quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Análise à Eliminatória da Taça de Portugal

Ultrapassaram esta eliminatória as equipas, teoricamente, favoritas.
Inexistiu o tão propalado em "futebolês" Tomba-Gigantes.
Na Luz, o SLB venceu, com inteiro merecimento, o Nacional.
Koeman introduziu, uma vez mais, alterações na constituição da equipa, mas, acima de tudo, na estruturação da equipa.
Com efeito, o SLB apresentou Quim, Alcides, Beto, Manduca e Geovanni nos lugares de Moretto, Nelsón, Petit, Robert e Marcel.
Rotatividade determinada quer pela necessidade de salvaguardar os indíces físicos de alguns jogadores, quer pela existência de jogadores a cumprir castigo, quer pela busca de elevação dos indíces de motivação de alguns jogadores.
Mais do que a, previamente, anunciada rotação de jogadores, emergiu assaz relevante a alteração que Koeman promoveu na postura da equipa.
Face às recentes derrotas, alicerçadas em golos sofridos em situação de contra-ataque, Koeman conferiu maior profundidade à defesa, fazendo-a recuar uns bons 15 metros.
Assim, procurou colocar a defesa a salvo dos lançamentos longos para as suas costas.
Acresce que todos os jogadores demonstraram um empenho muito superior em tarefas defensivas, o que, naturalmente, tornou a equipa mais estável e equilibrada.
Se nos primeiros vinte minutos de jogo, o equilíbrio foi a nota dominante, a partir daí o SLB foi dono e senhor da partida, construindo oportunidades de golo em série.
Tal como em jogos anteriores, o desacerto na finalização foi, contudo, o calcanhar de aquiles da equipa. Até um penalty o SLB desperdiçou.
O Nacional nunca incomodou Quim ao longo da partida, limitando-se a tentar gerir o jogo a meio-campo.
Aliás, Quim foi um mero espectador, não tendo realizado qualquer defesa. Nem sequer no desempate através da marcação de pontapés da marca de grande penalidade.
O SLB realizou exibição agradável, à qual só faltou a devida materialização no resultado.
Diga-se, a este propósito, que as oportunidades de golo desperdiçadas são o reflexo de uma equipa ansiosa, nervosa e intranquila.
No final, fez-se justiça.
Analisando individualmente os jogadores do SLB, direi que Quim foi um mero espectador, Alcides mostrou enorme vontade, embora tenha estado trapalhão, Luisão fez um grande jogo, pautado por elevados padrões de concentração, Ricardo Rocha jogou como o faz sempre, com raça e determinação, procurando implusionar a equipa para o ataque, Léo realizou exibição fantástica, percorrendo todo o corredor vezes sem conta, com idêntico equilíbrio qualitativo em termos ofensivos e defensivos, um autêntico "carrilleiro" como dizem "nuestros hermanos".
No meio-campo, Beto apresentou mais do mesmo, pulmão e pouco esclarecimento, Manuel Fernandes jogou que se fartou, demonstrando que está, paulatinamente, a regressar aos seus melhores momentos, Simão foi uma sombra de si mesmo, em condição física e psicológica periclitante, não foi capaz de acelerar o jogo e de criar desequilíbrios, Manduca foi uma agradável surpresa, alcandorando-se, enquanto o seu estado físico o permitiu, a principal impulsionador da manobra ofensiva do SLB.
No ataque, Nuno Gomes esteve esforçado como sempre, sem que, todavia, tenha tido a influência habitual no jogo ofensivo do SLB (parece-me que necessita, urgentemente, de descanso), Geovanni jogou onde gosta e onde corre, tendo realizado exibição, igualmente, esforçada, cujo ponto alto radicou no penalty que arrancou.
Quanto aos suplentes utilizados, Marcel esteve, completamente, desinspirado, desperdiçando duas ocasiões flagrantes de golo, Robert esteve activo e construiu uma mão cheia de lances perigosos e, por fim, Karagounis esteve, simplesmente, brilhante.
Karagounis com o futebol que apresentou ontem e que já tinha apresentado na segunda parte do jogo de Setúbel, reclama a titularidade.
Se não existe lugar, no actual esquema táctico do SLB, para um número 10 como Karagounis, que se invente.
A qualidade de Karagounis postula a sua titularidade.
Nos restantes jogo, destaque para a meia surpresa em Alvalade, num jogo em que o Paredes esteve a vencer e no qual o golo da vitória leonina só aconteceu já no período de descontos.
Estes jogos, como disse e bem Paulo Bento, são tremendamente difíceis para as equipas grandes do ponto de vista psicológico, mormente no que aos indíces de motivação respeita.
Nota final para a minha Briosa, que num jogo em que a sorte a bafejou, logrou eliminar o Aves.

4 comentários:

Anónimo disse...

Simão Sabrosa tem sido, desde que chegou ao SLB, a sua grande estrela.
A sua qualidade futebolística e a ausência de outros jogadores com as suas capacidade técnicas têm-lhe propiciado tal estatuto, de jogador intocável, até há bem pouco tempo.
Porém, os recentes episódios por ele protagonizados - sai não sai do Benfica e o artigo escrito no seu "site" - estão a modificar, creio, esse seu estatuto.
Ontem foi assobiado pelos adeptos benfiquistas e, se tinha falhado novo penaltie, creio que dificilmente sairia ileso da Luz.
Quanto a mim, o Simão está a ter o que merece.
Trata-se de um indivíduo com má formação, arrogante, convencido e mal agradecido.
Os sportinguistas não esquecerão das suas declarações contra o SCP -clube que o formou e o lançou - quando ingressou no SLB.
Também não será esquecida a birra que armou quando foi destituido de capitão do slb a favor do Hélder.
As suas intervenções públicas retratam sempre a imagem de um menino travesso, arrogante e convencido.
E a sua actual falta de empenho nos jogos, resultante do facto de o slb não o ter deixado ir para o Liverpool, não passará incólume aos adeptos benfiquistas.
O Simão é, para mim, o jogador com pior carácter da Liga portuguesa e desgraçada da equipa que tem um mau carácter desses como seu capitão.
Quanto à nossa Briosa, ansiava vê-la chegar ao Jamor, numa final com o slb, e que ganhasse a Taça....

Mestrecavungi disse...

Caro Vermelho,
Tomei conhecimento do teu blog através de um amigo meu Porco-Dragão.
Gosto destes espaços onde se pode livremente falar bem do glorioso.
Sim, porque parece que não somos a unica equipa portuguesa ainda presente na UEFA, que não somos campeões em titulo, que não ganhámos a supertaça, que não somos bi-finalistas da taça de portugal.Não.Os que jogam bem são os outros.Os do apito Dourado e os netos do visconde.Esses mais conhecidos pelo Reboque.Reboque?.Sim, Reboque porque andam á 60 anos atrás de nós.
Ontem mais uma vez tivemos uma grande exibição do GR contrário.E falta de sorte.Como em Leiria.Que teria acontecido em Leiria se o Nuno marcasse aos 5m o Robert aos 12m e o Manel aos 18 fizesse o 3-0,naquele fabuloso remate á trave?Que diria o Jesus Palhaço?Que tactica nos teria resistido? Temos que ter calma que ainda vamos lá.
Karagounis tem que jogar e se o Simão está amuadinho que o ponham no banco. Haja Tomates.

Anónimo disse...

Snr. Prof. Venceslau, seja lá o senhor quem for, mas à cautela, deixe-me tratá-lo bem (porque com isto das secretas e dos agentes infiltrados manda ter o máximo cuidado):
Reafirmo que gostava de ver a Briosa na final da Taça contra o SLB, para ter o supremo gosto de a ver a derrotar a equipa do SLB, à imagem do que se passou o ano transacto com o Setúbal.
Pode crer que me dava mais gozo do que ver o SCP em mais uma final.
Para o SCP, anseio a vitória no campeonato, e com isso já me basto.

Vermelho disse...

Atenção que estamos perante clones dos originais "prof. venceslau" e "vermelho".
O surgimento destes clones não é desejável, sendo susceptível de criar confusões desnecessárias.
O último post assinado como vermelho não é da autoria do criador deste blogue, embora subscreva o seu teor.
Essencialmente, peco-vos que não usurpem as identidades de outros intervenientes.
Obrigado, amigos! E continuem a intervir no blog