hulk, derrubando-o. Grande penalidade que ficou por assinalar.


-

Rolando foi ao solo para cortar ângulo, sendo notório ter deixado o braço esquerdo para trás e efectuado movimento ascendente com o mesmo, para impedir trajectória da bola. Justificava-se a grande penalidade e o cartão amarelo ao infractor.


-

Bruno Alves movimentou-se deliberadamente para impedir a trajectória de Abel, ficando por assinalar uma grande penalidade.


-

Rochemback, com o braço esquerdo atingiu o adversário na face, derrubando-o. A bola estava em jogo e a grande penalidade justificava-se, embora se compreenda que, pelo aglomerado de jogadores, o árbitro não tenha visto.


Rosa Santos

-

Rui Patrício sai extemporaneamente da baliza e cai ostensivamente em cima do jogador do FC Porto. O árbitro devia ter marcado penálti.


+

É possível que bata no braço, só que o jogador está caído e não tem qualquer movimento do braço. Na minha opinião o árbitro decide bem.


+

Não. Diz a física que quando um corpo está num lugar, outro corpo não pode lá estar ao mesmo tempo. Não houve qualquer intenção, houve um choque acidental entre os dois jogadores.


-

O árbitro marcou a falta ao contrário e acho que decidiu mal. Não sei se a bola estava em jogo, mas se estivesse era grande penalidade. Mas é mais fácil marcar contra quem ataca do que contra quem defende.


Soares Dias

-

Rui Patrício choca com intenção, a bola não está ali e devia ter sido marcada uma grande penalidade. Ele não tem motivo nem necessidade de fazer aquilo, porque a bola está fora da zona dos intervenientes.


-

Aqui também era penálti. Rolando está no chão com os braços abertos e joga a bola com o braço esquerdo. Era grande penalidade.


-

Também há falta de Bruno Alves, ao impedir Abel de prosseguir a jogada. Vendo que não tem pernas, ele recorre ao corpo para impedir Abel de seguir com a bola.


+

É um toque um pouco fortuito, não me parece intencional e, portanto, aqui não se justificaria marcar grande penalidade. Vê-se claramente que o jogador não tem intenção.


António Rola

-

Rui Patrício, sem qualquer hipótese de jogar a bola, carregou o jogador do FC Porto de forma a que o árbitro punisse a mesma falta com grande penalidade contra o Sporting. Má apreciação do árbitro.


-

Sim. Quando Pedro Silva cruza a bola para a área do FC Porto, Rolando joga-se para o solo e com o braço esquerdo joga a bola, cortando assim um passe para a sua área. Ficou por sancionar uma grande penalidade.


-

É um lance que no terreno deixará muitas dúvidas, mas podemos observar que Bruno Alves fez uma obstrução com contacto físico. O árbitro tinha assim base legal para sancionar uma grande penalidade contra o FC Porto.


+

Sendo um lance característico quando se está dentro da área com muitos jogadores, Rochemback, com um movimento, e na tentativa de criar trajectória para jogar a bola, tocou no adversário, mas sem que se justifique qualquer falta.


OUTROS LANCES

8'

Liedson parece atingir Fucile com o cotovelo. Devia ter visto algum cartão?


42'

Pedro Emanuel viu amarelo por falta sobre Moutinho, a cor do cartão foi a correcta?


52'

Pedro Emanuel devia ter visto o segundo amarelo, por falta cometida sobre Postiga?


68'

É bem exibido o segundo cartão amarelo a Caneira?


73'

Liedson vê um cartão amarelo por falta cometida sobre Bruno Alves. A cor devia ser outra?


83'

Pedro Emanuel é bem expulso (por segundo amarelo) após falta sobre João Moutinho?


Jorge Coroado

+

Com o braço direito, impediu o adversário de prosseguir, em gesto recorrente entre futebolistas, que não pode ser considerado conduta violenta ou brutalidade. apenas punível com pontapé livre directo.


+

Pedro Emanuel foi algo intempestivo no modo como procurou jogar a bola, atingindo inadvertidamente João Moutinho. O cartão amarelo exibido foi em conformidade com a falta praticada.


+

Pedro Emanuel tão pouco cometeu qualquer infracção, não havendo por isso razão sequer para o livre que foi assinalado por indicação do assistente.


-

A luta de galinhos da índia entre os jogadores não justificava o cartão amarelo. A haver sanção era vermelho, pois Caneira atingiu Hulk com o pé no ombro. Má intervenção do assistente Paulo Ramos.


-

Liedson, de sola, sem que a bola lá se encontrasse, atingiu Bruno Alves cometendo conduta violenta, justificando cartão vermelho e não o amarelo exibido. Mau auxílio do assistente António Godinho.


+

Pedro Emanuel foi impetuoso e reincidente na infracção cometida, justificando a exibição do cartão e, por isso, a expulsão.


Rosa Santos

-

Só um cartão era possível, o vermelho, porque se tratou de uma agressão.


+

O cartão amarelo é bem exibido, é o que mais se adequa à falta cometida.


+

Não. Lá por se ter um cartão não é obrigatório levar-se o segundo. É uma falta normal.


+

Mostrou-o por conduta inconveniente entre os dois, passível de cartão amarelo. Mostrou aos dois, e bem, mas como o Caneira já tinha um foi o segundo.


+

É uma entrada com o pé à frente. Aceito a decisão, como se se tratasse de jogo perigoso.


+

É uma entrada extemporânea. Dada a pressão do jogo tenho que aceitar, mas talvez noutra situação não tivesse sido expulso.


Soares Dias

-

Na disputa de bola, Liedson vai com o cotovelo e agride a face do jogador do FC Porto. Era lance para expulsão.


+

É uma entrada perigosa às pernas de Moutinho, mas o amarelo ajusta-se para este tipo de lance.


+

Nem sequer há falta. Pedro Emanuel tenta disputar a bola, joga-a primeiro e só depois há o contacto entre os jogadores.


+

Foi porque ao passar pelo Hulk, com este no chão, raspa com a chuteira no jogador do FC Porto. Bem exibido.


+

Penso que não, que se ajusta o amarelo, enquadra-se perfeitamente no espírito da lei perante este tipo de faltas.


+

Já tinha amarelo e comete segunda falta punível com amarelo. Nada a dizer. Aliás, ele nem sequer esboça um protesto.


António Rola

+

Não. Liedson utiliza o braço, apoiando-se num adversário. Fez bem o árbitro, por ter agido apenas no aspecto técnico.


+

Pedro Emanuel entrou de pés na frente, praticando jogo perigoso. Bem o árbitro ao exibir o amarelo.


+

Aceita-se que a falta de Pedro Emanuel tenha merecido apenas a sanção técnica.


+

Caneira, quando Hulk se encontrava no chão, atingiu-o com a bota. Depois teve comportamento antidesportivo. Ficou-se o árbitro pelo segundo amarelo, mas podia ter dado vermelho directo.


+

Independentemente de Liedson ter entrado de pé na frente e atingido o adversário na disputa da bola, a falta foi cometida de frente e aceito que o árbitro tenha ficado somente pelo cartão amarelo.


+

Sim. Pedro Emanuel, porque já se encontrava advertido, fez uma falta merecedora de sanção disciplinar. Sendo assim, fez bem o árbitro.

"

Anónimo disse...

Amigo Vermelho:
Detecto um outro erro crasso no meu artigo que pedia que limpasses.

Escrevi: "pareceram-me ter ficado dois penalties por marcar" em lugar de "pareceu-me terem ficado dois penalties por marcar".
Escrevi o texto já cansado e com alguma pressão, para o ter pronto antes das 24h00m, e não o revi com suficiente atenção.
Com mais um pedido de desculpas por mau tratar o português, nomeadamente à Edite Estrela, ao Diogo Infante e ao Zex, agradecia, pois, que corrigisses este meu erro.

VermelhoNunca disse...

Condómino Zex, segundo me recordo, o senhor disse na 6ª feira, que hoje teria grandes dificuldades em visitar o blog, devido a afazeres relacionadas com a sua profissão. Folgo em saber que assim não é.
Parabéns ao Porto pela passagem à eliminatória seguinte.
O Sporting fez uma muita boa 1ª parte, caindo na 2ª , não sei se por demérito ou se pelas alterações que Jesualdo fez na equipa do Porto. Assistiu-se a um bom jogo, cujo vencedor, na minha opinião seria o Sporting. Não o foi, paciência.
Sobre os casos da arbitragem apenas me refiro à expulsão de Caneira. Acho perfeitamente injusta. Um encosto de cabeças, como que a medir forças com o mais insurrecto jogador portista, não justifica nenhum tipo de cartão.
Assisti a esse herói de banda desenhada numa cena mesmo à minha frente( eu estava na 1ª fila, junto ao relvado, exactamente em frente onde decorreu o lance de Pedro Emanuel), onde ele insulta de modo inacreditável Miguel Veloso, chamando-o de tudo e mais alguma coisa, mesmo nas barbas do fiscal de linha. Depois, esse herói tem uma cena com Lisandro também incrível, com insultos sucessivos. Marcou , de facto, um grande golo, só possível porque Rochembaçk não fez, ou não conseguiu fazer falta.

Zex disse...

Sr. Nunca,
De facto, pude hoje aqui comparecer porque o que tinha marcado foi adiado, por motivos de doença de outros participantes nesse acto.
Infelizmente, soube-o só hoje às 9h da manhã !

VermelhoNunca disse...

Ainda bem que assim é, condómino Zex. A sua presença é sempre positiva aqui no espaço.

VermelhoNunca disse...

Condómino Zex, você que tanto o aprecia, que tem a dizer desta atitude, nada virgem por sinal:
"O Inter sofreu para vencer a Udinese, com o golo da vitória a chegar nos descontos. Após o cabeceamento certeiro de Julio Cruz, já nos descontos da partida, José Mourinho festejou efusivamente e levou o indicador aos lábios, num gesto conhecido em todo o planeta como de silêncio.

Aos microfones da Sky, o treinador português referiu que não estava a mandar calar o público e que o gesto «foi para Costinha», internacional português, ex-jogador de Mourinho no F.C. Porto, que estava na bancada do Giuseppe Meazza"

Anónimo disse...

Declarações miseráveis do presidente da APAF, que pretende branquear a arbitragem desastrosa e vergonhosa de Bruno Paixão.

"«Quem sai fragilizado é o treinador do Sporting, que faz declarações inaceitáveis e incendiarias que já não se usam no futebol», prosseguiu o presidente da APAF, salientando que a associação está do lado do árbitro e que a noite foi infeliz, sim, mas «para alguns jogadores e para o treinador do Sporting».

Em declarações à TSF, António Sérgio considerou que «o Conselho de Disciplina (CD) da Federação não pode deixar passar em claro» as declarações do técnico leonino: «É uma situação lamentável e uma falta de respeito que serve de incentivo à violência contra os árbitros e os desportistas em geral.»

VermelhoNunca disse...

Amigo JC, costumo cruzar-me, de manhã, no café, com o senhor Paixão. Pena que hoje não tenha acontecido. Independemente de quem foi mais ou menos, prejudicado, a exibição desse animal, foi do pior que se viu nos relvados portugueses.
Jarra com ele ( dizer que o senhor Paixão ao vivo transparece o que é nos campos, um vaidoso e peneirento sem vergonha).

Zex disse...

Eu também acho que as declarações do Paulo Bento foram lamentáveis, insultuosas e incendiárias.
Dizer que a situação lhe mete nojo é demais.
Dizer que temos que dificultar o ambiente ao árbitro é muito forte.
Acho um castigo apropriado ao Paulo Bento, que já tem antecedentes na matéria, mas o presidente da APAF, de qualquer modo, fez comentários que não lhe competem...

Zex disse...

Senhor blogger,
O que é uma obstrução com contacto ?
E sem contacto existe ?

Vermelho disse...

Amigo Zex:
O contacto respeita ao obstrutor e não ao obstruído.
Quando o obstrutor, para além de impedir a progressão do adversário, fá-lo promovendo o contacto, há livre directo.
Quando o obstrutor, impede a progressão do adversário, mas não promove o contacto com o adversário, sendo este que nele embate fruto da interposição, há livre indirecto.

p.s. Sexta conto estar contigo e aí, ao vivo, poderei ilustrar o que digo.

p.s. II
"É um lance que no terreno deixará muitas dúvidas, mas podemos observar que Bruno Alves fez uma obstrução com contacto físico. O árbitro tinha assim base legal para sancionar uma grande penalidade contra o FC Porto."

Aquele abraço.

Mestrecavungi disse...
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