Atlético Madrid-Porto 2-2
O Porto empatou a dois golos e assegurou uma importante vantagem para o confronto da 2º mão.
Jesualdo estruturou a sua equipa no habitual 4x3x3, mas não pode contar com Fucile, substituído por Sapunaru.
Por seu turno, Abel manteve-se fiel ao 4x4x2 clássico de Aguirre, apenas com a semi-surpresa de Raúl Garcia no lugar de Maniche.
Logo aos dois minutos, o Porto beneficiou de uma flagrante oportunidade de golo, que Cristian Rodriguez infamemente desbaratou.
No movimento ofensivo subsequente, o Atlético inaugurou o marcador.
O meio-campo portista concedeu tempo e espaço para Aguero descobrir Maxi Rodriguez na direita e o argentino aproveitou a falha de marcação de Cissokho para bater Helton.
Em vantagem, o Atlético baixou as suas linhas e procurou especular com a partida.
Sucede que os espanhóis não são propriamente um primor em termos defensivos e um equívoco clamoroso de Pablo Ibañez permitiria a Lisandro empatar a contenda, aos 22 minutos.
Daí até ao intervalo, paridade no marcador e equivalência no domínio do jogo.
Porém, no ocaso da primeira metade, Hélton repetiu delitos passados e ofereceu o 2-1 ao Atlético.
Forlán rematou fraco e à figura de Hélton, que num instante a fazer lembrar Londres, deixou fugir a bola por entre as mãos.
A segunda parte dealbou com o Porto a construir duas excelentes ocasiões de golo, mas Leo Franco por um lado e alguma inépcia de Lisandro por outro, obstaram ao regresso à igualdade.
Mas, parecia escrito que o argentino bisaria e assim aconteceu, aos 72 minutos, ao empurrar para o fundo das redes um cruzamento de Cissokho.
Até final, o Porto controlou e geriu o desafio e, assim, granjeou um empate com sabor a vitória.
Atlético Porto
2 Golos marcados 2
4 Remates à baliza 7
5 Remates para fora 4
4 Remates interceptados 1
2 Cartões amarelos 2
0 Cartões vermelhos 0
25 Faltas cometidas 18
2 Cantos 6
0 Foras-de-jogo 1
28' 45'' P. bola (tempo) 25' 3''
53% P. bola (%) 47%
Inter - Man. United 0-0
O nulo reflecte não só o equilíbrio e a equivalência de valores entre as equipas, mas também e muito o receio de ambas em perderem.
No duelo táctico, Mourinho preferiu a auto-determinação e Ferguson a hetero-determinação.
Na verdade, o Inter conservou intocado o seu 4x4x2 losango, ao passo que o Manchester optou por um calculista 4x5x1, com Ji-Sung Park na esquerda visando cercear a profundidade de Maicon e com Giggs atrás de Berbatov por forma a condicionar o primeiro momento da transição ofensiva "interista" protagonizado por Cambiasso.
E, diga-se, que na primeira metade a estratégia inglesa prevaleceu.
Beneficiando da obsessão do Inter pelos equilíbrios, o Manchester United assumiu com relativa facilidade o controlo e o domínio do encontro.
A rigidez posicional dos jogadores do Inter fruto da sua aversão ao risco retirou-lhes dinâmica e intensidade, para além de ter criado autênticos fossos entre linhas.
Assim, o Manchester foi dono e senhor do jogo e construiu ocasiões de golo em número suficiente para atingir o intervalo em vantagem.
Pese embora este ascendente inglês, a igualdade não se desfez.
Na segunda parte, tudo se alterou e foi o Inter a assenhorear-se dos comandos do encontro.
Bastou para tanto modificar a atitude da equipa, libertando-a das grilhetas posicionais.
Emocionalmente não comprometida, a equipa do Inter soltou-se em busca do triunfo e empurrou o Manchester para a sua área.
E só não venceu porque lhe faltou a inspiração de Ibrahimovic ou um erro do Manchester.
Hoje por hoje, face à carência de capacidade de desequilibrar no último terço de que o Inter padece, ou o sueco resolve ou os adversários falham.
Adriano, não obstante os recentes golos, está pesado e privado de mobilidade, Muntari ainda não se aproximou do nível evidenciado na Premier League e Stankovic, Zanneti e Cambiasso são de uma regularidade assinalável, mas não têm capacidade de improvisação e explosão.
Uma palavra final para Ronaldo, que foi muito justamente considerado o MVP da partida.
Revelando uma enorme disponibilidade física e uma robustez mental ao nível dos predestinados, Ronaldo assumiu-se como o farol atacante da equipa e arquitectou duas magníficas oportunidades de golo, que apenas por manifesta infelicidade não materializou em golo.
Na lógica pragmática de Mourinho, este empate acaba por ser um resultado bastante razoável, pois que não sofreu golos em casa, para além de abrir caminho à tão quista "coacção psicológica" sobre os ingleses.
Internazionale Man. United
0 Golos marcados 0
2 Remates à baliza 5
6 Remates para fora 7
4 Remates interceptados 3
4 Cartões amarelos 2
0 Cartões vermelhos 0
20 Faltas cometidas 18
3 Cantos 6
2 Foras-de-jogo 2
26' 22'' P. bola (tempo) 25' 23''
50% P. bola (%) 50%
Lyon-Barcelona 1-1
A supremacia catalã não conheceu reflexo no resultado final.
Juninho deu vantagem aos franceses, mas Henry anulou-a já na segunda parte.
Lyon Barcelona
1 Golos marcados 1
4 Remates à baliza 5
6 Remates para fora 5
3 Remates interceptados 2
3 Cartões amarelos 3
0 Cartões vermelhos 0
19 Faltas cometidas 16
4 Cantos 8
6 Foras-de-jogo 2
22' 7'' P. bola (tempo) 33' 3''
40% P. bola (%) 60%
Arsenal-Roma 1-0
No confronto entre duas equipas "sem campeonato nacional" que abordam a Champions como hipótese de redenção, o Arsenal impôs-se com relativo desembaraço de uma Roma demasiado dócil.
Arsenal Roma
1 Golos marcados 0
3 Remates à baliza 1
10 Remates para fora 4
2 Remates interceptados 1
2 Cartões amarelos 3
0 Cartões vermelhos 0
16 Faltas cometidas 12
1 Cantos 2
5 Foras-de-jogo 4
35' 23'' P. bola (tempo) 29' 32''
54% P. bola (%) 46%
3 comentários:
Desculpa caro amigo mas este foi um empate com claro sabor a derrota tal a superioridade demonstrada durante todo o jogo. Infelizmente alguns erros individuais (defensivos e ofensivos) não permitiram alcançar o resultado mais justo, que seria uma vitória com, pelo menos, 2 golos de diferença. Já há muito tempo que não via uma equipa portuguesa a demonstrar fora de casa e perante uma equipa do top 10 espanhol tamanha superioridade...
Amigo Pachulico:
Aludo a sabor a vitória na perspectiva da eliminatória.
Aquele abraço.
"Já há muito tempo que não via uma equipa portuguesa a demonstrar fora de casa e perante uma equipa do top 10 espanhol tamanha superioridade..."
Penso que a ultima vez foi contra o Celta de Vigo.
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