O Benfica iniciou, hoje, a temporada 2009/2010.
Época nova, expectativas perenes.
Perpétuas, mas renovadas!
Rejuvenescidas na mesma ambição de ser campeão.
Analisemos o grupo de trabalho, como se diz em futebolês, do treinador aos jogadores.
Hoje, do treinador aos defesas.
Amanhã, dos médios aos avançados.
Treinador:
Jorge Jesus
Contrariando uma tendência histórica, o Benfica terá como treinador principal um português - Jorge Jesus.
Há uns anos, tive ocasião de escrever neste blog que apenas os seus problemas de comunicação o tornavam inelegível para um dos "grandes".
Jesus não os resolveu na plenitude, mas atenuou-os o suficiente para chegar ao Benfica.
Pese embora seja um treinador formado na Universidade da vida, revela-se estudioso e metódico, procurando um "aggiornamento" permanente com as melhores práticas ao nível do treino.
Conhece como poucos as especificidades do futebol português, mas enfrenta um desafio sem paralelo na sua carreira.
O seu sucesso dependerá muito da forma como conseguir lidar com a pressão e com a comunicação (para além, claro está, da capacidade de organização e liderança da estrutura afecta ao futebol profissional).
Deverá eleger o 4x4x2 losango como sistema táctico preferencial, sem, contudo, aprisionar a equipa a este modelo de organização.
Para além das variáveis que gosta de introduzir no decurso das partidas, o 4-1-3-2 e o 4-3-3 serão outros sistemas que privilegiará.
Guarda-redes
Moreira, Quim e Moretto
Caso não seja contratado outro guarda-redes, a luta pela titularidade resume-se a Quim e Moreira.
Ambos são bons, mas não excepcionais.
Uma baliza que já foi ocupada por José Henriques, Manuel Bento e Michel Preud´homme exige outra qualidade.
Victor do Grémio seria a minha opção.
Moretto apenas permanecerá no plantel na eventualidade de não encontrar colocação.
Defesas Direitos
Maxi Pereira e Patric (ex-São Caetano, Brasil)
De Maxi Pereira disse o ano passado que ou se afirmava ou desaparecia definitivamente:
"Ao que tudo indica, Maxi Pereira terá, por fim, ocasião de alinhar na sua posição de origem e na qual se afirmou como titular da selecção uruguaia.
Ao contrário da época passada, gozou férias e pode realizar a pré-época junto da equipa. A sua margem de erro cessou!"
E Maxi não desiludiu - assumiu-se como o jogador mais regular do Benfica.
Patric é internacional sub-20 pela selecção do Brasil, mas um ilustre desconhecido.
A não ser que Patric saia melhor do que a encomenda, como sói dizer-se, o lugar é de Maxi.
Defesas Esquerdos
Shaffer (ex-Racing Avellaneda, Argentina) e Spesi
Ponto prévio:
Estou convicto que Jorge Ribeiro não será opção para a lateral esquerda, mas para o vértice esquerdo do meio-campo.
De Shaffer vi apenas um jogo (o último com a camisola do Racing Avellaneda contra o Boca).
Escasso para uma análise, minimamente, consistente.
Gostei do que vi - velocidade, equilíbrio e profundidade - mas posso ter tido a sorte de ter assistido a um desempenho sem paralelo na sua carreira.
Spesi regressou de uma experiência não muito bem conseguida no Racing Santander.
Se tiver crescido defensivamente, mormente na cobertura dos espaços interiores, é um sério candidato à titularidade.
Caso contrário, será um sério candidato ao empréstimo.
David Luiz é, também, uma possibilidade para o lugar.
Jesus já disse vê-lo como um jogador de espaço central, pelo que a sua utilização a lateral esquerda será sempre residual e fruto de uma necessidade momentânea da equipa.
Defesas Centrais
Luisão, David Luiz, Miguel Vítor e Sidnei
Sem dúvida, a posição no quarteto defensivo melhor preenchida. Quantitativa e qualitativamente.
Caso Luisão permaneça, restará apenas por determinar o seu parceiro.
A pré-época será decisiva na escolha de Jesus, não obstante Sidnei partir com alguma vantagem.
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