terça-feira, abril 07, 2009

Champions League - Quartos de Final - 1ª Mão - Manchester-Porto 2-2

Manchester United - Porto 2-2

Com um pé nas Meias!

Extraordinário desempenho do Porto e uma clara vitória de Jesualdo sobre Ferguson!
Um empate que apenas peca por defeito, tal o controlo que os portistas exerceram sobre o jogo.
Ferguson demonstrou ser um mau aluno, olvidou o trabalho de casa, não examinou devidamente o seu adversário em ordem a descortinar as suas mais-valias e aí começou a sua derrota.
Ao invés, Jesualdo preparou, meticulosamente, a partida e, desta vez, priorizou a auto-determinação e aí começou a sua vitória.
Ferguson estruturou a sua equipa num atípico 4x5x1, que, para além de estranho às próprias rotinas e dinâmicas do seu conjunto, não colmatou as suas fragilidades actuais, nem neutralizou ou, pelo menos, atenuou os pontos fortes do Porto.
Expôs a sua defesa (um duplo-pivot teria sido preferível), cerceou profundidades aos seus movimentos ofensivos (exigia-se a titularidade de Tevez que não comprometia o equilíbrio pois que até defende mais do que o estafado Scholes) e subtraiu agressividade e capacidade de luta ao meio-campo (Scholes, Fletcher e Park são demasiado macios para coexistirem no mesmo onze).
Por outro lado, permitiu que o Porto dispusesse sempre de tempo e espaço para elaborar com tranquilidade a sua 1ª fase de construção, não conseguiu contrariar o excelente jogo entre linhas dos elementos mais avançados dos portistas, deu liberdade defensiva aos laterais do Porto assim os catapultando para o apoio aos alas e perdeu a generalidade dos duelos físicos a meio-campo.
Jesualdo conservou inalterado o 4x3x3, não sem que lhe tenha introduzido algumas nuances, a maior das quais a inversão do triângulo do meio-campo.
Colocou Fernando, magnífica exibição, como puro 6, numa cobertura zonal, por forma a não limitar excessivamente a sua acção, desceu Meireles uns metros no terreno, praticamente a par de Fernando, e descomprometeu Lucho de tarefas defensivas (o debilitado estado físico do argentino assim o impõe).
Outras das alterações assentou na colocação de Rodriguez sobre a direita para limitar ofensivamente Evra e explorar as diagonais curtas da ala para o centro do uruguaio (uma das quais resultou em golo).
Mas, mais do que enfatizar os méritos tácticos de Jesualdo, há que louvar o seu plano de jogo!
A entrada de supetão, muito pressionante e de olhos postos na baliza de Van der Sar, foi determinante para o desfecho da contenda.
Atemorizou e perturbou um altivo e sobranceiro Manchester que sem perceber muito bem como já se achava a perder aos 4 minutos.
Em vantagem, o Porto manteve-se fiel ao projectado e até acentuou o seu império sobre a partida e o adversário.
Não fora um erro absurdo de Bruno Alves (que, hoje, fez por merecer a alcunha de Burro Alves tais as suas frequentes más decisões e equívocos) e, estou convicto, que o Manchester teria chegado ao intervalo em desvantagem.
O que, adjuve-se, seria da mais elementar equidade.
Wayne Rooney beneficiou do equívoco do defesa portista e igualou um desafio até então exemplarmente controlado pelo Porto.
Seria legítimo conjecturar um eventual abalo psicológico portista, mas tal não sucedeu.
É verdade que na segunda metade o Manchester equilibrou o encontro, mas também não é menos correcto afirmar que o Porto guardou o domínio das suas incidências.
Quando tudo apontava para que o empate persistisse até final, duas desconcentrações sucessivas dos centrais portistas, que se deixaram antecipar, permitiram a Tevez guindar o Manchester à supremacia no marcador.
Nesse instante, Ferguson, os seus jogadores e demais espectadores, pensaram ter conquistado um triunfo que pouco ou nada haviam feito por merecer.
E se o pensaram, agiram em conformidade.
A tal arrogância e orgulho regressaram e consigo a mansidão própria de quem se julga superior.
Todavia, o seu oponente não se resignou e não prestou a vassalagem que os ingleses suponham.
Fez das fraquezas forças e num assomo de dignidade e espírito de conquista, o mal-amado Mariano repôs a igualdade e emprestou ao resultado um mínimo de rectidão!

3 comentários:

No.Worries disse...

Só posso dizer que um blogue chamado "blueazul" não diria melhor...

Vermelho disse...

Amigo No.Worries:
O distanciamento e a imparcialidade face ao jogo assim o ditaram...
Abraço.

Mestrecavungi disse...

E o apito final?
Afinal como é?
O FCP tambem rouba na europa?
Resultado justo num super Porto para um info-United!