Esta jornada ficou marcada pela derrota do SCP em Braga.
Na verdade, se as restantes equipas grandes venceram, sem muita dificuldade, o SCP perdeu e parece caminhar a passos largos para um precoce adeus ao título.
Em Braga, o SCP apresentou uma equipa sem chama, abúlica e que apenas em 20/25 minutos da segunda parte se revelou capaz de vencer a partida. Claramente insuficiente para quem aspira ao título.
Na primeira parte, um vendaval de futebol ofensivo varreu, por completo, um Sporting atónito e sem capacidade de resposta (veja-se que o SCP apenas fez um remate á baliza de Paulo Santos em toda a primeira parte).
Na segunda metade, o Braga acreditou ter o jogo ganho, baixou a pressao e os indices de concentração, emergindo, então, o SCP com nova atitude em busca da vitória.
Com o golo alcançado, o SCP acreditou, o Braga tremeu e a face do jogo transfigurou-se.
Todavia, uma vez mais, o SCP não foi capaz de desferir a estocada final no seu adversário e, quando o rumo da partida indiciava a obtenção de mais um golo pelo SCP, o Braga marcou e matou o jogo.
Aqui como antes os problemas no futebol aéreo da defesa leonina foram postos a nu.
Mais do que questões de qualidade ou falta dela, parece-me que o SCP necessita, essencialmente, de uma voz de comando suficientemente forte para aglutinar a equipa em seu torno nos momentos emocionalmente mais delicados de cada jogo.
A imprescindivel mescla de juventude e experiencia que cimenta as equipas campeãs, inexiste em Alvalade.
Falta um patrão do grupo, que Sá Pinto, pelo seu temperamento irrascivel, nunca será.
Peseiro, como lhe faltavam argumentos de liderança, excluiu do plantel os elementos mais experientes e carismáticos - Barbosa, Rui Jorge e Rochemback - procurando, assim, dividir para reinar.
Contudo, desta forma tornou o grupo orfão de um líder.
Na Luz, o SLB venceu facilmente um Paços que apenas incomodou nos primeiros minutos de jogo.
Koeman apostou em Moretto, dissipando, de uma vez por todas, qualquer tabu futuro.
Esta atitude profiláctica parece-me acertada, ainda que implique o indicar da porta de saída a Quim na próxima época (com a recuperação de Moreira e face ao que se viu esta época - Quim foi sempre suplente quer de Moreira, quer de Moretto - a posição de Quim será de terceiro guarda-redes o que não se mostra compatível com o seu estatuto).
O SLB não fez um grande jogo, mas jogou o quanto baste para ganhar de forma tranquila. Foi sempre senhor do jogo e nos primeiros vinte minutos da segunda parte apresentou um futebol de bom nível.
Com a chegada dos reforços e a recuperação de Simão, o plantel do SLB apresenta soluções plúrimas de qualidade para todas as posições - quantas equipas se podem dar ao luxo de remeter ao banco de suplentes seis internacionais pelos respectivos países (Quim, internacional portugues, Leo, internacional brasileiro, Manuel Fernandes, internacional portugues, Karagounis, internacional grego e campeão europeu em título, Laurent Robert, internacional frances, e Mantorras, internacional angolano).
Aliás, as individualidades desequilibradoras são mais do que muitas o que aliado a uma defesa de excepção fazem do Benfica uma equipa de nível europeu.
Analisando os reforços, direi que Moretto pouco mais fez do que recolher dois ou tres cruzamentos, sendo certo que, nos instantes finais do jogo, efectuou defesa vistosa. Robert demonstrou não estar, ainda, minimamente, adaptado á equipa e ao futebol praticado em Portugal e, por fim, Manduca revelou pormenores de boa qualidade.
No Dragão, o FCP venceu facilmente um Boavista pouco mais do que inofensivo, não sendo por acaso que é a única equipa, juntamente com o Penafiel, que ainda não venceu fora do seu reduto qualquer jogo.
O FCP não realizou um grande jogo, especialmente na segunda parte, mas o génio do ciganito resolveu o jogo.
Só na cabeça de Scolari, Quaresma não é um indiscutível da selecção, ainda para mais avizinhando-se uma competição como o Mundial, de curta duração e de grande exposição mediática, tão ao jeito de jogadores como Quaresma.
Destaque para a minha Briosa que na Madeira arrancou um precioso empate - tão mais precioso quanto o calendário traz Benfica e Nacional como adversários seguintes.
Destaque, ainda, para o empate do Setúbal na Madeira ante o Nacional, num jogo em que, embora a qualidade do seu futebol tenha deixado claramente a desejar, dispos das melhores oportunidades de golo.
Por fim, destaque negativo para o Guimarães que tarda em assumir uma posição na tabela condizente com o valor dos seus jogadores.
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