quinta-feira, março 06, 2008

Análise ao Benfica-Getafe

Estádio da Luz, em Lisboa

Árbitro: Grzegorz Gilewski (Polônia)

BENFICA – Quim; Nélson, Luisão (Zoro, 29 m), Edcarlos e Léo; Katsouranis e Rui Costa; Cristian Rodriguez, Di Maria (Mantorras, 61 m) e Sepsi; Cardozo.

GETAFE – Ustari; Contra, Belenguer, Cata Diaz e Licht; Casquero; Pablo Hernandez, De la Red (Celestini, 72 m) e Granero (Mario Cotelo, 46 m); Albin e Bráulio (Manu, 60 m).

Ao intervalo: 0-1

Golos: 0-1, De la Red (25 m), 0-2, Pablo Hernandez (67 m); 1-2, Mantorras (76 m).

Resultado final: 1-2

Cartão amarelo a Bráulio, Granero, Licht, Casquero e Pablo Hernandez. Cartão vermelho a Cardozo (9 m).







Invadem-me sentimentos profundamente contraditórios:
Obviamente, tristeza ou não tivesse o Benfica perdido, mas também uma estranha e, até para mim, incompreensível satisfação.
Satisfação na medida em que o Benfica demonstrou uma atitude ignota até hoje.
Laivos existiram no decurso da presente época, mas uma manifestação tão eloquente de desejo veemente de vencer e capacidade de superação, não!
Subjugou a inferioridade numérica e alardeou confiança, vontade inquebrantável de fortuna e de glória, espírito de grupo e de conquista.
Arrisco mesmo dizer que, mesmo reduzido a 10 elementos na aurora da partida, o Benfica logrou a sua melhor apresentação da temporada.
Olvidou a apatia e a falta de iniciativa que têm marcado as suas exibições e soube sofrer para se transcender em nome da ambição de triunfar.
Fortemente limitado em razão das ausências de David Luiz, Petit, Binya, Maxi Pereira, Nuno Assis(embora no banco sem condições de utilização), Adu, Nuno Gomes e Makukula, às quais se juntaram as de Cardozo e Luisão no decorrer do jogo, o Benfica tudo conseguiu galgar.
Não se resignou à fronteira das suas insuficiências e desbravou-as em busca do fado do êxito.
Não chegou para vencer, mas chegou para insuflar a ilusão da qualificação.
Com este espírito, com esta atitude, com este ânimo só podemos e devemos acreditar que na segunda metade da eliminatória a brisa do sucesso soprará a nosso favor.
Como já em outras ocasiões aqui afirmei, sempre que a dimensão emocional do jogo assume importância relevante no seu desfecho, o Benfica excede-se.
Que de outra forma seria possível ultrapassar uma expulsão (correcta, diga-se) no dealbar da partida, um golo com génese num ressalto e a lesão de um elemento chave ainda na primeira parte, sem esquecer as 8 ausências iniciais?!
Num cenário já de si pejado de emotividade, as "muchas ganas" e o "salir a gañar" de Camacho avocaram papel de primeira grandeza.
A equipa agregou-se, alardeou coesão, solidariedade, espírito de sacrifício, robustez psicológica e reduziu a desvantagem numérica a uma expressão ínfima.
Quando a pressão de vencer, qual espada de Dâmocles sobre os jogadores do Benfica, diminui, a equipa liberta-se.
O encontro começou praticamente com a expulsão de Cardozo.
Uma atitude absolutamente reprovável!
Nesse momento, o paraguaio prejudicou-se, lesou a equipa e predisse a derrota.
Mesmo perante a crónica de uma morte anunciada, o Benfica lutou contra o destino, mas nada pôde fazer contra a adversidade.
Adversidade materializada no primeiro golo espanhol - um remate de De La Red ressaltou em Ed Carlos e traiu inapelavelmente Quim.
Duplamente em desvantagem, receava-se uma queda no abismo, mas tal não veio a suceder.
Muito por culpa do labor e do denodo de Rui Costa, Spesi e de Cristian Rodriguez, senhores de um inconformismo proporcional à ingratidão da hercúlea tarefa.
Assumiu o domínio da partida e cavalgou o descontentamento no sentido da baliza espanhola.
Não terá criado flagrantes ocasiões de golo, mas manteve sempre alta a esperança de conseguir reverter o resultado e os espanhóis longe da sua área.
Todavia, aos 67 minutos, o segundo golo do Getafe e aquela que se pensava ser a estocada final.
Mas, não!
Pela enésima vez, envolto num denso nevoeiro sebastianico, lá surgiu o efeito Mantorras e a equipa ressuscitou.
Apenas Mantorras podia fazer aquele golo!
Empolgou-se o público e empertigou-se a equipa, mas as forças eram já diminutas.
Apenas o cansaço conseguiu fazer soçobrar o Benfica.
Aí, a equipa entregou-se e cobiçou tanto o final da partida como havia aspirado a vencer.
Não será fácil ao Benfica dar a volta à eliminatória, mas o sonho comanda a vida. Com esta atitude, toda a esperança é legítima!

19 comentários:

VermelhoNunca disse...

Não houve Paraty, houve expulsão!
Um abraço especial Para Ty, Cavungi, extensível ao administrador, ao Unhaca e outros que tais.

JorgeMínimo disse...

Caro Sr. administrador:
Só faltou um árbitro tipo Paraty, que fizesse vista grossa à cotovelada do Cardozo, para o Benfica levar de vencida este Getafe bom de bola, mas nitidamente ainda sem expressão europeia.
Por me encontrar a trabalhar não vi o jogo do Sporting, daí não fazer comentários sobre o mesmo. Unicamente vi os golos no tvgolo.com, excelente golo do Vukcévic por sinal.

Vermelho disse...

Amigo Nunca e Mínimo:
Pelo contrário, em Bolton, houve Calheiros ou Webb se preferirem...

Antes morto que vermelho disse...

as lágrimas vieram-me aos olhos, quando soube da expulsão do taculargo, quando soube que o bobadela ganhava por 1-0 e quando vi a marcação do 2 golo do boubadela.
quando o manco marcou o golo comecei a ouvir a voz do xungo em minha casa a urrar benfica, procurei a origem, procurei e descobri que vinha da sanita, lembrei-me do cachecol da juve leo "solta o lampião que há em ti", defequei alarvemente e, depois de puxar o autoclismo, a voz desapareceu.

Força Bobadela (de Madrid)!
Força Leiria!

Antes morto que vermelho disse...

nunca: "para ty kavungy, que vais levar em madry e quem não vai apitar é o paraty!"

agora é só aguardar pelas escarretas (bem verdes) que a lampionada vai cuspir, temperadas com o ressabianismo, a que estamos já (há muito) habituados.

Antes morto que vermelho disse...

"...un Benfica sin alma que se agarra como puede a su insigne historial."
"El delantero paraguayo, una tanqueta de casi dos metros, se fue a la caseta tras agredir a Belenguer a las primeras de cambio. Su manotazo a la cara del capitán azulón..."
"Las menciones a Eusebio y a las Copas de Europa de 40 años atrás son pura demagogia. No esconden un dato preocupante: la última vez que O Glorioso ganó un partido de Liga en su campo fue el 20 de diciembre" in El País

Antes morto que vermelho disse...

"...se dio un festín cuando el paraguayo Cardozo se autoexpulsó por un estúpido codazo sin balón..."
"¡Vaya día!

Cardozo Impresentable y de una estupidez increíble la roja que se ganó en el minuto 8 por codazo a Belenguer"
in As

VermelhoNunca disse...

Unhaca não vem em defesa do Taculargo? E Cavungi? Para..ty mais um abraço.

VermelhoNunca disse...

Tenham vergonha. Sem Paratys nada ganham. Contribuiram e muito para o tão falado ranking das equipas portuguesas. Vergonha!

Antes morto que vermelho disse...

qual é a semelhança entre um mosquito e o taculargo?
o tamanho do cerebro!

VermelhoNunca disse...

O desenho táctico, Macaco, qual terá sido? Normalmente os animais jogam com 13 em campo, e aí são possíveis vários esquemas tácticos. Desta vez, existiu um árbitro que não Paraty. A coisa ficou mais dificil?
Sabe se Cavungi foi pastar ao curral. Se o vir dê-lhe um abraço...

Mestrecavungi disse...

Amigo Nunca e Macaco:
Lamento informá-los mas vamos passar!
Tem razão:A culpa é do paraty!
Assim o rapaz não sabe o que há-de fazer!
De um lado da 2ª circular pode-se dar um "chega para lá" no narigudo Tonel.Do outro lado da 2ª circular já não se pode dar um encosto num Bobadelense!
É injusto!
Se até não houve sumarissimo, como é que o rapaz havia de saber que ontem não podia continuar a distribuir fruta?
Assim não há equipa que resista!
Mas a história do SLB é feita destas coisas!
Vamos á Bobadella e vamos lá ganhar!
Só uma questão:
Quem descobriu Edcarlos?
Um ambliope?
O

Mestrecavungi disse...

Em Bolton houve arbitragem á portuguesa!
Rui Patreca defende a bola com as mãos fora da area, mas lá continuou em campo!
Vergonha!
Mas é bom que os SCP se recordem que da ultima vez que empataram fora 1-1 foi em Gençelerbirlichi...
Eu acredito!

Mestrecavungi disse...

Macaco: Como podia ser eu na tua sanita, se como todos sabemos habitas numa barraca sem saneamento básico?
Tu defecas numa bacia!

Vermelho disse...

Amigo Cavungi:
Arrisco dizer que foi o Stevie Wonder...
Qualquer semelhança entre esse indivíduo e um jogador de futebol é pura coincidência.

Antes morto que vermelho disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Antes morto que vermelho disse...

xungo: posso não ter saneamento básico, mas nunca defequei na rua, chamo-te sempre e tu, lá vais abrindo a boquinha...

nunca o desenho tático é um losangulo com 6 bicos que assenta num triangulo hexagonal com o costa ao centro, ou seja. é tudo ao molho e fé em deus!
nunca, mas sabe lá o macho o que é um desenho tático!! um dia destes ainda o vamos ver a pedir ajuda ao bermelho.
mas se o bermelho continua a escarrar as palavras (eruditas) que escarra, o macho ás tantas vai dizer: "Coño! no te entiendo!"

Mestrecavungi disse...

Amigo Vermelho,
Como explicas este comportamento ludico-obcesivo da lagartagem com a expulsão de Cardozo?
Sentiram-se vingados?
Sentiram que "foi feita justiça?"
Paramim e penso que Paraty isto cheira-me a ressabianismo puro e duro!

Antes morto que vermelho disse...

xungo: podem ser tudo, mas ressabianismo é apanágio de lampião como tu e bermelho!! calimeros podem ser, chorões podem ser, mas ressabiados é que não! essa caracteristica é com vocês, os marretas que vivem de recordações do tempo do estado novo...