sábado, agosto 30, 2008

Benfica - 1 Porto - 1

Constituição das Equipas e Avaliação Quantitativa do Desempenho

Estádio da Luz, em Lisboa

Árbitro: Jorge Sousa (Porto)

BENFICA – Quim (4); Maxi Pereira (4), Luisão(4), Katsouranis (0) e Léo (3) (Ruben Amorim, 68 m (3)); Reyes (2), Carlos Martins (2), Yebda (4) e Di Maria (3); Aimar (2) (Nuno Gomes, 48 m (3)) e Cardozo (3) (Sidnei, 65 m (3)).

FC PORTO – Helton (1); Sapunaru (2), Rolando (4), Bruno Alves (3) e Fucile (3); Tomás Costa (2) (Guarin, 46 m (3)), Fernando (3) (Hulk, 61m (3)) e Raul Meireles (3) (Candeias, 82 m); Lucho Gonzalez (4), Lisandro (3) e Cristian Rodriguez (3).

Ao intervalo: 0-1

Golos: 0-1, Lucho Gonzalez (10 m, de grande penalidade); 1-1, Cardozo (55 m).

Resultado final: 1-1

Cartão amarelo a Katsouranis, Sapunaru, Fernando, Cristian Rodriguez, Cardozo, Lucho Gonzalez, Lisandro e Nuno Gomes.

Cartão vermelho (segundo amarelo) a Katsouranis (58 m).

Sistemas Tácticos

Benfica



Porto

Modelos de Jogo

Benfica

Posse e Circulação de Bola; Domínio e Controlo da Partida; Bloco subido; Assumir Iniciativa de Jogo.

Porto

Contenção; Expectativa; Bloco médio/baixo; Transições Rápidas.

Principais Incidências da Partida (fonte: www.record.pt)

3' - Boa iniciativa atacante do Benfica. Centro para a área de Maxi Pereira e cabeceamento de Aimar. Por cima do alvo.

10' - Grande penalidade para o FC Porto, após falta de Katsouranis sobre Lucho. O grego puxou o argentino na área de rigor, após um passe longo. CARTÃO AMARELO para KATSOURANIS.

11' - GOLO DO FC PORTO, por LUCHO.
Na cobrança da grande penalidade, o capitão dos dragões consegue facturar perante o guarda-redes Quim. Está feito o primeiro da noite no Estádio da Luz.

17' - Cabeçada de Cardozo e Lisandro a safar sobre a linha de golo. Esteve à vista o golo do empate.

18' - Boa iniciativa do Benfica. Na sequência de um livre, Carlos Martins arranca um centro rasteiro e bem ensaiado. Mas a bola rematada por Reyes não segue o caminho desejado pelos pupilos de Quique.

19' - Cristian Rodriguez responde com classe. Aparece isolado à frente de Quim e tenta enganar o antigo companheiro. O guarda-redes leva a melhor. Tudo isto após remate de Lisandro que desviou em Katsouranis.

31' - Cardozo faz um passe fenomenal da esquerda para a direita do ataque encarnado, fazendo a bola chegar a Di María, que consegue ludibriar o seu marcador directo e entrar na área, onde acaba por ser desarmado.

41' - Lisandro ia sentenciando o resultado na Luz. Entra bem pela direita, após abertura de Lucho, e remata cheio de intenção, fazendo a bola embater no poste da baliza à guarda de Quim. Que momento!

45' - Quase, quase. Boa jogada do ataque do Benfica, com a bola a sobrar para Aimar, que na direita, junto à linha final, centra para Cardozo. O cabeceamento sai por cima do alvo.

46' - SUBSTITUIÇÃO no FC PORTO. Sai Tomás Costa e entra GUARIN.

50' - Guarin rouba a bola a um adversário e coloca a bola de bandeja no centro para Lisandro. O argentino remata para as nuvens...

50' - SUBSTITUIÇÃO no BENFICA. Sai Aimar, lesionado, e entra NUNO GOMES.

52' - Reyes recebe bem na direita e descai para o centro, apostando então no remate. A bola passa perto da baliza do FC Porto, mas Helton estava a controlar a situação.

56' - GOLO DO BENFICA, por CARDOZO.
Yebda entra bem pela esquerda e centra tenso. Helton sai, mas desvia a bola precisamente para a cabeça de Cardozo, que se limita a fazer mira e cabecear certeiro. Bruno Alves ainda tenta cortar, mas a bola já tinha ultrapassado a linha. Empate na Luz.

59' - CARTÃO AMARELO e consequente VERMELHO para KATSOURANIS, após falta dura sobre Cristian Rodriguez.

61' - Cristian Rodriguez está com a corda toda. Entra em "slalom" pela área encarnada e desfere um remate brutal, defendido com classe pelo guardião Quim.

62' - SUBSTITUIÇÃO no FC PORTO. Sai Fernando e entra HULK.

64' - Bom movimento de Nuno Gomes, que culmina com um remate forte. Bola para as bancadas.

66' - Hulke remata forte para defesa apertada de Quim.

82' - SUBSTITUIÇÃO no FC PORTO. Sai Raul Meireles e entra CANDEIAS.

Destaques

Melhores em Campo

Benfica

Yebda - Eficaz na recuperação e na circulação da bola, conferiu fluidez ao processo ofensivo.
Trabalhou por ele e por outros, revelando, ainda, disponibilidade para esticar os movimentos ofensivos da equipa.
Aproveitou a sua envergadura física para ganhar a generalidade dos duelos a meio-campo e para construir a jogada da qual resultou o golo do empate benfiquista.

Maxi Pereira - Impecável a defender, anulou a maior parte das iniciativas atacantes do seu compatriota e colega de selecção Cristian Rodriguez.
Exibição segura e dinâmica.
Quer à esquerda, quer à direita, revelou sempre um excelente sentido posicional, que lhe permitiu antecipar os movimentos ofensivos portistas.
Após a lesão de Léo, provou mais uma vez a sua polivalência, ao jogar como lateral esquerdo.

Luisão - Está num bom momento de forma e a partida de hoje confirmou-o.
Sentido posicional, concentração e agressividade foram predicados maiores numa exibição que primou pela segurança.

Porto

Rolando - A principal surpresa de Jesualdo no onze inicial alardeou uma tranquilidade assaz notável, que lhe possibilitou exibir-se sem mácula.
Começou tímido, mas cresceu e muito com o desenrolar do encontro.
Rápido e concentrado, fez lembrar, em alguns momentos de jogo, Pepe.

Lucho - A desmarcação e a conversão do penalty foram momentos maiores num desempenho pautado pelo rigor, entrega, maturidade, eficácia no passe e espírito de sacrifício nos momentos mais difíceis.

Piores em Campo

Benfica

Katsouranis - Simplesmente lamentável a exibição do grego.
Noite absolutamente desastrada.
O penalty sobre Lucho e o derrube a Rodriguez foram tão claros quanto infantis.
Inexplicáveis num jogador tão experiente e habitualmente concentrado.
Mas, mais: talvez fruto da ingenuidade inicial, errou passes em zonas proibidas e patenteou uma gritante insegurança posicional e uma lentidão, que o colocaram sempre um metro e um segundo atrasado em relação aos adversários.

Reyes - muita parra e pouca uva.
Andou sempre longe do jogo. Raramente conseguiu desequilibrar.
Viu-se mais a defender nos 30 minutos finais do que a atacar no restante tempo de jogo.

Porto

Helton - Abordou muito mal o cruzamento de Yebda, sacudindo-o para a frente, o que permitiu a Cardozo o cabeceamento que redundaria no golo do empate.
Um "frango" que manchou decisivamente a sua exibição (até pela importância que viria a ter no resultado final).

Tomás Costa - Inexistente.
Limitou-se a tarefas defensivas, não conseguindo transmitir profundidade ao flanco direito dos portistas.

Arbitragem

Avaliou bem os lances capitais do encontro e bem esteve quer no aspecto técnico, quer no aspecto disciplinar.

Comentário

E tudo Katsouranis levou...

Dois erros inacreditáveis de Katsouranis influiram, decisivamente, no curso da partida desta noite.
Duas "paragens cerebrais" que hipotecaram as aspirações do Benfica à vitória.
Face a este conjuntura, o empate acabou por ser um mal menor.
E um mal menor com sinais positivos, conquanto o Benfica assumiu a iniciativa do jogo (com excepção da meia hora final em desvantagem numérica), encarou sem receios a partida, demonstrou um propósito inequívoco de vitória, logrou recuperar de uma desvantagem e evidenciou organização e capacidade de leitura das circunstância quando em inferioridade numérica na derradeira meia hora.
Jesualdo preferiu, de novo, a heterodeterminação e apresentou um 4x1x4x1 visando controlar a previsível dinâmica encarnada pelas alas.
Por seu turno, Quique manteve inalterado o 4x4x2, apenas procurando introduzir outra profundidade e velocidade pelos flancos com as entradas de Reyes e Di Maria.
Assim, não foi de estranhar que as equipas tenham encaixado uma na noutra e que os desequilibrios tenham surgido fruto de acções individuais.
Apostando na contenção e na expectativa, o Porto alicerçou o seu processo ofensivo nas transições rápidas.
Ao invés, o Benfica tomou sobre si a responsabilidade das diligências do jogo, com as linhas subidas e procurando recuperar a bola em zonas adiantadas do terreno.
O Benfica dealbou intenso e pressionante, mas a frivolidade de Katsouranis refreou os ímpetos encarnados.
Em vantagem, os portistas acentuaram a sua vocação defensiva, assente num bloco médio/baixo, que deixava muito pouco espaço para as penetrações dos avançados benfiquistas.
O Benfica impacientou-se e, nos minutos seguintes, perdeu fulgor.
Restabelecida a confiança, o Benfica assenhoreou-se do comando da partida e, até ao intervalo, construiu três boas oportunidades de golo (sendo certo que o Porto também podia ter ampliado a vantagem num remate cruzado de Lisandro, que embateu no poste).
Na segunda parte, o Benfica entrou bem e na sequência de um cruzamento de Yebda para defesa incompleta de Helton, Cardozo cabeceou para o empate.
O Benfica dava nota de querer dar a volta ao resultado, mas, apenas três minutos volvidos, novo erro infantil de Katsouranis cerceou as pretensões encarnadas.
Se até aí o Porto havia eleito a contenção como matriz essencial do seu modelo de jogo, com a expulsão de Katsouranis, aditou audácia aos seus propósitos.
Em desvantagem numérica, o Benfica fez o que as circunstâncias exigiam - baixou o bloco e entregou a iniciativa ao Porto.
Revelando uma organização defensiva impecável, abdicou do domínio da partida, mas não perdeu o seu controlo.
Jesualdo acrescentou unidades ao sector atacante, mas o Porto revelou-se sempre incapaz de ultrapassar a bem estruturada linha recuada do Benfica.
Com excepção de uma acção de Rodriguez aos 61 minutos, a esterilidade foi a nota dominante do momento ofensivo portista.
Deste modo, a igualdade persistiu até final.

quinta-feira, agosto 28, 2008

Análise aos Grupos de Porto e Sporting na Champions

Apreciação Genérica aos Grupos de Porto e Sporting na Champions

Arsenal (Inglaterra), Fenerbahçe (Turquia) e D. Kiev (Ucrânia) serão os adversários do Porto no grupo G da Liga dos Campeões.
Por sua vez, Barcelona (Espanha), Basileia (Suíça) e Shakhtar Donetsk (Ucrânia) serão os rivais do Sporting no Grupo C.
Um sorteio globalmente favorável às pretensões de apuramento dos conjuntos lusitanos.
Direi que se ao Sporting tocou um grupo mais acessível, ao Porto coube um calendário
mais favorável.
Os cabeça-de-série equivalem-se(até porque os catalães encetaram um processo de renovação do seu quadro de jogadores), as equipas do pote 4 idem idem aspas aspas (até porque partilham a mesma pátria), sobressaindo os clubes do pote 3 como o elemento diferenciador do grau de dificuldade de cada um dos grupos, o qual se revela mais acentuado no caso do Porto (o Fenerbahce é incomparavelmente mais forte do que o Basileia, como a recente pré-eliminatória da Champions demonstrou à saciedade).
Ao invés, no que ao calendário tange, invertem-se as premissas.
Neste tipo de provas, agregar vantagem inicialmente mostra-se decisivo e, neste particular, a tômbola foi mais complacente com o Porto do que com o Sporting.
O Porto defrontará, na 1ª volta, os seus mais directos adversários à qualificação para os oitavos de final em casa, ao passo que o Sporting fará o percurso contrário.
Seja como fôr, o sorteio de hoje franqueou as portas dos oitavos de final a Porto e Sporting. Assim ambos saibam aproveitar as benesses teoricamente oferecidas.

Os Adversários do Porto

Arsenal

Histórico

06/12/2006 FC Porto 0-0 Arsenal LC 2006/07
26/09/2006 Arsenal 2-0 FC Porto LC 2006/07
31/07/2005 Arsenal 2-1 FC Porto T. Amesterdão

Deverá confirmar o seu estatuto de cabeça-de-série.

Fenerbahçe

Histórico

Inexistem registos

Sob o comando do treinador campeão da Europa, esta equipa turca, que manteve os seus principais jogadores e ainda adquiriu, entre outros, Emre e Guiza, tem tudo para repetir a gloriosa campanha europeia da temporada transacta.
Será o principal adversário do Porto na luta pelo apuramento para os oitavos de final

Dynamo Kyiv

Histórico

Dynamo Kyiv 1-2 FC Porto TC 1986/87
FC Porto 2-1 Dynamo Kyiv TC 1986/87

Conservou inalterado, na sua essência, o plantel da época passada.
Os resultados obtidos frente ao Sporting documentam a sua fragilidade.
Os pontos que eventualmente venha a conquistar poderão revelar-se fatais para as aspirações de apuramento dos adversários que os concedam.

Os Adversários do Sporting

Barcelona

Histórico

Sporting 2-1 Barcelona Taça UEFA 1986/1987
Barcelona 1-0 Sporting Taça UEFA 1986/1987
Barcelona 2-1 Sporting Taça Latina 1949

Deverá confirmar o seu estatuto de cabeça-de-série.

Basileia

Histórico

FC Basel 0-3 Sporting UEFA 07/08
Sporting 2-0 FC Basel UEFA 07/08

A partida frente ao Guimarães evidenciou a debilidade competitiva destes apenas esforçados suiços.
A circunstância de Carlitos se assumir como a "grande estrela" da equipa diz tudo ou quase tudo sobre a valia do conjunto helvético.

Shakhtar Donetsk

Histórico

Inexistem registos

Uma equipa de valia muito similar à do Dynamo Kyiv, como o atesta a alternância na conquista do campeonato ucraniano verificada nas últimas épocas.

Opinião dos Treinadores

"Jesualdo Ferreira já reagiu ao sorteio da Liga dos Campeões. A sorte colocou o Arsenal, o Fenerbahce e o Dínamo de Kiev no caminho do F.C. Porto. O treinador azul e branco aconselha calma na análise ao sorteio. «O Arsenal é sempre dos adversários mais cotados nesta competição, apesar de ter mudado alguns rostos, será sempre uma equipa muito forte», disse. «Istambul e Kiev nunca são destinos fáceis para ir jogar».
«Basta ver que ainda no ano passado, para além do ambientes forte que vivemos no Besiktas, o próprio Fenerbahce chegou aos quartos-de-final da Liga dos Campeões. Na Ucrânia, com o Dínamo de Kiev, para além do clima agreste que se verificará na altura do ano em que se realiza o encontro, as equipas ucranianas costumam aliar à sua qualidade uma forte componente física e uma velocidade elevada».
Nestas declarações ao site oficial do F.C. Porto, Jesualdo Ferreira garantiu, porém, que o objectivo do F.C. Porto continua a ser chegar o mais longe possível. «De qualquer forma, independentemente do grupo, a nossa posição é a mesma de sempre. Queremos, para já, ultrapassar a fase de grupos e, com o trabalho que estamos a desenvolver, seguramente que vamos continuar a crescer ao longo das próximas semanas."

"Paulo Bento, assume que o objectivo dos leões na Liga dos Campeões deste ano é garantir a passagem aos oitavos-de-final. Em declarações ao site do Sporting, o técnico dos leões defende que o grupo, que inclui Barcelona, Basileia e Shakhtar Donetsk «é um grupo diferente, porque tem uma equipa poderosa e que é favorita, ao contrário do que aconteceu em outras épocas, onde existiam duas equipas favoritas à passagem à fase seguinte»
O técnico admite que a sua equipa tem possibilidades de conseguir um inédito apuramento, até pela história recente: «Este ano há um claro favorito e estamos inseridos num grupo mais equilibrado, mas isso não pode fazer com que pensemos que vamos ter facilidades. Na época passada eliminámos o campeão suíço e o Shakhtar Donetsk não conseguiu passar da fase de grupos. Vamos encontrá-los num clima diferente do nosso e ao qual não estamos habituados», alertou.
Paulo Bento sublinhou que o Sporting vai ter de «lutar» para passar aos oitavos-de-final da prova «O nosso objectivo é esse», admitiu «Vamos ter seis jogos complicados, cada um com o seu nível de dificuldade. É importante termos o nosso público connosco», concluiu."

Calendário do Porto

1ª jornada (17 de Setembro)
F.C. Porto-Fenerbahçe

2ª jornada (30 de Setembro)
Arsenal FC - FC Porto

3ª jornada (21 de Outubro)
F.C. Porto-Dínamo Kiev

4ª jornada (5 de Novembro)
Dínamo Kiev-FC Porto

5ª jornada (25 de Novembro)
Fenerbahçe-FC Porto

6ª jornada (10 de Dezembro)
F.C. Porto-Arsenal

Calendário do Sporting

1ª jornada (16 de Setembro)
Barcelona-Sporting

2ª jornada (1 de Outubro)
Sporting-Basileia

3ª jornada (22 de Outubro)
Shakhtar Donetsk-Sporting

4ª jornada (4 de Novembro)
Sporting-Shakhtar Donetsk

5ª jornada (26 de Novembro)
Sporting-Barcelona

6ª jornada (9 de Dezembro)
Basileia-Sporting

quarta-feira, agosto 27, 2008

Livro de Reclamações - Breve Reflexão em torno do Basileia-Guimarães

Em Portugal, o "sistema" é tido como um fenómeno exclusivamente luso.
Nunca partilhei de tal entendimento.
O "sistema" português não é mais do que uma sub-espécie do "sistema FIFA" e do "sistema UEFA".
Lá como cá, muitos outros factores, para além dos meramente desportivos, concorrem para os resultados dos jogos.
Interesses vários, desde os financeiros aos políticos, determinam muito do que se passa dentro das quatro linhas.
Hoje, voltou a ser assim.
A presença do Guimarães na Champions assumir-se-ia como pouco atractiva do ponto de vista da UEFA.
O Guimarães não acrescentaria qualquer potencial comercial, directo ou indirecto, ao já proporcionado pela presença de Porto e Sporting.
Ao invés, o Basileia permitiria à UEFA penetrar em mais um mercado, agregando as correspondentes mais-valias económicas.
Por outro lado, enquanto em Portugal o futebol se assume como uma indústria perfeitamente consolidada, na Suiça apresenta um mercantilismo pouco mais do que rudimentar, que "exige" ser estimulado.
Por fim, não olvidar que a UEFA foi fundada em Basileia e que o seu centro administrativo é em Nyon.
Ou seja, quer de um ponto de vista financeiro, quer de um ponto de vista político, os proveitos decorrentes da qualificação do Basileia para a fase de grupos da Champions eram evidentes.
E, por serem manifestos, emergem facilmente apreensíveis pela generalidade dos intervenientes influindo no seu processo de decisão.
Diria mais, determinando o sentido das suas resoluções!
Quem ergueu a bandeira assinalando fora de jogo a Roberto não foi o árbitro auxiliar. Foi o "sistema"!

terça-feira, agosto 26, 2008

Vedetas&Marretas

Vedetas

Clube



Nacional pelo expressivo triunfo averbado em Matosinhos;

Jogador



Bruno Amaro pelo bis após longa travessia do deserto por lesão;

Treinador



Lito Vidigal pela estreia com vitória na 1ª Liga;

Árbitro



João Capela pela arbitragem de bom nível (segundo a crítica) no Leixões-Nacional;

Modalidades de Alta Competição





Nelson Évora e Vanessa Fernandes pelas medalhas conquistadas nos Jogos Olímpicos de Pequim;

David Blanco pela conquista da Volta a Portugal em Bicicleta, assumindo-se como o primeiro estrangeiro a vencer por duas vezes a prova;

Emigrante




Deco pelos retumbantes primeiros passos na Premier League;

Danny pela estreia na selecção principal de Portugal e pela transferência para o Zenit por 30 milhões de Euros, a maior transacção de sempre do futebol da Europa de Leste;

Marretas

Clube



Leixões pela goleada caseira sofrida frente ao Nacional

Jogador




Milton do Ó e Valdomiro pelos sucessivos e inenarráveis erros em que incorreram na partida frente ao Sporting;

Treinador



Paulo Bento pela "calimerização à priori" procurando assim condicionar a arbitragem;

Árbitro

Luís Ramos por ter assinalado de modo absolutamente asnático uma grande penalidade contra o Sporting quando o derrube de Polga aconteceu uns bons metros fora da área leonina;

Modalidades de Alta Competição



Naide Gomes pelo estrondoso fracasso que constituiu a sua participação olímpica;

Emigrante



Álvaro Magalhães pelas derrotas que tem acumulado no comando técnico do Gloria Buzau;

segunda-feira, agosto 25, 2008

1ª Jornada da Liga Sagres - Golo da Jornada

O exercício que vos proponho é a eleição do golo da jornada.
No final do campeonato, publicarei os 30 golos eleitos para posterior distinção do melhor da Liga Sagres 2008-2009.

E. Amadora - Académica 1-0



V. Guimarães - V. Setúbal 1-1




Naval - Marítimo 1-0



Leixões - Nacional 1-3






Sporting - Trofense 3-1






Paços Ferreira - Sp. Braga 0-2




FC Porto - Belenenses 2-0




Rio Ave - Benfica 1-1


domingo, agosto 24, 2008

Rio Ave - 1 Benfica - 1

Constituição das Equipas e Avaliação Quantitativa do Desempenho

Estádio do Rio Ave, em Vila do Conde

Árbitro: Carlos Xistra (2)

Rio Ave: Paiva (4); Miguel Lopes (4), Gaspar (4), Bruno Mendes (4) e Sílvio (4); André Vilas Boas (4), Livramento (3) (André Carvalhas,90+2), Evandro (3) e Delson (4); Semedo (4) (Ronaldo, 72m) e Tarantini (3) (Niquinha, 82m)

Suplentes não utilizados: Mora, Henrique Jorge Humberto e Wires

Benfica: Quim (4); Maxi (3), Luisão (3), Katsouranis (3) e Léo (4); Ruben Amorim (2) (Nuno Gomes, 46m (4)), Carlos Martins (3) (Fellipe Bastos, 28m (2)), Yebda (4) e Urreta (3) (Balboa, 70m (3)); Aimar (3) e Cardozo (2)

Suplentes não utilizados: Moreira, Sidnei, Binya e Makukula

Marcadores: 1-0, Semedo (56m); 1-1, Nuno Gomes (57m)

Ao intervalo: 0-0

Resultado final: 1-1.

Sistemas Tácticos

Rio Ave


Benfica


Modelos de Jogo

Rio Ave

Contenção; Expectativa; Transições Rápidas assentes no Jogo Directo.

Benfica

Posse e Circulação de Bola; Domínio e Controlo da Partida; Assumir Iniciativa de Jogo.

Principais Incidências da Partida (fonte: www.record.pt)

10' - Aimar coloca a bola à mercê de Carlos Martins, que à entrada da área arranca uma "bomba", bem ao seu estilo. Grande defesa de Paiva.

16' - Carlos Martins está com a moral em alta. Ganha espaço no meio e arranca um remate muito forte e cheio de intenção. Ao lado da baliza de Paiva.

23' - Na sequência de um canto a bola sobra para o capitão Luisão, que arranca um remate forte. Por cima da baliza do Rio ave. Muito perigo nesta jogada.

28' - SUBSTITUIÇÃO no BENFICA. Sai Carlos Martins, lesionado, e entra para o seu lugar FELLIPE BASTOS.

29' - Mais uma boa jogada, desta feita pelo Rio Ave. Miguel Lopes avança bem pela direita, coloca certeiro no colega Semedo, que remata para defesa de Quim. Depois é Luisão que aparece para limpar a casa na área encarnada.

32' - Delson bate um livre frontal após falta de Katsouranis. A bola ainda toca em Tarantini, beijando depois as malhas laterais da baliza de Quim.

37' - Canto para o Benfica. Batido em jeito para o coração da área, onde aparece Yebda, que cabeceia muito forte e certeiro. Tão certeiro que a bola vai à barra da baliza de Paiva.

56' - GOLO DO BENFICA, por NUNO GOMES.
Resposta imediata das águias. Urreta cruza com muita qualidade da direita, fazendo a bola sobrevoar a área vilacondense. Paiva ainda desviou, fazendo a bola chegar a Nuno Gomes, que facturou sem mácula.

55' - GOLO DO RIO AVE, por SEMEDO.
Na sequência de mais um canto, Evandro eleva-se bem e cabeceia para defesa incompleta de Quim. A bola fica à mercê de Semedo, que se limita a encostar para o fundo das redes.

46' - SUBSTITUIÇÃO no BENFICA. Sai Ruben Amorim e entra NUNO GOMES.

54' - O Rio Ave aperta e beneficia de dois cantos seguidos. No segundo é BrunoMendes a bater para defesa apertada de Quim.

55' - GOLO DO RIO AVE, por SEMEDO.
Na sequência de mais um canto, Evandro eleva-se bem e cabeceia para defesa incompleta de Quim. A bola fica à mercê de Semedo, que se limita a encostar para o fundo das redes.

56' - GOLO DO BENFICA, por NUNO GOMES.
Urreta cruza com muita qualidade da direita, fazendo a bola sobrevoar a área vilacondense. Paiva ainda desviou, fazendo a bola chegar a Nuno Gomes, que facturou sem mácula.

64' - Léo cruza da esquerda, fazendo a bola chegar a Urreta. Remate forte mas sem a direcção pretendida. Boa oportunidade para os encarnados, que aceleram o ritmo em busca da reviravolta.

70' - SUBSTITUIÇÃO no BENFICA. Sai Urreta e entra BALBOA.

90' - Aimar combina bem com Nuno Gomes, que devolve em estilo ao argentino, que erra o alvo por muito pouco.

90' + 2 - Balboa remata à entrada da área. A bola toca num adversário antes de sair pela linha de fundo.

Destaques:

Melhores em Campo

Rio Ave

Miguel Lopes - Um defesa que foi mais ala do que lateral.
Rápido, senhor de boa técnica, revelou uma condição física invejável, que lhe permitiu fazer todo o corredor com idêntica eficácia.
Defendeu e atacou sempre a alta rotação, com equilíbrio e a bom nível.

Semedo - Pela estreia na 1ª Liga com golo.

Benfica

Léo - Começou titubeante, mas na segunda metade assumiu-se como o principal dínamo da transição ofensiva encarnada.
Beneficiando da estruturação táctica do Rio Ave, que lhe aliviou as exigências defensivas e lhe permitiu granjear um imenso corredor para explorar, cotou-se como o melhor jogador do Benfica.

Yebda - Dealbou como trinco, mas com a saída forçada de Martins assumiu-se como médio de transição.
Quer numa quer noutra função, o mesmo equilíbrio.
Eficaz na recuperação e na circulação da bola, conferiu fluidez ao processo ofensivo.
Aproveitou a sua envergadura física para ganhar a generalidade dos duelos a meio-campo e enviar uma bola à trave.

Nuno Gomes - Para além de ter marcado, a sua entrada permitu libertar Aimar e Cardozo.
Actuando nas costas de Cardozo, demonstrou uma mobilidade assinalável, criando espaços para que Aimar e Cardozo pudessem, finalmente, aparecer no jogo.
Contribuiu de sobremaneira para o despertar da equipa.

Piores em Campo

Rio Ave

Tarantini - Não que não tenha cumprido o que se lhe pedia. Longe disso.
Mas, no quadro de uma equipa globalmente competente, terá sido aquele que se revelou menos influente.

Benfica

Ruben Amorim - Não ignoro que actuou numa posição pouco condizente com as suas características.
Todavia, nos encontros de pré-época em que foi chamado a intervir, actuando como ala direito, exibiu predicados que hoje lhe foram estranhos: inteligência, superior leitura de jogo, qualidade de passe e posicionamento irrepreensível.
Amorfo, passou praticamente ao lado do jogo.

Fellipe Bastos - Sentiu a estreia e não se revelou capaz de emprestar a necessária qualidade à primeira fase de construção.
Se defensivamente nem esteve mal, ofensivamente deixou muito a desejar.

Cardozo - Apático e sem iniciativa, entregou-se à marcação de Gaspar.
Melhorou com a entrada de Nuno Gomes, mas já era tarde.

Arbitragem

Se disciplinarmente se apresentou em plano aceitável, já no capítulo técnico não assinalou uma falta de Vilas Boas sobre Aimar no interior da área vilacondense.

Comentário

Quem permanece pouco mais do que letárgico durante 55 minutos e oferece um golo de bola parada arrisca-se a não ganhar...
Foram estas as premissas do empate do Benfica em Vila do Conde.
Numa partida viva, intensa e emotiva, o Benfica voltou a revelar uma certa tendência para o masoquismo.
Enquanto não se viu confrontado com uma situação de desvantagem, não conseguiu libertar-se da ansiedade decorrente da obrigação de vencer.
Toldado por esta grilheta emocional, o Benfica, na primeira metade, exibiu-se em plano inferior ao alardeado nos últimos encontros da pré-época.
Demasiado lento e previsível, nunca encontrou o equilíbrio necessário para desposicionar a defensiva vilacondense.
Assim, apenas na sequência de remates de longa distância protagonizados por Martins e de lances de bola parada, logrou acercar-se com perigo da baliza à guarda de Paiva.
Acontece que para além destas fragilidades e de um Rio Ave surpreendentemente coeso, o Benfica viu-se cedo confrontado com a lesão de Carlos Martins.
O médio de transição estava "apenas" a ser o melhor da equipa, o primus impulsionador dos movimentos atacantes encarnados, e a sua substituição castigou demasiado a equipa (até porque Fellipe Bastos não revelou idêntica inspiração).
A equipa perdeu a escassa fluência que patenteara e afastou-se da área dos de Vila do Conde.
Até ao intervalo, registo apenas para um cabeceamento à trave de Yebda.
Dez minutos volvidos do descanso, surgiu o golo do Rio Ave, numa inadmissível falha de marcação na área benfiquista na sequência de um canto.
O atrevimento e a agressividade dos comandados de João Eusébio rendia proveitos no marcador e colocava o Benfica perante o seu primeiro grande desafio da época.
Seria capaz de reverter a situação?
Foi-o parcialmente e logo no minuto seguinte, por intermédio de Nuno Gomes.
Nesse momento, o Benfica acordou e partiu para o seu melhor período no jogo.
Aproveitando, por fim, o espaço concedido pelo Rio Ave nos corredores, o Benfica cavalgou a área vilacondense e assumiu o domínio integral das incidências da partida.
Embora tenha ameaçado o golo em diferentes ocasiões, o certo é que não logrou ultrapassar Paiva e materializar o seu ascendente.
O despertar tardio revelou-se fatal!

sábado, agosto 23, 2008

Parabéns Di Maria

Ao sagrar-se campeão olímpico, Di Maria assumiu-se como o terceiro atleta do Benfica a conquistar uma medalha em Pequim, depois das arrebatadas pelos atletas portugueses Nelson Évora (ouro no triplo salto) e Vanessa Fernandes (prata no triatlo).

quinta-feira, agosto 21, 2008

Obrigado, Nélson!



Após ter conquistado o título de Campeão Mundial do Triplo Salto, Nélson Évora sagrou-se hoje Campeão olímpico, oferecendo assim a primeira medalha de Ouro a Portugal nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008.
Nélson Évora tornou-se assim no quarto medalhado a ouro do atletismo português, seguindo as pisadas de Carlos Lopes, Rosa Mota e Fernanda Ribeiro.
Nélson Évora assumiu-se como o primeiro atleta do Sport Lisboa e Benfica a conquistar uma medalha de Ouro nos Jogos Olímpicos, depois da Prata de Vanessa Fernandes e do Bronze de António Leitão.
Independentemente do que venha a suceder no futuro, Nélson Évora garantiu, em Pequim, a entrada para o panteão dos imortais heróis do desporto nacional.
Parabéns Nélson!

segunda-feira, agosto 18, 2008

Parabéns Vanessa



Após o 8º lugar conquistado em Atenas, Vanessa Fernandes sagrou-se hoje vice-campeã olímpica, oferecendo assim a primeira medalha a Portugal nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008.
Parabéns Vanessa!