Eriksson, após o escandalo que um tabelóide britanico promoveu, anunciou que findo o Mundial de 2006 na Alemanha irá abandonar o cargo de seleccionador ingles.
Na sequencia de tal anúncio, muitos são os nomes que se perfilham para a sucessão, com Scolari á frente de todos.
Aliás, Scolari fez questão de, prontamente, afirmar a sua disponibilidade, afiançando, inclusive, que aprenderia ingles em apenas duas semanas.
Face á actuação desse indíviduo no comando da selecção nacional, ouso promover, desde já, uma troca de treinadores entre a selecção inglesa e portuguesa.
Como ambos os treinadores estão a prazo nas respectivas selecções, parece-me que a solução poderia passar por Scolari assumir, de imediato, a selecção inglesa e Eriksson a portuguesa.
Só ficávamos a ganhar - mandavamos para Inglaterra o burgesso do Scolari e recebíamos em troca o Gentlemann Ericksson.
A competencia, a dedicação, o saber, a cultura, o gosto por Portugal e o empenho de Eriksson são tão indubitáveis como a falta de educação, a falta de formação, a soberba, a vaidade, a altivez, a teimosia, o provincianismo, a incultura, a falta de empenho, a falta de bom senso, o carácter viscoso e as debilidades técnico-tácticas de Scolari.
Não me falem do currículo desse senhor, pois com os plantéis que teve ao seu dispor, difícil seria não ganhar, como, aliás, ainda assim, ao serviço de Portugal esse indivíduo conseguiu.
Scolari vive da imagem e foi precisamente esse trunfo que o fez permanecer em Portugal.
Scolari chegou e identificou a melhor forma de preservar a sua imagem de durão, de disciplinador, de líder - afrontar os mais poderosos e mal amados do futebol indígena, procurando, concomitantemente, fazer favores ao patrão.
Assim, desde logo, decidiu não convocar Baía para, deste modo, servir os interesses de Madaíl e desencadear uma guerra com o FCP, o seu Presidente, associados e simpatizantes.
Neste aspecto Scolari até se identifica com Pinto da Costa na criação artificial de inimigos externos, no empolamento de uma suposta guerra Norte/Sul, para, assim, agregar o grupo que dirige.
Os métodos são semelhantes, o requinte, esse, é bem distinto.
Estava construída a estrada para o sucesso, leia-se, das contas bancárias do Scolari e não desportivo como seria de supor.
Madaíl queria Baía e outros fora da selecção por terem tido o desplante de serem testemunhas de defesa de António Oliveira no litígio judicial que este mantinha com a federação.
Ao não convocar Baía, Scolari conquistou, definitivamente, a admiração e estima do chefe.
Pinto da Costa e seus apaniguados, muito mal queridos pela generalidade da população e dos media portugueses, vociferavam contra a não inclusão de Baía nas convocatórias da selecção.
Scolari ganhava a estima e consideração da imprensa e da sociedade, ao mesmo tempo que vincava a sua faceta de inflexível mestre da disciplina.
Imaginem o que seria se o treinador nacional no Euro-2004 fosse um portugues e tivesse perdido, da forma como o fez Scolari, a final frente á Grécia - a imprensa insinuaria, imediatamente, a necessidade de se tirarem conclusões de tão ignóbil débacle, pedindo a cabeça do treinador e Madaíl, na linha dos demais dirigentes desportivos portugueses, despedi-lo-ía.
O que se passou com Scolari? renovou antes da final, com direito a aliança e tudo, permanecendo no cargo com melhoria das suas condições salariais.
E se tivesse sido o tal portugues a escalar a equipa que perdeu o primeiro jogo com a Grécia? e, na sequencia, a alterar tudo que havia treinado de um dia para o outro?
Jamais lhe perdoariam e a campanha que, entretanto, seria criada na imprensa encaminharia Portugal para um afastamento prematuro.
Scolari percebe pouco de futebol e faz pouco por perceber, é mal formado, mas não é estúpido...
Que se vá embora e depressa, pois que, pelo menos, a mim não deixa a mínima ponta de saudade...
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