Saviola, Energúmenos, Futsal e Doping

1 - Quando no final do século passado era um inveterado jogador de "Championship Manager", havia contratações que significavam sucesso.
Para além do mítico Peter Prospar, dois jovens argentinos do River Plate integravam aquela short-list de aquisições - Pablo Aimar e Javier Saviola.
Também por isto, quem me conhece sabe que ver Aimar e Saviola no Benfica é o realizar de um sonho com alguns anos.


2 - Espero e desejo que ninguém cogite vender Cardozo.
A contratação de Saviola assim o exige!
A complementaridade da sociedade Cardozo/Saviola tem tudo para significar golos.

3 - Pouco ou mesmo nada me importa quem atirou a primeira pedra.
Uns e outros são iguais - são energúmenos que se servem do futebol e dos clubes para satisfazerem os seus propósitos violentos.

4 - As semelhanças entre o que aconteceu na Bela Vista e o que sucedeu ontem em Alcochete não são mera coincidência.

5 - Se a equipa de futebol profissional do Benfica revelar, na próxima época, a fibra, o brio, a raça e o querer que a equipa de futsal hoje demonstrou no Restelo, não tenho a mínima dúvida que seremos campeões.
A perder por 3-0 após seis minutos de jogo, o Benfica foi capaz de virar o resultado para uma brilhante e inequívoca vitória por 3-6.
Terça-feira, há que repetir o desempenho. E o resultado!

6 - Fernando Mendes, com o precioso auxílio de Luís Aguilar, lançou o livro "Jogo Sujo", no qual relata situações relacionadas com doping.
Aqui ficam dois excertos que, talvez, permitam perceber uma das razões, quiçá uma das mais relevantes, pela qual o Boavista conquistou o título de campeão nacional:
"Em determinado período da minha carreira cheguei a um clube que tinha uma grande equipa, um belíssimo treinador e um presidente carismático. Para além destas qualidades, existiram outros ingredientes que facilitaram o nosso percurso vitorioso. Devo dizer que antes de ir para este clube nunca tinha tido qualquer experiência com doping (pelo menos conscientemente."
"Lembro-me de um jogo das competições europeias contra uma equipa que tinha três campeões do mundo no seu plantel. Um deles era um poderoso avançado no jogo aéreo. (...) Apanhei-o várias vezes no meu terreno de acção. Ele era um armário, com um tremendo poder de impulsão. Mas nesse dia eu saltei que nem um louco e ganhei-lhe quase todas as bolas de cabeça (...) O meu segredo: uma pequena vacina, do tamanho de meia unha, chamada Pervitin." (recorde-se que o Boavista eliminou o Inter de Milão na época de 91/92, época em que pontificavam no clube italiano Brehme, Mathaus e Klinsmann, jogadores que se haviam sagrado campeões do Mundo no Itália 90).