segunda-feira, abril 10, 2006

Análise à Jornada

Peço, desde já, desculpa, mas, hoje, não disponho do tempo suficiente para me alongar nesta análise.
Assim, serei breve.
Em Alvalade, aconteceu o já previsto.
Jogo de fraca qualidade, muito lutado, de marcações cerradas, em que a equipa que não errou venceu.
Adriaanse alterou o seu modelo de jogo, embora se tenha mantido fiel ao seu esquema táctico, dando a iniciativa de jogo ao Sporting.
Paulo Bento manteve-se fiel tanto ao sistema como ao modelo de jogo e o Sporting, empurrado para a condução da partida, revelou-se incapaz de empreender tal tarefa.
Assim, o jogo entrou num impasse.
Nenhum dos contendores assumiu a iniciativa de jogo, ambos procurando aproveitar o erro adversário.
A incapacidade de construção de jogadas ofensivas por banda do Sporting foi confrangedora.
Em toda a partida, o Sporting teve um lance de efectivo perigo, numa jogada bem delineada por Liedson e João Moutinho, a qual terminou com um remate fraco deste para defesa fácil de Helton.
O Porto, também, pouco mais fez.
Mas, soube aproveitar a única falha de cobertura da zona central da defesa leonina.
O Porto foi um justo vencedor, pois que defendeu a preceito e logrou materializar o erro adversário.
A actuação do árbitro, ainda que sem influência no resultado, foi fraquinha.
Defendeu-se, assinalando todos os contactos.
Puniu bem Sá Pinto com duplo amarelo, mas mal Bosingwa, pois que no lance do segundo amarelo não se vislumbra motivo para a falta assinalada.
Não puniu como devia uma pisadela de Quaresma, que deveria ter sido expulso.
Na Luz, o Benfica, na ressaca da eliminatória da Champions, não jogou.
Nos primeiros 45 minutos, a actuação do Benfica foi paupérrima, incapaz de construir uma jogada com princípio, meio e fim, sem garra, sem chama, sem vontade.
Posso estar enganado, mas o ambiente no balneário e em redor de Koeman não deve ser o melhor.
Exibições como a protagonizada pelo Benfica na 1ª parte, costumam ser reflexo da vontade dos jogadores em verem-se livres dos treinadores.
O Marítimo viu-se em vantagem, sem que tenha feito muito por isso, num lance em que a desconcentração dos jogadores do Benfica ficou patente - falta de marcação a Valnei e errónea colocação de Léo, longe do poste da baliza de Moretto.
Na 2ª parte, os jogadores apelaram ao seu brio profissional e lá correram mais um bocadinho.
Não muito, mas o suficiente para alcançarem dois golos frente a uma equipa do Marítimo muito, muito fraquinha.
Ainda assim, num lance de completa falta de concentração e empenho, o Marítimo fez o seu segundo golo.
Aí, tudo parecia perdido, mas as entradas de Karagounis, Mantorras e Manduca em detrimento de Marcel, Nélson e Robert aportaram à equipa a dinâmica bastante para obter dois golos no final da contenda.
Exibição fraca do Benfica, a partir da qual se pode perspectivar um final de campeonato penoso para as bandas da Luz. Oxalá me engane.
Arbitragem paupérrima em prejuízo do Benfica.
Não assinalou um penalty e não expulsou Briguel por agressão a Miccoli na 1ª parte e não validou como golo um cabeceamento de Mantorras defendido para lá da linha por Marcos.
Permitiu que os jogadores maritimistas usasssem e abusassem do jogo faltoso sem a devida punição.
Ainda assim, ao Benfica exigia-se mais e melhor.
Urge intervir no sentido de conjurar a tempo a deriva facilitista da equipa.
Nos restantes jogos, destacar o AAC/Naval que assisti ao vivo no ECC.
No meu primeiro 2-2 do dia, a Briosa esteve em vantagem por dois golos, mas, tal como na Amadora, sucumbiu na segunda metade, permitindo ao adversário um empate.
Não se percebe a razão de ser de algumas escolhas de Vingada - Dani e Luciano - nem o seu conformismo perante a débacle da equipa.
Não se alcança como tendo desperdiçado idêntica vantagem na última semana na Amadora, a equipa e Vingada não tenham aprendido nada com a situação.
Os mesmos erros conduziram ao mesmo resultado.
Não se compreende a falta de ambição dos jogadores e equipa técnica.
Em vantagem, a equipa recuou no terreno, limitou-se a defender e começou a perder tempo. Isto desde praticamente o quarto de hora de jogo.
Razão tinha o condómino Samsalameh para expressar todo o seu descontentamento por tal atitude.
Vingada assistiu impávido e sereno ao desmoronar da sua equipa, nada tendo feito para inverter o rumo dos acontecimentos.
Para completar o desacerto, o árbitro protagonizou uma péssima arbitragem.
Não que tenha tido influência no resultado, mas que prejudicou a Briosa isso prejudicou.
Foi uma arbitragem manhosa, habilidosa, em que contactos iguais mereceram juízos distintos.
Inclinou um bocadinh0 o campo e não puniu disciplinarmente os jogadores da Naval como devia.
A expulsão de Joeano é incompreensível e deixará orfão o ataque academista nas próximas duas jornadas.
Aliás, penso que o serviço que o árbitro prestou não foi à Naval, mas sim a alguns dos futuros oponentes da Briosa e a alguns dos seus concorrentes directos na luta pela manutenção.
Foi mau demais, mas há que levantar a cabeça e ganhar em Vila do Conde.

7 comentários:

Anónimo disse...

Quase de partida para férias, não quero deixar de expressar aqui a minha opinião sobre o jogo que poderá ter dado o título ao FCP.
Jogo muito fraco, durante o qual o SCP teve uma única oportunidade de golo e o FCP duas, umas das quais concretizou.
A jogada do golo nasceu, mais uma vez - como no Dragão, para a Taça -de uma descompensação da defesa do SCP.
No Dragão, por expulsão do Caneira; em Alvalade, pela substituição do Abel.
Aliás, creio que tal substituição não deveria ter sido feita, naquela ocasião.
O SCP jogou francamente mal, principalmente na 2ª parte, tinha perdido o Sá Pinto e o FCP estava mais consistente.
Tinha acabado de entrar o Adriano, mais um avançado.
O Bento, naquela ocasião, e face ás incidências do jogo, deveria ter-se conformado com o empate.
Ao retirar o Abel, arriscou, e, se não o fizesse, seria criticado por isso.
Mas devia ter lido melhor o jogo e percebido que podia deitar tudo a perder com a dita substituição.
Devia ter percebido que o empate, da forma como o jogo estava a decorrer, aceitava-se e era um bom resultado para o SCP.
O FCP ia ter pressão nas 4 jornadas que faltam, sabendo que um empate colocava o SCP à frente.
Bento arriscou em demasia, na minha opinião.
Senti-o na altura da substituição.
Não era um jogo de vida ou de morte.
Só o era se o SCP perdesse.
E foi o que aconteceu.
É certo que se o Bento não tivesse arriscado e, até final, o FCP não perdesse mais pontos, iria ser criticado por isso.
Mas aquele não era um jogo, pela forma como decorreu, note-se, para assumir riscos.
Resta agora ao SCP não desmoralizar e tentar garantir o segundo lugar.
Não deixa de ser curioso como a história quase se repete:
O ano passado, perdemos igualmente com o Benfica no jogo do título, tendo o golo acontecido, se não me engano, sensivelmente ao mesmo minuto 84.
Uma palavra final para a Briosa:
Temo que tenha hipotecado no Domingo a permanência na primeira Liga.
Jogos muito difícieis se avizinham e não vejo a AAC com força - nem com jogadores, pois meia equipa está lesionada ou castigada - para fazer, no mínimo, 4 pontos.

Boa Páscoa a todos.

Mestrecavungi disse...

Amigo Nunca.
Como sei que é adepto das modalidades amadoras penso que gostaria de saber que Portugal se sagrou, esta madrugada na Argentina,Campeão do Mundo em Horseball.
Devo acrescentar que a Selecção Nacional é contituida por 4 cavaleiros do SL Benfica e 1 do FC Porto.Os cavalos, são os 5 do Sporting.
Um abraço e boa Páscoa a todos.

Mestrecavungi disse...

Sr Minimo
Ontem não pude comentar a vergonhosa exibição do meu clube porque estive ausente do país.Hoje cá estou mais uma vez para o parabenizar pelo mais que provável 2º lugar do seu clube neste campeonato.De resto será a melhor classificação do Reboque CP desde Maio de 2002.Bom.Muito bom mesmo.
Uma santa "Pacoa" para sí

Mestrecavungi disse...

Sr Zex.
Na semana em que o seu clube se aproximou decisivamente do titulo, o sr começa o seu Post pelo grande SL Benfica.Ou deseja ser sócio ou então tornou-se no mais fiel seguidor do Ressabianismo.

Mestrecavungi disse...

Tal como se previa o "Homem das duas palavras" vai-se recandidatar, correspondendo ao apelo da "vaga de fundo".Tipo salvador da patria.Só não se percebe, é porque é que se demitiu.Não há lá mais ninguém?

Mestrecavungi disse...

E do "Homemdas duas palavras" ninguem diz nada?

Ndrangheta disse...

Caros amigos:
Bom dia a todos.
Espero que se encontrem bem, especialmente o amigo Zex, tão ressabiado que tem andado.
Só hoje cheguei a Portugal, pelo que não tive oportunidade de assistir aos jogos do fim de semana.
Assim, abstenho-me de os comentar.
Quanto á vaga de fundo parece-me que era previsível, desejada pela esmagadora maioria dos associados leoninos e, inclusive, pelo próprio Soares Franco e seus acólitos.
Agora não percebo para que foi a encenação do Atlântico!!!
Para depauperar, ainda mais, as já de si frágeis finanças do clube?
Para sair reforçado?
Para poder dramatizar o discurso e assim ver aprovada a alienação do património em assembleia a convocar após as eleições?
Não havia necessidade!
Saudações cordiais e de estima