Constituição das Equipas e Avaliação Quantitativa do Desempenho
Liga Sagres, 21.ª jornada
Estádio José Bento Pessoa, na Figueira da Foz
Árbitro: João Ferreira (Setúbal)
NAVAL
Peiser (3); Carlitos (3), Paulão (3), Diego (3), Daniel Cruz (3); Godemèche (3), Lazaroni (3), Baradji (3); Davide (4), Simplício (2) e Marinho (2)
Suplentes: Jorge Baptista, Alex Hauw, Fabrício Lopes, Gilmar, Bolívia (2), Dudu (-) e Marcelinho (3)
Treinador: Ulisses Morais
BENFICA
Moreira (3); Maxi Pereira (3), Luisão (3), Miguel Vítor (4) e David Luiz (2); Yebda (4), Di Maria (3), Katsouranis (4) e Reyes (4); Aimar (3) e Cardozo (2)
Suplentes: Quim, Sidnei, Jorge Ribeiro (-), Binya, Balboa, Urreta (-) e Nuno Gomes (2)
Treinador: Quique Flores
Sistemas Tácticos
Naval
Benfica
Principais Incidências da Partida (fonte: www.record.pt)
3' - Golo do Benfica, por Aimar.
A defesa da Naval, após um cruzamento longo de Reyes, afasta a bola de forma deficiente e o jogador argentino, com um remate sem preparação com a perna direita em zona central, ainda fora da área, acerta o canto direito de Peiser, que saltou em vão.
53' - Golo da Naval, por Marcelinho.
Daniel Cruz, no arremesso de um lateral, coloca a bola na área encarnada, Godemèche desvia de cabeça, Luisão bate na bola de forma defeituosa e o recém-entrado Marcelinho, com um remate cruzado de primeira, iguala o marcador na Figueira da Foz.
57' - Grande oportunidade para o Benfica voltar a ficar na frente do marcador: Di María foge à marcação na área da Naval e remata forte com a perna esquerda, com a bola a bater na barra de Peiser.
63' - Cardozo entra bem pela esquerda, após erros de vários jogadores, e remata em jeito na saída de Peiser, com a bola a passar muito perto do poste esquerdo da baliza da Naval.
74' - Golo do Benfica, por Katsouranis.
Na marcação de um livre, Reyes coloca a bola na área da Naval, Miguel Vítor, no primeiro poste, desvia de cabeça para o lado contrário, onde o médio grego, sem marcação, aponta, também de cabeça, o segundo golo encarnado.
Destaques
Melhores em Campo
Naval
Davide - O "fantasista" não deixou créditos por mãos alheias e arrancou uma exibição maior.
Uma dor de cabeça para David Luiz do primeiro ao último minuto, a quem ganhou a generalidade dos duelos.
Apenas lhe faltou um "nadinha" mais de objectividade.
Marcelinho - Fez jus à sua condição de "matador" e facturou o golo do empate.
Sempre solto e disponível, assumiu-se como o farol ofensivo da equipa.
Benfica
Katsouranis - Coroou um desempenho de excelente qualidade com mais um golo.
Promoveu o equilíbrio defensivo e emprestou fluidez e clarividência aos movimentos ofensivos.
Essencial na qualidade das transições.
Yebda - O parceiro operário de Katsouranis, revelou-se inexcedível na tarefa de oferecer cobertura à sua linha defensiva.
Crucial a sua intervenção no golo de Aimar.
Miguel Vítor - Mais um desempenho de qualidade.
Seguro e concentrado a defender, revelou-se fundamental no triunfo alcançado ao assistir Katsouranis para o segundo golo do Benfica.
Reyes - Duas assistências para golo e uma excelente segunda parte, na qual assumiu a condução dos movimentos ofensivos do Benfica.
Essencial na reviravolta operada pela equipa.
Piores em Campo
Naval
Marinho - Esperava-se muito mais daquele que se tem cotado como o melhor elemento dos navalistas.
Entregou-se ao jogo, mas foi sempre inconsequente.
Benfica
David Luiz - Sucessiva e inapelavelmente batido por Davide, acumulou equívocos que podiam ter comprometido as aspirações da sua equipa à vitória.
Cardozo - Com excepção de um chapéu a Peiser já na segunda parte, foi facilmente anulado pelos centrais figueirenses.
Revelou-se incapaz de oferecer a necessária profundidade ofensiva à equipa.
Lento e sem chama, esteve quase sempre ausente do jogo.
Arbitragem
Num jogo fácil de dirigir, João Ferreira incorreu em três pecados maiores: na primeira parte, não assinalou uma falta de Maxi sobre Davide à entrada da área benfiquista e, na segunda,assinalou mal mão de Davide (tocou a bola com a face) no lance que precedeu o 2º golo encarnado e perdoou a expulsão, por acumulação de amarelos, a Daniel Cruz.
Comentário
Não havia necessidade!
Um triunfo desnecessariamente padecido.
Sobejou o mais importante: três pontos.
Logo aos dois minutos, na sequência de um livre executado por Reyes, Diego Ângelo "aliviou" mal, Yebda ganhou de cabeça e Aimar, de primeira, atirou para golo.
Melhor era impossível!
Todavia, aquilo que se afigurava como uma clara vantagem para o Benfica, acabou por redundar no seu desaparecimento da partida.
Como habitualmente quando em vantagem, o Benfica baixou o bloco, juntou as linhas e entregou a iniciativa de jogo ao adversário.
O plano contemplava, também, a exploração da subida das linhas da Naval através de transições rápidas.
Sucede que uma estranha letargia tomou conta dos jogadores encarnados, que se revelaram incapazes de arquitectar movimentos ofensivos com um mínimo de qualidade.
Sem arte, nem engenho, sem capacidade de posse e circulação de bola, o Benfica limitava-se a gerir as iniciativas atacantes figueirenses.
Com competência, é certo, mas ao Benfica exige-se mais do que simples aptidão defensiva.
E, assim, como o Benfica não queria e a Naval não conseguia, a primeira parte transformou-se num longo bocejo que se arrastou penosamente até ao intervalo.
Na segunda metade, o Benfica persistiu na mansidão e na morbidez.
Foi-se desconcentrando cada vez mais, relaxando em idêntica proporção, recuando e expondo-se à sorte do jogo.
A Naval reforçou a sua convicção na igualdade, subiu no terreno e fortaleceu as suas linhas mais avançadas.
Sem surpresa, impeliu o Benfica para as imediações da sua área e foi transmitindo a ideia que o golo do empate não tardava.
E aos 53 minutos surgiu mesmo, por intermédio de Marcelinho.
Daniel Cruz colocou a bola na área encarnada, Godemèche desviou de cabeça, Luisão tentou afastar a bola, mas fê-lo de forma defeituosa e Marcelinho, com um remate cruzado de primeira, igualou o marcador.
O fantasma de insucessos recentes assombrou os encarnados, mas, desta vez, num assomo de dignidade, a equipa reagiu de pronto.
Daí até final, o Benfica conheceu a sua melhor fase na partida.
Aumentou a intensidade, subiu as suas linhas, pressionou mais alto e as ocasiões de golo começaram, finalmente, a surgir.
Quase sempre pelas alas e quase sempre com Reyes e Di Maria como protagonistas.
Um remate de Di Maria à trave e um chapéu de Cardozo que saiu a centímetros do poste assumiram-se como prelúdio do tento do triunfo encarnado.
Reyes cobrou um livre ao "segundo" poste, Miguel Vítor tocou de cabeça para o "primeiro", no qual surgiu Katsouranis a cabecear com êxito para a baliza.
O Benfica dizia presente quando mais precisava e se exigia.
Após a inexplicável e quase comprometedora apatia evidenciada no preâmbulo da partida, a superior qualidade individual dos jogadores encarnados valeu um triunfo sofrido, mas indiscutível.
11 comentários:
Amigo Vermelho,
Primeira de 10 finais ganha.
E bem ganha.
Missão cumprida.
Pena que os nossos adversários não joguem tão bem como os adversários que jogam com o FCP...
Abraço
Amigo Cavungi:
Razões que a própria razão desconhece ou talvez não...
Ou talvez não!
Pois, João Ferreira incorreu em 3 erros. Curiosmente um dels deu o golo do Benfica. Aliás não foram apenas 3 erros, pois várias outras faltas inexistentes, por simulação dos fiteiros jogadores do Curralense, foram marcadas pelo árbitro, claramente com o intuíto que o Benfica criasse perigo , praticamente do único modo que consegue, de bola parada.
Não jogam a ponta de um corno, mas segundo o Inteligente Cavungi, os adversários é que jogam muito contra o Benfica. Já tinha saudades desses arrotos da sua parte.
Mais um jogo do Benfica. Mais um mar de sofrimento.
O Benfica insiste em conceder de forma incauta a posse de bola ao adversário em situação de vantagem sabendo antemão que as probabilidades de sofrer um golo são altas. E não é que voltou a acontecer. No final da primeira parte a equipa da Figueira detinha 63% de posse de bola.
O Benfica tem escrito na testa: eu não sei fazer circulação de bola em situação de vantagem. Isso é preocupante e incompreensível nesta altura do campeonato.
Quique é o principal culpado.
O FCP e o Sporting passaram os seus testes incólumemente
Miguel Veloso diz:
"fico triste por ninguém vir defender o Miguel Veloso".
Esta é outra das provas que a "loira" pode agora dedicar-se exclusivamente à vida nas passereles.
Não tenho dúvidas absolutamente nenhumas que este indivíduo nunca singrará no futebol.
De facto amigo Jimmy é aflitivo, ver como sempre que se apanha a ganhar o SLB de Flores jogue retraído.
Na luz então é sistemático.Marcamos um golo e depois é um sofrimento atroz.
A sorte ontem, foi que o empate veio aos 55m.
E se fosse aos 87m como no Mar?
Este é um problema gravissimo que urge, ou urgia resolver.Quique não o vai conseguir resolver.
Seremos campeões "sem treinador"!
Sem treinador,mas com árbitros, aí tem toda a razão, amigo Cavungi. E também com o senhor Rui Costa junto à linha lateral, quase entrando em campo, para dar instruções aos jogadores do Benfica.
È para tu veres a grandeza do clube.
O respeitinho é muito bonito, e nós gostamos!
Já bastou o Sr Proença!
Constantes amigo Cavungi, são constantes os erros que vos favorecem. E disto eu já vi no único título que conquistaram nos últimos 15 anos...
Mais nada!
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