Jogo globalmente fraco, com duas equipas temerosas uma da outra.
O SCP apresentou-se no Dragao com uma equipa alegadamente ofensiva.
Todavia, Paulo Bento amarrou os criativos - Moutinho e Carlos Martins - ás alas, cerceando-lhes a capacidade ofensiva no que redundou na existencia de grandes espaços entre linhas, nomeadamente entre meio-campo e o ataque.
É para mim incompreensível a opçao por Moutinho na cobertura a Quaresma, vulgarizando um jogador de talento.
Com a saída de Carlos Martins, o SCP perdeu a pouca intencionalidade ofensiva que tinha, tendo Wender revelado um total desconhecimento do que devia fazer em campo.
A opçao de deixar Liedson em Alvalade, faz-me recordar o episódio Baía quando Mourinho chegou ao FCP - em ambas as situações os treinadores procuraram aglutinar o grupo, fazendo de jogadores emblemáticos bandeiras de pseudo-disciplina.
Quanto ao FCP, Adriaanse continua a desperdiçar o plantel rico em opções de que dispõe.
Obstinado com o sistema de jogo que perconiza não rentabiliza os jogadores, antes tenta encaixá-los em esquemas tácticos pré-definidos.
Assim, Jorginho, Lucho e Lisandro surgem em posições que, claramente, nao são as suas, com evidentes prejuízos.
O árbitro substituto cometeu dois erros claros, a saber duas grandes penalidades não assinaladas.
Polga e Peixoto levaram a mão á bola.
No que concerne aos golos anulados, o do SCP parece-me óbvio o fora de jogo assinalado, já em relação ao do FCP fiquei com dúvidas - parece-me que, acima de tudo, o árbitro apitou para se defender. A existir falta ela não é visível.
No lance de Nani com Pepe, ficou-me a ideia de não ter existido falta, sendo certo que o árbitro apita antes do remate o que, desde logo, inviabiliza a formulação de um juízo de golo anulado, uma vez que os jogadores do FCP pararam de imediato, mormente Vítor Baía.
Salvou-se o resultado, na óptica de um Benfiquista.
1 comentário:
Concordo, no essencial, com a análise feita ao clássico do Dragão, nomeadamente com os lances que geraram alguma controvérsia em termos de arbitragem. Nesta matéria, também o jogo acabou empatado, com erros graves a desfavorecer, em igual número, ambas as equipas. Penso que o SCP podia ter apresentado um futebol mais ofensivo, libertando mais os seus médios criativos, mas creio também que, neste momento em que a equipa está em fase de adaptação ao novo treinador, era arriscado jogar de forma diferente. Mesmo assim parece-me que não fora a lesão de Martins - que, para mim, é o melhor médio do SCP - e o resultado do jogo poderia ter sido outro.
Quero aqui deixar testemunho da minha satisfação pela transformação que, em tão pouco tempo, o Paulo Bento conseguiu operar na equipa, mostrando como é mau treinador é o Peseiro. Para isso, bastaram duas coisas: colocar os jogadores a jogar nas suas posições e acabar com a indisciplina.
E depois importa salientar a forma como o Paulo Bento fala à comunicação social, mandando mensagens claras para os jogadores e massa associativa, cativando ambos, tais como aquela do "diz-me como treinas..." e "vamos olhar o Porto nos olhos" e "se me derem um papel para assinar..."
Que distância das palavras titubeantes e banais que o Peseiro tagarelava, que só geravam insegurança nos associados....
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