quarta-feira, dezembro 21, 2005

Férias

Entro amanhã de férias, pelo que só voltarei a postar em 2006.
Assim, desejo a todos quantos fazem o favor de ler aquilo que escrevo, um feliz Natal e boas entradas...

Soares e Scolari

É inadmissível aquilo que Soares e Scolari, em planos distintos, disseram sobre Cavaco, João Pinto e Baía.
Soares disse, no debate de ontem, que muitos chefes de Governo seus amigos lhe haviam falado das intervenções de Cavaco nos Conselhos Europeus. Depois, quando chamado a revelar o que lhe tinham dito, disse, simplesmente, que nunca o faria.
Scolari disse, em entrevista, que não convocava João Pinto e Baía por razões técnicas e de balneário que nunca revelaria.
Um e outro caso situam-se ao nível da cobardia, da insinuação, da calúnia e da insídia.
É intolerável o que Soares e Scolari procuraram fazer numa e noutra situação - criar a convicção na opinião pública da verificação de factos perniciosos e desfavoráveis para aqueles que visaram, sem que, por falta de concretização, disponham aqueles de possibilidade de ripostarem.
Soares pos em causa a capacidade política de Cavaco, coarctando-lhe, simultaneamente, a possibilidade de contrapor o que quer que fosse, pois Soares não se dignou a concretizar a acusação.
Soares resvalou para a baixa política, revelando baixeza de carácter.
Scolari pos em causa a dignidade, o profissionalismo e o carácter de JVP e Baía, procurando alijar as suas responsabilidades.
Scolari, como em outras ocasiões, revelou o seu carácter cobarde e a sua personalidade mal formada.

Soares/Cavaco

As previsões confirmaram-se.
Soares ao ataque, disparando para todo o lado e Cavaco á defesa, procurando refugiar-se em generalidades.
Ontem, Soares regressou aos velhos tempos, logrando encostar Cavaco ás cordas.
Ao contrário dos outros candidatos, mormente Jerónimo e Louçã, Soares optou por visar a personalidade e o carácter de Cavaco em detrimento da tentativa de desmontar o seu discurso político.
Soares enveredou por uma estratégia de clara confrontação, procurando por a nu as características da personalidade de Cavaco que, em seu entender, o desaconselham para o desempenho do cargo de PR.
Penso que Soares abriu um novo ciclo na campanha presidencial, deixando antever a realização de uma segunda volta, por duas ordens de razões fundamentais.
Pela positiva, porque deu de si uma imagem mais aproximada do Soares de há 30 anos, revelando uma saúde física e mental surpreendentes, demarcando-se do rótulo de " velhinho de 81 anos esclerosado".
Pela negativa, porque destruiu, de certo modo, o mito Cavaco ao apontar as fragilidades do perfil pessoal e político de Cavaco.
Soares mostrou-se hábil ao acentuar que o discurso de Cavaco é exclusivamente económico e que patenteia fragilidades em matérias sociais e políticas.
Cavaco deixou-se conduzir por Soares, o que, ainda mais, o debilitou.
Aliás, Cavaco foi de encontro ás críticas de Soares, pois sempre que interveio fe-lo colocando a tónica do seu discurso em aspectos económicos.
Resumindo, direi que foi um debate interessante, embora longe dos bons e velhos debates televisivos de outrora.

terça-feira, dezembro 20, 2005

Balanço e Antevisão

Antes das férias natalícias, urge realizar um portfolio de breves esquiços do que tem sido a pré-campanha das eleições presidenciais.
O balanço geral mostra-se fraco.
Ao nível do esclarecimento, a pré-campanha tem sido, aliás como as demais, sofrível.
Os candidatos ou descentralizam a questão e discutem programas de governo, ignorando o papel consitucional do PR, ou apresentam declarações genéricas de intenções, vagas e/ou vazias de conteúdo, ou escudam-se em silencios mais ou menos comprometedores, sendo neste ponto o candidato Cavaco Silva o mais eloquente.
Nesta pré-campanha marcada, inevitavelmente, pela crise do País, os candidatos, embora sabedores que pouco poderão influenciar a governação, tem-se visto forçados a corresponder ás expectativas geradas na opinião pública e cada um à sua medida e imagem, procura capitalizar o sentimento de insatisfação reinante, discorrendo sobre as soluções para vencer os problemas.
Ora, não sendo esse o papel constitucional do PR, a discussão resulta, inexoravelmente, inquinada.
Ainda assim, a perfomance dos candidatos apresenta cambiantes curiosas.
Cavaco na sua postura de homem providencial, tem alternado entre o silencio, o enfatizar do divisionismo á esquerda e o acentuar da preocupação dos restantes candidatos consigo.
Cavaco, com o seu conceito de cooperação estratégica, tem sido aquele que confere uma visão mais presidencialista ao nosso modelo constitucional. Cavaco, na busca de arrebatar a desilusão social, promete ser mais do que um mero árbitro, apresentando-se como um verdadeiro chefe de governo que irá conduzir os destinos do País do alto do seu magistério presidencial.
Soares é Soares, hoje mais do que nunca o "bochechas".
A sua bonomia, a sua afabilidade, a facilidade de contacto mediático, ainda fazem de Soares um animal político.
No discurso, todavia, já se notam os efeitos da idade.
Alegre é, quanto a mim, a maior desilusão da pré-campanha.
Surgiu pujante na apresentação da sua candidatura, mas assim que começou a falar, revelou toda a pobreza do seu discurso e das suas ideias.
Alegre desperdiçou parte substancial do capital de simpatia que havia granjeado e caminha, a passos largos, para o definhamento final da sua candidatura.
Aliás, as suas últimas intervenções, vitimizando-se, só contribuem, ainda mais, para tal destino.
Prevejo que terá, inclusive, dificuldades em atingir os votos necessários para obter a subvenção estatal.
Jerónimo tem procurado o aggiornamento do discurso e denota uma preocupação de estadista moderado surpreendente.
Louçã é Louçã, o Portas da esquerda.
Por fim, quanto ao debate de hoje, antevejo um Soares a quebrar todas as regras estabelecidas, interrompendo Cavaco a cada oportunidade, por forma a procurar embaraçar e desmontar o discurso mecanico de Cavaco. Soares vai recordar os tempos de governação cavaquista e a coabitação dificil que com ele teve, acentuar as fragilidades culturais e sociais de Cavaco, para concluir pela ausencia de perfil para desempenhar as funções de PR.
Cavavo estará fiel a si próprio, reservado, calculista e tentando dizer o mínimo possível.

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Rescisões no Setúbal

Depois de Dembelé ter rescindido por salários em atraso, hoje foi a vez do guarda-redes Fabien, do defesa José Fonte, do médio Diakité e do avançado Tchomogo avançarem para a rescisão de contrato, pelo que o Vitória de Setúbal conta agora com menos cinco jogadores para a recepção ao Benfica.

O presidente do Sindicato dos jogadores, João Evangelista, em declarações à Antena1, confirmou a rescisão dos jogadores em questão: «Rescindiram mais quatro jogadores para além de Dembelé, ou seja, Fonte, Tchomogo, Diakité e Fabien.»
João Evangelista assegura ainda que agora já não podem voltar a trás: «Estas rescisões são irreversíveis, porque a partir do momento em que o jogador cessa o contrato de trabalho não é possível voltar a trás. A partir daqui o que se vai decidir é quem tem razão.»

O primeiro jogador a rescindir contrato com o V. Setúbal já encontrou novo clube. O médio Dembelé assinou contrato válido por ano e meio, com mais um de opção, com o Standard de Liège.

A restante Jornada

Vitória normal do FCP perante aquela que será, na minha opinião, a pior equipa do campeonato.
O Penafiel, ainda por cima amputado da sua maior estrela N´Doye, revelou ser uma equipa de uma debilidade confrangedora- centrais como Wellington e Odaír já não se usam, só para citar os exemplos mais gritantes.
Na Figueira, num jogo fraco, fraquinho mesmo, o SCP venceu a Naval, provavelmente a segunda pior equipa da Liga.
Sem precisar de forçar muito, o SCP conseguiu uma vitória fácil perante uma Naval pouco mais do que inofensiva.
Em Braga, a minha Briosa foi, claramente, prejudicada por uma arbitragem miserável de Pedro Proença.
Se certo será que Pedro Proença é um bom árbitro, igualmente certo me parece que sucumbe á mínima pressão que sobre si é exercida.
Na semana que antecedeu o jogo, na sequencia de um processo crime instaurado por Pedro Proença, tres jogadores do Braga foram constituídos arguidos. O Braga, muito justamente, requereu a substituição do árbitro. A comissão de arbitragem da Liga não deferiu o peticionado, mantendo a nomeação.
Resultado - péssima arbitragem de Pedro Proença incapaz de resistir á pressão.
Tal como quando arbitra o SLB, de quem se disse adepto, Proença, incapaz de lidar com tal facto, na busca de uma suposta imparcialidade, acumula erros, atrás de erros, resvalando para patamares sofríveis.
São já mais do que muitos os equívocos de Luís Guilherme, impondo-se a sua demissão de imediato.
No restante, uma referencia para a esperada demissão de Norton de Matos, atento o insustentável clima que se gerou entre si e o Presidente, bem como para a nítida subida de produção do Guimaraes com Vítor Pontes ao leme.
Aliás, o Vitória será, quanto a mim, a surpresa da segunda volta, ainda estando a tempo de se guindar aos lugares europeus.

SLB/Nacional

Julgo que os meus fiéis leitores estarão, no mínimo curiosos, para ler a minha apreciação do jogo SLB/Nacional.
Direi que se tratou de uma partida típica da Liga entre uma equipa grande que recebe no seu reduto uma equipa de menor dimensão.
A equipa grande em ataque continuado, com supremacia na posse de bola e a equipa pequena acantonada no seu meio-campo, espreitando o contra-ataque.
Foi este o desenho do jogo.
O jogo dealbou com o SLB em 15 minutos de excelente nível, a que se seguiu meia hora de equilíbrio.
Na segunda parte, o Nacional arriscou um pouco mais, vindo a ter uma magnífica oportunidade de golo que culminou com um remate á barra de Nuno Viveiros.
Logo após, o caso do jogo.
A generalidade da crítica mostra-se unanime na afirmação da existencia de falta no lance do golo do SLB.
Embora aceite que essa seja a mais imediata reacção á visualização do lance, não concordo.
Passo a ensaiar a explicação - me parece que, não obstante a existencia de contacto entre Diego Benaglio e Luisão, terá sido promovido pelo guardião nacionalista e não o contrário.
Quando se verifica o contacto, já Luisão se elevou e conquistou o espaço aéreo indo Diego ao seu encontro e, dessa forma, se dando o choque entre os dois.
Aliás, Diego só não consegue socar a bola, exactamente, por ter procurado o contacto com Luisão, olvidando a trajectória daquela.
O contacto é evidente, mas, no meu entender, foi promovido pelo guarda-redes do Nacional, assim, inexistindo falta a sancionar.
Muito mais clara foi a falta verificada na área nacionalista sobre Luisão, por carga de Ávalos.
Nessa ocasiao, Ávalos não procura jogar a bola e encavalita-se sobre Luisão, derrubando-o. Penalty claro que ficou impune.
Por outro lado, o critério disciplinar de Jorge Sousa deixou muito a desejar.
Expulsou Alcides que fez, apenas, duas faltas, curiosamente ambas a merecer a exibição de cartao amarelo.
De igual bitola não usou o árbitro sobre Chainho e André Pinto.
Chainho, depois de ter já visto um cartão amarelo, puxa, agarra e derruba Mantorras, impedindo o desenvolvimento de um ataque rápido do SLB - lance para cartão amarelo, que sendo o segundo acarretaria expulsão.
André Pinto em disputa de bola com Petit, esbofeteia-o - lance para cartão vermelho directo.
Tudo visto, me parece que a vitória do SLB foi justa.

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Sorteio da Champions

Benfica-Liverpool nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões
O Benfica vai defrontar o Liverpool, actual detentor do título, nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões de futebol, segundo ditou o sorteio efectuado hoje na sede da UEFA em Nyon, Suíça. A equipa portuguesa realiza o jogo da primeira «mão» no Estádio da Luz a 21 ou 22 de Fevereiro.

O encontro da segunda «mão», agendado para Liverpool, realiza-se a 7 ou 8 de Março.O grande embate destes oitavos-de-final, por efeito do sorteio, vai ser derimido entre as duas maiores potências do actual futebol europeu, Chelsea e Barcelona.
Os jogos:
Chelsea (ING)-Barcelona (ESP)Real Madrid (ESP)-Arsenal (ING)Werder Bremen (ALE)-Juventus (ITA)Bayern de Munique (ALE)-AC Milan (ITA)PSV Eindhoven (HOL)-Lyon (FRA)Ajax (HOL)-Inter de Milão (ITA)BENFICA (POR)-Liverpool (ING)

5º e 6º Debates

O debate entre Soares e Alegre redundou numa vitória retumbante do primeiro.
Na verdade, não obstante Soares não seja o mesmo de há vinte anos, certo é que o actual Soares chegou e sobrou para colocar a nu todas as fragilidades já apontadas á candidatura de Alegre.
Soares subjugou Alegre, chegando a ser confrangedor assistir ás intervenções de Alegre.
Aliás, o desnorte de Alegre atingiu ponto tal que afirmou dissolver a assembleia caso fosse aprovada a privatização das águas, quando, na sua veste de deputado, votou favoravelmente a Lei-Quadro da água que, expressamente, preve essa possibilidade.
Soares está gasto, mas não perdeu todas as suas faculdades e as que tem são mais do que suficientes para embaraçar um Alegre, claramente, impreparado.
No debate Jerónimo/Louçã, assistiu-se a um namoro surpreendente.
Não raro assistiu-se a mútuos acenares de cabeça concordantes e ao apontar de caminhos convergentes de actuação.
Sabendo-se da tradicional acrimónia entre PCP e BE não deixa de ser deveras relevante.
Jerónimo, uma vez mais, acentuou os predicados já antes explanados.
Jerónimo, aquando da sua investidura como secretário-geral do PCP, surgia como o ortodoxo entre os ortodoxos. Volvido que está mais de um ano, Jerónimo aparece como o renovador dos renovadores comunistas.
Sintomática foi a intervençao em que se dirigiu ao empresariado.
Curiosas foram as intervenções finais de ambos os candidatos - Jerónimo dirigiu-se a um eleitorado mais próximo do BE e Louçã aos votantes comunistas.
Em síntese, direi que, no momento actual da pré-campanha, Soares ultrapassou, inexoravelmente, Alegre,
Jerónimo e Louçã discutem taco a taco o 4º lugar, sendo certo que, atento o declínio acentuado de Alegre, poderão, talvez, aspirar a algo mais.
A realização de uma segunda volta parece-me, de igual forma, uma realidade.

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Árbitros para a próxima jornada

Coincidência ou não, três árbitros do Porto foram nomeados pela Comissão de Arbitragem da Liga para dirigir os jogos dos grandes da próxima jornada.
Um internacional e dois não internacionais, embora um deles, Jorge Sousa, esteja perto de receber as insígnias da FIFA (em princípio, no final deste mês).
A abrir a jornada, na sexta-feira, na Figueira da Foz, estará Paulo Paraty. O internacional portuense apitará pela segunda vez cada um dos intervenientes. Na sétima jornada esteve no Sporting-Académica e na terceira tinha apitado a Naval na Amadora. Lesionado até princípios de Novembro, Jorge Sousa dirige, na Luz, o segundo jogo da Liga principal, duas semanas depois de ter estado no Guimarães-Leiria.
No segundo ano de primeira categoria, Artur Soares Dias foi escolhido pela primeira vez para dirigir um encontro de um grande. O "baptismo" do árbitro portuense está marcado para este sábado, no Dragão, para arbitrar o FC Porto-Penafiel.
Das nomeações para a ronda deste fim-de-semana merece destaque a escolha do algarvio Nuno Almeida para um sempre escaldante Boavista-Guimarães e a estreia do lisboeta Nuno Afonso em jogos da Liga: vai apitar o Rio Ave-Gil Vicente.

5º Debate

Já se vai tornando repetitivo, mas tenho de o dizer - o debate de ontem foi mais do mesmo.
No entanto, algumas notas se impõe referir.
Desde logo, a postura de Cavaco Silva - num modelo em que as suas debilidades ao nível da retórica argumentativa surgem mais esbatidas, Cavaco tem vindo a aparecer mais solto, procurando dar de si uma imagem mais arejada, menos tecnocrática.
Ontem, Cavaco demonstrou que, em matéria de economia, se sente como peixe na água. Este é o seu habitat natural e aí o Professor revela conhecimentos profundos.
Assim, como o debate se centrou, na sua esmagadora maioria, em questões económicas, Cavaco não teve dificuldades de maior em abordá-lo.
Apenas num segmento económico Cavaco foi surpreendido pelo seu oponente, qual seja as privatizações.
Nesse particular, Cavaco viu-se forçado a reconhecer que a sua posição não era mais do que meramente retórica, mostrando-se impossível de concretizar a primeira das premissas que enunciou em relação ás privatizações - a manutenção das empresas em mãos nacionais.
Se, por um lado, normas europeias a isso obstam, por outro a experiencia anterior, mormente dos seus governos, demonstrou precisamente o contrário - ainda que, num primeiro momento, se tenha conseguido alienar empresas públicas a privado nacionais, em pouco tempo estes venderam-nas a estrangeiros.
No que concerne ás privatizações, restou por saber o essencial - se Cavaco dará o seu aval à alienação de empresas públicas de sectores estratégicos do Estado e da economia, designadamente das águas e das energias.
Aliás, esta constatação parece-me sintomática do paradigma de abordagem dos debates por parte de Cavaco - refugiar-se em generalidades, pouco aprofundando as matérias para, deste modo, se colocar a salvo de ataques dos seus adversários e, consequentemente, conservar a margem de distancia de que dispõe.
Não obstante, Cavaco procurou conquistar votos á esquerda - focalizou o seu discurso em preocupações sociais, não tendo sido dispiciendas as duas referencias que fez a Setúbal.
Quando o debate navegou em matérias não económicas, Cavaco, uma vez mais, revelou uma incomodidade gritante.
No momento em que se falou da legalização da prostituição e dos direitos das mulheres, Cavaco tremeu, apenas tendo conseguido balbuciar algumas palavras sobre a matéria.
Aqui, o recurso ao exemplo familiar demonstrou bem a sua impreparação e inabilidade para abordar tais assuntos.
Jerónimo, continuou na senda do debate anterior, se bem que não tenha conseguido atingir o seu principal desiderato - desmontar o discurso de Cavaco.
Jerónimo surpreendeu ao mostrar-se favorável ao TGV, ao choque tecnológico e ao investimento privado estrangeiro, revelando o seu esforço de aggiornamento do seu pensamento e do seu discurso políticos.
Jerónimo preocupou-se em apresentar uma postura de Estado, própria de um candidato a PR, que se lhe permite capitalizar votos e granjear simpatias, de igual forma o agrilhoa, impossibilitando o confronto directo com os seus oponentes.
Foi visível a sua tentativa de não hostilizar deliberadamente Cavaco, fugindo do estilo sindicalista e adoptando uma postura de regime.
Diga-se que tal ficou bem patente quando chamado a pronunciar-se sobre a "verdade" do discurso social de Cavaco se socorreu de uma citação filosófica que serviu, plenamente, os objectivos que se propunha atingir - a verdade da mentira - sem que tenha tido necessidade de recorrer a um discurso de comício ou de plenário de trabalhadores.
Contudo, dessa forma, auto-coarctou as suas possibilidades de embaraçar e desmontar o discurso de Cavaco de forma mais evidente e eficaz.
No computo geral, Jerónimo apenas nas privatizações e no enfatizar do discurso omissivo de Cavaco em relação aos direitos das mulheres logrou, verdadeiramente, perturbar Cavaco.
Referencia final para a péssima prestação de Rodrigo Guedes de Carvalho - não pareceu estar lá, tendo distorcido uma intervenção de Cavaco - pelo menos reconheceu a má interpretação - e atribuído uma posição política a Jerónimo sobre a legalização da prostituição diametralmente oposta à do candidato - a favor quando se sabe que é contra.

terça-feira, dezembro 13, 2005

4º Debate

Já começa a ser repetitivo, mas a César o que é de César - o debate de ontem foi mais do mesmo.
O modelo masturbatório, na metáfora do amigo Carlos, redunda em conferencias de imprensa paralelas dos candidatos presentes.
Passemos á análise possível.
De forma singela, o debate de ontem pode ser designado como o debate "sound byte".
Na verdade, Alegre e Louçã limitaram-se a apresentar frases choque sobre os assuntos em discussão.
Todavia, se Alegre á míngua de retórica argumentativa por aí se fica, demonstrando uma total inabilidade para discorrer sobre as questões colocadas, já Louçã, senhor de outros predicados, envereda por tiradas demagógicas e populistas.
Exemplo maior terá sido a vontade expressa de dissolver o parlamento regional madeirense e, assim, demitir Alberto João.
Encontro-me nos antípodas do discurso e da prática política do líder madeirense, mas daí até ter por legitima a subversão do sistema democrático vai uma grande distancia.
Dissolver um parlamento democraticamente eleito, por discordar politicamente das suas decisões, não me parece próprio das regras democráticas e do sistema constitucional instituído.
O desenho constitucional da figura do PR não lhe permite tomar decisões ancoradas no seu livre arbítrio político, antes supõe e exige a sua fundamentação jurídico-constitucional.
Dizer-se que Alberto João Jardim põe em causa o regular funcionamento das instituições democráticas é argumento que não colhe, desde logo, porque as urnas o desmentem.
Mal ou bem o exercício de cargos governativos em Portugal acha-se condicionado por regras democráticas electivas, as quais não podem ser postergadas por uma pseudo superior consciencia libertária.
Comparar a dissolução do Parlamento promovida por Sampaio a tal decisão é, para além de demagógico, falacioso.
Ainda que existisse uma maioria parlamentar, o Primeiro-Ministro de então não tinha sido sufragado e o clima instalado na sociedade portuguesa fazia, de facto, perigar o normal andamento do País.
Nessa ocasião, a dissolução teve por base uma fundamentação jurídico-constitucional.
Louçã, mais uma vez, arvorou-se na consciencia moral do regime, assumindo-se como a esquerda da esquerda. Homem impoluto de uma candura de valores e princípios acima do comum dos mortais.
Arnaldo de Matos assumiu-se, após o 25 de Abril, como o educador da classe operária, Louçã será, hoje, o educador moral da Nação, o vingador das injustiças (aqui se aproximando de Paulo Portas).
Voltando a Alegre, direi que a sua candidatura dá mostras de empalidecimento, de se estar a desmoronar.
A aura inicial de candidatura de protesto, exterior ás lógicas partidárias, perdeu fulgor com a entrada em cena do candidato.
Enquanto Alegre não foi Alegre, mas sim o ser corporizante do descontentamento social face ao Governo e á forma de fazer política, arrebatou apoios e os votos virtuais das sondagens.
Quando Alegre saiu da penumbra e teve de assumir o discurso político, entrou numa tendencia inexorável de queda.
Para mim, é claro hoje que, a existir segunda volta, será entre Soares e Cavaco.
Alegre não soube capitalizar a simpatia que granjeou, precisamente pelas antinomias da sua candidatura.
Para lá das debilidades dialecticas de Alegre, certo é que Alegre não estava em condições de corporizar os desafios postos por uma candidatura tida por diferente e diferenciada.
Alguém que sempre obedeceu ás lógicas partidárias, que sempre foi um homem do aparelho, que sustentou as diferentes soluções políticas dos sucessivos governos PS, nunca poderia encetar a ruptura suposta pela imagem construída em torno da sua candidatura - seria a quadratura do círculo.
Alegre está num beco do qual não dispõe nem de passado, nem de élan ou estofo políticos para sair.

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Mercado

Segundo o site italiano Calciomercato, Inter e Milan estão interessados em Nélson.
Ainda segundo aquele site, Nélson tem contrato até 2010 e clausula de rescisão de 25 milhões de euros.
Calciomercato noticia, igualmente, o interesse do Valencia em Lisandro Lopez e Pisculicchi, tido por certo no Sporting, é pretendido pelo Cádiz.

Mercado

Saint-Étienne oficializa empréstimo de Hélder Postiga
Hélder Postiga vai representar o Saint-Étienne até final da presente temporada, por empréstimo do FC Porto, de acordo com o anunciado, esta manhã, pelo clube que milita na primeira divisão francesa.

O site oficial do Saint-Étienne informa que o internacional português é esperado em França «a meio desta semana», a fim de realizar os habituais exames médicos que antecedem a assinatura do contrato. Se tudo correr conforme o previsto, o avançado deverá juntar-se aos seus novos companheiros após a pausa de Inverno, começando a treinar a 27 de Dezembro.

Presidenciais - Nota

Não farei hoje o habitual comentário ao debate de sexta-feira entre Louçã e Cavaco, dado que ao mesmo não assisti.

Mais um favor do Costa

A próxima jornada preve um FC Porto/Penafiel.
Como em outras situações esta época, por forma a prevenir eventuais "problemas", o Sr. António Costa tratou de acautelar os interesses do FC Porto.
No jogo de ontem entre Penafiel e Vitória, num lance a meio-campo em que N´Doye tenta controlar a bola com o peito acaba por tocá-la com a mão. Vai daí, Costa, expedito, ve no lance a oportunidade ideal de cumprir o serviço - exibe o segundo amarelo e consequente vermelho.
Para quem não viu, faça o favor de ver - é ridículo, quiçá indecoroso.
O desgraçado do N´Doye nem queria acreditar em tamanha injustiça.
Pagou o preço de ser o melhor e mais perigoso jogador do Penafiel.
Lá está a paridade...

Singularidades Lusas ou talvez mais...

No ínicio da época, os clubes, reunidos em Assembleia Geral, aprovaram alterações aos regulamentos das competições da Liga, nomeadamente no que se refere á utilização de jogadores emprestados.
Consignou-se que os clubes cedentes não podiam inserir nos contratos de cedencia temporária de futebolistas qualquer cláusula de proibição de utilização dos jogadores a emprestar nas partidas que disputassem com os clubes beneficiários do empréstimo.
Procurou-se maior verdade desportiva e concorrencia mais leal.
Todavia, este fim de semana, Maciel jogador emprestado pelo FC Porto ao Leiria, sem que se achasse lesionado ou castigado, não foi utilizado pelos leirienses.
Seria sempre possível argumentar ter sido por opção técnica.
Contudo, durante a semana, foram mais do que muitas as notícias em torno da utilização de Maciel, dando nota das diligencias encetadas por João Bartolomeu junto de Pinto da Costa no sentido de este permitir a utilização do jogador.
Do que se apurou através dos media, existiria um acordo de cavalheiros entre Leiria e Porto no sentido da proibição da utilização de Maciel.
Parece-me inacreditável e atentatório da verdade da competição.
Este é o nível do dirigismo desportivo em Portugal.
Para que legislar, pergunto eu?!
A paridade regulamentar é realidade desconhecida de J.N.Pinto da Costa ou não fosse disso exemplo o processo apito dourado.

Análise da Jornada

O SLB com mais uma exibição de raça e querer venceu com inteira justeza o Boavista.
Neste jogo, o SLB acrescentou aos predicados evidenciados anteriormente, uma qualidade de jogo apreciável.
Demonstrando uma saúde física invejável, o SLB dominou todo o jogo, reduzindo o Boavista a papel de mero figurante.
Pressionando a todo o campo, evidenciou uma organização defensiva exemplar que constituiu a mola impulsionadora de uma ataque massivo á área do Boavista.
Com Nuno Gomes no papel de pivot da manobra ofensiva e com Geovanni no papel de ponta de lança, a qualidade do futebol de ataque do SLB merecia números mais expressivos no marcador.
Realço pela negativa os assobios a João Pinto, os quais não subscrevo minimamente, pois foi sempre um jogador que, ao serviço do SLB, deu tudo de si em prol do clube, tendo sido escorraçado de forma vil por Vale e Azevedo.
Em Leiria, o FC Porto acabou por ser feliz.
Ainda que o Leiria tenha sempre demonstrado falta de critério e qualidade no passe, especialmente no último terço do terreno, o FC Porto beneficiou de dois golos de rajada para dar a volta ao marcador e, assim, tranquilizar-se.
Tais golos foram mais consentidos do que mérito de acções ofensivas dos Dragões, sendo o primeiro um auto-golo e o segundo um frango de Costinha (aliás habitual em jogos em que defronta o FCP).
Em Alvalade, assistiu-se a um daqueles jogos em que a equipa da casa podia estar dez anos a tentar marcar que nunca chegaria ao golo.
O Estrela teve a sorte do jogo, certo sendo que neste género de encontros, em que a disparidade de valores entre as equipas é incomensurável, tal constitui a única forma de um pequeno ganhar a um grande.
No duelo de treinadores de risco ao meio, Toni saiu vencedor face a um Paulo Bento que sofreu um duplo revés - a derrota e o penalty desperdiçado por Liedson.
A AAC com um exibição confrangedora, mormente na primeira parte, conseguiu arrancar um empate frente ao Rio Ave.
Quando se pensava que a subida na tabela poderia permitir terminar com a intraquilidade da equipa, emergindo um futebol de outra qualidade, a AAC, uma vez mais, patenteou um futebol sem nexo, sem chama que, apenas, a ingenuidade de Niquinha no Penalty possibilitou evitar a derrota.
É urgente que Nelo Vingada reveja as suas opções do onze inicial ás substituições, tendo permanecido para todos quantos assistiram á partida um mistério a saída de Brum e a manutenção em campo de Zada (uma nulidade ao longo de todo o jogo).
Nos restantes jogo, realce para as vitórias de Nacional e Vitória e para a derrota do Braga.
No que concerne ao Braga espero e desejo que continue na senda dos maus resultados, na meida em que recebe a Briosa no próximo sábado (embora não partilha da opinião que se encontra em queda inexorável na tabela, pois a qualidade do plantel é por demais evidente).

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Chicotada

Aí está a sexta «chicotada psicológica» da temporada. Jaime Pacheco deixou de ser treinador do Vitória de Guimarães, após reunião, realizada na passada madrugada, com o presidente do clube.

ASF Os maus resultados averbados pelos vimaranenses no campeonato, onde ocupam a penúltima posição da tabela classificativa, revelaram-se «fatais» para Jaime Pacheco, que também não foi feliz na fase de grupos da Taça UEFA (duas derrotas e um empate).Com Jaime Pacheco saem também os «adjuntos» Vítor Nóvoa e António Natal, cabendo a Basílio Marques, antigo jogador do clube, orientar a equipa no jogo do próximo domingo frente ao Penafiel.Está, assim, consumada a sexta «chicotada psicológica» no campeonato, depois de Rui Rodrigues (Marítimo), José Gomes (U. Leiria), José Peseiro (Sporting), Carlos Carvalhal (Belenenses) e Manuel Cajuda (Naval).

O 2º Debate

Ainda que se tenham mostrado inalterados os pecadilhos apontados á organica dos debates, o segundo dos debates televisivos sempre foi mais dialéctico e vivo.
Soares apareceu no seu estilo de sempre, procurando emprestar dinamica e vivacidade ao confronto.
Todavia, os anos não perdoam e Soares não é mais o animal político de outrora.
Na verdade, Soares é, hoje, uma pálida imagem do homo politicus que foi, deixando a nu as mazelas da idade.
As constantes pausas no discurso, os enganos e a necessidade de, no final, recorrer á cabula não correspondem ao Soares de sempre, mas apenas ao da actualidade.
Mantém vivas algumas características que o alcandoraram á categoria de mito em debates televisivos, como a bonomia, a perspicácia, a verbe e a inteligencia.
Contudo, tais características emergem empobercidas pelo passar dos anos e suas inevitáveis consequencias.
Soares revelou-se, acima de tudo, inteligente - piscou, claramente, o olho ao eleitorado comunista para uma, por si, muito desejada segunda volta, ao mesmo tempo que apresentou uma postura de estadista experiente muito do agrado do eleitorado moderado do centro.
Aliás, Soares parece querer inverter o rumo da sua campanha, substituindo o discurso de crítica constante a Cavaco por um discurso empático de garante da estabilidade e de prevenção da conflitualidade social.
Para o homem providencial, responde Soares com o homem estabilidade.
A declaração final de Soares, ainda que pobre, foi reveladora das suas intenções futuras.
Pormenor curioso e sintomático repousou na frase inicial da sua declaração final - "Sou um Presidente (...)".
Jerónimo de Sousa, depois da afonia no debate das legislativas, superou-se.
Apareceu com um discurso coerente, bem estruturado, bem pensado, defendendo o seu modelo social.
Jerónimo mostrou-se um aluno com o trabalho de casa muito bem feito - conhecimento consistente dos dossiers e discurso conforme. A tónica constitucional do seu discurso parece-me virtuosa, pois permite-lhe marcar as suas posições sem ter de atacar, de forma explícita, os restantes candidatos de esquerda.
Jerónimo deixa, deste modo, em aberto um lastro de entendimentos á esquerda que, do ponto de vista dos propósitos da sua candidatura, não são dispiciendos.
Jerónimo é um case study na política portuguesa.
Se há um ano transparecia uma imagem austera, uma linguagem pobre, muito marcada por clichés do PREC (a famosa cassete), hoje irradia simpatia e o seu discurso político evoluiu e muito no sentido do seu aggiornamento.
Jerónimo não dispensa o fato, o cabelo aprumadinho e preocupa-se com a saliva no canto da boca, demonstrando que o PCP fez um notável trabalho de Marketing Político com repercussões eleitorais.
Aliás, o capital de simpatia que Jerónimo cativou no eleitorado a tal muito se deve.
As diferenças para Carvalhas são colossais - se este apenas balbuciava, e mal, algumas palavras sobre as questoes que lhe colocavam, Jerónimo é firme na defesa das suas posições, revelando já um discurso com alguma desenvoltura.
Jerónimo não hostilizou Soares, pouco o criticou, procurando lançar a ponte para um futuro apoio que, assim, surgirá aos olhos do seu eleitorado como menos doloroso.
Não foi um debate por aí além, mas foi, sem sombra de dúvida, muito melhor que o anterior.

Sublime

Inolvidável, inesquecível, memorável.
Na última quarta-feira, revivi as emoções das grandes noites europeias do SLB.
Depois da Final da UEFA em 82, das duas Finais da Taça dos Campeões Europeus contra PSV e Milan, o jogo contra o Manchester ficará gravado a letras de oiro na história do SLB.
Como aqui tinha deixado expresso, o sonho era possível e tornou-se realidade.
O SLB demonstrou uma indomável vontade de vencer e de superação, as quais redundaram numa vitória inteiramente justa, merecida e incontestável.
Só uma equipa com forte espírito de corpo seria capaz de remontar um golo sofrido a frio e alcandorar-se a patamares de excelencia como os observado na quarta-feira.
Uma defesa de betao, com Luisão e Anderson em plano de supremo destaque, anulando completamente Rooney e Nistelroy, um meio-campo todo-o-terreno, com Petit e Beto insuperáveis na entrega, no querer e na raça, um ataque inspirado, com Nuno Gomes magnífico a catalisar a manobra ofensiva da equipa, com Nélson virtuoso a assinar assistencias para os companheiros e com Geovanni letal a desbaratar a defesa do Manchester e a facturar.
Como nos filmes, deu-se a redenção dos patinhos feios - Beto e Geovanni -.
Confirmaram-se, em absoluto, os considerandos expostos na antevisão da partida.
Agora, é tempo de não embandeirar em arco e manter os pés no chão.
O jogo de Domingo será o mais difícil da temporada porque será inevitavelmente marcado pela onda de euforia que se vive.

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Árbitros para a próxima jornada da Liga

Sporting CP E. Amadora
João Vilas Boas
Nacional Maritimo
Carlos Xistra
U. Leiria FC Porto
Pedro Henriques
Académica Rio Ave
Rui Costa
Gil Vicente Naval
Artur Soares Dias
Penafiel V.Guimarães
António Costa
P.Ferreira Braga
Hélio Santos
SL Benfica Boavista
Lucílio Baptista
V.Setubal Belenenses
Paulo Baptista

Humor

Dias Ferreira a propósito dos penalties por assinalar no clássico no Dragão proferiu esta verdadeira péola linguística - " isso é vice-versa ao contrário."

Champions - Encontro de Diabos Vermelhos

Espero e desejo que o SLB vença e, assim, se qualifique para a próxima ronda da Champions.
Tenho um feeling secreto que tal acontecerá, porque perguntam voces.
Porque o SLB vai jogar desfalcado das suas principais figuras, respondo eu paradoxalmente.
Embora contraditória a afirmação é justificada - passo a tentar explicar.
Não jogando as principais figuras, as expectativas são diminutas e, como tal, diminiu a pressão.
Não jogando as principais figuras, jogam segundos planos ávidos de reconhecimento.
Não jogando as principais figuras, o favoritismo é todo do Manchester e, como tal, a pressão aumenta.
Não jogando as principais figuras, a ansiedade dos adeptos pelo golo será menor e, como tal, mais pacientes estarão e, logo, mais receptivos a aceitar o erro.
Não jogando as principais figuras, os adeptos reconhecerão ser o seu incondicional e incessante apoio imprescindível.
A isto acrescem as debilidades da defesa do Manchester - lenta e dura de rins - e um meio-campo tenrinho.
Tudo somado, são factores não dispiciendos a considerar e que me fazem acreditar.
Agora, existe o reverso da medalha -
Não jogando as principais figuras, a probabilidade de marcar e, como tal, de ganhar desce consideravelmente.
Não jogando as principais figuras, jogarão atletas menos capazes, menos experientes e, porventura, mais sujeitos á pressão inerente a estes jogos.
Não jogando as principais figuras, a susceptibilidade de errar é maior.
A isto acresce a inegável qualidade ofensiva do Manchester.
Força SLB.

Paulo Pedroso

Paulo Pedroso, segundo notícias na imprensa, prepara-se para accionar judicialmente o Estado Portugues.
Tal pleito judicial reporta-se á situação de prisão preventiva que viveu.
Me parece que não lhe assiste, de todo em todo, razão.
Pedroso foi não pronunciado pela prática de crimes de abuso sexual de crianças internadas na Casa Pia, decisão, entretanto, confirmada pelo Tribunal da Relação de Lisboa.
Quer o despacho de não pronúncia, quer o Acórdão da Relação mostram-se conformes na afirmação da inexistencia de indicios da prática dos aludidos crimes.
Todavia, tal não significa que nao tenha cometido tais crimes, apenas significa que, de um ponto de vista processual, no entender dos Magistrados chamados a decidir em sede de instrução e de recurso não foram recolhidos indícios tidos por suficientes de que o tenha feito.
No sistema processual penal portugues o que torna um facto provado é a convicção do julgador (entendido este na sua acepção mais lata). Claro está que se postula a imprescindibilidade de fundamentação de tal convicção.
A Juiz de Instrução e os Desembargadores entenderam que os depoimentos das alegadas vítimas não mostravam força probatória suficiente para que se afirmasse a existencia de indícios suficientes, quer por apresentarem incongruencias e contradições, quer por o conjunto dos elementos probatórios recolhidos os contrariarem.
Os Magistrados do MP e o Juiz de Instrução Rui Teixeira entenderam que os depoimentos das vítimas apresentavam coerencia e credibilidade suficientes para que Pedroso fosse sujeito a Julgamento.
Por outras palavras, conferiram relevo probatório diferenciado a uma mesma realidade daí decorrendo soluções jurídicas, obviamente, distintas.
Esta será a crua análise da situação perspectivada de um simples paradigma jurído-processual.
Contudo, a questão não é tão singela.
Por que razão se desprezaram os depoimentos das vítimas que, simultaneamente, serviram para sustentar a pronúncia de outros arguidos - os depoimentos e as personalidades de quem os produzem não nos parecem assim tão facilmente cindíveis.
Ou bem que são dotados de credibilidade ou não - dizer-se que este segmento é credível e aquele não é parece-me difícil. Em nome de quem e do que resvalou a credibilidade da vítima - da cabala responderá Pedroso.
Mas qual cabala, pergunto eu.
A teoria da cabala parece-me, ainda mais, fantasiosa que a teoria da bala mágica que perfurou por diversas vezes o corpo de Kenedy.
Quem era Pedroso?! - ex-secretário de Estado e Ministro e número 2 do PS.
Será que seria um personagem de tal modo perigoso para os seus adversários que motivasse a criação de uma maquinação tão vil - julgo que não.
Seria para atingir Ferro e o PS - julgo que não.
A liderança de Ferro nunca foi de molde a causar temor aos seus adversários e, na ocasião, existia uma maioria estável no Governo que o PS não acossava de forma alguma.
Mas admitindo que sim, quem seria a mente pérfida capaz de instrumentalizar um conjunto de jovens, os quais, ainda hoje, talvez em nome da cabala que se não fazia sentido ontem, hoje muito menos fará, continuam a apontar o dedo a Pedroso como abusador.
Chiça que o homem é poderoso - mesmo politicamente morto, ainda é suficientemente incómodo para que a cabala permaneça activa.
Quem se lembraria de ver no processo Casa Pia a oportunidade perfeita para aniquilar esses monstros políticos Ferro e Pedroso? a quem interessaria tal?
Intentar uma acção por prisão ilegal ou manifestamente injustificada quando, ainda hoje, se é referido como abusador pelas vítimas, parece-me, no mínimo, temerário.
É que o Tribunal que será chamado a pronunciar-se sobre tal acção terá, necessariamente, que reanalisar a prova produzida e poderá chegar a conclusões diversas...

terça-feira, dezembro 06, 2005

Convocados para Champions

Os 18 convocados são:
Guarda-redes: Quim e Nereu
Defesas: Anderson, Luisão, Léo, Alcides, Dos Santos, Nelson, João Pereira e Ricardo Rocha
Médios: Petit, Bruno Aguiar, Nuno Assis, Beto, Geovanni, Hélio Roque
Avançados: Nuno Gomes e Mantorras;

Auto Europa

Parece-me vergonhoso e acintoso o que a Volkswagen se encontra a fazer aos trabalhadores da Auto-Europa.
Estamos a falar da fábrica com maior produtividade do grupo, mas, ainda assim, numa demonstração despudorada de voracidade capitalista, não pretendem aumentar os salários mais do que 2,5%.
Convém lembrar que, em nome do interesse estratégico de tal investimento para Portugal e procurando garantir a subsistencia do seu posto de trabalho, os trabalhadores abdicaram de qualquer aumento nos últimos 2 anos.
O lucro gerado na Auto-Europa ascende a muitos milhares de Euros. Os incentivos fiscais do Governo Portugues foram mais que muitos. Qual o bolso que alberga todo esse capital?! O dos alemães, claro está.
Espero e desejo que haja um minimo de bom senso e a adminstração acabe de uma vez por todas com a chantagem que tem feito a Portugal e aos trabalhadores.
Será que existe Ministro da Economia? se sim, então que apareça e se empenhe na resolução do problema.
Portugal e os trabalhadores da Auto-Europa merecem respeito.

O 1º Debate

Ponto Prévio - Estes debates higienizados que agora inventaram são pão sem sal.
Esta coisa do falas tu, depois falo eu, sem qualquer interrupção, tira-me do sério.
Isto não são debates, mas sim declarações políticas alternadas dos dois pseudo-contendores.
Que saudades do mítico debate Soares/Cunhal do célebre "olhe que não, olhe que não", com o Joaquim Letria e o Mensurado (ao que julgo) a moderar e a fumar (não sou assim tão velho, mas revi na RTP Memória).
As diferenças para esse tempo são colossais - lembro-me do Letria iniciar o debate a proclamar que teria a duração previsível de 2 horas, mas que podia demorar o tempo que os intervenientes quisessem.
Voltando ao impropriamente designado debate, direi que foi mais do mesmo - muito tacticismo, pouca vivacidade e nenhuma novidade.
Cavaco e Alegre lideram os respectivos espectros políticos - Cavaco lidera no global e não tem adversário à direita - e nao estavam dispostos a cometer erros que poderiam revelar-se fatais, fazendo-os perder o capital de simpatia que já alcançaram.
Assim, tudo á defesa, sem rasgos, medindo as palavras e o seu sentido possível.
Cavaco no seu estilo austero que dói só de olhar, afirmou-se, uma vez mais, como Presidente Interventivo, ou seja, no desenvolvimento do seu conceito de cooperação estratégica com o Governo, revelou que pretende comandar o País como bem enfatizou Alegre no seu momento mais positivo do debate.
O grande Timoneiro, o homem do leme, o homem providencial, o D. Sebastião assim será Cavaco.
Aquilo que Cavaco apresenta e diz é um programa de Governo, quiçá procurando corresponder e capitalizar a imagem de homem salvador.
Todavia, tal extravasa e muito os poderes do PR. Cavaco joga com a crise e a necessidade bem lusa do surgimento do tutor providencial que tudo fará e tudo resolverá.
Não o fará, nem o pode, sequer, constitucionalmente fazer.
Alegre continua a ser um poeta de excepção.
O seu discurso é mais sentimental do que político. Aliás, no discurso político Alegre é fraco e titubeante.
Alegre tem, apenas, uma vaga ideia dos dossiers e apregoa generalidades quanto á resolução dos problemas.
Tem um discurso simpático e uma figura de Avo da Heidi que cativa. Depois junta a isto a Marinha Grande que o PS lhe proporcionou (Marinha Grande constituiu para Soares a mola decisiva para passar á segunda volta em 86 - foi agredido) - retirou-lhe o apoio quando antes o havia incentivado a apresentar-se como candidato.
Este parece-me o grande trunfo de Alegre - passar a imagem que corre por fora das máquinas partidárias e do sistema.
O debate não foi ganho por ninguém - ninguém o queria ganhar, ambos, apenas, não o queriam perder. Mas, Cavaco retirou mais dividendos. A forma como os debates estão construídos favorece-o.
Sem confronto directo, Cavaco refugia-se, pouco diz e ganha ou por outra não perde votos.
Alegre não percebeu ou não quis perceber isso - limitou-se a gerir, não afrontou Cavaco e procurou demonstrar sentido de Estado para ganhar votos ao Centro.
A única intervenção de Alegre marcadamente ideológica centrou-se na Guerra do Iraque e por aí se ficou.
Aliás, espelho fiel de tal radicou na circunstancia de as diferenças entre esquerda e direita não terem emergido.
Tudo como dantes, Quartel-General em Abrantes.

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Árbitro para Champions

Cabe a um grego, de seu nome Kyros Vassaras, árbitro bem conhecido da «alta roda» do futebol europeu, dirigir o decisivo encontro entre o Benfica e Manchester United, esta quarta-feira à noite, para a fase de grupos da Liga dos Campeões.

Chicotada

Manuel Cajuda já não é treinador da Naval 1.º de Maio. A notícia foi-nos confirmada pelo próprio técnico que não tem sido feliz à frente do plantel da Figueira da Foz.

O treino desta manhã já foi dirigido por dois dos adjuntos de Cajuda, José Carlos e Fernando Mira, notando-se a ausência de Manuel Cajuda, Rui Nascimento e Simão Freitas (preparador físico).«O meu trabalho acabou. Já não sou treinador da Naval», foram estas as palavras que, através do telefone, nos foram proferidas pelo ex-técnico do clube da Figueira, o algarvio Manuel Cajuda.Sabemos que Cajuda se encontrava até há pouco no seu gabinete de trabalho, decerto a arrumar os cacifos antes de provavelmente se reunir com dirigentes do clube podendo eventualmente depois falar em conferência de imprensa.Lembre-se a Naval está há seis jornadas sem vencer e é actualmente o 15.º classificado da Liga.

Camarate

Dúvidas não tenho ou poucas terei que o falecimento dos então primeiro-ministro e ministro da defesa em Camarate tenha sido obra de atentado.
Não alcanço é a querela judiciária da matéria.
Mal ou bem os Tribunais pronunciaram-se pela inexistencia de índicios de crime e decorridos que estão 25 anos tal decisão, fruto de regras processuais, mostra-se inalterável.
Sá Fernandes defende a tese do homicídio, mas certo é que , ainda que lograsse vencimento judicial da sua tese, restava um "pequeno" problema por resolver - o agente do crime.
Ao que sei existe um arguido constituído, em relação ao qual parece não existir prova, mas mesmo que existisse o procedimento criminal acha-se extinto, por prescrição.
Deste modo, é estéril discutir seja o que for em sede judicial.
As sucessivas comissões parlamentares de inquérito chegaram a conclusões tão diversas, que o valor das teses aí afirmadas é, no mínimo, duvidoso. Restará para sempre a dúvida.
O aproveitamento político da memória de Sá Carneiro é vergonhoso e, por vezes, mesmo obsceno.
Assim, passados que estão 25 anos paz aos mortos - R.I.P.

Norton de Matos ou o Rehagell Portugues

Tal como Otto Rehagell com a selecção grega, Norton de Matos analisou os jogadores que tinha á sua disposição e traçou um modelo de jogo.
Ciente das limitações do plantel, Norton assumiu um estilo de jogo em tudo identico ao grego.
Solidez defensiva, com centrais altos e laterais contidos, meio-campo muito forte fisicamente, sempre disposto á lutar pela posse da bola e a cortar as linhas de passe do adversário, alas rápidos a possibilitar o desenvolvimento de ataques surpresa e ponta de lança matador com inegável faro de golo.
Norton como Rehagell joga com o erro adversário, única forma de chegar ao golo numa equipa incapaz de construir lances de ataque organizado. A primeira preocupação é fechar os caminhos da baliza ao adversário, depois virá o golo se e quando o oponente o permitir, ou por outra, o consentir.
Por fim, uma palavra muito especial para o meu amigo João de Deus no sentido de lhe endereçar os maiores encómios pelo trabalho desenvolvido, pois os indíces físicos do Vitória não podem ser obra do acaso.

Vitória nos Barreiros ou o Regresso de Trap

Sangue, Suor e Lágrimas... de Felicidade, assim foi a vitória do SLB na Madeira.
O SLB demonstrando enorme espírito de grupo e de conquista, fez das fraquezas forças e ganhou.
Foi uma vitória à Trapattoni, no sentido de ter sido alicerçada numa forte estrutura defensiva, coesão do meio-campo e denodo na frente de ataque.
Finalmente, Koeman percebeu que só apelando á garra e ao espirito de corpo dos jogadores, esta equipa do SLB, desfalcada das suas pedras nucleares, poderá ganhar jogos.
Só Karayaka não entendeu a mensagem, por isso foi sempre peixe fora de água, tendo sido bem substituído por um Mantorras de regresso á fortuna.
Aliás, a substituição de Karayaka adivinhava-se ao quarto de hora da primeira parte de forma tão flagrante como acertar no euromilhões á segunda-feira.
Mantorras merece referencia especial, porque no seu estilo desengonçado representa a alegria ingénua do menino que gosta de jogar á bola.
O árbitro não se equivocou como os seus parceiros em outras jornadas e, assim, o SLB venceu.

Comentário ao Clássico

Jogo globalmente fraco, com duas equipas temerosas uma da outra.
O SCP apresentou-se no Dragao com uma equipa alegadamente ofensiva.
Todavia, Paulo Bento amarrou os criativos - Moutinho e Carlos Martins - ás alas, cerceando-lhes a capacidade ofensiva no que redundou na existencia de grandes espaços entre linhas, nomeadamente entre meio-campo e o ataque.
É para mim incompreensível a opçao por Moutinho na cobertura a Quaresma, vulgarizando um jogador de talento.
Com a saída de Carlos Martins, o SCP perdeu a pouca intencionalidade ofensiva que tinha, tendo Wender revelado um total desconhecimento do que devia fazer em campo.
A opçao de deixar Liedson em Alvalade, faz-me recordar o episódio Baía quando Mourinho chegou ao FCP - em ambas as situações os treinadores procuraram aglutinar o grupo, fazendo de jogadores emblemáticos bandeiras de pseudo-disciplina.
Quanto ao FCP, Adriaanse continua a desperdiçar o plantel rico em opções de que dispõe.
Obstinado com o sistema de jogo que perconiza não rentabiliza os jogadores, antes tenta encaixá-los em esquemas tácticos pré-definidos.
Assim, Jorginho, Lucho e Lisandro surgem em posições que, claramente, nao são as suas, com evidentes prejuízos.
O árbitro substituto cometeu dois erros claros, a saber duas grandes penalidades não assinaladas.
Polga e Peixoto levaram a mão á bola.
No que concerne aos golos anulados, o do SCP parece-me óbvio o fora de jogo assinalado, já em relação ao do FCP fiquei com dúvidas - parece-me que, acima de tudo, o árbitro apitou para se defender. A existir falta ela não é visível.
No lance de Nani com Pepe, ficou-me a ideia de não ter existido falta, sendo certo que o árbitro apita antes do remate o que, desde logo, inviabiliza a formulação de um juízo de golo anulado, uma vez que os jogadores do FCP pararam de imediato, mormente Vítor Baía.
Salvou-se o resultado, na óptica de um Benfiquista.

quarta-feira, novembro 30, 2005

Programa Parlamento

Assisti ontem a mais uma edição de tao vestusto programa.
O programa já conheceu melhores dias, embora ainda mantenha quase intactas as qualidades que dele fizeram uma referencia no panorama televisivo portugues.
A mudança de apresentador revelou-se catastrófica. A senhora jornalista que, ora, o apresenta demonstra uma total impreparaçao para moderar debates e, mais do que isso, uma gritante ausencia de estudo dos temas em discussão.
O horário tardio em nada beneficia o serviço público de televisão e os desideratos que presidiram á criação do dito programa.
Ainda assim, o programa sobrevive.
Ontem, discutiu-se a Justiça.
Todos de acordo na necessidade de empreender reformas e, espantoso, nos caminhos a trilhar.
Contudo, o representante do PS demonstrou quao pobre está a democracia portuguesa - limitou-se a ser a voz do dono, a defender o indefensável, a procurar explicar a justeza das medidas governamentais.
O desenho constitucional do papel que cabe ao Partido que a cada momento sustenta o Governo não é, claramente, esse. Deveria aquele e os restantes membros da bancada parlamentar do PS constituir-se como a consciencia crítica do Executivo, antecipando e propondo soluções e reformas.
Não nego que a sustentaçao parlamentar da acçao do Governo se contenha no assinalado desenho constitucional, agora cingir a prática política do partido do Governo a tal parece-me limitativo e empobrecedor da democracia.
Apoiar o que seja de apoiar, criticar o que seja de criticar, propor caminhos e novos desafios, marcar a agenda política, surgem-me como o quadro constitucionalmente desejado.
São estas confusões, entre o que é o Partido e o Governo, onde acaba um e outro começa, que transformaram o Estado e o Funcionalismo Público num albergue de acólitos do Partido que Governa.
A prestaçao dos restantes intervenientes ficou, invariavelmente, marcada pela crítica á acção governativa.
Todavia, num ponto divergiram claramente - no apoio aos protestos dos Magistrados.
Neste particular, destacou-se a deputada Ana Drago com posições de um conservadorismo estranho.
Destaco a prestaçao da deputada Odete Santos, no seu melhor estilo, demonstrando um conhecimento profundo das debilidades do sistema judicial ou não fosse advogada em exercício de funções.
Suportou, em larga medida, as posições expressas pelos Magistrados e as formas de luta por estes encetadas, consolidando-as no sentido de as despir de qualquer corporativismo.
Por fim, um breve comentário á posiçao do Sr. Presidente do Supremo Tribunal Administrativo, citada no debate.
Não me parece que o nível salarial dos Magistrados seja condição da sua independencia.
Parece-me, aliás, uma ideia absurda.
Quem definiria o quantum salarial capaz de garantir a independencia do poder judicial. Certamente que teria de ser uma tarefa casuística - cada Magistrado seria chamado a mensurar o montante salarial necessario á salvaguarda da sua independencia.
Questão diversa seria afirmar que o estatuto dos Magistrados, pelo qual perpassam diversas compressões aos direitos, liberdades e garantias constitucionalmente consagrados ao conjunto dos cidadãos, impoe um nível salarial condizente.
A discussao em torno do nível salarial dos Magistrados terá que se ancorar no desejável equilibrio entre o acervo de deveres e obrigações que o seu estatuto contempla e os correspondentes direitos, mormente salariais.
Consignarem-se deveres de exclusividade e de reserva e não plasmar direitos de igual jaez constitui uma limitação aos direitos fundamentais dos Magistrados que roça a inconstitucionalidade (ou talves mais).
Por outro lado, a opção pela degradação do estatuto sócio-remuneratório dos Magistrados trata-se de uma escolha política que revela muito do que se quer para a Justiça - uma justiça ainda mais fraca, menos preparada, com menor bagagem técnica, enfim, mais á merce do poder político.
Caso a Magistratura do Ministério Público, no exercício das funções que lhe são constitucional e legalmente acometidas, não tivesse ousado mexer nos poderes instalados, estou certo que nada disto teria acontecido.

Bola Branca - Essa Instituição

Notícia sobre possível transferencia de Simão para o Liverpool -

Os ingleses querem ficar-se pelos 12 milhões de euros em dinheiro, juntando pelo menos mais um jogador ao negócio.
Segundo o jornal "Record", Dudek, Cissé, Sinama-Pongolle e Mellor são quatro atletas que não têm merecido a confiança do espanhol e que, por isso mesmo, podem vir a ser cartas colocadas em cima da mesa para Ronald Koeman escolher lá mais para o final do ano, de forma a baixar o valor a pagar por uma eventual transferência.
E Koeman confirmou, na televisão holandesa, que o polaco Dudek e o romeno Lobont estão na lista de possíveis reforços para a baliza do Benfica, já em Janeiro.
O primeiro está no Liverpool e pode entrar na Luz no âmbito do interesse da equipa inglesa em Simão. O segundo está insatisfeito no Ajax, joga pouco, e o seu passe está avaliado em um milhão e 200 mil euros.

Dos citados jogadores do Liverpool apenas suspiro por um - Dijibrill Cissé - Ponta de Lança rápido, forte, com sentido de baliza e bom jogo de cabeça, ao nível de Henry em 2/3 anos.
Todavia, nao acredito que o SLB tenha orçamento para o Cissé.
Proposta de 12 milhões e Cissé, o SLB devia aceitar sem pestanejar (cumpridos que se mostrem os requisitos orçamentais).
Quanto ao Guarda-Redes - Espen Johsen do Rosenborg seria uma melhor opção.

Árbitros para a Jornada do Próximo Fim de Semana

Sexta-feira:FC Porto-Sporting, Olegário Benquerença (Leiria).
Sábado:Belenenses-Nacional, Paulo Costa (Porto), Marítimo-Benfica, Paulo Paraty (Porto).
Domingo:Rio Ave-Paços de Ferreira, Augusto Duarte (Braga), Naval-Académica, Pedro Henriques (Lisboa), Estrela da Amadora-Gil Vicente, Carlos Xistra (Castelo Branco), Boavista-Penafiel, Paulo Baptista (Portalegre),Braga-Setúbal, Paulo Pereira (Viana do Castelo).
Segunda-feira:Guimarães-Leiria, Jorge Sousa (Porto).

Acentuam-se os receios referidos ontem no que concerne ao clássico do Dragão - Ninguém se esquece do GOLO do Petit não validado na Luz o ano passado.

Um velho conhecido

Gazzetta dello Sport

E il Trap vede azzurro

L'ex c.t. azzurro, ora tecnico dello Stoccarda, dà fiducia al gruppo di Lippi: "Solo l'Italia potrà battere questo Brasile, contro le grandi firme tiriamo fuori l'orgoglio"

Mercado

Jornal Marca
El Chelsea ofrece 37 millones de euros al Atlético por Fernando Torres
El Chelsea inglés estaría dispuesto a ofrecer al Atlético de Madrid unos 37 millones de euros por Fernando Torres. El pasado mes de junio el club londinense ya ofreció 24 millones de euros.

Mercado

Anderson reforça desejo de seguir no Grêmio no ano que vem
Atacante, negociado junto ao Porto, de Portugal, poderá permanecer até a metade de 2006 no estádio Olímpico
Da Agência PlacarPORTO ALEGRE -
O jovem atacante Anderson revelou o seu desejo de permanecer no estádio Olímpico nos primeiros seis meses da temporada de 2006. O jogador já foi negociado com o Porto, de Portugal, mas poderá continuar defendendo o Grêmio até completar os seus 18 anos.“O Grêmio é o meu clube, é claro que eu gostaria de ficar. Se acharem que eu devo permanecer, continuarei fazendo o meu trabalho da melhor maneira possível“, destacou Anderson, em entrevista a uma emissora de rádio da Capital gaúcha.“Mas vamos deixar essa questão para depois. O que eu quero agora é aproveitar esse período de folga para descansar ao lado da minha família e dos meus amigos“, acrescentou o “prata da casa“ tricolor, deixando claro que não queria dar seqüência ao assunto.Tão logo assegurou a sua vaga para a Série A do Campeonato Brasileiro, o Grêmio anunciou o seu desejo de continuar contando com o jovem atacante. O jogador, de apenas 17 anos, foi o principal destaque do clube gaúcho na Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro - foi tido como a principal revelação tricolor desde Ronaldinho Gaúcho.Como Anderson é menor de ida, a Federação Portuguesa pode adiar a inscrição dele para o meio do ano, quando já terá 18 anos. Até lá, ele continuar a vestir a camisa do Grêmio.

Humor Político I - Gato Fedorento

VOTA NO NOSSO PAINEL: Ainda não tinham passado 48 horas sobre a divulgação dos resultados eleitorais, e já a imprensa começava a apontar caminhos para José Sócrates.
Deve ser muito irritante conseguir a incrível meta de dois milhões e meio de votos e, ainda assim, ter que ouvir dicas de gente que nem sequer conseguiu ser eleita chefe de turma na secundária.Por isso, é que o sistema eleitoral português deixa muito a desejar.
Não se devia votar em partidos. Devíamos votar em painéis de personalidades. Os benefícios são por demais evidentes. Se observarmos com atenção, há indivíduos que, quando faziam parte de painéis de personalidades, eram referências nas suas áreas. A partir do momento em que foram para ministros, de repente percebemos que não passam de patetas sem uma única ideia.
Há ainda outra vantagem de peso: se as coisas correrem mal, não é obrigatório apresentar-se a demissão. Nunca ouvi um elemento de um painel dizer: “Aqui há uns tempos, previ a subida da inflação e isso não se verificou. Por isso, queria aqui pedir a minha demissão do cargo de personalidade”.
Destaco em particular o esmero do DN, que decidiu puxar para a capa vinte personalidades da sociedade civil (mas que querem deixar de ser, nomedamente através de um convite para ser ministro), cada uma delas com ideias bastante definidas sobre as medidas que o novo governo deverá tomar.
Olhando para as suas fotografias, constata-se que, das vinte personalidades, treze usam óculos e sete exibem algum tipo de pilosidade no rosto - dois bigodes simples, dois bigodes com pêra, e três barbas.
Isto é bom para que se perceba, de uma vez por todas, que pessoas imberbes e com boa vista nunca hão-de ser especialistas em nada.
Se os óculos comprovam as milhares de páginas lidas e relidas, a pilosidade atesta a seriedade do carácter.
Contudo, fica aqui o alerta para os mais ambiciosos. A convivência destes dois elementos – óculos e pilosidade - é desaconselhável, uma vez que pode provocar aquilo a que os neurologistas chamam “overdose de prestígio”.
Aconteceu poucas vezes, mas posso dizer-vos que não é uma coisa agradável de assistir (sobretudo, para pessoas que não podem ver sangue).

Humor Desportivo II - Gato Fedorento

COITADO: Parece-me desigual esta guerra entre José Mourinho e o resto do mundo (árbitros, imprensa inglesa, UEFA, etc.) Claramente, o mundo precisa de ajuda.

Humor II - Gato Fedorento

CONCURSO "QUEM É MAIS BENFIQUISTA?"
Em homenagem ao novo campeão nacional, aqui fica a transcrição do último sketch que 3/4 do Gato Fedorento gravou exclusivamente para passar nos écrans gigantes do Estádio da Luz (por ocasião do Benfica-Sporting).
Num cenário de concurso, Benfiquista 1 e Benfiquista 2 estão a gritar um com o outro. Apresentador assiste impavidamente.
Benfiquista 1 - Você? Você não é mais benfiquista do que eu!
Benfiquista 2 - Desculpe lá mas sou! Eu sou muito mais benfiquista do que você!
Benfiquista 1 - Ai não é, não!
Benfiquista 2 - Ai sou, sim senhor!
Apresentador - Boa noite. É justamente para evitar este tipo de quezílias entre os sócios mais fanáticos que inventámos o nosso concurso “Quem é mais benfiquista?” Meus senhores, estão preparados?
Benfiquista 1 - Avança lá com isso, pá.
Benfiquista 2 - Vá lá ver
Apresentador - Pergunta nº1 para ver quem é mais benfiquista: “Qual é o vosso número de sócio?”
Benfiquista 1 - Ah, ah, ah! Está no papo.(saca do cartão de sócio)Eu sou sócio desde 1904. Cá está: sócio nº1.
Apresentador - A sério? Está muito bem conservado. Bom, nem vale a pena perguntar-lhe a si porque, se este senhor é o sócio número 1
Benfiquista 2 - Vale a pena, vale. Eu sou sócio desde 1867
Apresentador - 1867? Mas nessa altura ainda nem sequer havia Benfica
Benfiquista 2 - Pois, mas o meu avô, pelo sim pelo não, inscreveu-me logo, para o caso de vir a haver.(saca do cartão de sócio)Aqui está: sou o sócio –13
Apresentador - Bom, nesse caso está 1-0 para si. Vamos à 2ª pergunta: quando é que inscreveram os vossos filhos como sócios do Benfica?
Benfiquista 2 - Ah, ah! Ainda estavam na barriga da mãe.(saca de uma ecografia)Vim cá inscrevê-los com a ecografia. Olhem para isto: o puto com três meses até tinha a forma de uma águia.(olha melhor para a ecografia)Bom, se calhar tinha a forma de um feijão. Mas, se for a ver, é um feijão arraçado de águia
Apresentador - E você?
Benfiquista 1 - Isso para mim não é nada.(saca de um teste de gravidez)Eu inscrevi o meu puto com o teste de gravidez da minha esposa. Vim cá e disse ao senhor da secretaria: “Ó chefe, está a ver este risco vermelho? É o meu filho. Tire a foto, que é para fazer o cartãozinho”
Apresentador - Bom, e o ponto vai para si. Está 1-1. E vamos à terceira e última pergunta: onde é que se casaram com as vossas esposas?
Benfiquista 2 - Eu casei-me na Farmácia Franco, em Belém, onde o Benfica foi fundado. A certa altura, diz-me o padre: “Aceita casar com este trambolho que aqui está na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, nas vitórias e nas derrotas do Glorioso?” E digo eu: “Aceito, sim senhor. E já agora dá-me aí uma aspirina, que já me dói a cabeça”
Apresentador - E o senhor?
Benfiquista 1 - Eu celebrei o sagrado matrimónio no relvado do estádio da Luz. À socapa. Eu e a minha patroa saltámos a vedação e demos o nó exactamente no mesmo sítio onde o Eusébio dava nós aos adversários
Apresentador - Bom, e parece que temos um empate. Vocês os dois têm exactamente a mesma quantidade de benfiquismo. Já agora, por quanto é que o Benfica vai ganhar hoje?
Benfiquista 1 e 2(em uníssono)15 a 0! 15 a 0! 15 a 0!

Humor

O Diário regional "As Beiras" num dos seus habituais inquéritos de rua, ousou perguntar a diversos cidadãos qual a sua opinião sobre o casamento entre homosexuais.
A mais deliciosa resposta foi da autoria de Joaquim Coelho, 50 anos, barbeiro.... "Os homosexuais deviam ser todos metidos num barco e mandados para o fundo do mar".

Revista da Imprensa Generalista II

Diário de Notícias
Portugal é o que menos cresce dos países ricos Portugal será, entre os 30 países da OCDE, o que crescerá menos em 2006. E a organização sediada em Paris duvida mesmo de que o Governo português consiga atingir as suas metas para o crescimento económico e redução do défice orçamental.

O PS viabilizou ontem três propostas fiscais apresentadas pelo PCP, designadamente em matéria de tecto mínimo de IRS para os contribuintes que se encontram no chamado Regime Simplificado de tributação. A primeira proposta comunista refere que até à aprovação dos chamados indicadores de base técnico-científica o montante mínimo a tributar seja "igual a metade do valor do salário mínimo nacional mais elevado". Ou seja, este tecto passará a ser de 2620 euros, quando até agora era da ordem dos 3125 euros. A bancada do PS viabilizou, ainda, a proposta do PCP que defende igual fasquia para a determinação do lucro tributável das empresas que se encontrem também no Regime Simplificado, uma vez mais até que o fisco publique os respectivos indicadores de base técnico-científica. A terceira proposta do PCP a ter acolhimento no OE para 2006 prende-se com a questão dos carros em fim de vida. Assim, os proprietários de veículos com mais de 10 anos vão voltar a ter um benefício fiscal de mil euros se entregarem o automóvel para abate e comprarem um novo. Trata-se de repor uma proposta que foi criada pelo próprio José Sócrates quando era ministro do Ambiente na equipa de António Guterres. A proposta do PCP tem, ainda, uma majoração para os carros mais velhos. Dessa forma se o veículo para abate tiver 15 ou mais anos, o benefício fiscal será de 1250 euros.
O debate orçamental de ontem ficou ainda marcado pela disponibilidade do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, João Amaral Tomás, em debater a partir de Janeiro todas as questões referente ao sigilo fiscal, bem como ao principio do englobamento de todos os rendimentos, questões levantadas pela bancada do Bloco de Esquerda.Mas, com o executivo PS suportado por uma confortável maioria absoluta, a abertura para as mudanças neste Orçamento do Estado para 2006 primaram pela escassez.Do lado da oposição refira-se que Miguel Frasquilho, da bancada do PSD, considerou que "em nove meses este governo aumentou nove impostos", o que em seu entender põe em causa a própria competitividade da Economia portuguesa. O deputado social-democrata referiu, ainda, que de 2005 para 2006 existe uma previsão de aumento da carga fiscal em cerca de 5000 milhões de euros. O aumento da carga fiscal, designadamente o aumento da tributação para os reformados é , aliás, o núcleo central que levará o PSD a rejeitar hoje, o Orçamento.Também Pires de Lima, do CDS/PP, justificou várias medidas da sua bancada no sentido de não se manter o agravamento fiscal previsto pelo Governo, chamando uma vez mais a atenção para o facto de a economia real estar a ser fortemente prejudicada com este crescimento da carga fiscal.

Autarquias locais.
Num debate em que poucas foram as novidades, de realçar a prometida "revolução" a nível das autarquias locais. Eduardo Cabrita, secretário de Estado da Administração Local, reafirmou a intenção de no primeiro semestre de 2006 o executivo tencionar avançar com um amplo conjunto de mudanças no domínio das funções a serem descentralizadas para as autarquias. Em causa estará a revisão da própria Lei das Autarquias Locais, bem como mudanças no regime das empresas municipais e, por fim, um projecto em que se vai reequacionar toda a política de taxas municipais.Segundo Eduardo Cabrita, o OE deixa bem claro que o Governo "não é cego às políticas sociais", frisando que existe uma série de despesas que foram excluídas do limite de endividamento das autarquias. Entre estas os gastos com habitação social e as despesas de reposição de equipamentos relacionadas com os fogos florestais do último Verão.Recorde-se que ao longo de todo o debate orçamental a Associação Nacional de Municípios Portugueses contestou violentamente o "congelamento" de transferências para os valores de 2005 previstos no Orçamento para 2006.Hermínio Loureiro, do PSD, frisou mesmo que "o poder local não merecia esta machadada", e contestou uma vez mais a "discricionariedade" com que o executivo vai ficar nos 200 milhões de euros que inscreveu para os contratos-programa com as autarquias. Também Honório Novo, do PCP, aludiu à existência de um verdadeiro "saco rosa" de 200 milhões de euros.Na resposta, Teixeira dos Santos, ministro de Estado e das Finanças, rejeitou liminarmente que em causa estivesse qualquer tentação de discricionariedade na distribuição de verbas. Como realçou, em causa está a necessidade de também as autarquias locais contribuírem para o esforço de consolidação orçamental a que todo o país está obrigado.Hoje prosseguem no Parlamento as votações do articulado do Orçamento do Estado para 2006 , a que se seguem os discursos de encerramento do debate. Está já anunciado que só a bancada do PS irá viabilizar este Orçamento.

Revista da Imprensa Generalista

O Público -
Acordos de saúdeDoentes graves, africanos, depositados em pensões obscuras
Do prédio antigo sai uma mulher magra, pele muito escura, um roupão por cima do casaco de fato de treino. Durante alguns minutos permanece parada na soleira da porta, engolindo o iogurte que traz consigo, observando o frenesim de gente deambulando pelo comércio tradicional do bairro lisboeta de Campolide.

Votação final globalOE 2006: maioria aprova hoje orçamento com votos contra de toda a oposição
A proposta do Governo de Orçamento do Estado (OE) para 2006 é hoje aprovada em votação final global pela maioria PS, com os votos contra de toda a oposição.


Ambientalistas dizem que níveis legais de poluentes são ultrapassadosQuercus quer encerramento de incineradora do hospital Júlio de Matos
A Quercus quer que a incineradora de resíduos hospitalares do hospital Júlio de Matos, em Lisboa, seja encerrada, por emitir poluentes acima dos valores limite, mas a entidade gestora da instalação garante que as normas são cumpridas.

Poeta morreu há 70 anosFernando Pessoa é de todos, outra vez
Fernando Pessoa morreu há 70 anos, Fernando Pessoa vai ter uma nova vida. A efeméride é significativa, porque, segundo a legislação, a obra de um autor entra no domínio público passados 70 anos sobre a sua morte. Traduzindo: Pessoa é, a partir de agora, de todos e são várias as editoras que estão a preparar novas edições do poeta português mais idolatrado e traduzido em 36 países.

Substância é a mesma detectada no leite da Nestlé, mas aTetra Pak duvida dos resultadosAssociação denuncia químicos em mais alimentos italianos
A Altroconsumo, uma associação italiana de defesa dos consumidores, divulgou ontem uma lista de nove produtos onde diz ter detectado a presença de um químico - o ITX - que na semana passada levou um tribunal italiano a decretar a apreensão de milhões de litros de leite líquido para bebés da Nestlé contaminados. A empresa suíça, que sempre insistiu que a substância não tinha efeitos prejudiciais para a saúde, acabou por retirar do mercado produtos idênticos em Portugal, Espanha e França.

Revista de Imprensa Desportiva

A Bola -
Lobont entusiasmado com possibilidade de reecontrar Koeman
«Claro que seria um enorme prazer voltar a trabalhar com Ronald Koeman, e o interesse do Benfica deixa-me muito orgulhoso e também seria um prazer», confessa Lobont a A BOLA, confirmado o interesse dos «encarnados» nos seus serviços.
O jogador do Ajax esclarece que apenas sabe desta possibilidade de negócio através dos jornais romenos, remetendo mais comentários para o seu empresário. Mas não esconde que jogar em Portugal seria uma boa opção para a sua carreira. «Já falei com Niculae, quando estivemos juntos na selecção. Deu-me as melhores indicações de Portugal e das equipas. Para mim, o mais importante é estar de boa saúde e jogar, não importa onde. Acredito que no próximo ano posso atingir o topo da minha carreira.»Sobre o Benfica conhece «o suficiente» para saber que «tem bons jogadores», que «já provaram várias vezes o que valem». Embora não o admita de forma clara, Lobont está muito entusiasmado com a possibilidade. «Ainda não falei com Koeman, nem ninguém falou comigo. Só falo do que oiço dizer. Por agora nenhuma proposta foi ainda apresentada.»

O Jogo -
Doualla e Beto fora do Clássico.
O defesa-central e o atacante não fazem parte das opções de Paulo Bento para o embate com o FC Porto, prevendo-se que ambos possam estar aptos para a competição apenas na próxima semana, a tempo do confronto com o Estrela da Amadora.

Tudo acordado com o Standard Liége
Jorge Costa à espera da rescisão
As malas estão prontas e um contrato de ano e meio está também alinhavado com o Standard de Liège. Falta apenas acertar a rescisão do contrato com o FC Porto, pormenor que tem atrasado o processo.

Karagounis mais perto dos Barreiros
O médio grego está a recuperar muito bem da lesão no tornozelo direito e pode mesmo vir a ter alta do departamento médico antes da partida com o Marítimo, agendada para sábado, no Funchal. Simão e Miccoli, só para o decisivo jogo com o Manchester United.

Record -

OPERADO NO INÍCIO DA ÉPOCA Manuel Fernandes ainda apresenta queixas de pubalgia
JOGADORES NO NEGÓCIO Liverpool vai oferecer 12 milhões por Simão Sabrosa
SENTE EQUIPA MAIS UNIDA Custódio: «Temos condições para vencer no Dragão»
EMPRÉSTIMO POSSÍVEL Espanhóis do Betis aperta cerco a Hélder Postiga
LÍDER LEONINO EXPLICA AUSÊNCIA NO DRAGÃO Soares Franco: ««Recuso ir onde não sou bem recebido»

Mais Futebol -
Ronald Koeman parece ter definido os alvos a contratar em Janeiro para a baliza do Benfica. O técnico encarnado, em declarações a um programa holandês, assume interesse em Jurek Dudek, como primeira opção, e Bogdan Lobont, segundo guarda-redes do Ajax de Amesterdão. O empresário do guarda-redes romeno também ouviu as palavras de Koeman e está pronto para conversar.
«É certo que temos seguido Lobont. Ele está na nossa lista», referiu Ronald Koeman em entrevista telefónica ao programa de desporto da televisão holandesa, «Voetbal Insite». «É um bom guarda-redes e todos sabemos que o Benfica tem um problema com essa posição, mas não podemos contratar um guarda-redes muito caro», apontou.
Koeman não se ficou por aqui. O técnico holandês adiantou mais sobre as pretensões do Benfica. «Dudek é também uma opção», referiu na mesma entrevista. Na análise ao que Koeman disse neste programa, terá ficado claro que o guarda-redes do Liverpool é a grande prioridade para o próximo período de transferências.

Agradecimento

Gostaria de agradecer aos Amigos que postaram comentários neste bolg. Estas sao as verdadeiras recompensas da vida.

terça-feira, novembro 29, 2005

As mulheres e os Tribunais

A propósito do artigo do DN que postei, cumpre dizer que nao me revejo na integra no seu teor.
Na verdade, postei-o por entender poder conter opiniões e dados interessantes para uma estimulante discussão sobre outra questão colateral, qual seja o interesse do género.
Não me parece que a discussao em torno do género masculino ou feminino seja grandemente relevante seja em que matéria for, antes pelo contrário poderá ser redutora.
Dizer-se que este ou aquele género apresenta maior produtividade laboral ou maior propensão para abordar este ou aquele assunto, representa uma generalização que como todas se mostra perigosa e desresponsabilizadora.
Não me parece que o enfoque sobre o papel da mulher na sociedade se deva fazer por referencia ao género, mas antes a mulheres em concreto, perspectivadas no exercício diário da sua profissão.
Embora persistam os constrangimentos que enformaram o papel das mulheres em comunidades profundamente patriarcais, certo é que se libertam, cada vez mais, das peias sociais que as agrilhoavam ao seio familiar.
Hoje por hoje, nos mais diversificados sectores, as mulheres assumem-se como gestoras do seu tempo e da sua carreira. Todavia, se esta generalização se pode e deve fazer, extravasá-la parece-me excessivo.
Para lá desta abstracçao generalista, estao as mulheres, as verdadeiras mulheres, as Marias do Mundo.
O portfolio das Marias é que importa reter e pensar, do mesmo modo que se devem analisar os Manéis do Mundo.
Falar-se em mulheres e homens contribui para apagar as Marias e os Manéis, ver a floresta e desprezar as árvores. E, claro está, adensar os mitos e olvidar os avanços, enfatizar a penumbra e ensombrar a luz.
Daqui á cultura do preconceito e da irresponsabilidade é um pequeno passo.
Acabem-se com as discussões sobre homens e mulheres, pois não fazem o minimo de sentido.
Aliás, esta discussao tende a inverter os seus termos.
O avanço demográfico das mulheres acarretará, necessariamente, a sua chamada ao desempenho, massivo, de funçoes de poder - veja-se, desde já, a realidade da Magistratura portuguesa.
Tal circunstancia inexorável fará crescer o humus necessário ao inverter das premissas - aí falar-se-á de quotas para homens, da discriminação laboral dos homens, da confinaçao dos homens a papéis socialmente desconsiderados, etc.
Mas, ainda aí, homens haverá no poder, isto é, a discussão do género será sempre inútil.
A discussao da competencia e da aptidão parece-me bem mais frutuosa, seja de Marias, seja de Manéis que falemos.

Mercado

Segundo o site italiano Calciomercato, o SLB procura contratar os serviços do Guarda-Redes romeno do Ajax, Lobont. Fará 28 anos em 18 de Janeiro e é internacional romeno

Sugestão

Aconselho todos a verem, amanhã, na Sic Comédia, pelas 22h30, o programa Um prazer dos Diabos, com Ana Lamy e Fernando Alvim, entre outros.

História deliciosa do nosso Futebol

nota de culpa, da resposta do jogador e regulamento interno do Sporting de Espinho, clube da Liga de Honra que a 14 de Abril de 2005 enviou uma nota de culpa ao jogador Marco Osório onde se pode ler o seguinte:
«Na madrugada de treze para catorze de Abril do ano de dois mil e cinco, o trabalhador arguido, foi encontrado na companhia de uma senhora de duvidosa aparência pela uma hora e trinta minutos no apartamento cedido pelo clube onde vivia na companhia de mais dois atletas. No dia seguinte era dia de treino e sendo assim não se admite o atleta ainda vestido e a perturbar o descanso de quem com ele partilha o apartamento. (¿)»
Segundo a nota de culpa enviada pelo Sporting de Espinho tratava-se de um «atleta reincidente», já lhe tinha sido instaurando um processo disciplinar e acusa Marco Osório de ter sido «sistematicamente multado por atrasos aos treinos». Perante os factos descritos, o clube considera «que os comportamentos do trabalhador-arguido, a darem-se como provados, integram o conceito de justa causa (¿), pelo que é intenção da entidade empregadora proceder ao seu despedimento, pelo que, com a notificação desta Nota de Culpa, se suspende preventiva e imediatamente o Arguido, sem perda de retribuição».
Marco Osório foi suspenso de imediato e não mais jogou pelo clube. O contrato terminou no final da época e de Abril até Junho o atleta não recebeu qualquer verba por estar vinculado ao Sporting de Espinho.
Apesar da resposta que apresentou em sua defesa, depois da nota de culpa, os argumentos apresentados não demoveram os dirigentes. Na resposta de Marco Osório pode ler-se que se encontrava em casa com o colega «quando tocaram de modo brusco e insistente à porta» e explicou a actuação do «secretário do clube, senhor Pedrosa» e do «vice-presidente Paulo Mendes». O jogador descreve que ambos percorreram todas as divisões da casa «abriram as portas da casa de banho, cozinha e ao entrarem na sala onde se encontrava a namorada do jogador a ver televisão, o senhor Paulo Mendes, abrindo a luz, disse: «Já que estás bem acompanhado deixa-me ao menos ver a cara da miúda».» E lê-se ainda: «De facto, a namorada do arguido que havia concluído o seu curso para Ensino ao Primeiro Ciclo deslocara-se a casa deste para que lhe assinasse a fita de curso (¿)»
Marco Osório refuta ainda as restantes acusações feitas na nota de culpa e conclui: «Não se compreende como pode o clube manifestar a intenção de proceder ao despedimento com justa causa do arguido em resultado de um acto isolado que nem sequer pode ser considerado como infracção disciplinar grave.»
Apesar de estes serem os passos legais de um processo disciplinar, Marco Osório não teve conhecimento da decisão do mesmo, já que depois da resposta que enviou ao Sporting de Espinho não houve qualquer desenvolvimento.
Além de não ter jogado mais, o jogador reclama o pagando da verba que lhe foi retirada pelo clube e agora que já não está vinculado ao Espinho o próximo passo será exigir a decisão do caso em tribunal.

As mulheres e os Tribunais

E pensar que o Salazar as proibiu de aceder á Magistratura por serem demasiado sensíveis
Segue cópia da notícia do DN-

Elas são o grupo social que após o 25 de Abril melhor aproveitou a escola enquanto veículo de mobilidade social", afirma Boaventura Sousa Santos.
O número de mulheres na magistratura portuguesa está a aumentar de forma imparável. São, desde 2004, maioritárias nos tribunais de primeira instância e aproximam- -se já da meia centena nos tribunais da Relação (ver infografia). Mas é na escola que selecciona e prepara os licenciados em Direito para o exercício da magistratura - o Centro de Estudos Judiciais (CEJ) - que nos últimos dez anos esta tendência tem vindo a acentuar-se para este ano lectivo 2005- -2006 entraram quase 80% de auditoras, para apenas 20% de auditores. Uma relação de quatro mulheres para cada homem - sendo que a história do CEJ mostra que elas têm uma taxa de sucesso ligeiramente superior à dos homens.
"A feminilização da judicatura é um dado adquirido e incontornável", constata Paulo Guerra, juiz- -secretário do Conselho Superior da Magistratura. Para ele, este aumento do número de mulheres "não tem qualquer outra consequência natural senão aquela que decorre do exclusivo dom de gerar vida por parte das senhoras juízas, o que acarreta, como é óbvio, uma pausa no serviço forense (...) por licença de maternidade".
Rogério Alves, bastonário da Ordem dos Advogados, afirma que ninguém se deve preocupar com esta evolução "Já vivemos com uma magistratura exclusivamente masculina; funcionamos agora com uma magistratura em que o número de homens e de mulheres é equilibrado; a seguir teremos uma magistratura predominantemente feminina: não creio que isso seja relevante para a forma como a justiça vai ser feita." Outra Sensibilidade.
Segundo o jurista e sociólogo Boaventura de Sousa Santos, responsável do Observatório de Justiça, a tremenda hegemonia das mulheres na escola de magistrados é o reflexo de uma tendência geral na sociedade portuguesa "À excepção de pouquíssimos cursos, a maioria dos estudantes universitários são mulheres", recorda. "Elas são o grupo social que depois do 25 de Abril melhor aproveitou a democratização do ensino e a escola enquanto veículo de mobilidade social." Boaventura sublinha que a população feminina luta ainda em Portugal com uma organização muito patriarcal da sociedade, com preconceitos e inércias ainda não há salários iguais (em média, no sector privado, as mulheres ganham 75% dos salários masculinos quando desempenham as mesmas tarefas), as oportunidades profissionais não são as mesmas. "É natural que as mulheres aproveitem as competições em que estão mais em igualdade de circunstâncias, como a escola e os serviços públicos, para se distinguirem".Num inquérito aos portugueses sobre crimes sexuais encontrou-se nas mulheres - embora os resultados não sejam inequívocos - posições mais favoráveis às vítimas dos crimes de assédio, abuso e violação. Significará isso que um aumento do número de magistradas levará a uma diferente aplicação da lei? "É muito difícil responder à pergunta", confessa Boaventura de Sousa Santos. "Uma coisa é ter uma sensibilidade diferente para as matérias, outra é esperar que essa sensibilidade se instale na nossa jurisprudência." Fazer hoje esse prognóstico seria, para ele, "pura especulação". Mais produtivas. António Cluny, presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), também concede que não haja uma grande diferença entre o tipo de justiça produzido por homens e por mulheres "Não se nota no sentido das decisões", refere. Mas é o primeiro admitir algumas vantagens femininas: "Eu acho que as mulheres são mais produtivas. Têm, em termos estatísticos, ritmos de trabalho mais constantes e mais produtivos."O que António Cluny ainda não observou até agora foram mudanças de comportamento no meio judicial. "Enquanto nas forças policiais o aumento de mulheres alterou bastante o ambiente e o próprio modo de funcionamento das esquadras, eu não noto essa mudança nos tribunais", observa, acrescentando logo a seguir que a taxa de feminização da justiça deveria fazer pensar em diferentes formas de funcionamento dos tribunais, com horários mais adequados à maioria dos seus trabalhadores (trabalhadoras, neste caso) e aos papéis familiares que estas desempenham.E quanto à tão reclamada proximidade da justiça dos cidadãos o aumento de mulheres tornou o conjunto dos magistrados mais disponível para o atendimento ao público? O presidente do SMMP não acha: "Talvez devido às tarefas que impendem sobre eles, creio que sucede exactamente o contrário. Mas não consigo determinar se o aumento das mulheres tem alguma coisa a ver com isso, não tenho a certeza..." O que Cluny sabe é que "hoje está a perder-se muito a cultura de ligação dos magistrados ao público, aos cidadãos". Mais, acrescenta: "Corremos o risco de ter magistrados que produzem muito papel mas que percebem pouco o que se passa à sua volta!" Rogério Alves, bastonário dos Advogados, concorda com ele "Mais importante do que saber se são homens ou mulheres é, juntamente com uma boa preparação técnica, adicionarmos outra preparação com mais elementos de ordem prática e de conhecimento da realidade." Segundo Rogério Alves, a formação dos magistrados deveria também incluir períodos de estágio em escritórios de advogados e em empresas.

Revista de Imprensa - Principais Títulos da Generalista II

Diário de Notícias -
Governo vai mudar lei para transferir médicos O Ministério da Saúde quer alterar a lei dos regimes de mobilidade de médicos e enfermeiros, de forma a permitir que estes sejam transferidos entre hospitais e centros de saúde e entre os diferentes serviços de cada uma das unidades.
Prémio Bola de Ouro da France Football O génio que reinventa o jogo com um sorriso "Sem uma bola não sou nada", dizia ontem Ronaldinho, em entrevista publicada pelo jornal espanhol El País, no dia em que a revista francesa France Football elegeu o brasileiro para Bola de Ouro de 2005.
Mulheres tomam conta dos tribunais O número de mulheres na magistratura portuguesa está a aumentar de forma imparável. São, desde 2004, maioritárias nos tribunais de primeira instância e aproximam- -se já da meia centena nos tribunais da Relação.

Portugal e Timor

Soube-se hoje através da divulgação de documentos americanos que Portugal sabia da invasao de Timor pela Indónesia e nada fez.
Mais se soube que pouco seria necessário fazer para evitar tal invasao.
Mais se soube que os indonesios conseguiram o apoio dos USA a pretexto da criação de um perigoso Estado Vermelho em Timor.
Tudo me parece ser espelho fiel de duas realidades - da miserável descolonização portuguesa e do imperialismo e terrorismo do Estado Americano.

A propósito dos avioes da CIA

Sobre este assunto uma dúvida pertinente, penso eu de que: Será importante discutir da permanencia de tais avioes em Portugal ou será mais importante discutir a existencia de prisoes secretas criadas pela CIA?

Esclarecimento a um amigo

Amigo J.C.C - o autor deste blog sou eu!

Revista de Imprensa - Principais Títulos da Generalista

O Público - OCDE revê em baixa crescimento da economia portuguesa para 2006
A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) reviu hoje em baixa, para um por cento, a previsão de crescimento da economia portuguesa no próximo ano, para um valor em linha com o esperado pelo Governo.
Na linha entre o Campo Grande e OdivelasTribunal de Contas detecta irregularidades nas obras do Metro de Lisboa
Um relatório elaborado pelo Tribunal de Contas (TC) detectou "irregularidades graves" na gestão das obras do Metro de Lisboa, nomeadamente na linha entre o Campo Grande e Odivelas.
Avião ao serviço da CIA estacionado na base das Lajes
Um avião suspeito de estar ao serviço da agência norte-americana CIA encontra-se estacionado na base militar norte-americana das Lajes, nos Açores. De acordo com o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, as autoridades portuguesas que inspeccionaram o aparelho não encontraram qualquer passageiro a bordo.

Revista da Imprensa Desportiva - Principais Títulos

A Bola - Lieson espera perdao
Record - Aposta Deivid (sobre a titularidade de Deivid no Dragão)
O Jogo - 1º (numa referencia á liderança do FCP)
Mais Futebol - A lei do silencio (sobre as clausulas contratuais insertas nos contratos de trabalho dos desportistas profissionais de futebol)

Mero exercício especulativo

Pegando nos assinalados "erros" de arbitragem deste fim de semana, permito-me um mero exercício teórico de especulação benfiquista.
Se o Carlos Martins tem sido expulso em Alvalade - como devia- cerca da meia hora da primeira parte, o SCP, provavelmente, nao venceria o jogo, desde logo, na medida em que o dito jogador fez a assistencia para o primeiro golo e apontou o segundo. Para além do Vitória passar a jogar com mais um. Tendo como premissa a inviolabilidade do curso do jogo, o resultado seria 0-0.
Se o Sr. Proença assinalasse o penalty - como devia- o SLB ganharia 1-0, tendo como premissa a inalterabilidade do curso da partida.
Se o Sr. Costa assinalasse o penalty-como devia- o FCP empataria 1-1, tendo como premissa a inamovibilidade do curso da partida.
Classificaçao - FCP 25 pontos, SCP 21 pontos, SLB 21 pontos.
Assim, se conclui que a crise de resultados do SLB, para além das deficiencias e incongruencias proprias, muito se deve aos Sr. dos Apitos. E cinjo-me a esta jornada...

O regresso do Sistema

Ontem assistiu-se, no Estádio Cidade de Barcelos, a mais um despudorado rombo na verdade desportiva da Liga Betandwin.
O Sr. António Costa e seu auxiliar do lado da Superior ignoraram um evidente penalty cometido sobre Carlitos por César Peixoto. Aliás, o dito auxiliar, ao quarto de hora, havia já assinalado, mal, um fora de jogo ao Gregory em jogada em que se isolaria. Nada que se estranhe, porém.
Este Sr. Costa já em ocasioes anteriores errou de forma, igualmente, desassombrada a favor da agremiação portista (quem nao se recorda do famoso abdomen de Kandurov transformado em mão por este Sr. num FCP/SLB, disputado nas Antas).
O sistema voltou e em força. Na Figueira e na Luz contra o Rio Ave dois golos dos adversários do SLB foram obtidos em posição de fora de jogo. No domingo um penalty claro sobre Nuno Assis ficou por assinalar.
Se no campeonato passado o clamor em torno do denominado processo apito dourado refreou os impetos dos acólitos do sistema, já este ano, com a prolacção do despacho acusatório atrasada, regressaram os "erros".
Quando julgavamos erradicados os roubos de igreja eles retornaram sob a forma de roubos de catedral.
Prevejo um FCP/SCP, se equilibrado no primeiro quarto de hora, pejado de casos de arbitragem e expulsoes.
Aos meus amigos portistas, desculpem qualquer coisinha, mas nao podia ficar calado.

segunda-feira, novembro 28, 2005

Comentário a um qualquer Blogue

Nao vos vou falar de uma qualquer ida a uma estação de correios ou afim, mas sim de algo completamente diferente.
Alguns iluminados pela graça divina conseguem atingir perfomances literárias assinaláveis e, diga-se, louváveis e enriquecedoras de todos quantos dos seus textos se tornam leitores, o subscritor nao tem pretensoes a tanto.
Aquilo que neste blogue será "postado" corresponde a estados de alma sobre assuntos do interesse do criador do blogue, nao pretendendo, em ocasiao alguma, fazer doutrina a partir das opiniões expressas ou "evangelizar" os leitores.
Penso "postar" a minha opiniao sobre assuntos de carácter jurídico, político, desportivo e sobre tudo o que me der na gana.
Agora, desvendar a minha vida pessoal ou dos meus amigos nunca. Falar do quotidiano sim, mas nao numa perspectiva egocentrica.
Citar autores mais ou menosm famosos para mostrar erudiçao nunca (até porque seria uma tentativa patética face aos meus parcos conhecimentos na matéria).
Tentarei ser um polo aglutinador de opinioes de amigos e conhecidos que, a propósito dos meus escritos, sejam tentados a escrever a sua opiniao. Em suma, pretendo que este blogue seja um fórum de opinoes muito, pouco ou nada esclarecidas sobre os mais diversos assuntos.