Final da Taça da Liga

Estádio do Algarve, no Algarve

Árbitro: Pedro Proença (AF Lisboa)

V. SETÚBAL – Eduardo; Janício, Robson, Auri e Jorginho; Sandro, Elias e Ricardo Chaves; Leandro Branco (Filipe Gonçalves, 79m), Pitbull e Bruno Gama (Paulinho, 68m)

Suplentes não utilizados – Milojevic, Adalto, Hugo, Bruno Ribeiro e Bruno Severino

SPORTING – Rui Patrício; Abel (Pereirinha, 64m), Tonel, Polga e Grimi; Miguel Veloso (Adrien, 79m); João Moutinho, Romagnoli e Izmailov; Liedson e Vukcevic

Suplentes não utilizados – Stojkovic, Gladstone, Farnerud, Tiuí e Yannick

Ao intervalo: 0-0

Disciplina: Cartão amarelo para Polga (41m), Miguel Veloso (49m) e Sandro (69m)

Resultado final: 0-0 (3-2 após g.p.)



O Vitória de Setúbal conquistou a primeira edição da Taça da Liga, ao derrotar o Sporting na final, por 3-2, no desempate por pontapés da marca de grande penalidade, no Estádio Algarve, em Faro.
Depois do 0-0 registado no final do tempo regulamentar, Eduardo defendeu os penaltys apontados por Polga, Liedson e Izmailov.
Um triunfo de equidade incontestável.
Não só pelo que fez na final, mas também e principalmente pelo seu percurso na prova.
Vencedor da fase de grupos, o Vitória sadino conheceu um caminho quase imaculado na Taça da Liga que sublinhou a justeza do seu êxito.
A equipa de Carlos Carvalhal somou seis vitórias e dois empates, não tendo consentido qualquer derrota.
Uma partida em que ambos os conjuntos temeram mais perder do que ambicionaram vencer.
Com ambos os treinadores a preferirem a hetero-determinação em detrimento da auto-determinação, estranhamente ou talvez não, foi mesmo Paulo Bento aquele que mais se condicionou em função do adversário.
Talvez porque, em 2007/08, em três confrontos, o Setúbal não havia perdido com o Sporting, Paulo Bento, embora fiel ao seu sistema de jogo, modificou o seu modelo, impondo uma superior disciplina táctica aos seus jogadores por forma a anular o principal ponto forte ofensivo dos sadinos - as rápidas transições ofensivas.
Se o conseguiu, ao lográ-lo, condenou ao fracasso o seu próprio momento atacante.
Como Carvalhal trilhou idêntico destino, a partida caiu numa encruzilhada de difícil resolução.
Diria mesmo de impossível resolução ou não tivesse o resultado final se cifrado num nulo!
E, claro está, que, como consequência deste axioma, a qualidade do futebol praticado padeceu e muito.
Fraco, muito fraco!
Num jogo praticamente "sem balizas", as ocasiões de golo foram mais do que raras.
Um remate ao poste na sequência de um livre superiormente apontado por Pitbull e um cruzamento que ficou sem finalização por parte do Sporting terão sido os momentos em que a bola mais perto esteve de entrar nas balizas.
Assim, foi sem surpresa que a decisão quanto ao vencedor foi apenas encontrada na marcação de pontapés da marca de grande penalidade.
Aí, o Sporting não conseguiu ultrapassar o estigma do desperdício e o Setúbal, mesmo esbanjando duas grandes penalidades, venceu a 1ª edição da Taça da Liga.