1 - Tal como havia previsto, o movimento "Benfica, Vencer, Vencer" não se apresentou a eleições.
E mesmo que o fizesse, seria enxovalhado.
No dia 3 como em Outubro!
A sua composição assim o determinaria!
2 - O destino de um "melting pot" de sensibilidades incompatíveis e, bem assim, de uma fogueira de egos e vaidades, só pode ser a auto-imolação.
3 - A não comparência a sufrágio cerceia a legitimidade deste movimento para se assumir como oposição.
4 - Não obstante, estou em crer que tal não obstará ao intensificar das intervenções públicas do movimento.
5 - Apenas a performance desportiva do Benfica poderá impedir o recrudescimento do movimento "Benfica, Vencer, Vencer".
6 - A candidatura de Bruno Carvalho alvitrou a ilegalidade da candidatura de Luís Filipe Vieira.
Bruno Carvalho apresentou um parecer segundo o qual o presidente demissionário e demais elementos dos órgãos sociais que com ele apresentaram a demissão estão impedidos de ir a votos durante seis anos.
De acordo com o parecer, os órgãos sociais terão forçado as eleições antecipadas, de forma irregular e em interesse próprio, pelo que devem ser sancionados com a impossibilidade de exercício de qualquer cargo, durante seis anos.
A conclusão é verdadeira, mas as premissas são indemonstráveis!!!
7 - Já não bastava o facto de ser um ilustre desconhecido, não ter apresentado uma única ideia verdadeiramente inovadora e se ter desdobrado em declarações mais ou menos estapafúrdias, Bruno Carvalho foi atraiçoado por Pedro Fonseca, um dos seus melhores amigos, que no blog "Novo Benfica" (co-fundado por Carvalho) anunciou o seu apoio a Luís Filipe Vieira.
É caso para dizer que "Quem tem amigos assim, não precisa de inimigos..."
8 - A única nota de realce, por ora, da candidatura de Bruno Carvalho vai para a telegenia do seu "nosso" Cavungi!
9 - O advogado de Adolfo Pereira, sócio do Benfica que interpôs uma providência cautelar no Tribunal para suspender as eleições, disse ontem à Agência Lusa: "Não tenho qualquer indicação do meu cliente no sentido da providência cautelar ser retirada e, sendo assim, vai até ao fim."
Hoje, Adolfo Pereira retirou a providência cautelar.
Ou seja, continua válida aquela máxima do futebol segundo a qual "o que hoje é verdade, amanhã é mentira."
10 - Ou muito me engano ou as "cenouras" de amanhã serão Victor e Daniel Carvalho.
19 comentários:
Amigo Vermelho, espero que os benfiquistas em geral vão ficando com a noção do que é o verdadeiro Benfica, e de como funciona a ditadura no seu clube.
Sei de alguém que está a ficar com essa noção, agora que está mais por dentro do funcionamento do Maior Clube do Mundo.
É que uns são clubes dinásticos, outros presidencialistas, mas nenhum atinge os níveis do seu clube. A ditadura impera, e o ditador tem nome!
Amigo Nunca:
Estou, perfeitamente, inteirado do dia-a-dia do Benfica, especialmente no que às eleições respeita.
Há um ditador no Benfica, um ditador no Sporting e um ditador no Porto.
No Sporting até há mais do que um ditador - há vários ditadores que se sucedem por co-optação directa ou eleitoral e o ditador "projecto Roquette".
No futebol português o que não falta são ditadores.
Aliás, em cada presidente de clube há um ditador.
Aquele abraço.
Olhe que não, olhe que não.
Não compare realidades completamente distintas.
Há uma grande diferença entre o seu clube e o meu. O presidente do seu clube é o Dono do clube. Tão só isso.
NO meu clube, quem quer e pode, tem possibilidades de ir a votos. No seu não. É proibido, porque o dono do clube, assim o quer.
No seu clube, há providências cautelares, retiradas passado uns dias. Analise porque foi retirada.
Em relação ao Sporting, essa ideia das dinastias, que muitos de vós lançam cá para fora, e que muitas vezes repetida, fica, esbate num só , mas enorme factor:é que há eleições, e quem escolhe são os sócios.A co-optação de que fala, foi caso único, e não retira nada à democraticidade do meu clube.
Ou Jorge Sampaio é ditador? Acha que é? Recorde a saída dele da CML e de quem lhe sucedeu e como!
Amigo Nunca:
Posso-lhe garantir que o BES é substancialmente mais dono do Sporting do que o ladrão de paquidermes do Benfica!
Quanto ao golpe de Estado estatutário, já aqui explanei o meu pensamento.
Todavia, o que se passou nas eleições do Sporting não foi muito diferente.
Indecorosas atitudes de Jameson e Ravanelli.
No Sporting nem sequer há verdadeiras eleições.
Esta campanha eleitoral foi disso exemplo.
O grupo designou um candidato e tratou de afastar os demais concorrentes credíveis.
Deixaram a estrela de Maddie e Joana concorrer, apenas porque não era ameaça.
E mesmo em relação a este cercearam-lhe o espaço mediático.
A providência cautelar foi retirada, mas mesmo que o não fosse, estaria votada ao fracasso.
No Sporting, não se retiram providências cautelares sem sentido, afastam-se candidatos com possibilidade de discutir a vitória e, assim, fazer perigar a perpetuação no poder do núcleo Mário Conde.
Comparar a saída de Sampaio e a co-optação sportinguista é o mesmo que confundir a estrada da beira com a beira da estrada.
Aquele abraço.
"No Sporting nem sequer há verdadeira eleições".
Depois desta sua afirmação, não prolongo esta conversa
Garante-me que o BES é mais dono do Sporting do que o presidente do seu clube. Sobre o meu clube não aceito garantias suas. Continue a acompanhar o "acto eleitoral" do seu clube, assista aos treinos, e seja feliz.
Amigo Nunca:
Assim farei.
Aquele abraço.
Amigo Nunca:
E acrescento que também no Benfica, este acto eleitoral, não configura uma verdadeira eleição.
Tal como no caso do Sporting, tratam-se de plebiscitos.
Curiosa a sua noção de eleições.
Tem de existir equilibrio, é isso?
No intervalo de um treino a que assista, recue nos tempos, e verá que na grande maioria das eleições de clubes, no seu conceito, não existiram eleições, mas plebiscitos.
Amigo Nunca:
Não se trata de equilíbrio, mas sim da existência de verdadeiras alternativas!
A realidade dos clubes portugueses é, infelizmente, plebiscitária.
A democraticidade sai enfraquecida, o debate torna-se, praticamente, inexistente e os presidentes tendem a eternizar-se.
Este é mais um dos factores que contribui e muito para o actual estado do futebol português.
E é diferente nos outros países?
Amigo Nunca:
Não conheço, a fundo, a realidade societária dos outros países.
Espanha será o que mais se aproxima e aí a realidade, pelo menos, ao nível dos grandes clubes é diversa.
Florentino e Laporta, nas últimas vezes em que foram eleitos, são excepções que confirmam a regra.
Ainda assim, a existência de alternativas credíveis e capazes de proporcionar um debate sério assume outro significado em Portugal, na medida em que a super estrutura não estimula, antes pelo contrário, a procura de novos paradigmas e soluções.
Veja-se a Premier League e o impulso que deu ao futebol inglês.
O que sucedeu na Premier League, é o contrário do que você sempre aqui advogou. As sociedades são controladas por outros, que não os clubes.
Amigo Nunca:
E foi isso que projectou a Premier League?
Ou foi a acção da super estrutura, nomeadamente na negociação conjunta dos direitos televisivos?
Amigo Nunca:
Em Inglaterra, praticamente, não há clubes!
Há sociedades anónimas!
O modelo societário desapareceu, quase por completo.
Mas, o advento da transformação dos clubes em sociedades anónimas não coincidiu com o crescimento da Premier League.
Este crescimento aconteceu graças à Liga.
Amigo Nunca:
Esta discussão começou por versar eleições, ditadores e democraticidade.
Neste momento, versa sobre sociedades anónimas.
Penso que acabamos por chegar a uma conclusão: nem eu, nem o caríssimo queremos sociedades anónimas que não controladas maioritariamente pelos clubes fundadores, na medida em que quem não quer ditadores, é favor de eleições para a presidência dos clubes, só pode rejeitar as sociedades anónimas à inglesa!
É que nestas o detentor maioritário do capital põe e dispõe sobre a sociedade, nomeadamente designando o presidente do conselho de administração.
Não há lugar a eleições!
É com agrado que te vejo aproximar da minha posição quanto às sociedades anónimas desportivas.
Não interprete mal as minhas palavras, nem tire conclusões precipitadas. Você é que tem o estigma da maioria do capital. Eu não tenho. Nunca tive e não tenho, desde que sejam assegurados determinados poderes ao clube.
E pode crer, que numa sociedade inglesa, impera mais a democracia nas decisões que no seu clube, o chamado clube do Povo.
Amigo Nunca:
Nas sociedades anónimas inglesas impera a ditadura do capital.
É presidente quem o capital quer!
Assim, só posso concluir que "nem eu, nem o caríssimo queremos sociedades anónimas que não controladas maioritariamente pelos clubes fundadores, na medida em que quem não quer ditadores, é favor de eleições para a presidência dos clubes, só pode rejeitar as sociedades anónimas à inglesa!
É que nestas o detentor maioritário do capital põe e dispõe sobre a sociedade, nomeadamente designando o presidente do conselho de administração.
Não há lugar a eleições!
É com agrado que te vejo aproximar da minha posição quanto às sociedades anónimas desportivas."
Mas quem está a falar do presidente?
No seu clube manda o presidente.
No Liverpool , acha que manda o presidente, ou os donos do clube, apenas?
Amigo Nunca:
E em que é que isso invalida o que escrevi?
E o que é que isso releva em termos de democraticidade ou da sua ausência?
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