sexta-feira, abril 28, 2006

Proponho, desde já, a troca

Dado que a actualidade assim o exige e o post conserva validade, aqui se republica um post sobre Scolari de Janeiro de 2006:
Eriksson, após o escândalo que um tabelóide britanico promoveu, anunciou que findo o Mundial de 2006 na Alemanha irá abandonar o cargo de seleccionador ingles.
Na sequencia de tal anúncio, muitos são os nomes que se perfilham para a sucessão, com Scolari á frente de todos.
Aliás, Scolari fez questão de, prontamente, afirmar a sua disponibilidade, afiançando, inclusive, que aprenderia ingles em apenas duas semanas.
Face á actuação desse indíviduo no comando da selecção nacional, ouso promover, desde já, uma troca de treinadores entre a selecção inglesa e portuguesa.
Como ambos os treinadores estão a prazo nas respectivas selecções, parece-me que a solução poderia passar por Scolari assumir, de imediato, a selecção inglesa e Eriksson a portuguesa.
Só ficávamos a ganhar - mandavamos para Inglaterra o burgesso do Scolari e recebíamos em troca o Gentlemann Ericksson.
A competência, a dedicação, o saber, a cultura, o gosto por Portugal e o empenho de Eriksson são tão indubitáveis como a falta de educação, a falta de formação, a soberba, a vaidade, a altivez, a teimosia, o provincianismo, a incultura, a falta de empenho, a falta de bom senso, o carácter viscoso e as debilidades técnico-tácticas de Scolari.
Não me falem do currículo desse senhor, pois com os plantéis que teve ao seu dispor, difícil seria não ganhar, como, aliás, ainda assim, ao serviço de Portugal esse indivíduo conseguiu.
Scolari vive da imagem e foi precisamente esse trunfo que o fez permanecer em Portugal.
Scolari chegou e identificou a melhor forma de preservar a sua imagem de durão, de disciplinador, de líder - afrontar os mais poderosos e mal amados do futebol indígena, procurando, concomitantemente, fazer favores ao patrão.
Assim, desde logo, decidiu não convocar Baía para, deste modo, servir os interesses de Madaíl e desencadear uma guerra com o FCP, o seu Presidente, associados e simpatizantes.
Neste aspecto Scolari até se identifica com Pinto da Costa na criação artificial de inimigos externos, no empolamento de uma suposta guerra Norte/Sul, para, assim, agregar o grupo que dirige.
Os métodos são semelhantes, o requinte, esse, é bem distinto.Estava construída a estrada para o sucesso, leia-se, das contas bancárias do Scolari e não desportivo como seria de supor.
Madaíl queria Baía e outros fora da selecção por terem tido o desplante de serem testemunhas de defesa de António Oliveira no litígio judicial que este mantinha com a federação.
Ao não convocar Baía, Scolari conquistou, definitivamente, a admiração e estima do chefe.
Pinto da Costa e seus apaniguados, muito mal queridos pela generalidade da população e dos media portugueses, vociferavam contra a não inclusão de Baía nas convocatórias da selecção.
Scolari ganhava a estima e consideração da imprensa e da sociedade, ao mesmo tempo que vincava a sua faceta de inflexível mestre da disciplina.
Imaginem o que seria se o treinador nacional no Euro-2004 fosse um portugues e tivesse perdido, da forma como o fez Scolari, a final frente á Grécia - a imprensa insinuaria, imediatamente, a necessidade de se tirarem conclusões de tão ignóbil débacle, pedindo a cabeça do treinador e Madaíl, na linha dos demais dirigentes desportivos portugueses, despedi-lo-ía.
O que se passou com Scolari? renovou antes da final, com direito a aliança e tudo, permanecendo no cargo com melhoria das suas condições salariais.
E se tivesse sido o tal português a escalar a equipa que perdeu o primeiro jogo com a Grécia? e, na sequência, a alterar tudo que havia treinado de um dia para o outro?Jamais lhe perdoariam e a campanha que, entretanto, seria criada na imprensa encaminharia Portugal para um afastamento prematuro.
Scolari percebe pouco de futebol e faz pouco por perceber, é mal formado, mas não é estúpido...Que se vá embora e depressa, pois que, pelo menos, a mim não deixa a mínima ponta de saudade...

1 comentário:

Anónimo disse...

Já manisfestei aqui em tempos a minha opinião de que Scolari tem feito um bom trabalho à frente da Selecção Portuguesa e que não alinho no coro de críticas que lhe têm sido feitas nem na antipatia que recebe da imprensa.
Compreendo que queira ir embora após o Mundial, 3 anos após ter pegado na Selecção Portuguesa.
Não deve ser fácil lidar com um "brugesso" como o Madail (este sim, já há muito que devia ter sido corrido, após o que se passou no Mundial da Coreia/Japão) e deve-se compreender o seu anseio de ganhar mais, muito mais...

Vislumbro que está a ser já criada uma corrente para levar Erikson para a Selecção.
Ou muito me engano ou temo que caso tal aconteça, Portugal vai voltar aos tempos em que nem as fases finais dos Campeonatos conseguia ir.
Se Scolari tem sido criticado enquanto treinador da Selecção Portuguesa, por não ter ganho, em casa, o Europeu, quando tinha excelentes jogadores à disposição, o que dizer de Erikson?
Erikson está há vários anos à frente da Selecção Inglesa, selecção bem mais forte financeiramente e em termos de prestígio e influência que a nossa - logo, com outras condições que Scolari não dispõe.
E conta com grandes jogadores: Rooney, Beckham, Owen, Lampard, Gerard, tinham, seguramente, lugar na Selecção Portuguesa, para já não falar em Joe Cole e John Terry.
Não obstante, falhou rotundamente como seleccionador pretendendo os ingeeses despachá-lo após o Mundial.
Não comungo, pois, da opinião - e salvo o devido respeito pelo entendimento do Exmº. Snr. Administrador - de que a troca entre Scolari e Erickson nos será vantajosa.

E nem se critique Scolari por estar a ser abordado para ir treinar a Selecção Inglesa neste momento!
Isso deveria ser era motivo de orgulho para nós, por termos um treinador cobiçado pelas melhores equipas do Mundo!
Nem percebo, sequer, a histeria da imprensa por tal facto, que pretendem crucificar o Scolari por receber convites de outras equipas!
Essa abordagem é negativa, isso sim, para Erickson, que vê os seus "patrões" à procura de um substituto para si às portas do Mundial!
E é esse treinador que outros pretendem ver despachado, que falhou rotundamente, que seria bom para nós?
Por troca com o Selccionador campeão do Mundo e Vice-campeão da europa, que devolveu a Portugal o orgulho da selecção?
Ou será que já está a ser criada uma vaga de fundo para despachar o Scolari e receber de braços abertos o Erickson, que sabemos tratar-se de treinador da preferência dos benfiquistas?
Deixo esta reflexão à consideração dos Snrs. Condóminos.