quinta-feira, novembro 30, 2006

Ao que chegou a Briosa!

O aumento do passivo da Académica pode levar à sua extinção. A conclusão está no relatório do Revisor Oficial de Contas (ROC) da Briosa, que acusa ainda a gestão do clube de fuga ao Fisco e à Segurança Social.
«Os prejuízos acumulados até Junho de 2005 conduziram a um capital próprio negativo que pela sua dimensão pode colocar em causa a continuidade da Académica», diz o revisor, num relatório citado pela Lusa.
No documento, segundo a agência noticiosa, são criticadas várias decisões, como a transferência de Marcel a título definitivo para o Benfica. «A sua contabilização não coincide com os valores contratuais tomados separadamente», constata-se.
É também posta em causa a indemnização a atletas que tinham contrato e cujas rescisões não trouxeram qualquer contrapartida financeira para o clube, bem como o contrato com a TBZ, empresa que gere o Estádio Cidade de Coimbra por acordo com a Académica, bem como valores pagos a atletas e técnicos sem pagamento de IRS e, nalguns casos, de Segurança Social.
«O contrato de cessão de exploração do estádio, assinado com a TBZ em 31 de Julho de 2005, inclui cláusulas que parecem não terem sido devidamente executadas e outras que remetem para cláusulas inexistentes», escreve o ROC, que fala ainda em «procedimentos pouco rigorosos» em uso no futebol da Académica, que impedem a identificação de todas as transacções ocorridas.
O valor apresentado como passivo na época 2005/2006 é de 12,1 milhões de euros e o relatório não foi apresentado aos sócios antes da Assembleia Geral de hoje, conforme determina a lei.

quarta-feira, novembro 29, 2006

Sporting VS Benfica - Antevisão

Desta vez, a antevisão da partida far-se-á através deste video, que nos mostra imagens da presente época relativas a Benfica e Sporting.
Espero, agora, as vossas opiniões.

Liga dos Astros

Como a próxima jornada se realiza já no mês de Dezembro, poderão realizar 3 alterações ao vosso plantel.
Assim, peço-vos que indiquem as alterações a realizar, o plantel assim alterado e o onze para a próxima jornada.
Caso este coincida com o apresentado na semana passada, peço-vos, uma vez mais, que não o façam por simples remissão para aquele, mas que o republiquem.

Espaço Prof. Karamba

Os jogos sujeitos a aposta são os seguintes:

Sporting-Benfica;

Beira-Mar-Belenenses;

F.C. Porto-Boavista;

E. Amadora-Nacional;

Sp. Braga-Académica;

Como tradicionalmente, aqui deixo o meu palpite:

Sporting-Benfica: 1-2;

Beira-Mar-Belenenses: 1-0;

F.C. Porto-Boavista: 1-2;

E. Amadora-Nacional: 1-2;

Sp. Braga-Académica: 1-1;

Antevisão do Derby - Declarações dos Protagonistas e Notícias dos Treinos

Como forma de começarmos a antever o Sporting-Benfica, aqui ficam as declarações de Fernando Santos e Miguel Garcia, bem como as mais recentes notícias sobre as duas equipas.

Benfica

Fernando Santos:

"O Benfica irá naturalmente fazer aquilo que sempre fez. Os jogadores devem estar concentrados para vencer. Não conheço nenhum derby que os jogadores não queiram ganhar e este não foge à regra”, começou por afirmar o técnico encarnado.
Fernando Santos quer uma equipa pragmática, capaz de “dominar e ganhar o jogo”.
A grande dúvida parece ser em relação a Miccoli, que ainda recupera de uma tendinite.
O treinador refere que a avaliação ao estado do jogador será feita na quinta-feira, mas que, aconteça o que acontecer, a estratégia do Benfica será a mesma. “Já decidi qual é a equipa que vai jogar. Não tenho dúvidas nenhumas”, diz, convicto.
Fernando Santos confessa ter um “plano A e um plano B” para Alvalade: “Se o Miccoli não jogar, irá haver outro jogador nessa posição. A disposição no jogo será a mesma e não devemos ter as nossas atenções centradas no facto do Miccoli jogar ou não.”
Em caso de derrota, o Benfica ficaria a dez pontos dos leões, mas Fernando Santos sublinha que o Benfica não ficará afastado do título, num cenário destes. “Claro que o Benfica é candidato ao titulo, mesmo que perca. O jogo decisivo foi, por exemplo, contra o Marítimo. Se não tivéssemos vencido iríamos a Alvalade com uma carga psicológica a triplicar. Este jogo não vai decidir nada”, destaca.
Em relação ao adversário desta sexta-feira, Fernando Santos realçou o pragmatismo da equipa orientada por Paulo Bento. “O Sporting tem jogadores muito criativos e não me parece que seja uma equipa tão previsível como se diz. Não joga ‘prá frentex’, joga ao ataque. É uma equipa muito, muito pragmática”, avisa.
O treinador encarnado esclarece que o Benfica tem de ser também uma equipa muito pragmática para vencer em Alvalade, embora isso não signifique que vá jogar à defesa. “São duas equipas que gostam de dominar o jogo. Têm jogadores criativos, de qualidade, e tem tudo para ser um bom jogo de futebol, com um resultado imprevisível. Eu, como o Paulo, acreditamos que as nossas equipas sairão vencedoras”, concluiu.

Em relação ao treino de hoje, Fernando Santos testou alternativas para o «derby» de sexta-feira com o Sporting.
O treinador ensaiou uma equipa com Karyaka no «onze» e Simão mais à frente ao centro, no apoio a Nuno Gomes.
Miccoli trabalhou noutro relvado, em exercícios de corrida e com bola.
No esquema ensaiado pelo treinador Katsouranis joga descaído sobre a direita e Nuno Assis sobre a esquerda. No meio-campo está Petit, na defesa Nelson, Luisão, Ricardo Rocha e Léo.
Rui Costa e Miccoli trabalharam à parte, noutro relvado do centro de treinos do Seixal, sob orientação de Rodolfo Moura.
O médio fez corrida, o avançado cumpriu também algum trabalho com bola.

Sporting

Miguel Garcia:

"Considero o Sporting favorito, porque jogamos em casa, com os nossos adeptos, e por isso claro que somos favoritos», afirmou Miguel Garcia esta quarta-feira, a dois dias do jogo com o Benfica.
Miguel Garcia antevê de resto um «jogo extremamente difícil, que qualquer das duas equipas quer vencer». E evita fazer análises à situação de cada equipa antes do jogo: «O momento das equipas não vai afectar os jogadores, porque os jogadores superam-se neste tipo de jogos.»
Quanto à provável ausência de Miccoli por lesão do lado do Benfica, Garcia dnão espera vantagem para o Sporting: «É um jogador muito importante, mas o Benfica tem outras opções e quem jogar no lugar dele poderá fazer igual ou melhor.»

Quanto ao treino de hoje, Yannick e Farnerud foram reintegrados.
Os dois jogadores foram reavaliados às respectivas lesões e tiveram luz verde para integrar os trabalhos. João Moutinho também trabalhou sem limitações.
Boas notícias em Alcochete para Paulo Bento, que vê desanuviar-se o panorama clínico em vésperas do jogo com o Benfica.
Caneira e Abel são nesta altura os únicos jogadores dados como inaptos, tendo ambos realizado tratamento.
O guarda-redes Rui Patrício está ao serviço da selecção de sub-20 e Paulo Bento chamou dois jovens ao treino, Marco Lança e Yannick Pupo.

O Árbitro do Sporting/Benfica

Com alguma surpresa, a Comissão de Arbitragem da Liga decidiu escolher Jorge Sousa para dirigir o terceiro clássico da presente edição da Liga principal.
Depois de Pedro Proença e Lucílio Baptista, que apitaram, respectivamente, o Sporting-FC Porto e o FC Porto-Benfica, pertence agora a um árbitro do Porto a responsabilidade de dirigir o derby de Lisboa.
Nome:
Manuel Jorge Neves Moreira Sousa
Dt. Nascimento:
18-06-1975
Idade:
31 Anos
Associação:
A F Porto
Árbitro desde:
1993/1994
Profissão:
Escriturário
47 JOGOS NA LIGA
Com os cinco desta época, são 47 os jogos já apitados no escalão principal.
25 AMARELOS
Ou seja, uma média de cinco por jogo.
O VERMELHOS
Até agora, nem uma expulsão e nem um penalty assinalado.

Taça da Liga

Foi, ontem, aprovado o modelo da Taça da Liga.
Em artigo publicado neste blog, manifestei-me favorável à criação desta competição, no âmbito da reformulação dos quadros competitivos portugueses.
A solução encontrada parece-me boa.
Das particularidades que o projecto encerra, destaca-se a atribuição de 3 prémios individuais, quais sejam melhor marcador, melhor jogador - este a ser eleito através da internet- e o de melhor jogador oriundo das escolas dos clubes.
Realce, igualmente, para a existência de prémios monetários para as 32 equipas participantes, seguindo o modelo da Champions.
Por fim, nota para a criação de novas receitas televisivas e publicitárias para os clubes, sendo que a sua angariação e gestão será centralizada pela Liga, à imagem, uma vez mais, do que acontece com a UEFA em relação às competições por si organizadas.

Modelo Taça da Liga
Participantes: as 32 equipas das ligas profissionais
Modelo: Três eliminatórias + fase de grupos + fase final
1ª Eliminatória
. 32 equipas distribuídas por quatro potes
. 16 jogos para apurar 16 equipas
Pote A - 1º ao 8º classificados da I Liga
Pote B - 9º ao 16º classificados da I Liga
Pote C - Oito equipas da Liga de Honra (sorteadas)
Pote D - Restantes oito equipas da Liga de Honra
Após sorteio
Equipas do Pote A com Pote C
Equipas do Pote B com Pote D
. Jogos a uma só "mão" disputados em casa das equipas da Liga de Honra
2ª Eliminatória
. 16 equipas
. Oito jogos para apurar oito equipas
Pote A - apurados dos potes A e C
Pote B - apurados dos potes B e D
. Jogos a uma só "mão" em campos a sortear
3ª Eliminatória
. Oito equipas
. Oito jogos para apurar quatro equipas
Sorteio em pote único e do campo para o primeiro jogo
4ª Eliminatória (fase de grupos)
. Quatro equipas disputam três jornadas para apurar os dois finalistas
. Sorteio em pote único e dos campos
Final
Disputada em campo neutro

Artigo de Opinião

Hoje seria o condómino Braguilha a postar o seu artigo de opinião.
Todavia, o condómino Braguilha fez-me chegar a informação de que só voltaria a postar quando o condómino Zex o fizesse.
Assim sendo, por forma a assegurar a habitual ronda de opiniões pelos 3 grandes, decidi publicar o artigo que Rui Moreira escreveu para o site "Sportugal".

"Depois da vitória em Moscovo, naquela que terá sido a mais perfeita das exibições da equipa azul e branca esta época, o FC Porto vai jogar uma partida decisiva com o Arsenal. Em que bastará não perder em casa para conseguir passar da fase dos grupos da Liga dos Campeões.
Em condições normais, essa a passagem aos oitavos-de-final valerá um encaixe líquido de pelo menos dois milhões de euros e, mesmo que venha a ser então eliminado, o FC Porto terá acesso a uma importante montra para os seus jogadores, numa altura em que parece iminente a venda de alguns deles.
Talvez tenha sido por isso que, logo a seguir à vitória em Moscovo, surgiu a estranha carta de Ricardo Quaresma, dando conta da sua vontade de permanecer no Dragão, numa altura em que se falava da sua venda eminente ao Atlético de Madrid e em que corria já o boato que Lucho seguiria o mesmo caminho, depois de o seu contrato ter sido melhorado e prolongado, sem que tivesse surgido qualquer desmentido da Adminstração da SAD.
O que me parece é que o FC Porto precisava de adiar as negociações com os “colchoneros” até ao dia seguinte do jogo com o Arsenal e, não pretendendo fechar a porta ao negócio nem “roer a corda” aos espanhóis, procurou apoio junto do jogador e do seu empresário. Só assim se compreende que a carta seja publicada no “site oficial” do clube.
Parece-me que a saída de Ricardo Quaresma em Janeiro será sempre prematura, qualquer que seja o desfecho do jogo com o Arsenal.
No plano interno, o FC Porto está longe de ter a época resolvida e não tem grandes alternativas para jogar nas alas.
Sem Anderson, e duvido que o “miúdo” regresse às lides esta época, a equipa fica mais dependente dos centros e remates de Quaresma.
Parece-me, por isso, que se deveria sempre aguentar a venda do magnífico jogador até à Primavera, deixando que Jesualdo Ferreira tenha uma palavra a dizer e possa definir as saídas em função, também, das novas contratações.
Helton, Pepe, Lucho e Quaresma são activos transaccionáveis e, se continuarem a jogar da mesma forma, também Lisandro e Postiga o serão até lá, principalmente se pudermos jogar nos grandes palcos europeus.
É verdade que as contas do clube estão complicadas, mas o FC Porto tem sempre feito os melhores negócios nessas circunstâncias, em que a dificuldade parece aguçar o engenho de Pinto da Costa. Veremos se desta vez, e depois da famigerada “carta”, se mantém essa tradição."

terça-feira, novembro 28, 2006

Sorteio da Taça de Portugal

Jogos da 4ª eliminatória da Taça de Portugal:

Louletano-Sp. Espinho
D. Aves-Oliveirense
Pontassolense-Olivais e Moscavide
Valecambrense-Varzim
Estoril-Santa Clara
Juv. Évora-Pinhalnovense
Paredes-Belenenses
E. Amadora-Feirense
P. Ferreira-U. Leiria
Nacional-Vizela
Bragança-Marco
Beira Mar-Santana
Leixões-Famalicão
Naval-Casa Pia
Sp. Covilhã-Mafra
Boavista-Macedo Cavaleiros
Santiago-Odivelas
Gondomar-Rio Maior
Sp. Braga-Portimonense
Académica-V. Setúbal
Maia-Lagoa
Sertanense-Lusitânia
Penalva do Castelo-Maria da Fonte
Camacha-Olhanense
Penafiel-Marítimo
U. Madeira-Sporting
F.C. Porto-Atlético
Benfica-Oliveira do Bairro
Isento: Rio Ave

Artigo de Opinião do Condómino JC

O TERÇO.
Entrámos, neste fim de semana, no segundo terço do campeonato, dito Liga Bwin, sendo, pois, a ocasião ideal para fazer um primeiro balanço do que tem sido a prestação dos “três grandes” e o que se espera deles até final.
O F.C. Porto segue à frente. E com justiça, creio.
Tem sido a equipa que, na globalidade, melhor futebol tem apresentado até este momento, fruto essencialmente da qualidade e actual forma de 4 jogadores: Quaresma, Anderson, Lucho e Postiga.
A par destes 4 jogadores – agora reduzidos a 3 pela lesão de Anderson – a equipa tem apresentado uma apreciável consistência defensiva, traduzida em apenas 7 golos sofridos.
No conjunto dos jogos realizados, o FCP venceu todos aqueles que tinha obrigação de ganhar, ditos jogos fáceis, e, dos jogos difíceis, venceu um (com o SLB), empatou outro (com o SCP) e perdeu o terceiro (com o Braga).
Marcou 23 golos até ao momento e tem revelado apreciável regularidade.
É a equipa com o maior conjunto de jogadores talentosos, quase todos jogadores de características atacantes: os 4 já citados mais Lisandro Lopes, Ibson, Bruno Moraes, Jorginho e o lesionado Adriano.
A estes juntam-se Pepe, Paulo Assunção e Helton.
Noto, porém alguma perca de fulgor nos últimos dois jogos.
Com a Académica e o Belenenses, ainda que o FCP tenha ganho sem contestação, fê-lo pela margem mínima, realizou exibições pobres e permitiu, inclusive, alguma expectativa quanto ao resultado final.
Não sei se estaremos perante indícios de algum abaixamento de forma do Porto, se será resultado da sobrecarga de jogos, se reflexo da ausência de Anderson, se de tudo um pouco.
Certo é que, até final da 1ª volta, o Porto apenas tem um jogo difícil – saída ao Nacional – pelo que tudo indica ir manter até lá o primeiro lugar.
E mesmo na 2º volta, o primeiro embate difícil apenas acontecerá à 21ª jornada, em 11 de Março, quando se deslocar ao Funchal para defrontar o Marítimo.
Até lá, apenas dois jogos se poderão tornar complicados, o 1º já no próximo fim-de-semana com o Boavista no Dragão e à 20º jornada, com o Braga em casa.
Como jogos difíceis na 2ª volta, o FCP recebe o SCP e vai à Luz e ao Bessa.
É, pois, na minha opinião a equipa candidata a vencer o campeonato.

Em segundo lugar na tabela classificativa vem o SCP, com 26 pontos.
Também justa essa sua posição.
O SCP criou grandes expectativas no início da época, fruto da excelente pré-época realizada.
Não só as exibições eram convincentes como também as goleadas obtidas prometiam bons resultados.
A isto se veio juntar a vitória obtida sobre o Inter de Milão.
A partir daqui, porém, a equipa começou a acusar alguma falta de eficácia e a realizar algumas exibições pobres.
Sobrevieram com algum espanto a derrota com o Paços de Ferreira em casa e o empate com o Beira-Mar.
Jogos fáceis que tinha obrigação de ganhar.
O SCP perdeu pontos onde menos se esperava, ao contrário do FCP que ganhou todos os jogos que tinha obrigação de ganhar.
Nos jogos difíceis, o SCP venceu dois (com as equipas da Madeira) e empatou outro (com o FCP).
O SCP apresenta um conjunto de jogadores muito novos, oriundos das camadas jovens e de inegável qualidade.
Moutinho, Nani, Carlos Martins, Custódio, Djaló e Miguel Veloso são valores já garantidos.
Aqui assenta a força do SCP, sustentada por um treinador de raça, que conhece bem os jogadores e os sabe motivar.
A simbiose dos adeptos com a equipa e o treinador é perfeita.
Àquele núcleo proveniente da cantera juntam-se Polga, esteio da defesa, e Liedson.
Estivesse Liedson ao nível do que nos habituou e o SCP seguramente que viveria noutro desafogo.
A falta de concretização tem colocado em risco a eficácia defensiva da equipa.
Ainda assim, o SCP apontou 18 golos contra apenas 7 sofridos.
Penso que o jogo com o Benfica definirá o estatuto com que o SCP abordará o campeonato até final: uma vitória conclusiva confirmá-lo-á como um forte candidato ao 1º lugar; um resultado negativo fará diminuir os níveis de confiança.
Tanto mais que a 2ª volta do SCP é complicada, com saídas ao Bessa, ao Dragão, à Luz e a Braga.

O SLB ocupa neste momento o 3º lugar, provisoriamente, com 19 pontos, tendo, contudo, um jogo em atraso.
Pode aspirar a somar 22 pontos caso ganhe ao Belenenses.
Penso tratar-se da equipa com menos probabilidades de ser campeã.
Não vislumbro jogadores de grande qualidade no seu plantel, onde apenas sobressaiem Simão e Micolli dos restantes.
Ainda assim, Micolli faz 3 ou 4 jogos seguidos, dando de seguida entrada no departamento médico.
Rui Costa, em quem os adeptos depositavam grandes esperanças de ser o Maestro Salvador, ainda não fez um jogo completo pelo Benfica e, se não me engano, fez apenas dois jogos incompletos, lesionando-se em ambos.
Nuno Gomes não realiza mais do que 5 ou 6 bons jogos, entrando depois em hibernação.
Katsouranis tem dado nas vistas pelos golos que tem marcado mas não passa de um médio razoável (veja-se este fim-de-semana, que para além do golo pouco mais produziu).
Luisão é apresentado como grande defesa central mas é duro de rins e vale apenas pela sua altura.
De Petit não gosto. Limita-se a dar pancada.
De resto, jogadores de mediana qualidade, onde ainda assim sobressaem Leo, Nelson e Karagounis.
Do treinador nem vale a pena falar.
Resultado de tudo isto, (onde o plantel benfiquista revela ser inferior ao do SCP e FCP) é a posição que ocupa na tabela classificativa e as más exibições que tem produzido.
Sofreu já 13 golos, tendo apontado 21 tentos.
De um conjunto de 3 jogos difíceis (Boavista, Braga e FCP), o Benfica perdeu-os todos, sofrendo sempre 3 golos.
Para além disso, empatou um jogo fácil (Paços de Ferreira).
Não são só as derrotas, mas a forma como perde e o número de golos que sofre.
Tirando o jogo do Porto, onde deu boa resposta, é confrangedora a apatia revelada em certos jogos.
As famosas exibições à Benfica de que se tem falado e que tanto têm empolgado os benfiquistas apenas têm acontecido com adversários fracos e a espaços.
O Benfica mostra-se uma equipa irregular, e, como se sabe, a irregularidade dificilmente ganha campeonatos.
Com equipas de qualidade média ou elevada o Benfica perde sempre.
A seu favor, tem o Benfica o facto de enfrentar uma 2ª volta mais fácil.
Recebe Boavista, FCP, SCP e Braga e tem como saídas mais difíceis os jogos com Nacional e Marítimo, ambos na Madeira.
Porém, o jogo com o SCP na próxima jornada é, se não decisivo, de capital importância.
Se perder, o Benfica fica a 7 pontos do SCP e a 9 do FCP – na melhor das hipóteses, isto é, se ganhar ao Belenenses.
Dos três grandes creio que o Benfica é o que tem menos hipóteses de vencer o campeonato.
Resta, pois, aos seus adeptos rezarem o TERÇO.

Liga dos Astros

classificação geral da Liga dos Astros é a seguinte:

1º Lugar: Joker alho - 531 pontos;

2º Lugar: Caça-Lagartos/Suçuarana - 515 pontos;

3º Lugar: Kubas4EverTeam - 505 pontos;

4º Lugar: Nª Sr.ª do Caravagio- 503 pontos;

5º Lugar: Cruzados - 496 pontos;

6º Lugar: Afinal estou Vivo - 490 pontos;

7º Lugar: Caixa Campus - 478 pontos;

8º Lugar: Eagles - 454 pontos;

9º Lugar: Santy Thunder Team - 389 pontos;

10º Lugar: Caixa Blogus - 212 pontos;

Espaço Prof. Karamba

A classificação geral do Espaço Prof. Karamba é a seguinte:

1º Lugar: Cavungi e Carlos - 260 pontos;

2º Lugar: Zex - 250 pontos;

3º Lugar: Jorge Mínimo - 230 pontos;

4º Lugar: Fura-Redes e Costa - 225 pontos;

5º Lugar: Vermelho Nunca - 220 pontos;

6º Lugar: Kubas - 210 pontos;

7º Lugar: Holtreman e Vermelho Sempre - 180 pontos;

8º Lugar: Vermelho - 175 pontos;

9º Lugar: Samsalameh - 165 pontos;

10º Lugar: Estar Vivo é o Contrário de Estar Morto - 160 pontos;

11º Lugar: Francisco Lázaro - 145 pontos;

12º Lugar: Sócio - 135 pontos;

13º Lugar: Petit - 130 pontos;

14º Lugar: Braguilha - 65 pontos;

15º Lugar: Jimmy Jump Reloaded - 20 pontos;

16º Lugar: Sh Cala-te - 5 pontos;

segunda-feira, novembro 27, 2006

Análise à Jornada

Depois do desaire em Braga, na jornada passada, o Benfica regressou às vitórias, com uma exibição dominante, mas pouco objectiva e eficaz.
Foram necessários 25 remates para fazer dois golos, sendo certo que o primeiro resultou, inclusive, de um auto-golo.
Fernando Santos e Ulisses Morais não apresentaram quaisquer surpresas, tendo mantido a estrutura táctica e o modelo de jogo adoptados em jornadas precedentes.
O Benfica entrou pujante, dinâmico e pressionante e aos 15 minutos havia já criado três boas ocasiões de golo.
Pese embora, o caudal ofensivo benfiquista, o primeiro golo surgiria num lance de fortuito.
Perto do terço de jogo, na sequência de um livre lateral, Alex Von Schwedler introduziu a bola na sua própria baliza.
Com o 1-0, o Benfica diminuiu a pressão, o seu bloco defensivo recuou e a equipa como que adormeceu.
O Benfica mantinha o controlo e o domínio do jogo, não obstante a qualidade do seu processo ofensivo tivesse, agora, decrescido.
O Marítimo não conseguia articular o seu jogo ofensivo, mostrando-se incapaz de criar perigo no último reduto encarnado.
Todavia, na sequência de um soberbo remate de Marcinho, o 1º e único ao longo de toda a partida do Marítimo à baliza de Quim, a equipa insular empatou.
Até ao final, o Benfica não reagiu convenientemente ao golo maritimista, revelando-se ofensivamente inoperante.
Na segunda parte, esperava-se o regresso do Benfica dos primeiros 20 minutos.
Contudo, aos 50 minutos, o Benfica perdeu o seu jogador em maior destaque na partida – Miccoli, uma vez mais acossado por uma lesão muscular.
Segundo revelou Fernando Santos no final da partida, o jogador apresentou queixas ao intervalo, mas a equipa técnica de acordo com o jogador entendeu mantê-lo em campo até que a sintomatologia não sofresse agravamento.
Uma insensatez, uma imprudência, conhecendo-se o historial clínico do jogador e a sua importância na equipa.
Saiu Miccoli e entrou Mantorras, que volvidos pouco mais de 15/20 minutos em campo começou a coxear visivelmente.
Não se alcança o ostracismo a que Kikin Fonseca tem sido votado em detrimento de um jogador cuja condição física não lhe permite actuar, em pleno, mais do que um quarto de hora.
O Benfica entrou, na segunda parte, imbuído do mesmo espírito e atitude evidenciadas no dealbar da partida.
Poucos minutos depois, Marcinho entra de forma brutal sobre Simão e vê o cartão vermelho.
Ao contrário de outras situações em que a impunidade reinou, nesta o árbitro da partida esteve muito bem ao punir a entrada do jogador do Marítimo.
Se a tarefa maritimista não se afigurava já fácil, a tormenta acentuou-se.
Em superioridade numérica, o Benfica acentuou a posse e a circulação de bola e com a entrada de Karagounis empurrou, decisivamente, o Marítimo para o seu último terço.
As ocasiões de golo repetiam-se, mas o caminho das redes de Marcos tardava em ser descoberto.
A inspiração de Marcos e a inépcia dos jogadores benfiquistas impediam a materialização do domínio encarnado.Aos 67 minutos, após uma penetração vertical de Simão na área adversária, Katsouranis apareceu bem ao segundo poste e rematou rasteiro para a baliza: 2-1.
A cultura táctica e a capacidade de aparecer nos espaços de Katsouranis fez, uma vez mais, a diferença.
A sua importância na manobra da equipa é imensa, assumindo-se como o pêndulo defensivo e ofensivo da equipa.
Até final, o Benfica construiu ainda mais algumas oportunidades de golo, mas a matriz do seu futebol assentou, essencialmente, no controlo da partida.Triunfo justo e sem contestação do Benfica, perante um Marítimo medianamente competente defensivamente, mas inexistente em termos ofensivos.
No Restelo, como previsto, mais três pontos para o FC Porto e em ritmo de treino…Jesualdo repetiu a equipa de Moscovo e Jesus reforçou o meio-campo com a entrada de Sandro Gaúcho.
O Porto entrou bem na partida e podia mesmo ter sentenciado a partida nos primeiros 10 minutos.
Primeiro numa jogada confusa, na sequência de um canto de Quaresma, em que permanece a dúvida se a bola esteve dentro ou se foi Postiga, na ânsia de confirmar o tento, que enviou a bola ao poste.
Fica a coerência de Olegário Benquerença…
No minuto seguinte, Bosingwa desceu pela direita e cruzou para Postiga cabecear à figura de Marco.
O Belenenses não apresentava argumentos para jogar de igual para igual como Jesus havia prometido.O FC Porto continuava a jogar e o Belenenses a defender-se como podia.
Aos 19 minutos, foi a vez de Pepe atirar à barra.
Oportunidades criadas, mas zero em eficácia.
No entretanto, dois fogachos do Belenenses, ambos por intermédio de José Pedro, com dois remates de fora da área, que levaram relativo perigo à baliza de Hélton.A partir dos 25 minutos, o Belenenses conseguiu adormecer o Porto, mas, ainda assim, percebia-se a falta de qualidade dos azuis do Restelo.Ao minuto 41, o golo da vitória portista.
Na insistência de um canto, Paulo Assunção, com um “balão”, colocou a bola na área, Bruno Alves disputou, junto à marca de penalty, a bola nas alturas com Marco e no ressalto Hélder Postiga fez o golo.
Na segunda parte, a perder, o Belenenses não conseguiu obrigar Helton a uma única defesa complicada. Apenas, por uma vez, já nos minutos de desconto, conseguiu criar um lance de perigo na área portista, mas um oportuno corte de Fucile cerceou quaisquer veleidades.
O FC Porto fazia o que queria, trocava a bola, geria o esforço e continuava a desperdiçar oportunidades – v.g. Lisandro, Postiga e Quaresma. Em suma, uma vitória incontestável do Porto, face a um Belenenses muito fraquinho. Dez jogadores atrás da linha da bola e fé num lance de inspiração de José Pedro ou Silas, autênticos oásis num deserto de talento (nem Ruben Amorim logrou sequer aproximar-se da valia patenteada por aqueles).
Jogo fraco, com períodos profundamente soporíferos, em que o Porto nem precisou de se empenhar por aí alem para vencer.Na Figueira da Foz, o Sporting sofreu, mas venceu a Naval.
Num jogo de fraca qualidade, um golo de Ronny perto do final acabou por resolver uma partida que parecia condenada ao nulo.O Sporting entrou melhor no jogo, a dominar o meio campo e a conseguir empurrar a Naval para a sua zona defensiva.
O culminar do domínio sportinguista aconteceu aos 26 minutos, com Liedson a aparecer isolado e a falhar escandalosamente na cara de Taborda.
Este lance como que acordou a equipa da Naval, que equilibrou as operações e criou duas situações de perigo no espaço de quatro minutos, ambas por Saulo.
A Naval conseguiu terminar a primeira parte com mais remates à baliza que o Sporting, que cedo perdeu o maior fulgor inicial demonstrado.Na segunda parte, as duas equipas continuaram a lutar muito, mas o bom futebol continuava arredio da Figueira da Foz.
Aos 15 minutos, Paulo Bento tirou Custódio e Alecsandro e fez entrar Romagnoli e Carlos Bueno.
O primeiro remate da segunda parte aconteceu apenas aos 20 minutos e para a Naval.
A toada do encontro permanecia inalterada.
Seria a entrada de Ronny, aos 75 minutos, que acabaria por decidir o jogo.
Antes, Bueno quase se estreou a marcar pelo Sporting, aos 82 minutos.
Mas quando tudo parecia encaminhado para o empate, o Sporting beneficiou de um livre quase em cima da linha de área da Naval.
Ronny, chamado a marcar, desferiu uma “bomba” “à Roberto Carlos”. A bola só parou no fundo das redes de Taborda.
O resultado mais justo seria o empate.
A Naval, se não merecia perder, também não merecia sair vitoriosa.
A equipa de Fernando Mira esteve longe das suas melhores noites.
O Sporting continua a privilegiar o resultado em detrimento do espectáculo, mas o certo é que tem obtido sucesso com tal pragmatismo.
Em Coimbra, a Briosa venceu o Beira-Mar. A eficácia na finalização fez a diferença, num jogo em que o domínio se repartiu pelas duas equipas em cada uma das metades da partida.
Na 1ª parte, o Beira-Mar controlou e dominou o jogo, tendo construído duas ou três boas ocasiões de golo, mas apenas uma logrou merecer concretização.
Ao invés, na 2ª metade, a Briosa controlou e dominou a partida, tendo construído duas ou três boas ocasiões de golo, tendo conseguido finalizar duas delas.
Maior eficácia = vitória.
Na 1ª parte, o Beira-Mar entrou melhor na partida e, sem surpresa, à passagem da meia hora, fez o 0-1, por Jorge Leitão.
A Briosa mostrava-se apática, sem chama, inoperante e incapaz de se acercar com perigo da baliza de Danrlei.
Todavia, contra a corrente de jogo, na sequência de um lance de bola parada (de que outra forma poderia ser tamanha era a apatia), Litos igualou a partida.
Ao intervalo, o empate verificado constituía um resultado lisonjeiro para a Briosa.
Na segunda parte, inverteram-se os papéis.
Se a Académica se havia revelado letárgica na 1ª parte, na 2ª foi o Beira-Mar que, estranhamente, assumiu tal postura. O empate alcançado pela Académica no terminus da 1ª parte abalou e de que maneira os índices de confiança dos cagareus.
Assim, a Briosa tomou conta das rédeas da partida e em doze minutos resolveu o jogo.
Primeiro, num monumental pontapé de Dame a 30 metros da baliza e depois por Gyano na finalização de um contra-ataque bem gizado por Filipe Teixeira e Dame.
Estava sentenciada a partida e, até final, apenas nota para a entrada de uma 2ª bola em campo, bola esta com a particularidade de se mover com extrema dificuldade.

domingo, novembro 26, 2006

Ronaldinho Fabuloso

sexta-feira, novembro 24, 2006

Liga dos Astros

Fica, desde já, disponível o presente post para que apresentem o vosso onze para a próxima jornada.
Peço-vos que não o façam por simples remissão para o apresentado em semanas anteriores, solicitando-vos que, caso pretendam repetir o onze titular da semana passada, o republiquem.

Espaço Prof. Karamba

Os jogos sujeitos a aposta são os seguintes:

Benfica-Marítimo;

Académica-Beira-Mar;

Belenenses-F.C. Porto;

Naval-Sporting;

V. Setúbal-Sp. Braga;

Como sempre, aqui deixo, desde já, o meu palpite:

Benfica-Marítimo: 3-0;

Académica-Beira-Mar: 2-0;

Belenenses-F.C. Porto: 0-2;

Naval-Sporting: 1-1;

V. Setúbal-Sp. Braga: 1-1;

Espaço Prof. Karamba

A classificação geral do Espaço Prof. Karamba é a seguinte:

1º Lugar: Zex - 230 pontos;

2º Lugar: Cavungi e Carlos - 225 pontos;

3º Lugar: Vermelho Nunca - 205 pontos;

4º Lugar: Jorge Mínimo e Fura-Redes - 200 pontos;

5º Lugar: Costa - 190 pontos;

6º Lugar: Kubas - 185 pontos;

7º Lugar: Holtreman - 180 pontos;

8º Lugar: Vermelho Sempre - 165 pontos;

9º Lugar: Vermelho - 160 pontos;

10º Lugar: Estar Vivo é o Contrário de Estar Morto - 155 pontos;

11º Lugar: Samsalameh - 150 pontos;

12º Lugar: Francisco Lázaro - 145 pontos;

13º Lugar: Sócio e Petit - 120 pontos;

14º Lugar: Braguilha - 65 pontos;

15º Lugar: Jimmy Jump Reloaded - 20 pontos;

16º Lugar: Sh Cala-te - 5 pontos;

Antevisão da Jornada

Benfica/Marítimo
Este sábado, o Benfica irá receber pela 26.ª vez o Marítimo em jogos a contar para o Campeonato nacional.
Em 26 ocasiões a vitória sorriu ao Benfica, registando-se ainda 3 empates e apenas uma vitória dos maritimistas.
Excepção feita à derrota sofrida com o Manchester United, o Benfica de Fernando Santos tem uma campanha cem por cento vitoriosa nos jogos disputados no Estádio da Luz, com quatro vitórias no Campeonato e duas na Europa.
Benfica e Marítimo mostram-se igualados na tabela classificativa, acumulando 16 pontos, pese embora os encarnados tenham disputado menos um jogo.
Em casa, o Benfica tem de ser sempre encarado como favorito.
Fernando Santos deve repetir o mesmo onze apresentado frente ao Copenhaga.
De igual forma, a aposta no 4x4x2 em losango deverá ser para manter.
Veremos qual a cara que o Benfica, desta vez, apresenta: a das vitórias retumbantes ou, ao invés, a das derrotas retumbantes.
Ulisses Morais deverá, também, conservar intacto quer o onze quer o sistema táctico apresentados frente ao Sporting.
Assim, o Marítimo deverá surgir na Luz disposto num 3x2x3x1x1, com Marcos na baliza, Alex, Gregory e Evaldo, como centrais, Zé Gomes e Luís Olim, como laterais, Filipe Oliveira, Wenio e Olberdam, no meio-campo e Marcinho no apoio ao ponta de lança que deverá ser Kanu.
O modelo deverá, também, ser o mesmo – contenção, expectativa, transições rápidas e contra-ataques, espreitando o erro adversário.
A velocidade de execução de Marcinho e a rapidez de Kanu serão os principais argumentos ofensivos maritimistas.
O jogo será o que o Benfica quiser dele fazer.
Mais ou menos difícil assim o Benfica demonstre maior ou menor empenho e inspiração.

Belenenses/Porto
Trata-se de um clássico do futebol português.
Este Domingo, o Belenenses irá receber pela 68.ª vez o Porto em jogos a contar para o Campeonato nacional.
Curiosamente, as vitórias dos azuis do Restelo são em maior número do que as averbadas pelos azuis do Porto, 26 contra 25, sendo que se registaram 17 empates.
O Porto chega ao Restelo fortemente moralizado pela recente vitória em Moscovo e, num cenário de normalidade, não deverá conhecer dificuldades para ultrapassar mais este obstáculo.
Na verdade, o diferente potencial das equipas conduz, inexoravelmente, a tal afirmação.
Por outro lado, o diferente quadro emocional que as equipas vivenciam acentua tal conclusão.
Enquanto que o Porto atravessa um período de confiança elevada, o Belenenses navega em águas intranquilas.
A fazer fé nas palavras de Jesualdo, não será de estranhar que introduza a tão propalada rotatividade na equipa.
Assim, jogadores como Cech, Ibson e Bruno Moraes poderão ser guindados à condição de titulares.
Jesualdo deverá permanecer fiel ao esquema táctico e ao modelo de jogo que tem vindo a apresentar, assente num 4x3x3 em que o jogo lateral assume preponderância no processo ofensivo.
O mítico Jorge Jesus deverá recorrer à cartilha da generalidade dos treinadores portugueses quando defrontam os grandes – contenção e contra-ataque.
Todavia, esta equipa do Belenenses não apresenta grandes argumentos para alinhar neste esquema.
Com efeito, o seu quarteto defensivo é pouco seguro, apresentando os laterais uma vocação ofensiva pouco compatível com uma equipa que procura fechar bem para sair em contra-ataque.
Amaral ou Sousa e Rodrigo Alvim atacam, indiscutivelmente, melhor do que defendem.
Assim, Jesus poderá ensaiar um outro esquema, qual seja o 5x3x2.
Neste modelo, Gaspar e Nivaldo poderiam conhecer a companhia de Vasco Faísca e na lateral direita poderia entrar Cândido Costa.
No miolo, reside a grande força desta equipa do Belenenses.
Ruben Amorim, José Pedro e Silas são três executantes de boa qualidade técnica, embora algo macios e lentos.
A inclusão de Sandro Gaúcho é uma hipótese não despicienda, a qual poderá implicar a deslocação de Silas para o apoio a Manoel.
Na frente, Dady e Manoel deverão ser os eleitos, aos quais se juntará Cândido Costa caso Jesus opte pelo 4x3x3.
Jogo de prognostico claramente favorável para o Porto.

Naval/Sporting

Este Domingo, a Naval irá receber pela 2ª vez o Sporting em jogos a contar para o Campeonato nacional.
O ano passado, os leões venceram por 0-2.
A principal curiosidade deste jogo do lado do Sporting reside na forma como Paulo Bento irá suprir as ausências de Caneira e Abel.
Com Caneira e Abel lesionados, Bento chamou Tonel para o lugar em Milão.
Não deve repetir a solução na Figueira, até porque existe Miguel Garcia.
No mais, assistiremos a mais rotatividade, sendo Martins, Yannick e Liedson (este de certeza) candidatos à titularidade.
Veremos se é desta que Bento dá descanso a Moutinho.
A Naval de tão consolidados que tem os princípios de jogo introduzidos por Rogério Gonçalves, dos mesmos não deverá abdicar.
Em Paços assim foi e frente ao Sporting, estou certo, que Fernando Mira continuará no mesmo trilho.
Deste modo, deverá apresentar a equipa estruturada no habitual 4x3x3, defendendo num bloco médio/baixo e espreitando o desferir de ataques rápidos pelas alas, por intermédio de Lito e Fajardo.
Apenas perspectivo uma alteração como possível, a qual poderá passar pela chamada de Pedro Santos em detrimento de Carlitos, por forma a conferir maior agressividade ao meio-campo.
Jogo de prognóstico reservado, pendendo, contudo, maior fatia de favoritismo para o Sporting.

quinta-feira, novembro 23, 2006

Artigo de Opinião do Condómino Cavungi

O Concílio das Ilustres Gravatas

Em 325 D.C. no concílio de Níceia foram “escolhidos” de entre os mais de 270 Evangelhos existentes na altura, aqueles que seriam considerados os Oficiais.
Decidiu-se que seriam colocados em cima de uma mesa, todos os manuscritos e a sala fechada á chave durante a noite.
Na manhã seguinte, estavam apenas quatro em cima da mesa.
Os de São Lucas, São Marcos, São Mateus e São João. Estes foram os “eleitos”.
Até hoje ninguém sabe com quem ficou a chave.
Em 1917, em São Petersburgo, Lenine deu ínicio à revolução Bolchevique, que iria nas décadas seguintes dar a conhcer ao mundo um dos mais singulares sistemas sociais dos tempos modernos, e que em muitos países perdura até hoje. O Comunismo.
Em 1995, nasceu em Lisboa “ O Projecto do Dr. Roquete”.
Duas palavrinhas, vazias e ocas, em que se utiliza e usurpa o nome de uma pessoa credível, à laia de propaganda financeira, por um conjunto de Gestores bem vestidos e com lindas gravatas, bem falantes, mas sem saberem muito bem o que é o Projecto, tomando de assalto o clube.
Mais tarde, José Holtreman Roquete, ex-sócio de Mário Conde e alegado pai do projecto, ao ver-se no meio de tantos Duques e Principes, abandona-o a meio e nunca mais dá entrevistas relacionadas com o Sporting.
Mas que relação existe entre estes factos tão distantes no tempo e no espaço?
Tudo.
Porquê? Porque define o que é o Sportinguismo Puro.
Senão vejamos:
Começando pelo sistema eleitoral diria que o do Sporting C.P é o menos democrático.
Em Roma para a eleição de um novo Papa, reunem-se, cerca de 180 Cardeais que, por votos em várias rondas, vão eliminando os candidatos préviamente escolhidos.
Esta eleição como se sabe, pode durar semanas até que haja fumo branco e consequente escolha do novo Sumo Pontífice.
No Partido Comunista quando se elege um novo Secretário Geral, a escolha é feita pelos numerosos delegados do comité central, que de braço no ar, e de olhos nos olhos, escolhem o seu novo Líder.É um Partido com paredes de vidro.
No Sporting em dia de eleições presidenciais, aparecem três estafetas do BES que entregam ao conselho Leonino, um envelope com o nome escolhido pela instituição bancária, do próximo presidente do Sporting.E assim dá-se a Cooptação do novo Presidente.
Pedro Santana Lopes, foi o 1º Presidente da Era Roquete e que mais tarde viria a mostrar a sua perícia ao comando da Nação.Mas isso são contas de outro rosário.
Depois temos a envagelização das massas.
Dizem-me que nos estatutos do Sporting não é permitido, aos seus adeptos, criticar o clube em público.Tal como nos Partidos Comunistas as querelas são decididas dentro de casa e quem critica as cúpulas é proscrito. Ou passa para ala dos renovadores.É um clube com paredes de cristal.
Nas Igreijas, organizações democráticas por excelência, as criticas também não são bem toleradas.
Roma adoptou inclusivé, no sec. XV, a Santa Garduña para tratar dos seus críticos.
O Sporting tem a Juve Leo.
Bramindo barras de ferro invadem o campo quando o adversário marca um golo.
Martinho Lutero, Mikhail Gorbatchev e Dias da Cunha pagaram um preço bem alto pela sua insolência.
Por fim, a Teoria da conspiração.
Um comunista, culpa amiúde o capitalismo e as multinacionais, por todos os males e desigualdades existentes na sociedade.
Como se a capacidade individual, fosse matéria inócua.
Um fanático vê nas outras religiões, o princípio do caminho para o fim da humanidade.
Todos os que não alinham nos seus credos são infieis causadores do apartar do Rebanho.
Um Sportinguista Puro, nunca assume a derrota como uma causa interna.Não, isso nunca.
Para ele, uma derrota do seu amado clube, tem quase sempre como causa a incompetência alheia.
São os arbitros, o sistema, a UEFA, a FIFA, o vento, a chuva mas nunca as medíocres equipas que tem construído ao longo dos tempos, e que lhes permitiu ganhar apenas, cinco campeonatos nacionais (de futebol sénior), nos últimos 35 anos.De arrepiar o mais optimista.
Das frustações, nasce a auto-flagelação.
Enquanto para uns, mais dados ao esóterico, basta apertar o cilício e pronto, outros juntam-se em grandes hordas, aos gritos, em “manifs” a protestar contra tudo, e contra todos que possam ter uma vida melhor que a deles.
Há ainda aqueles que entram em estádios desportivos, de luto, e com um caixão ás costas.
Em suma, Roma teve necessidade num dado momento da sua história, de criar uma religião de Estado para dar coesão ao império e escolheu o cristianismo para desempenhar esse papel, apagando todos os outros credos existentes à época.
Vladimir Ilitch Lenine com a sua revolução Bolchevique, apagou do mapa a Rússia dos Czares que vivia num sistema feudal e atrasado, e introduz um sistema económico que nega a propriedade privada dos meios de produção, criando uma nova ordem social.
O Projecto do Dr. Roquete, faz um corte radical no sistema de gestão do clube, substitui dirigentes de valor como Paulo Andrade, Sousa Cintra ou Jorge Gonçalves, por gestores do mercado financeiro, com um marketing eficaz, na tentativa vã, de se tornarem num novo clube, diferente daquele que nunca pagou impostos, que pagava salários de faxina aos seus melhores atletas, que também como outros conforme os tempos e as vontades, fizeram acordos e alianças com a facção no poder, e que apresenta um paupérrimo palmarés (de futebol sénior) no seu historial.
Esta imagem não apagaram.


Casquinada da Semana:
“...Luís Duque, foi na minha opinião, o maior cancro que passou por Alvalade nos últimos tempos. Como acha que o lampião Norton de Matos trabalhou no Sporting? As contratações sul-americanas que indicava, como acha que eram feitas? Felizmente varremos esses mafiosos de Alvalade! “
Vermelhonunca in redvermelho.blogspot.com, 21/11/06

quarta-feira, novembro 22, 2006

O tal lance do Lucho de que tanto se falou


Como tanto se falou deste lance, aqui fica a imagem para apreciação.

Artigo de Opinião do Condómino Fura-Redes

O CÓDIGO DAVEIGA

Notas prévias:
(Desde já peço desculpa pela fraqueza e simplicidade do post que se segue, mas atento o meu debilitado estado de saúde não me permite ir mais além, apenas redigindo o texto que se segue, por respeito ao Sr. Blogger e face ao compromisso que perante ele assumi.
Não farei referências aos jogos de ontem – a que acabo de assistir, face à hora a que escrevo este artigo –pois bem sei que serão alvo de tratamento autónomo.
Para além do meu fraco estado, confesso, por um lado, que o condómino Vermelho nunca tratou, e de forma brilhante, o tema que tinha elegido e, por outro, que o tema sucedâneo que tinha – o 3º aniversário do Estádio do Dragão – soçobrou perante o corrupio dos últimos acontecimentos, que tratarei de seguida).

Foi uma quinzena negra para o Futebol Clube do Porto, que culminou com o arresto de bens e com a detenção de um dos seus prestigiados colaboradores, detentor, inclusive, de uma brilhantina da L`Oreall a pevide dourada.
Independentemente do rumo que depois assumiu, quando deixou de ser sério, o certo é que José Brilhantina não pode ser olvidado pelos grandes préstimos com que contribuiu para engradecer o meu clube.
De facto, recordo-me, ainda, quando, ainda sem saber ler o Português de Carrilho, expressando-se com dificuldades como o carralho, conseguiu, no Grão Ducado do Luxemburgo, angariar 35.000 sócios para o Futebol Clube do Porto, dos 5.000 compatriotas que se encontravam naquele País com 25000 habitantes, na altura.
Foi fantástico.
Por todos os favores que o nosso Jonh Travolta nos fez e continua a fazer, o meu muito obrigado.
Depois de terem penhorado a retrete das Antas, José Brilhantina foi alvo de um arresto. Estranho este comportamento da Administração Fiscal de privilegiar estas fontes de …


Mas, o que quero trazer hoje à baila são os segredos que se foram revelando ao longo destes 15 dias e que fui descortinando.
Toda esta história de José Brilhantina permitiu-me com a ajuda de especialistas perceber a real extensão do que se passa.


OS SEGREDOS DE DAVEIGA:


I) – O SEGREDO DA AVOENGA DE JARDEL

Quando Mário Jardel chegou, no Verão passado, a Aveiro estava longe de imaginar que isso seria o início das atribuladas aventuras de José Brilhantina.
Sei que quando Super Mário chegou disse que tinha vindo para recuperar as suas origens.
Na altura, apenas percebi que estava a iniciar-se uma mega-investigação, pois é publicamente sabido que Aveiro se caracteriza por eficazes e profícuas investigações. Aliás, há diversos cartazes a dizer “Só ria, está a ser investigado”.
Todavia, não percebia qual o âmbito da investigação.
Os acontecimentos recentes permitiram-se deslindar tal enigma.
O que está em causa é apenas é quem são os avós de Jardel e, eventualmente, quem poderá ajudar este a pagar os alimentos devidos os seus petizes.
Senão vejamos, basta juntar os sinais.

Há uns anos atrás ficámos a saber que Jardel era filho de João Vieira Pinto.
João Vieira Pinto sempre foi tido como filho do Major Valentim Loureiro, histórico presidente dos axadrezados.
Por sua vez, quando João Vieira Pinto foi para Madrid, foi acolhido por Jesus Gyl e Gyl, pai de Futre, sendo, por aquele apadrinhado.
Nessa altura, João Vieira Pinto era afilhado de Gyl e Gyl, meio-irmão de Paulo Futre e, ainda, filho do Major Loureiro.
O Major Valentim Loureiro sempre foi reconhecido como sendo progenitor do ex-vocalista dos Bananas, depois Ban, João Loureiro, que lhe sucedeu no cargo da presidência daquele clube, enquanto o Major Loureiro assumiu a presidência da Liga de Clubes, na qual foi, recentemente, substituído por um outro Loureiro, ignorando-se se este, também, fez ou faz parte dos Bananas.
Assim sendo, o Major Valentim Loureiro passou a ser reconhecido como avô de Jardel, sendo que este era sobrinho de Paulo Futre.
Sucede que, Mário Jardel só ficou a saber destes laços de parentesco quando jogava no Sporting sob o comando de Lazlo Boloni, começando a sofrer com as dúvidas que se lhe deparam e com a impossibilidade de recurso ao “Predictor”, de tal modo que teve necessidade de solicitar assistência médica.
Como se não bastasse, pouco tempo depois Jardel perdia Lazlo Boloni, e a sua árvore genealógica, constante do livro de notas daquele, além de que se viu separado de seu pai João Vieira Pinto.
Jardel sentia-se só, desamparado e decidiu desaparecer, até ao passado verão.
Depois de várias investigações, apurou-se o seguinte:
- Inácio que tinha orientado o pai de Jardel e conduzindo-o à conquista de um troféu, abandonou Jardel em Aveiro, pois conhecia o segredo e não o conseguia manter;
- Lazlo Boloni saiu recentemente do Mónaco, onde era treinador, por não preencher os requisitos mínimos da Princesa;
- Carvalhal, ex-treinador do pai de Jardel, João Vieira Pinto, passou a treinar o Super Mário.
Estes factores terão contribuído para que Jardel, embora tal não fosse pretendido, acabasse por ter acesso a informações confidenciais relativas ao seu pai e que lhe permitisse estabelecer a ligação que faltava.
Com efeito, ficámos, também nós, a saber agora, que João Vieira Pinto foi conduzido pela mão, foi acompanhado, foi representado por José Brilhantina. Era este o seu representante quando João foi para o clube onde viria a encontrar o seu filho.
José Brilhantina referiu expressamente que fez isto porque era amigo da FAMÍLIA. Da família deles todos, claro está.
Deste modo, ficámos a saber que José Brilhantina é, também, pai de João Vieira Pinto e avô de Mário Jardel.
Falta apenas saber se José Brilhantina se apodera do anterior cargo do Major e se passa a ser o maior no XADREZ.
Quanto ao arresto de bens efectuados na residência de José Brilhantina tem apenas como fim reconstituir as relações de parentesco e, simultaneamente garantir o pagamento de alimentos aos netos de José Brilhantina.


II – O TRADICIONAL SEGREDO DO NATAL

É típico deste período.
Milhares de inocentes são confrontadas com a verdadeira identidade do homem vestido de vermelho e branco.
Confesso que não aprecio muito este tipo de brincadeiras. Não me agrada nada alimentar mentiras, principalmente no que diz respeito a identidades. Mas o que é certo é que tal sucede com frequência.

Confesso, também, que desde início que sabia da verdade, e se calhar devia tê-la revelado desde a altura em que soube, porém sempre entendi que não me dizia respeito e que mais tarde ou mais cedo acabaria por se saber.
Pois bem, admito, independentemente de tudo aquilo que agora me acusem, mas sempre soube que o Mantorras era preto.
Prontos, está dito, está escrito, está publicitado, já não há nada a fazer.

Devo, também, adiantar que já algum tempo que andava desconfiado que o Mantorras ia acabar por descobrir, mas o que queria era que não fosse por mim, e isso consegui.
É certo que não pactuo com os meus consócios que, sem mais nem menos, acabaram por revelar tal segredo, mas mais uma vez a culpa foi de José Brilhantina.
De facto, não tivesse ele intimidado alguns adeptos portistas, nomeadamente os que trabalham nas repartições de Finanças (não sei se se recordam, mas na altura referi que o gesto significava que faltava UMA SEMANA para ser objecto de uma inspecção das Finanças – Bingo) e estes não teriam revelado tamanho segredo que vinha sido sendo guardado com imensos parafusos, alguns dos quais pertencentes ao visado.
É pena que Mantorras tenha sido confrontado com tal revelação nesta fase da sua carreira, quando já vinha recuperando a confiança, e já alinha alguns minutos antes de ser levantada a placa de descontos, por exemplo hoje (ontem) foram 4 minutos.

Todavia, neste momento outra preocupação me assola, se o Mantorras só agora soube que era preto, será que estará preparado para assumir uma qualquer relação com Filipa Gonçalves?
Será que sabe que ela também não é bem quem ele pensa?
Adiante.

Não percebi porque razão foram catalogados como racistas os simpatizantes do Futebol Clube do Porto que revelaram tal segredo.
Vamos imaginar a situação inversa, o Mantorras passa pelo Veiga quando este está a entrar no Tribunal de Instrução Criminal e diz assim “ uxi, oi ei pá tue Josei tai branco”.
Isto é racismo?
Claro que não, penso eu.
É normal, basta ver a publicidade do restaurador “Olex”, produto predilecto do José Brilhantina “… um preto de cabeleira loira…”(Beto????????).
Lembram-se?
Este reclame foi retirado, foi acusado de xenófobo? Claro que não. Nem podia ser.
Quando a Igreja Católica apregoa que um dos Reis Magos, o Baltazar Mantorras, era preto, significa isto que aquela Igreja é racista?
Evidente que não.
Apenas associam a ideia de racismo de xenofobia ao Futebol Clube do Porto por causa de uma má interpretação de uma prática que ali vem sendo seguida usualmente.
De facto, é usual o Futebol Clube do Porto recorrer ao Black-out, que numa tradução livre significa preto de fora, mas se atentarem bem, tal prática não é seguida literalmente à risca, visando outros fins.
Daí que, tal imputação não seja verdadeira.

Por outro lado, importa atentar nas últimas declarações do Petit da equipa dos pequenos, que diz que o Presidente Orelhas pode dizer o que quiser acerca deles, por que ele é que lhes paga.
Ora bem, assim sendo, como é, se as pequenas que dirigiram palavras ao Mantorras lhes estavam a mandar dinheiro, ao que se sabe moedas, também podiam dizer o que queriam, sendo certo que se ali estavam é porque, além daquelas oferendas, ainda tinham pago o respectivo ingresso.
Daí que não se perceba o queixume e muito menos o lagrimar, cujo significado ainda não tivemos oportunidade de consultar no Dicionário da WIKIVEIGA.

E, se em vez de moedas atirassem parafusos e chaves de fendas, ficaria mais satisfeito o Preto Mantorras?


III) - O SEGREDO DA EMENTA:

Para o jogo de sábado passado, o Benfica prometeu uma grande resposta como em forma de responder ao arresto de que foi vítima José Brilhantina, antes da sua demissão e, posterior, detenção.

E a resposta foi dada.
Na verdade, todos nós nos interrogávamos, quando líamos uma ementa num qualquer restaurante condigno, de onde surgia a designação desse pitéu tão conceituado que é o Frango da guia.
Pois bem, depois de vermos o jogo de sábado, percebemos que na ementa surge aquela inscrição porque a mesma foi originariamente feita por José Brilhantina, licenciado de ter de continuar a frequentar as aulas da 1ª classe do ensino especial de Português no Grão-Ducado, pois, na realidade, o que se pretendia escrever era frango d`águia.
Aliás, tal receita foi alvo de inúmeras homenagens nos relvados deste país ao avô de Jardel

terça-feira, novembro 21, 2006

Liga dos Astros

classificação geral da Liga dos Astros é a seguinte:

1º Lugar: Joker alho - 470 pontos;

2º Lugar: Caça-Lagartos/Suçuarana - 457 pontos;

3º Lugar: Kubas4EverTeam - 445 pontos;

4º Lugar: Nª Sr.ª do Caravagio- 439 pontos;

5º Lugar: Cruzados - 434 pontos;

6º Lugar: Afinal estou Vivo - 426 pontos;

7º Lugar: Caixa Campus - 424 pontos;

8º Lugar: Eagles - 404 pontos;

9º Lugar: Santy Thunder Team - 339 pontos;

10º Lugar: Caixa Blogus - 212 pontos;

Artigo de Opinião do Condómino Vermelho Nunca

Vivam os bragantinos

No passado fim de semana, o jornal Record apresentou um estudo acerca da distribuição dos sócios do Benfica, os tais que estão no Guinness. Planeta Benfica, é o nome aplicado à peça. Desmistificando certas convicções, indica o estudo, que o Porto não é propriamente um bastião de sócios encarnados. A minha ideia, fruto da vivência na própria cidade nortenha, era contrária. Mas continuo convicto que na cidade do Porto há mais adeptos benfiquistas que portistas. O espectro dos kits encarnados está assim fortemente implantado na zona de Lisboa, com 75.714 aderentes, em Setúbal, com mais de 18.000, e em toda a faixa litoral, com destaque para Leiria e Aveiro. Santarém, Coimbra, Braga, estão também nas regiões mais representativas dos adeptos do McDonalds. Analisei o dossier Kit sócio do Benfica - passarei a chamar-lhe Kit, pois acho que há muito boa gente que se tornou sócio pelo Kit e suas vantagens, e não pelo Benfica. São apenas 324 páginas, coisa pouca. Parceiros nacionais, parceiros estratégicos, parceiros regionais, há de tudo um pouco. Penso que Luís Filipe Vieira está de parabéns neste ponto. Tornou o Benfica um autêntico supermercado , com descontos de ocasião para quase todos os ramos de actividade. Descontos na Repsol, na PT, na TMN, na TV Cabo, nos seguros Açoreana, na Avis, em sapatarias, em lojas de desporto, em concessionários automóveis, em lojas de tintas, em casas de câmbios, enfim, uma imensidade de empresas que aderiram a este cartão.
Considerando que o Estádio da Luz nunca enche com gentes de Lisboa, embora se saiba agora que o clube tem mais de 75.000 sócios nessa zona do País, leva-me a deduzir que muita desta gente está-se perfeitamente nas tintas para o clube, usando o cartão para usufruir de descontos em refeições, combustíveis, etc. Será este o novo modelo de associado de clube que garante a sobrevivência dos mesmos? No caso dos encarnados penso que o Kit é um sucesso, como comprova a sua entrada no Guinness. Claro que não podemos colocar no mesmo cesto os sócios da Carris, ou dos STCP, pois aí penso que o Benfica ficaria a perder. Mas a filosofia do kit e dos passes sociais é idêntica: descontos. Eu sou sócio da Carris porque me compensa. Há inúmeras pessoas que são sócias do Benfica, porque lhes compensa. Eu sou sócio do Sporting, porque é esse o meu modo de viver o meu clube. Não sei se o futuro do Sporting será o do Benfica, mas espero sinceramente que não o seja, e contribuirei activamente para que isso nunca aconteça.
Realço o facto que o Benfica, embora tenha 6 milhões de adeptos em Angola+Moçambique, não ter conseguido a penetração de Kits desejada nesses países: 224 unidades vendidas . Claro que ter kits vendidos na Ucrânia, no Paquistão ou no Mónaco, nada tem a ver com o princípio de supermercado que Vieira implementou no clube. Aí sim, estão os verdadeiros adeptos do Benfica, aquele Benfica que se tornou grande na Europa e no Mundo, pelas conquistas desportivas e não pelos números de aderentes à banha da cobra.
Por fim, um viva a Bragança, pois é a região de Portugal Continental que menos kits tem.

segunda-feira, novembro 20, 2006

FCPorto 2 - Académica 1
Marítimo 0-1 Sporting
Braga 3 - Benfica 1
Maradona - Simplesmente o Melhor
Alguns dos melhores golos da Liga Bwin

Espaço Prof. Karamba - Champions

Os jogos sujeitos a aposta são os seguintes:

SLBenfica/Copenhaga;

CSKA/FCPorto;

Inter/Sporting;

Sevilha/Braga;

Como sempre, aqui deixo o meu palpite:

SLBenfica/Copenhaga: 3-0;

CSKA/FCPorto: 1-0;

Inter/Sporting: 2-0;

Sevilha/Braga: 3-0;

Espaço Prof. Karamba

A classificação geral do Espaço Prof. Karamba é a seguinte:

1º Lugar: Cavungi e Carlos - 210 pontos;

2º Lugar: Zex - 205 pontos;

3º Lugar: Vermelho Nunca - 195 pontos;

4º Lugar: Jorge Mínimo - 190 pontos;

5º Lugar: Fura-Redes - 185 pontos;

6º Lugar: Costa - 180 pontos;

7º Lugar: Kubas e Holtreman - 170 pontos;

8º Lugar: Vermelho Sempre - 150 pontos;

9º Lugar: Vermelho - 145 pontos;

10º Lugar: Estar Vivo é o Contrário de Estar Morto - 140 pontos;

11º Lugar: Samsalameh - 130 pontos;

12º Lugar: Francisco Lázaro - 125 pontos;

13º Lugar: Sócio - 110 pontos;

14º Lugar: Petit - 105 pontos;

15º Lugar: Braguilha - 65 pontos;

16º Lugar: Jimmy Jump Reloaded - 20 pontos;

17º Lugar: Sh Cala-te - 5 pontos;

Análise à Jornada

Duas semanas depois dos últimos jogos da Liga, devido à paragem (incompreensível) da competição por causa do compromisso da selecção nacional, o futebol voltou às quatro linhas.
A Briosa perdeu por 2-1, mas realizou a exibição mais consistente da época.
Manuel Machado apresentou um onze bem mais equilibrado do que o previsto, nem dramaticamente defensivo, nem inconscientemente ofensivo.
Estruturada num 4x3x3 que apostou na mobilidade do tridente ofensivo e na capacidade de circulação e condução de bola de Filipe Teixeira, a Académica foi uma equipa com propensão defensiva, mas sem abdicar do processo ofensivo.
A consistência do processo defensivo foi uma enorme surpresa.
Com excepção dos dois golos portistas, resultantes de duas clamorosas falhas defensivas de Lino e Pavlovic, a Briosa revelou uma organização e um equilíbrio no processo defensivo até então nunca visto.
Relativamente ao processo ofensivo, as transições rápidas eram a principal arma.
Tapar todos os espaços ao adversário, trocar a bola em passes curtos e explorar os corredores era o caminho proposto para chegar à baliza contrária. Para isso, a Briosa entrou em campo com Nuno Luís, Litos, Kaká e Lino na zona mais recuada; Brum, Filipe Teixeira e Pavlovic preenchiam o centro do terreno; e na frente Dame contava com a ajuda de Miguel Pedro e de Barbosa.
Jesualdo manteve-se fiel ao 4x3x3, mas procedeu a algumas alterações nos sectores defensivo e intermediário da equipa. Ainda não foi desta que repetiu o mesmo onze.
Com o ataque entregue a Quaresma, Lisandro e Postiga, na defesa saiu Fucile e reentrou Marek Cech para o lado esquerdo; no meio-campo, Paulo Assunção foi poupado e com isto Raul Meireles ocupou a posição de médio mais defensivo, auxiliado por Lucho González e por Jorginho.
O Porto em toda a 1ª parte, sentiu enormes dificuldades em explanar o seu jogo ofensivo.
Ainda assim, até aos 25 minutos, criou algumas boas situações de golo, todas elas saídas dos pés de Quaresma, com cruzamentos perigosos quer à esquerda quer à direita.
Usando e abusando do passe longo, até porque o curto falhava demasiadas vezes, os azuis e brancos perderam gás a partir do momento em que Lisandro falhou a grande situação de golo até então.
Na marcação de um livre directo, o avançado apareceu ao segundo poste e cabeceou contra Pedro Roma, a bola ficou perdida dentro da pequena área e o argentino voltou a enviá-la contra as pernas do guarda-redes da Briosa.
A partir deste momento, a Académica aventurou-se um pouco mais no ataque, arvorando-se Dame como a sua principal referência ofensiva.
Porque o golo não aparecia, ao intervalo Jesualdo Ferreira deixou o apagado Jorginho no balneário e chamou à equipa Bruno Moraes.
O brasileiro colocou-se nas costas de Postiga, prevalecendo agora o 4x2x4.
Quatro minutos bastaram para que Postiga fizesse o seu sétimo golo na Liga.
Todavia, foi um golo duplamente irregular.
Quaresma domina a bola com a mão e Postiga encontra-se em posição de fora de jogo.
Erro grave e com influência no resultado de Paraty.
Em vantagem no marcador e mais libertos da pressão, incompreensivelmente Jesualdo deu um passo atrás na táctica ofensiva: Ibson substituiu Lisandro e o Porto regressou ao 4x3x3 de origem.
Manuel Machado decidiu responder e desta vez foi feliz.
Saíram Hélder Barbosa, Filipe Teixeira e Brum e entraram Nestor, Paulo Sérgio e Sarmento.
O predomínio portista mantinha-se, mas o espírito ofensivo da Académica conhecia um novo fôlego.
Sempre com mais posse de bola, o Porto, ainda assim, não conseguia chegar ao golo da tranquilidade.
Postiga e Quaresma desperdiçaram as melhores ocasiões portistas.
Mas como quem não marca sofre, a Briosa chegou ao empate.
Dame fez um passe milimétrico para Nestor e, aos 76 minutos, o atacante bateu Helton, perante a complacência de Pepe.
Na sua primeira jogada de verdadeiro perigo, a Briosa conseguia o empate.
Jesualdo mexeu, de novo, e voltou ao 4x2x4 – saiu Meireles e entrou Alan.
Poucos minutos depois, na sequência de um canto marcado por Quaresma, Pepe, beneficiando de uma clamorosa falha de marcação de Pavlovic, fez o 2-1.
Um golo que resulta de uma nova forma de encarar defensivamente os cantos, que, para mim, é incompreensível.
No passado colocava-se um jogador em cada um dos postes. Hoje, coloca-se apenas um jogador no poste mais próximo do lado em que o canto é marcado.
Tal como se comprova neste caso, parece-me que não se ganha nada em prescindir da colocação de um jogador no poste mais distante.
Estivesse um jogador naquele poste e, certamente, que a bola não teria entrado.
Até final, a Académica ainda teve ocasião de assustar os portistas, mas o remate de Lino saiu por cima.
Belo jogo da Académica, moralizador, que poderá catapultar a equipa para voos mais consentâneos com as expectativas que o 4º maior orçamento da Liga suscita.
Vitória sofrida dos dragões.
Logo após, entrou em campo o Benfica para defrontar o Braga. Ou melhor, entraram onze indivíduos envergando a camisola do Benfica.
Estou certo que se tratavam de clones dos jogadores do Benfica, tal foi a pobreza franciscana da sua exibição.
O Benfica nunca demonstrou capacidade para vencer o jogo. Lamentável a exibição do Benfica. Mais uma derrota e mais uma vez encaixando 3 golos num jogo de grau de dificuldade elevado.
Ofensivamente a equipa não existiu e defensivamente acumulou erros infantis que determinaram a derrota.
A equipa nunca foi um bloco, mas apenas um conjunto de 3 linhas distintas e suficientemente distantes entre si para inviabilizar qualquer organização defensiva ou ofensiva.
Quando as linhas não formam um bloco, os espaços concedidos ao adversário e os espaços existentes entre os jogadores conduzem a equipa para o abismo da ineficácia ofensiva e defensiva.
O Benfica foi uma equipa sem chama, apática, sem agressividade e sem capacidade de sofrimento.
Os laterais nunca souberam dar profundidade ao processo ofensivo, os centrais apresentaram-se sempre intranquilos, Petit nunca acertou com a marcação a João Pinto, concedendo-lhe liberdades fatais, e, simultaneamente, nunca acertou com o tempo de passe e de circulação da bola, os interiores não abriram ofensivamente o losango, nem protegeram defensivamente os laterais, expondo-os a situações de 2/1, Simão nunca encontrou a melhor solução, verticalizou quando era de circular e circulou quando era de penetrar, Nuno Gomes voltou a falhar uma oportunidade clamorosa, cuja eventual concretização poderia ter dado um novo rumo à partida, para além de se ter furtado constantemente ao mais singelo dos contactos.
Miccoli, embora ausente da partida em alguns períodos, cotou-se, ainda assim, como a melhor unidade do Benfica, baixando para organizar o processo ofensivo
O Benfica, apenas, construiu duas verdadeiras oportunidades de golo, uma em cada uma das metades da partida, por intermédio de Nuno Gomes e Simão, respectivamente, e ambas a anteceder o 2º e 3º golos bracarenses.
O Braga foi um justíssimo vencedor. Foi sempre mais e melhor equipa.
O que faltou em vontade, agressividade, raça e organização ao Benfica, o Braga teve.
O Braga deu um pontapé na crise, relançando-se no campeonato.
Perante um adversário quase sempre à deriva e vazio de ideias, a equipa de Rogério Gonçalves foi grande e merecidamente vencedora.
Rogério Gonçalves estruturou a sua equipa no previsto 4x3x3, assente numa pressão alta que lhe permitiu encetar transições rápidas.
Com João Pinto como pensador do processo ofensivo bracarense, o primeiro golo surgiu num erro clamoroso de Quim.
Quim repôs mal a bola e Zé Carlos aproveitou para fazer um golaço.
Um erro à Moretto.
Sempre me manifestei contra a marcação de livres laterais junto à área pelos guarda-redes, pois qualquer erro é, normalmente, fatal.
O Benfica havia entrado letárgico, mas nem o golo sofrido o fez acordar.
As dificuldades para armar o seu jogo ofensivo eram mais do que muitas. As dificuldades para manter a bola na sua posse e fazê-la circular entre os seus jogadores eram enormes, ao ponto de os centrais se assumirem como os principais "construtores" do processo ofensivo.
Claro está que assim o ataque, pura e simplesmente, não existiu durante os primeiros 30 minutos da partida.
O Benfica nunca se conseguiu libertar da fortíssima pressão alta exercida pelo Braga.
Durante esse período, a bola nunca se aproximou sequer de Nuno Gomes e de Fabrizio Miccoli. Todavia, cerca dos 30 minutos, o fulgor inicial bracarense foi decaindo e a pressão foi decrescendo, o que permitiu uma ligeira subida de produção do Benfica.
Sem qualquer remate até então realizado, o Benfica beneficiou de um livre.
Katsouranis desviou de cabeça, Paulo Santos não segurou a bola e permitiu a Ricardo Rocha a igualdade no marcador.
O golo foi um bom tónico para o Benfica.
Foi, talvez, o período menos mau do Benfica na partida.
Por essa altura, logrou esboçar uma tímida reacção, assente numa maior proximidade entre linhas.
Nuno Gomes quase marcou de cabeça aos 38 minutos, no tal lance que poderia ter alterado o curso da partida.
Contudo, foi sol de pouca dura.
Logo após, João Pinto fez a bola embater na barra da baliza benfiquista e Maciel fez o 2-1.
Inacreditável a infantil perda de bola de Nelson a meio-campo que esteve na base do ataque rápido finalizado por Maciel.
Também neste lance Quim não esteve bem .
Pareceu-me mal colocado, já que a bola entrou junto ao poste mais próximo.
Depois, entrou em cena Fernando Santos.
Retirou do campo Katsouranis ao invés de substituir Petit, uma vez mais protagonista de uma péssima exibição.
Não se contesta a entrada de Karagounis, até porque a mesma se impunha na perspectiva de conseguir mais posse e circulação de bola.
Aliás, com a entrada de Karagounis o Benfica teve, indiscutivelmente, mais posse e circulação de bola, mas sem a mínima objectividade.
Tivessem retirado as balizas que o jogo não se ressentiria.
O domínio territorial pertencia ao Benfica, mas o controlo do jogo permanecia nas mãos dos bracarenses.
Na segunda metade, o Braga adoptou uma postura de clara expectativa, espreitando o erro adversário para chegar ao golo.
A meio da segunda parte, Fernando Santos mexeu na equipa, mas mal.
Substituiu Assis por Paulo Jorge, abdicando do losango e estruturando a equipa em 4x2x4.
Impunha-se a saída de Nélson, autor de uma exibição paupérrima, por troca com Paulo Jorge, por forma a conferir maior profundidade ao jogo lateral da equipa.
Por outro lado, manteve Nuno Gomes em campo quando se justificava a sua saída e a chamada de Mantorras.
Jogadores há que são intocáveis para Fernando Santos...
Aos 80 minutos, o Benfica desfrutou da mais flagrante oportunidade para empatar, mas Simão Sabrosa cabeceou por cima da barra.
Como quem não marca sofre, pouco depois o Braga matou o jogo, fazendo o 3-1.
Vitória sem contestação do Braga.
O Sporting venceu na Madeira o Marítimo por 0-1.
Não vi o jogo, nem sequer o seu resumo, pelo que me abstenho de fazer qualquer comentário à partida.

sábado, novembro 18, 2006

Quaresma mete a mão naquilo

sexta-feira, novembro 17, 2006

Danificar a camisola e o clube!

Casquinada da Semana

Aqui fica o prometido post para que possam dizer de vossa justiça e eleger a casquinada da semana.

Antevisão da Jornada

Braga/Benfica

Este sábado, o Braga irá receber pela 51.ª vez o Benfica em jogos a contar para o Campeonato nacional. Num rápido olhar pela história dos confrontos entre as duas equipas é fácil constatar que as águias não se dão mal com os ares do Minho, onde ganharam em mais de metade dos jogos. De facto, em 28 ocasiões a vitória sorriu aos encarnados de Lisboa, registando-se ainda 15 empates e apenas sete triunfos dos arsenalistas. O domínio dos lisboetas é ainda claro quando se fala de golos, tendo marcado 88 golos e sofrido apenas 49.
Mas, apesar da história ser claramente favorável ao emblema da Lisboa - que, inclusivamente esteve sem perder em Braga entre 1967 e 1999, num total de 26 jogos -, a verdade é nos últimos anos os bracarenses têm conseguido equilibrar as contas levando inclusivamente vantagem nos últimos dez embates, somando quatro vitórias, três empates e outros tantos desaires.
Aliás, a última vitória das águias foi obtida ainda no tempo de José António Camacho, em 2003/04, quando os encarnados venceram de forma clara por 3-0. Nessa partida, Miguel, Simão e Sokota foram os marcadores dos golos e, curiosamente, Quim - actual titular da baliza das águias - era o guarda-redes do Braga.
Na época seguinte, que marcou o regresso do Benfica à conquista do título de campeão, os arsenalistas travaram a caminhada da equipa de Giovanni Trapattoni, obtendo um nulo.
Na última época, num jogo espectacular, a vitória acabou por sorrir ao Braga, que ganhou por 3-2 num jogo em que a estrela foi Bevaqua, autor dos dois últimos golos da equipa da casa.
O Benfica de Fernando Santos é estruturalmente diferente do Benfica de Ronald Koeman e de Giovanni Trapattoni.
Se os antigos treinadores eram adeptos fiéis do 4-3-3, Fernando Santos opta por um 4-4-2 em losango.
Confesso que sou um admirador do 4x4x2 em losango.
Analisadas as vantagens e desvantagens, é o sistema mais perfeito dos imperfeitos.
Claro que há mais vida para lá dos sistemas, pois que estes dependem largamente dos jogadores que os colocam em prática.
Trata-se de um sistema que requer uma equipa compacta, a jogar em bloco, e que apele às tringulações ou às pequenas sociedades entre jogadores como diz Freitas Lobo.
Se analisarmos a disposição dos jogadores em campo, daria para formar vários triângulos: lateral - médio interior - avançado; trinco - médio interior - médio ofensivo ; médio ofensivo - primeiro avançado - segundo avançado.
É, portanto, um sistema que requer proximidade entre os seus elementos (daí a necessidade de a equipa jogar compacta), para privilegiar uma circulação de bola rápida e apoiada.
O losango de meio-campo deve funcionar quase como um harmónio, para que os seus quatro elementos estejam sempre próximos uns dos outros e também dos restantes elementos da equipa.
A força motriz deste modelo assenta na disposição em diamante do quarteto de meio campo, de forma a potenciar uma melhor ocupação de espaços e critério na circulação de bola.
Há que identificar e criar automatismos colectivos inerentes às diferentes zonas: zona defensiva, onde se situa o trinco (típico n.º 6); zona de construção, onde se encontra, normalmente, o jogador mais talentoso (o chamado n.º 10); e, por fim, a zona de transição, onde imperam os médios interiores, encarregues de, muitas vezes, definir o ritmo e organizar a ligação entre sectores. Será na fluidez e equilíbrio do losango que residirá grande parte do sucesso da equipa.
Os médios interiores representam um papel chave neste sistema.
São eles que compensam e/ou apoiam as subidas dos laterais e promovem o alargamento e estreitamento do losango, consoante a equipa detenha, ou não, a posse de bola.
Para estas posições, exigem-se jogadores completos (com rigor táctico), ou seja, que saibam desempenhar tarefas defensivas (dobrar, bascular, pressionar), mas também tenham critério quando têm o esférico em seu poder (qualidade de passe e visão de jogo).
A presença de dois avançados a pisar a grande área adversária oferece maior poder de fogo, ao contrário do modelo 4x3x3.
Por sua vez, a grande pecha está relacionada com a inexistência de flanqueadores puros, ficando as tarefas de jogar junto à linha para os laterais.
Quando estes não demonstram propensão a subir, a equipa pode ter dificuldades em alargar o jogo e criar espaços de penetração.
Este foi o principal problema da 1ª tentativa de Fernando Santos de jogar neste sistema – os laterais, pura e simplesmente, não exploravam ofensivamente o seu corredor.
Fernando Santos passou os últimos meses em busca da rota táctica certa para o seu Benfica. Parece que a encontrou.
Fernando Santos é um treinador obcecado pela posse de bola.
O seu modelo de jogo assenta na posse e circulação da bola, bem como pela exploração do jogo lateral, através dos flancos.
Nesta fase da época, a equipa ainda denota alguns desequilíbrios na transição defensiva, sendo ainda algo incipiente a primeira fase de construção, à saída da área.
A instabilidade da equipa no controlo do momento defensivo do jogo deriva, em larga medida, da lenta e precária transição do processo ofensivo para o defensivo, revelando problemas de re-organização posicional.
Hoje por hoje, este é o principal problema da equipa do Benfica, ultrapassada que se mostra a compatibilidade entre Petit e Katsouranis.
Com uma clara definição de funções, Petit (fixo à frente dos centrais, como um trinco clássico) e Katsouranis (vértice direito do losango, liberto para surgir a rematar ou desequilibrar ofensivamente) adquiriram mecanização de movimentos para serem compatíveis no mesmo onze.
No vértice ofensivo Simão, entre-linhas, ora organiza, ora faz o último passe. E o que tem crescido Simão como jogador…
Descai para uma faixa (sobretudo a esquerda), arrasta marcações e abre espaços para o recuo de Miccoli, que, nessa troca posicional, desequilibra as defesas adversárias. Sobre a esquerda, Nuno Assis, é um falso interior que sabe flanquear o jogo.
A profundidade pelos flancos é garantida pela subida de Nelson e de Léo, que actuam como verdadeiros “carrilleros” à imagem do futebol sul-americano.
Assim, nesta dinâmica, mais do que um losango, o Benfica forma dois triângulos a meio-campo – Petit, Katsouranis e Assis/Simão, Nuno Gomes e Miccoli.
Luisão "trouxe" uma lesão da selecção e deverá ser substituído por Anderson.
O Benfica deverá alinhar com Quim, Nelson, Anderson, Rocha e Léo, Petit, Katsouranis, Assis e Simão, Nuno Gomes e Miccoli.
O Braga de Rogério Gonçalves é uma incógnita, mas o seu percurso enquanto treinador permite antecipar o sistema e o modelo de jogo que deverá apresentar.
No que concerne ao sistema de jogo, o novel técnico bracarense opta, por regra, por um clássico 4x3x3, sistema no qual a equipa até apresenta rotinas consideráveis, já que este, também, era o sistema perfilhado por Jesualdo.
4 defesas, um médio de cobertura ou trinco, dois médios interiores, dois alas e um ponta de lança.
4x3x3 clássico, com o triângulo do meio-campo a ser formado a partir do vértice recuado.
Este sistema depende ofensivamente, em larga medida, da maior ou menor amplitude de movimentos dos médios interiores para se assumirem como box-to-box e das diagonais dos alas no apoio ao ponta de lança.
Defensivamente, a equipa transforma-se, estruturando-se num 4x5x1, com os alas a fechar no meio-campo.
No que tange ao modelo de jogo, defrontando um grande, Rogério Gonçalves deverá privilegiar as transições ofensivas rápidas, articuladas em ataques rápidos e contra-ataques, procurando explorar a velocidade do tridente ofensivo.
Sem Hugo Leal e com Maurício e Nem castigados, Rogério Gonçalves deverá apresentar Luís Filipe, Paulo Jorge, Irineu e Carlos Fernandes formando o quarteto defensivo.
Madrid deverá alinhar à frente da defesa, nas funções de médio de cobertura, enquanto Vandinho, sobre a meia-direita, e João Pinto, sobre a meia-esquerda, serão os interiores, que procurarão alimentar e envolver-se na dinâmica atacante, onde deverão pontificar Maciel, no flanco direito, Cesinha ou Wender, do lado contrário, e Zé Carlos no eixo do ataque.
Partida de elevado grau de dificuldade para o Benfica, acentuado pela recente “chicotada psicológica” bracarense.

FCPorto/AAC

Este Sábado, o Porto irá receber pela 54.ª vez a Briosa em jogos a contar para o Campeonato nacional.
Em 41 ocasiões a vitória sorriu ao Porto, registando-se ainda 8 empates e apenas cinco triunfos dos estudantes.
Jesualdo deverá manter-se fiel ao sistema apresentado em Setúbal, onde apostou em Jorginho para actuar no espaço que antes era de Anderson, a zona interior esquerda do meio campo, com liberdade para entrar desde trás.
Com a entrada de Jorginho, a dinâmica ofensiva alterou-se.
Jorginho jogou mais interior, desequilibrando em zonas centrais, quer no passe, quer a acelerar jogo, ao passo que Lisandro flectiu para perto de Postiga, abrindo o corredor para a subida de Bosingwa que surgiu, a atacar, na posição do extremo.
Assim, o Porto deverá apresentar-se em 4x3x3, embora com cambiantes.
O triângulo invertido do meio-campo indica que Lucho e Jorginho ficarão encarregues de ligar os sectores – Jorginho mais na zona de construção – sobrando, unicamente, um pivot defensivo que procura garantir a harmonia em zona de recuperação.
Hélton, Bosingwa, Pepe, Bruno Alves e Cech (Fucile só hoje chega da selecção e deverá ser preterido), Assunção ou Meireles, Lucho e Jorginho, Quaresma, Lisandro e Postiga deverão ser os eleitos de Jesualdo.
A Briosa enfrenta um dos seis mais fáceis jogos da temporada
Contra os grandes, nada há a perder e tudo há a ganhar.
Com esta jornada completar-se-á um terço do campeonato.
Temos 10 pontos, o que extrapolando para 30 jornadas nos dará 30 pontos.
Em princípio devem chegar, atentas as fragilidades das equipas do fundo da tabela.
No entanto nunca fiando.
Um ponto nas Antas era oiro sobre azul.
Seria deveras moralizante.
Todavia, a fragilidade demonstrada até ao momento não augura nada de bom.
Manuel Machado deverá apostar num sistema de 5x3x2 de clara vocação defensiva.
Aliás, nos minutos finais do jogo contra o Estrela teve ocasião de testar o sistema, com resultados, diga-se, tenebrosos.
Manuel Machado procura dar consistência ao sector mais frágil da equipa – a defesa.
Todavia, não me parece que o consiga.
Jogando com 5 ou 10 defesas, o problema permaneceria, qual seja a falta de qualidade dos elementos que compõem a linha defensiva.
Káká, Litos e Medeiros deverão ser as apostas de Machado, mas nenhum deles dá garantias mínimas de fiabilidade.
Nuno Luís e Lino deverão ser os laterais, mas com indicações para se cingirem a movimentos defensivos, procurando mais bascular dentro do que explorar o flanco (ainda assim, pelas suas características, Lino deverá apresentar alguma propensão ofensiva).
À frente da defesa, Manuel Machado deverá apostar numa linha de 3 médios de características defensivas, a saber Alexandre, caso recupere, ou Pavlovic, Brum e Paulo Sérgio.
Aposta clara na contenção.
Preferia que abdicasse de um e promovesse Filipe Teixeira à titularidade, por forma a garantir uma posse e circulação de bola mínimas.
Na frente, a aposta deverá recair em Dame e Miguel Pedro, procurando explorar a sua velocidade.
Equipa com especial tracção defensiva, na qual os médios deverão alinhar junto dos defesas e os avançados distarão, pelo menos, uns bons 30 metros dos médios.
Jogo de prognóstico, claramente, favorável ao Porto.

Marítimo/Sporting

Este Domingo, o Marítimo irá receber pela 26.ª vez o Sporting em jogos a contar para o Campeonato nacional.
Em 16 ocasiões a vitória sorriu ao Sporting, registando-se ainda 3 empates e apenas sete triunfos dos maritimistas.
Paulo Bento fará alinhar a sua equipa no habitual 4x4x2 em losango, apostando num pivot defensivo e explorando as diagonais e trocas posicionais do trio da segunda linha do meio campo, cujas movimentações se cruzam com a mobilidade da dupla ofensiva.
O 4x4x2 em losango de Paulo Bento apresenta cambiantes que o diferenciam do sistema na sua vertente mais tradicional.
Neste sistema, o espaço deixado nos flancos exige a presença de laterais.
Como os jogadores da zona intermediária ocupam posições mais interiores, a profundidade de jogo deve ser acompanhada pela subida constante dos laterais, desenvolvendo triângulações com os elementos mais adiantados.
Na sua vertente mais pura, o sistema postula a co-existência de dois flanqueadores que avançam, em progressão, desde terrenos mais recuados.
Aqui reside a diferença o 4x4x2 em losango de Paulo Bento.
Raramente se vê Paulo Bento optar pela inclusão, no onze titular, de dois laterais ofensivos (Abel e Ronny ou Tello, para citar um caso).
Normalmente, o treinador leonino gere a deslocação dos jogadores mais ofensivos, com movimentos de dentro para fora.
É assim que a equipa se estende e procura alargar o jogo, seja com um dos avançados a procurar fugir à marcação, seja pelos movimentos laterais dos médios de transição.
Paulo Bento, em vista do jogo de Milão e da sua inabalável fé na rotatitividade, deverá fazer alinhar Ricardo, Abel, Polga, Tonel ou Miguel Veloso e Tello, Custódio, Moutinho, Nani e Martins, Liedson e Alecsandro.
Motivado por uma série de excelentes resultados, o Marítimo deverá apresentar o mesmo onze da pretérita jornada.
Assim, deverá actuar no 4x2x3x1 tanto do agrado de Ulisses Morais composto por Marcos, Zé gomes, Gregory, Milton do Ó e Evaldo, Wenio e Olberdam, Filipe Oliveira, Marcinho e Luís Olim, Lipatin.
Jogo de grau de dificuldade elevado para o Sporting, ainda para mais porque antecede a decisiva visita a Milão.

quinta-feira, novembro 16, 2006

Carlos Lisboa 45 pontos contra o partizan

Um dos meus maiores ídolos desportivos
Gato Fedorento - Barroso/Burroso
Isto sim é Futebol!
Só Grandes Golos

Liga dos Astros

Fica, desde já, disponível o presente post para que apresentem o vosso onze para a próxima jornada.
Peço-vos que não o façam por simples remissão para o apresentado em semanas anteriores, solicitando-vos que, caso pretendam repetir o onze titular da semana passada, o republiquem.

Espaço Prof. Karamba

Os jogos sujeitos a palpite, esta semana, são os seguintes:

F.C. Porto-Académica;

Sp. Braga-Benfica;

Marítimo-Sporting;

U. Leiria-Boavista;

P. Ferreira-Naval;

Como sempre aqui deixo, desde já, o meu palpite:

F.C. Porto-Académica: 3-0;

Sp. Braga-Benfica: 1-2;

Marítimo-Sporting: 2-1;

U. Leiria-Boavista: 1-2;

P. Ferreira-Naval: 1-1;

Selecção e Clubes

Ontem, fui com a família ver o Portugal/Casaquistão.
Vencemos com extrema facilidade, a qualidade do jogo foi fraquinha, mas o que mais me impressionou foi a quantidade de mulheres e crianças que se encontravam nas bancadas.
Um verdadeiro caso de estudo.
Inclusivé, arrisco dizer que se verificava paridade entre homens e mulheres.
A selecção tornou-se, definitivamente, um espaço diferenciado no contexto do futebol português. Longe da rivalidade clubística e do clima de conflitualidade latente que perpassa pela generalidade dos jogos da Liga Bwin, a selecção é um oásis.
Enquanto que nas partidas da Liga as bancadas apresentam um aspecto desolador, nos jogos da selecção, por regra, os estádios enchem.
E enchem porque os bilhetes são baratos e a animação constante.
As mulheres e as crianças deslocam-se aos estádios porque querem participar da festa em que se tornaram os jogos da selecção.
Há um sentimento de pertença e de partilha que potencia a afluência de público.
A ideia de selecção enquanto desígnio nacional, também, contribui e muito para a adesão em massa dos espectadores.
O clima de segurança, tranquilidade e comunhão arrasta os espectadores para o estádio.
Tudo o que falta na Liga Bwin.
Os clubes cristalizaram-se na gestão do produto que comercializam.
Na generalidade dos casos, os bilhetes são caros, inexiste qualquer tipo de animação que preencha os tempos mortos e vive-se um clima de conflitualidade latente que contribui para a guetização do futebol no seu mercado tradicional.
Se a isto juntarmos a qualidade do espectáculos que, por regra, não ultrapassa o sofrível, então percebemos a razão pela qual os nossos estádios estão cada vez mais vazios.
Vender futebol não é mais vender apenas o jogo.
Ignorar a necessidade de introduzir novas formas de divertimento e de atracção do público é contribuir para matar o futebol nos estádios.
Olvidar que as declarações bélicas antes e depois dos jogos produzem efeitos sobre potenciais nichos de mercado a explorar é contribuir para matar o futebol nos estádios.
Esquecer que lançar suspeitas sobre a transparência das competições e anátemas sobre os agentes desportivos descredibiliza o produto é contribuir para matar o futebol nos estádios.
E isso é, precisamente, o que os clubes mais têm feito.

Artigo de Opinião do Condómino Samsalameh

Passar Tempo!!!

Ontem estriei-me nas lides futebolísticas alentejanas e claro que aqui se joga mais com o tempo...nada tinha a ver com o que se passava em Aveiro em que se procurava a todo o custo a goleada fosse para que lado fosse.
Fiquei numa equipa, onde depois do “Grande Sokota”, aos 5 minutos de jogo, ter inaugurado o marcador, desde logo ficou estabelecido que quem tinha que atacar era a equipa adversária e ali se colocaram 5 jogadores sempre à defesa, tipo Belenenses, Beira-Mar, Académica, Boavista, Naval, etc. e tal, quando jogam contra as equipas ditas grandes...Meus amigos e grande grande só há um, o Benfica, já que as outras por muito que queiram nunca chegarão a um(a) Guinness...Podem isso sim almejar ter dirigentes á altura do Veiga, mas não quero hoje falar desse episódio que muito me agradou
E o jogo, que se realizou no Pavilhão da “Petrogal” (não, não tenho acções!), acabou mesmo 1-0 e durante 55 minutos fez-se exactamente o mesmo que as ditas equipas pequenas fazem...passar tempo!!!
Que saudades eu tenho dos jogos em Aveiro!!!! Um dia irei conseguir arranjar maneira de por aí aparecer...
O passar tempo num jogo de futebol é das coisas mais irritantes que qualquer adepto daquela modalidade, como eu, odeia!! Eu, por exemplo, e até há poucos dias isso foi aqui lembrado por alguns Dignos “Blogeurs”, quando me deslocava ao Estádio Cidade de Coimbra a ver os jogos da Briosa, berrava com os jogadores que envergavam a camisola negra por, seja por que motivo fosse e estivesse o resultado que estivesse, fizessem ronha e andassem por ali a gritar pelo Menino Jesus quando nada tinham, estavam a um metro da linha lateral, mas só se levantavam se viesse a equipa médica, a qual tinha que atravessar o campo todo, cerca de 60 metros e famosa mota guiada por outra pessoa que ajudava à festa da ronha, chegando até a deixar o motor ir abaixo a meio caminho.
Sem querer ser pretensioso, a atitude dos adeptos das equipas ditas pequenas tem que mudar para bem do futebol. Bater palmas a um jogador que está a fazer fita e a pedir assistência médica é a coisa mais ridícula que assisto nos jogos que vou ver. Devia antes esse mesmo jogador ser assobiado e enxovalhado pela própria massa adepta para todos nós ficarmos a ganhar.
Obrigar os jogadores a correr o jogo todo, sem paragens, era isso que devia acontecer, devendo para tanto, quanto a mim, ser introduzida uma nova regra no futebol português: assim que entrasse a maldita maca e o veículo que a transporta esse jogador tinha que ser automaticamente substituído!!!.
É por isso que adoro o futebol inglês, os adeptos batem palmas quando a sua equipa é goleada, mas sabem que eles se esforçaram o jogo todo para conseguirem exactamente o contrário. Por outro lado, quase nem se nota na presença do “referee” e, sem haver aquela regra instituída, na realidade só quando entra a maca e a equipa médica é por que o jogador está realmente lesionado e tem que ser substituído.
O futebol português, fora raras excepções, mais parece um Lar de Idosos, onde...se passa o tempo!!!

quarta-feira, novembro 15, 2006

Artigo de Opinião do Condómino Braguilha

Conhecer o segredo das coisas
rerum cognoscere causas

Antes de passar à exploração do assunto do artigo, gostaria de referir que este texto resulta da pressão que me tem sido feita para assumir uma publicação regular.
De momento, encontro-me à experiência.
Depois logo se verá.
Certo é que não possuo o fino traço literário ou o tom jocoso e irónico do Bocage dos tempos modernos que se assume com o pseudónimo de Fura-Redes, o discurso analítico e cerebral do nosso caro Administrador ou o rigor e objectividade de um Cavungi, entre outros.
Aliás, este desafio torna-se ainda maior tendo em conta que alguns dos trabalhos recentemente publicados atingiram um patamar de qualidade que, a não ser ultrapassado deveria, pelo menos, ser mantido.
No seguimento da apresentação de alguns artigos de opinião já publicados, ficámos a saber, entre outras coisas:
-a razão por que o nosso amigo Cavungi não sofre com a equipa das quinas – aventando-se, digo eu, alguma ascendência tobaguenha- ,
-a nostalgia da infância do nosso ilustre Fura-Redes que, entre bolinhos de bacalhau e uma coxa de frango, passava agradáveis tardes domingueiras entre a res do futebol
-ou, até, a explicação do caríssimo condómino jc/Carlos que se assume como um grande vira-casacas que, num momento de fraqueza, abandona o seu, até então amado, FCP para se deixar levar pelas teias que a vida tece e passar-se para o “inimigo”.

Este é, portanto, o tema deste artigo: porque sou portista e não de um outro clube? Será que me revejo nos princípios cívicos e desportivos do meu clube? Nem sempre se verbalizam estas questões, mas o que é certo é que todos nós conhecemos outros adeptos com uma atitude perante a vida diferente da nossa. E se observarmos bem, muitos deles possuem um padrão de comportamento comum como, aliás, é bem patente neste blog.
Antes de mais, é importante percebermos que um clube de futebol não é mais do que uma associação desportiva, embora nos dias de hoje o fenómeno futebol, tenha perdido essa noção exacta (por ele matam-se pessoas, por ele já países entraram em guerra!). O associativismo, reflexo do dinamismo cívico das populações, manifesta-se em áreas tão diversas como a nível musical, cultural, recreativo, desportivo, entre outros. Por isso, as agremiações representam, antes de mais, a localidade onde se inserem dentro de um espírito que as anima e só a elas pertence. E aqui reside o busílis do razão porque é que eu só poderia ser do Porto e nunca do Sporting e muito menos do Benfica. Por ventura, alguém desejaria que o clube rival ganhasse à sua equipa de bairro ou de freguesia? Haverá algum português que, à excepção do Cavungi, não terá sofrido com a derrota de Portugal na final do Euro2004?... Pois também eu sofro por aqueles que representam a minha região. Ser portista é, antes de mais, um estado d’alma, uma forma de estar na vida; é ser-se incondicionalmente bairrista, é ter-se um amor irracional pela cidade/região. A explicação para estas atitudes e valores remontam ao berço da nacionalidade; repare-se o papel que a cidade teve ao longo da história como garante da independência do país e que lhe valeu o epíteto de Invicta. Este modus vivendi é intrínseco a estas gentes ( para quem antes partir que torcer ) e pode encontrar-se não só entre portistas, como também entre adeptos de outros clubezecos vizinhos. Mas poderão perguntar: só é portista quem é do Porto? Obviamente que não. O portista é aquele que num combate de boxe torce, naturalmente, pelo mais fraco. Ser portista significa lutar contra poderes instituídos, conquistar o respeito dos demais pelo esforço e abnegação, encontrar forças na fraqueza, impor-se pela teimosia dos seus ideais. É por isso que, por aqueles que o representam, o grande rival só poderia ser o Benfica (não me refiro à grandeza instituição nem à importância desportiva que teve num passado longínquo). Refiro-me à sobranceria, ao desdém com que olham todos os outros; à arrogância com que exibem o seu palmarés, à vaidade do tamanho do seu estádio, ao parolismo do certificado do guiness... O Porto conseguiu, à custa de muito esforço, o respeito internacional e, não há muito tempo, um certo presidente (que neste preciso momento deve estar a ver o sol quadriculado) reduzia o FCP a uma existência niilista “é um clube regional que ninguém conhece”. Não se pode, eu sei, julgar a instituição por este tipo de palermas. Mas qual o adepto/tipo do Benfica? Que valores cívicos e desportivos representa? Para começar, representa mais que a freguesia da cidade. É um clube nacional com uma implantação rural e apoiado, maioritariamente, pelo povo néscio. À excepção de uma pequena parte letrada (onde integro os meus caros amigos deste blog), são adeptos boçais, não muito inteligentes cujo discurso redundante versa, apenas, glórias (muito) antigas e estatísticas mecanizadas: o número de adeptos, o tamanho do estádio, o número de campeonatos e blá, blá, blá… É difícil manter-se uma conversa elevada com eles. Cristalizados que estão em meia dúzia de conceitos, são incapazes de reconhecer o mérito ao adversário, admitir uma agressão dissimulada ao perónio de um jogador ou observar o erro técnico de um árbitro que os beneficiou. Recentemente, num diálogo com um destes energúmenos, tentava fazer-lhe ver a importância das recentes vitórias internacionais do FCP e o prestígio que isso representava para Portugal. Pois o obtuso não só não reconheceu a evidência como contra-argumentava com a importância que o troféu Ramón Carranza teve, à época, para o país!!! É claro que no Porto também temos adeptos destes mas não somos, na maioria, “popularuchos”; sendo um clube regional, abraça, diagonalmente, adeptos de todas as classes. Recebi, na semana passada, um mail com a fotografia de um camião de transporte de porcos, todo decorado com elementos alusivos ao glorioso e onde se poderia ler, junto ao emblema do clube, “Transporte de Animais Vivos”. Não duvido que este adepto quis, inocentemente, mostrar o seu benfiquismo. No entanto, o que não deixa de ser curioso, é que esta atitude, mesmo analisada à luz da irracionalidade do futebol, manifesta uma profunda limitação intelectual e a total perda da noção do ridículo. Por momentos, quase que consigo imaginar o orgulho daquele camionista quando se cruza com outros colegas de profissão, como reagirá às provocações e impropérios, como responderá às palavras de estímulo e às palmadinhas nas costas...
Um sportinguista jamais exibiria tal requinte de malvadez para com os suínos. O adepto/tipo é mais urbano, o clube também tem uma implantação nacional, embora se localize mais no litoral do país. Como se sabe, o Sporting nasceu “por oposição” ao Benfica. Nas suas origens encontram-se burgueses e aristocratas que marcaram de forma indelével o clube. O sportinguista é um indivíduo com uma atitude elevada perante a vida; distingue-se pelo seu low profile e pelo desportivismo. Encara a derrota com complacência ao contrário do ressabiado benfiquista. No entanto, julgo que a bonacheirice do Sporting torna-o um clube sem ambição; consegue aproximar-se do Olimpo mas falta-lhe sempre aquele golpe d’asa. Aqui os dois emblemas da Segunda Circular aproximam-se, embora o SLB assuma a vitória como um tributo que se deva prestar aos antepassados que glorificaram o clube. Já no Porto, aprecia-se o apetite voraz do êxito e cultiva-se a ambição desmedida pelo triunfo; o sucesso festeja-se apenas no próprio dia. O ontem é passado; no agora, preparam-se as próximas conquistas. Veja-se, ao invés, durante quantas semanas se festejou o último campeonato encarnado; compare-se a cobertura jornalística deste facto com a vitória, em 2004, da Liga dos Campeões! É nos pormenores que nos distinguimos: não precisamos de ser o clube do regime, não queremos o “apoio” da comunicação social, não exibimos certificados de recordes… Assumimos o que somos pelo que fazemos! É isso que nos torna diferentes e únicos; podemos ser uma aldeia gaulesa cercada de romanos, mas não faz mal: vão ter que gramar connosco!