A jornada do próximo fim de semana, a menos que aconteça um cataclismo, consagrará o FCPorto como campeão nacional.
O FcPorto, pese embora as convulsões internas pouco habituais para as bandas do Dragão vivenciadas ao longo da temporada, alcandorou-se, indiscutivelmente, à condição de vencedor meritório do ceptro.
Foi a equipa mais regular e aquela que, por períodos mais dilatados, apresentou melhor qualidade futebolística.
Adriaanse levou de vencida a oposição interna e fez vingar, com pleno sucesso nas competições domésticas, o seu sistema de jogo.
Aliás, penso que a revolução táctica que introduziu se assumiu como decisiva para a conquista do campeonato.
Numa Liga pouco ou nada habituada a ver equipas esquematizadas em 3x3x4, os oponentes do Porto não souberam explorar as fraquezas do sistema e, assim, contribuiram para a potenciação das suas qualidades.
Não obstante este Porto não apresentar nível sequer similar ao de Mourinho, mostrou-se mais do que suficiente para suplantar os rivais lisboetas.
A inconstância que marcou o percurso de Benfica e Sporting ao longo da época não exigiu do Porto mais do que regularidade exibicional q.b.
As intermitências lisboetas assentes quer na dispersão por distintos objectivos no caso do Benfica quer na instabilidade directiva lato sensu no caso do Sporting, muito contribuíram para a vitória portista.
O Porto será um campeão entre o mérito próprio e o demérito alheio.
Não era crível que um Porto cerceado das premissas fundamentais dos êxitos alcançados no passado, mormente sem uma estrutura imune a pressões, sem um líder técnico incontestado e sem um líder "espiritual" agregador do balneário, lograsse o título de campeão nacional.
Penafiel constituirá, estou certo, o palco da consagração de um Porto campeão.
Na Choupana, o Benfica joga a manutenção na luta pela conquista da segunda posição na Liga.
Se no passado ser segundo era sinónimo de ser o primeiro dos últimos, hoje por hoje a influência dos capitais provenientes da participação na Liga dos Campeões aporta uma importância perfeitamente diferenciada à obtenção do segundo posto.
Privado de Petit e Nuno Gomes, a tarefa dos encarnados não se me afigura fácil.
O Nacional ainda luta por um objectivo europeu e caso o Boavista não vença hoje os "espanhóis" tudo fará para vencer.
As dimensões do terreno e as condições climatéricas do local representam factores não dispiciendos a considerar.
O Benfica terá de actuar nos limites da concentração, do querer e da vontade para suplantar os madeirenses.
Prevejo uma partida muito equilibrada, na qual as bolas paradas poderão assumir importância crucial.
Em Alvalade, o Sporting recebe uma Naval de corda na garganta.
Independentemente do seu valor futebolístico intrínseco, as equipas quando em situações similares áquela em que a Naval se acha envolta, por norma, superam-se.
A vontade dos "peixeiros", a atitude leonina e o resultado do jogo da Choupana serão determinantes no curso da partida.
Se o Sporting apresentar o amorfismo da Amadora terá muitas dificuldades.
Como última nota direi que espero e desejo que, na segunda-feira, no ECC, possa festejar a permanência da Briosa na Liga Betandwin.
Não será fácil, mas o espírito académico, por vezes, faz milagres.
Segunda, estou certo,assim será.
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