Chegou-me ao conhecimento que, em mais uma transmissão televisiva do Super Bowl, a realização, lançando mão do delay imposto nas transmissões televisivas de eventos em directo nos Estados Unidos, introduziu censura na performance dos Rolling Stones.
Portugal havia conhecido episódio de contornos similares, e não me refiro aos 48 anos de obscurantismo e ditadura de que o País padeceu, no dealbar da década de 80 com o hit de então dessa mítica banda Grupo de Baile.
26 anos volvidos, os americanos ainda se mostram partidários dessa prática anquilosada, indecorosa e fascista.
É esta a imagem da América profunda - hipócrita, acéfala, complexada, retrógada, falsamente moralista, fascista, reaccionária, sectária, narcisista e racista.
É esta a América que Bush personifica e da qual é tributário.
Faz-se jus ao brocado popular - virtudes públicas, vícios privados - como modo de vida.
Uma sociedade que se construiu e se estrutura na hipocrisia, no egocentrismo e na ausência de valores humanistas.
Uma sociedade de pseudo-tolerância, de pseudo-multiculturalismo, de pseudo-superioridade moral.
É o lado lunar dos americanos, a sua raiz mais funda.
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