Ainda e Sempre Eleições e CMVM

1 - Vieira anunciou, hoje, que o sucesso desportivo será o foco do seu próximo mandato.
Mas, pergunto eu ingenuamente: não devia ter sido sempre assim?!
Mas, pergunto eu ingenuamente: não é este o "core business" de um clube de futebol?!

2 - Espero e desejo que o pós-3 de Julho não confirme o adeus definitivo a Reyes e Cardozo e o prolongamento do contrato de cedência de direitos televisivos com a Olivedesportos.

3 - "Quando for eleito, levo o Carlos Azenha três anos para o Benfica. Será um treinador de mandato. Aviso já se for outro o treinador escolhido, em Outubro vai sair, a não ser que Luís Filipe Vieira escolha Carlos Azenha" - Bruno Carvalho, no início do mês de Junho.
"Nada impede que Jorge Jesus continue" - Bruno Carvalho, na apresentação da sua candidatura.

4 - Bruno Carvalho anunciou que convocará uma assembleia-geral, 6 meses após a sua putativa eleição, propondo a realização de novo acto eleitoral.

Sinceramente, esta ultrapassa as demais.
Como é que alguém se pode candidatar se não reconhece legitimidade ao acto eleitoral?!

5 - E que outra legitimidade busca Bruno Carvalho?
Ontem, hoje e amanhã a vontade soberana dos sócios em sufrágio é a fonte legitimadora dos órgãos sociais eleitos!

6 - Estas e outras são as declarações mais ou menos estapafúrdias a que, ontem, aludi.

7 - Afinal, a providência cautelar não foi retirada.
Contudo, foi indeferida, tal como prognosticara durante a tarde de hoje - "A providência cautelar foi retirada, mas mesmo que o não fosse, estaria votada ao fracasso."

8 - Em 28 de Maio de 2009, escrevi: "O Conselho Directivo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários deliberou, pela manhã, suspender a negociação das acções da Benfica SAD devido ao facto de continuarem a ser veiculadas notícias sobre a contratação de Jorge Jesus, tendo por referência próxima a manchete de hoje do Record.
Uma decisão não só insensata, como precipitada, inexplicável, inócua e violadora do princípio da igualdade."

A avaliar pelo silêncio da CMVM relativamente, por exemplo, a Matías Fernandez, capa dos três periódicos desportivos nacionais com manchetes assegurando a sua contratação pelo Sporting, há que reconhecer que o órgão regulador do mercado de capitais aprendeu e não mais valorizou aquilo que, manifestamente, não merece ser considerado.