segunda-feira, agosto 31, 2009

SLBenfica - V. Setúbal 8-1 Esmagador!

Constituição das Equipas e Avaliação Quantitativa do Desempenho

Estádio do SL Benfica, em Lisboa
Árbitro: Duarte Gomes (AF Lisboa)

BENFICA
Quim (2); Rúben Amorim (4), Luisão (4), David Luiz (2) e Shaffer (3); Ramires (4), Javi Garcia (4), Di María (4), Aimar (4); Cardozo (4) e Saviola (4).

Suplentes: Moreira, Luis Filipe, Sidnei, Fábio Coentrão (4), César Peixoto (3), Keirrison e Nuno Gomes (4).

V. SETÚBAL
Mário Felgueiras (3); Sandro (1), Zarabi (1), Djikiné (0); Lourenço (2), Bruno Monteiro (1), Kazmierczak (0), Álvaro Fernandez (0), Rúben Lima (1); Keita (0) e Hélder Barbosa (3).

Suplentes: Matos, Vasco Varão (-), Luís Carlos (2), Joãozinho, Adul (-) e Rui Fonte.

Sistemas Tácticos

Benfica


V.Setúbal


Principais Incidências da Partida(fonte: www.youtube.com)


Arbitragem

Numa partida fácil de dirigir, um erro grave - perdoou a expulsão a Keita, quando aos 26 minutos, teve uma entrada duríssima sobre David Luiz

Vedetas

Aimar
Se estava fisicamente diminuído, não se notou!
Destilou classe sempre que tocou na bola.
Assistiu os dois primeiros golos e assinou o quarto num esplendoroso trabalho individual.

Saviola

Faltou-lhe apenas um golo para coroar uma exibição plena de dinamismo, mobilidade e polvilhada de pormenores de excelente execução técnica.
Excelente a sua movimentação entre-linhas.

Cardozo
O regresso aos golos. E logo com três!
Voltou à marca dos 11 metros e, desta feita, não perdoou.

Javi García
Cumpriu com competência a sua missão, cerceando célere as tímidas iniciativas setubalenses e conferindo fluidez à transição ofensiva.
Em Guimarães havia ameaçado e, hoje, concretizou o seu primeiro golo ao serviço do Benfica.
Ainda teve tempo de assistir Cardozo para o 6-0.

Ramires
Impressionante o vaivém incessante, que protagonizou na meia-direita benfiquista.
Clarividente, soube sempre optar pela melhor solução.
Revelou uma notável leitura de jogo, equilibrando ao meio com o mesmíssimo rigor com que aportou profundidade ao flanco.
Assinou um golo, num movimento pleno de oportunidade e de inteligência.

Marretas

A equipa do Vitória.

A inadmissível desconcentração de Quim e David Luiz no lance do golo vitoriano.

O Jogo

Positivo

Superioridade avassaladora - na intensidade, no ritmo, na dinâmica, na mobilidade, na organização, na capacidade técnica individual, na capacidade táctica colectiva e na finalização!

A intensidade e a velocidade com que o Benfica iniciou a partida, pressionando alto, asfixiando e subjugando, por completo, o adversário (um pouco à imagem dos célebres 15 minutos à Benfica).

Equilíbrio defensivo, sem perder acutilância ofensiva.

A qualidade dos movimentos ofensivos encarnados, pautados pela dinâmica, pela intensidade, pela velocidade e pelo acerto na concretização.

O Hat-trick de Cardozo.

A eficácia encarnada nos lances de bola parada.

A sublime execução técnica de Aimar no golo que obteve.

A "Vitamina" Coentrão, que reacendeu uma partida que resvalava para a modorra.

Negativo

O equívoco táctico de Azenha, procurando "plagiar" Vingada sem que disponha de jogadores capazes de interpretar semelhante esquema táctico.

A escassa qualidade técnica da generalidade dos jogadores setubalenses.

A excessiva "testosterona" com que o Vitória iniciou a partida e que resultou numa intolerável chusma de entradas perigosas, das quais a de Keita sobre David Luiz aos 26 minutos constituiu expoente máximo.

A inadmissível desconcentração de Quim e David Luiz no lance do golo.

domingo, agosto 30, 2009

Uma Excepção porque se impõe...

"Diga só uma, então. Só uma? Não posso! Não consigo! Como é que vou falar de um homem que chegou a Portugal, saiu daí sem ganhar nada e ainda é bem-visto? Dou valor é ao Queiroz, que ganhou dois títulos mundiais com os juniores. E também ao Humberto Coelho. Bolas, com ele, ganhávamos a dar espectáculo. Mas alguém duvida de que o Euro-00 foi o expoente máximo da geração de ouro? Alguém duvida? Não brinquem comigo!

Com Scolari... Estive nove meses, mas a primeira reunião dos capitães - eu, Couto, Figo e Rui Costa - foi suficiente para o entender. Chamou-nos à parte e disse-nos que estava ali para treinar a selecção e dar o salto para um grande europeu. Mas estamos a brincar ou quê? Mas que é isto? Um homem na selecção, que deve ser um privilégio, o maior privilégio, e ele só pensava em sair para um grande da Europa. Mas brincamos ou quê? Falava em seriedade e disciplina. Aliás, afastou carismáticos, como Baía e João Pinto, com base na disciplina. Isso é tudo muito bonito, mas ele não aplicava a regra. Nos almoços da selecção, a mesa dos jogadores é sempre maior que a dos treinadores, porque há mais jogadores que treinadores. Com o Scolari, não! A nossa tinha 18/20 pessoas. A dele era maior. Mas estamos a brincar? Mas estamos onde? Ele levava os amigos brasileiros, os amiguinhos da Nike. Sim, porque ele é patrocinado pela Nike e entre um jogador da Nike e um da Adidas, escolhia sempre o da Nike. Mas depois, lá vinha com a lengalenga da disciplina. Então mas eu, que nasci em Coimbra, em Portugal, deixo-me ficar? Numa situação destas, deixo de agir? Mas estamos onde, pá? Que é isto? Ele ganhou o quê? Foi a uma final em casa e perdeu-a [Euro-04]. Mas há mais.

Quem? O Dr. Merdaíl. Disse Merdaíl? Enganei--me. É Madaíl, Madaíl. Depois do fiasco do Mundial-02 [Portugal eliminado na fase de grupos por EUA e Coreia do Sul], escondeu-se atrás de uma carcaça, atrás de um campeão do mundo [o Brasil venceu esse Mundial-02, com Scolari a seleccionador]. Isso é atirar areia para os olhos dos outros. Desculpe lá, mas apetece-me partir a loiça toda. Nasci aí, em Portugal, e não aceito que arruínem o nosso futebol."


Excerto de uma entrevista de Sérgio Conceição ao Diário I

Artigo de Opinião de Ricardo Araújo Pereira

GOSTAVA de começar por pedir desculpa pelo que aqui escrevi na semana passada. Quando falei dos sucessivos espancamentos que vitimam os funcionários do Porto, cometi um erro grave: esqueci-me das agressões que, também na região do grande Porto, têm vitimado os jornalistas. Carlos Pinhão foi espancado à saída de um Beira-Mar-Porto, Marinho Neves foi agredido várias vezes e, a fazer fé nos jornais, esta semana calhou a um repórter do Jornal de Notícias ser vítima de atropelamento e fuga. Desta vez, não se trata de um jornalista desportivo e, como fazia cobertura a um caso da vida privada de Pinto da Costa, o acontecimento não deveria ter repercussão nos jornais desportivos. Foi então que a SAD do Porto emitiu um comunicado a explicar o sucedido, e nessa altura o episódio passou a pertencer ao âmbito do futebol. Notou-se. A polémica que se seguiu foi mais parecida com uma discussão sobre futebol do que com uma conversa sobre código da estrada. O jornalista disse que foi atropelado; a SAD diz que houve apenas um contacto lícito entre o retrovisor e o homem. Uma espécie de carga de ombro automobilística. É tudo uma questão de intensidade, como diria Pôncio Monteiro. As testemunhas disseram que a polícia mandou parar o carro; a SAD alega que o motorista não ouviu o apito, pelo que não há lugar à amostragem do cartão amarelo.

Como é evidente, tratar o episódio como um caso futebolístico, e não como um problema de trânsito, beneficia Pinto da Costa: no mundo do futebol, em princípio, nunca lhe acontece nada.

NO dia 9 de Junho, em entrevista à RTP, José Eduardo Bettencourt disse que Paulo Bento era, e cito, «o melhor treinador da história do Sporting». Em Julho, depois do falecimento de Bobby Robson, recordou o inglês como «um bom treinador», e disse que o seu despedimento por Sousa Cintra tinha sido um «erro histórico do Sporting». Em Maio, já tinha dito «Paulo Bento forever». Em princípio, portanto, e tendo em conta que forever dura bastante tempo, neste momento é mais provável o Sporting despedir o presidente do que o treinador.

Benfica-Marítimo. Na grande área dos visitantes, um defesa lança-se para o chão e, inadvertidamente, toca com a mão na bola. O jogo estava empatado. O árbitro mandou seguir. Sporting-Braga. Na grande área dos visitantes, um defesa lança-se para o chão e, inadvertidamente, toca com a mão na bola. O jogo estava empatado. O árbitro mandou seguir. Porto-Nacional. Na grande área dos visitantes, um defesa lança-se para o chão e, inadvertidamente, toca com a mão na bola. O jogo estava empatado. O árbitro marcou penalty. Diz-se que faz falta definir um critério para ajudar a avaliar estes lances. Como é óbvio, o critério já existe. Toda a gente o conhece, e é bem antigo.

sexta-feira, agosto 28, 2009

Um Exemplo do Jornalismo que (não) se faz em Portugal

Correio da Manhã

Crónica do Jogo:

(...) " numa noite em que regressaram os maus cruzamentos de Luís Filipe, as desatenções de Sidnei e o atraso de forma de Keirrison e Nuno Gomes. E o adaptado David Luiz viveu um descalabro defensivo no flanco esquerdo."

(...) "Javi García cometeu a proeza de chegar ao fim do jogo só com um amarelo, mas voltou a mostrar um descontrolo que ainda lhe vai custar caro."

Apreciação Individual dos Jogadores:

"Luís Filipe – Regressou em bom plano, um ano depois de ter sido emprestado ao Vitória de Guimarães, mas deixou-se antecipar no segundo golo do Poltava."

"Sidnei – Habitual suplente de David Luiz, aproveitou bem a oportunidade, mostrando ser alternativa."

"David Luiz – Novamente colocado na esquerda, voltou a estar em bom nível, confirmando ser um dos mais polivalentes do plantel."

"Javi García – Precioso no apoio aos centrais e nas recuperações de bola, foi crucial para a equipa."

"Nuno Gomes – Na retina ficou uma bela jogada de entendimento com César Peixoto, que este desaproveitou na cara do guarda-redes."

"Keirrison – Não mostrou instinto de matador. Aos 19 minutos, foi isolado por César Peixoto, mas permitiu a defesa do guarda-redes."

quinta-feira, agosto 27, 2009

Poltava-SLBenfica 2-1 Inadmissível Ausência

Constituição das Equipas e Avaliação Quantitativa do Desempenho

Estádio Oleksiy Butovskiy, em Poltava (Ucrânia)

Árbitro: Claudio Circhetta (Suíça)

POLTAVA: Dolganskyy (3); Yarmash (3) (Bezus, 46m (4)), Medvediev (3), Dallku (3) e Curri (3); Krasnoporov (3), Markoski (4) (Chesnakov, 89m (-)) e Despotvski (3); Kulakov (3), Yesin (3) e Sachko (3) (Chychykov, 72m (2)).

Suplentes: Velychko, Gromov, Pyeskov e Januzi.

Treinador: Mykola Pavlov.

BENFICA: Moreira (1); Luís Filipe (2), Luisão (2), Sidnei (3) e David Luiz (2); Javi Garcia (3), Ramires (3) (Rúben Amorim, 71m (2)) , Fábio Coentrão (2) (Di Maria, 63m (2)) e César Peixoto (2); Nuno Gomes (3) (Saviola, 46m (3)) e Keirrison (2).

Suplentes: Júlio César, Miguel Vítor, Shaffer e Cardozo.

Treinador: Jorge Jesus.

Disciplina: Cartão amarelo para Nuno Gomes (10m), Yarmash (21m), Saviola (68m), Javi Garcia (76m), Bezus (87m).

Golos: Sachko (1-0, 48m), Saviola (1-1, 60m), Yesin (2-1, 73m).

Ao intervalo: 0-0.

Resultado final: 2-1.

Sistemas Tácticos

Poltava


Benfica


Principais Incidências da Partida(fonte: www.sapo.pt;www.record.pt)

48' VORSKLA POLTAVA
GOOOOOLO de Sachko
Contra-ataque rápido de Kulakov. Cruzamento largo para Sachko ao segundo poste. Moreira saiu em falso e o ponta-de-lança ucraniano tem tempo para dominar e fazer o remate fatal


60' BENFICA
GOOOOOLO de Saviola
Livre apontado por César Peixoto para o miolo da área. O desvio deficiente de um ucraniano leva a bola para o argentino que, junto à esquina esquerda da pequena área, apara com o pé esquerdo e fuzila com o direito para o ângulo superior do lado oposto da baliza


74' VORSKLA POLTAVA
GOOOOOLO de Esin
Kulakov volta a ser decisivo com um cruzamento rasteiro perigoso. Luís Filipe, depois Luisão, falha o corte e o extremo surge a fuzilar Moreira


Arbitragem

Apitou muito e nem sempre bem.

Vedetas


Pela exemplar execução técnica no lance do golo.

Markoski


Um oásis de qualidade superior numa equipa apenas esforçada

Marretas


Na única vez em que foi chamado a intervir, falhou.
E fê-lo clamorosamente!
Deu razão a Jesus ao ter concedido a titularidade a Quim.

O Jogo

Positivo

A exemplar execução técnica de Saviola no golo.

A entrega dos ucranianos, premiada com uma vitória mais do que merecida.

Negativo

Falta de atitude competitiva ou Competir treinando ao invés de treinar competindo

Intolerável a complacência e a mansidão da generalidade dos jogadores do Benfica, incompatível com a história e o prestígio europeu granjeado pelo clube.

O "perú" de Moreira no 1º golo e os equívocos de marcação de Luís Filipe nos tentos ucranianos.

A sobre-utilização de Peixoto e Keirisson, sem condição física para 60 minutos quanto mais para 90.

A não utilização de Miguel Vítor, aparentemente proscrito.

quarta-feira, agosto 26, 2009

Despudor!

1 - Quando Queirós assumiu o comando técnico da selecção nacional, proclamou a renovação.
Renovação do quadro de jogadores, mas também da própria ideia de selecção.
Aludiu, inclusive, a princípios éticos como imperativo de conduta.
Hoje, convocou Liedson, nascido em Cairu, Brasil, a 17-12-1977...

2 - Um crime de lesa-futebol.
Um crime de lesa-pátria.
Uma inadmissível corrupção dos valores que devem presidir à representação nacional.

3 - A partir de agora, chamem-lhe o que quiserem, mas não mais Selecção Nacional.

4 - Quando Juan Diaz foi contratado para seleccionador nacional de Voleibol expurgou a representação nacional da chusma de luso-brasileiros que a compunham.
Perscrutou e encontrou um conjunto de jovens valores portugueses, que sucessivas gerações de treinadores haviam teimado em ignorar.
Resultado: Presença no Campeonato Mundial e Consagração Internacional da generalidade dos jogadores.
Após ter tomado posse como treinador da selecção nacional de basquetebol, Valentin Melnychuk foi, progressivamente, prescindindo dos habituais norte-americanos naturalizados.
Resultado: Presença na fase final do Campeonato Europeu.
Parecem-me exemplos suficientemente elucidativos do quão despudorado, insultuoso e ofensivo é o caminho trilhado por Queirós!

5 - Por outro lado, convocar Miguel, Ricardo Carvalho, Deco, Maniche ou Nuno Gomes é um exemplo acabado de rejuvenescimento!

6 - Ontem, declarei-me apátrida futebolístico, pelo que este blog não mais acompanhará a selecção luso-canarinha da dupla sertaneja Gilberto&Carlos!

terça-feira, agosto 25, 2009

Apátrida Futebolístico


Acabo de saber, via Futebolartte, que Liedson será convocado por Carlos Queirós para os próximos encontros com a Dinamarca e Hungria (a 5 e 9 de Setembro).
Desde já afirmo que, a confirmar-se esta triste notícia, me considerarei, a partir desse momento, apátrida futebolístico.
Tudo tem um limite e o meu foi alcançado!

segunda-feira, agosto 24, 2009

Um Olhar sobre a Jornada

Jornada nº 2

Olhanense 0 0 Leiria

Académica 1 1 P. Ferreira

Sporting 1 2 Braga

Marítimo 1 0 Leixões

Rio Ave 1 0 V.Setúbal

V.Guimarães 0 1 Benfica

Porto 3 0 Nacional

Belenenses 2 0 Naval

Golos 11
Espectadores 105.173
Jogo com Mais Espectadores Porto-Nacional (40.309)
Jogo com Menos Espectadores AAC-Paços de Ferreira(2.202)
Cartões Amarelos 30
Cartões Vermelhos 5

Classificação

1 Braga 6
2 Marítimo 4
3 Benfica 4
4 Porto 4
5 Belenenses 4
6 Rio Ave 4
7 Leiria 2
8 Olhanense 2
9 P. Ferreira 2
10 Sporting 1
11 Leixões 1
12 V.Guimarães 1
13 V.Setúbal 1
14 Nacional 1
15 Académica 1
16 Naval 1

On-Fire

Sp. Braga

Dois jogos, duas vitórias, liderança da Liga Sagres.
Conservando inalterados quer o modelo e os princípios de jogo, quer a generalidade dos jogadores da época passada (Hugo Viana foi a excepção que confirmou a regra), Domingos repetiu o feito de Jorge Jesus e derrotou, sem apelo, nem agravo, o Sporting em Alvalade.
Notável concentração competitiva, irrepreensível organização defensiva e aquela pontinha de sorte sempre imprescindível nestas ocasiões foram os predicados maiores de um conjunto que, a partir do primeiro golo, controlou a partida.
Destaque para as exibições de Vandinho, o pêndulo, Alan, autor de um magnífico golo, e João Pereira, laborioso no incessante vaivém pelo flanco direito.

Belenenses

Após mais uma repescagem administrativa, os azuis do Restelo parecem renascidos das cinzas.
Sob o comando de João Carlos Pereira, que, com excepção do Estoril na temporada transacta, tem acumulado insucessos, o Belenenses apresenta um registo defensivamente imaculado.
Com um plantel de "tostões", muito jovem, inexperiente e curto, o êxito pode ser fogo-fátuo.
Veremos se Nelson, Beto e José Pedro serão capazes de transmitir a necessária tranquilidade nos momentos mais quentes da época.
Louva-se a aposta, mais forçada do que pensada, nas camadas jovens.

Sob Pressão

Sporting

A derrota caseira frente ao Braga agitou os dias leoninos, quase que prenunciando um motim assim se confirme a eliminação da Champions.
Mais do que a ausência de vitórias em jogos oficiais, avulta a exaustão do modelo de jogo e do sistema táctico, a teimosia de algumas escolhas, o divórcio entre alguns jogadores e Paulo Bento e, muito especialmente, entre a massa associativa e o treinador.
Previsibilidade talvez seja a melhor forma de definir o actual Sporting.
Inclusivamente nas substituições. Aliás, a titularidade de Pedro Silva apenas encontra razão de ser na possibilidade de repetir a sua troca por Pereirinha.
Liedson e João Moutinho têm sido os sustentáculos do Sporting nas últimas temporadas e o seu paupérrimo momento de forma, também, ajuda a explicar o titubeante arranque leonino.
É muito difícil, senão impossível, construir uma equipa competitiva com um guarda-redes imberbe e dois laterais vulgares (até mesmo Polga tem acumulado equívocos).
Caso seja eliminado da Champions e não triunfe em Coimbra, apenas restará a Paulo Bento demitir-se.

Dream Team

Nilson

João Pereira, David Luiz, Moisés e Alonso

Alan, Vandinho, Ramires e Bruno Gama

Falcao e Yontcha

Arbitragem

Mais do que qualquer erro, importa reflectir sobre a evidente dualidade de critérios entre os árbitros da Liga Sagres.
O que para Artur Soares Dias e Olegário Benquerença não foi penalty, foi-o (e acertadamente, acrescente-se) para João Ferreira.
Se Vítor Pereira serve para alguma coisa, este é o momento certo para o demonstrar!
Estabeleçam-se parâmetros claros e precisos para uma boa avaliação deste tipo de lances, comuniquem-nos aos árbitros e tornem-nos públicos.
A equidade agradece!

domingo, agosto 23, 2009

V. Guimarães - SLBenfica 0-1 A Ilustre Casa de Ramires

Constituição das Equipas e Avaliação Quantitativa do Desempenho

Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães

Árbitro: Pedro Proença (AF Lisboa)

V. Guimarães: Nilson (4); Andrezinho (3), Sereno (3), Gustavo Lazzaretti (3) e Desmarets (3); Moreno (3), Flávio Meireles (1) e Nuno Assis (2); Jorge Gonçalves (2) (Alex, 59m (2)), Targino (3) e Douglas (2).

Suplentes: Serginho, Roberto, Rui Miguel, Marquinho, Custódio e Tiago Alencar.

Treinador: Nelo Vingada.

Benfica: Quim (1); Rúben Amorim (3), Luisão (2), David Luiz (4) e Shaffer (3); Javi Garcia (3) (Nuno Gomes, 74m (2)), Ramires (4), Di Maria (3) e Aimar (2) (Fábio Coentrão, 55m (2)); Saviola (1) (Keirrison, 46m (1)) e Cardozo (1).

Suplentes: Moreira, Luís Filipe, Sidnei e César Peixoto.

Treinador: Jorge Jesus.

Golos: Ramires (0-1, 90m)

Disciplina: Cartão amarelo para Javi Garcia (28m), Flávio Meireles (52m), Nuno Assis (72m), Fábio Coentrão (90+2m). Cartão vermelho a Flávio Meireles (60m), Nuno Assis (90+2).

Ao intervalo: 0-0.

Resultado final: 0-1

Sistemas Tácticos

V. Guimarães


Benfica


Principais Incidências da Partida(fonte: www.sapo.pt;www.record.pt)

Sereno, de cabeça, levou a melhor sobre os centrais, mas Quim respondeu com grande defesa, cedendo novo canto.


Enorme oportunidade para o Benfica, com Di María a desmarcar o compatriota Aimar que, isolado, não marca por centímetros. O remate, contudo, é defendido por Nilson, embora o juiz não tenha assinalado o canto.


Penalty para o Benfica. Flávio Meireles joga a bola com a mão, após canto de Di María.
Nilson, com o pé, defende forte pontapé de Cardozo que, em dois jogos do Campeonato, soma duas penalidades desperdiçadas.


GOOOOOLO de Ramires
Livre para o Benfica, depois de Alex derrubar Fábio Coentrão. O mesmo Coentrão levantou e o internacional brasileiro, nas alturas, cabeceou sem hipóteses para Nilson.


Arbitragem

Um ou outro erro de pormenor não ensombram um desempenho globalmente positivo.
Ajuizou bem o lance de grande penalidade a favor do Benfica.

Vedetas


Pela disponibilidade física, pelos equilíbrios, mas, essencialmente, pela extraordinária execução na cabeçada que redundou no tento da vitória



Restituído à posição natural, tem acumulado desempenhos de excelente qualidade, polvilhados de pormenores de classe.
Hoje, não foi diferente.
Seguro e concentrado, aniquilou as investidas vimaranenses e procurou estimular o processo ofensivo



Pela defesa do penalty, mas também pela imagem de segurança e confiança que transmitiu aos seus companheiros.

Marretas



Dois erros técnicos inadmissíveis, marcaram uma partida em que poucas vezes foi chamado a intervir.
Revelou lacunas no jogo aéreo (primeiro erro ainda no dealbar da partida) e mesmo ao nível da concentração (segundo erro na segunda metade, largando para a frente um remate de Andrezinho)


Dois jogos, dois penalty´s desperdiçados!
Quer contra o Marítimo, quer no encontro de hoje, revelou que ainda não tem condição física para duas partidas semanais



Passou completamente à margem da partida!



Um penalty absolutamente despropositado, numa exibição em que acumulou picardias

O Jogo

Positivo

Resultado

Num jogo em que, raramente, ensaiou movimentos ofensivos com discernimento, fluidez e clarividência, salvou-se a vitória

Organização defensiva do Benfica

Com excepção de um lance de bola parada e de dois contra-ataques na fase do "desespero" em que o Benfica subiu exageradamente o bloco, a solidez e a organização defensiva dos encarnados não permitiu veleidades consistentes aos vimaranenses

Os passes de Di Maria isolando Ramires e Aimar na primeira parte

As assistências de Coentrão para os dois golos do Benfica na Liga Sagres

A movimentação global da equipa no lance que resultou no golo de Ramires

A intensidade do jogo

O trabalho táctico de Vingada

Procurando encaixar a sua equipa na do Benfica, Vingada apresentou um 3-4-3 que não só asfixiou as unidades centrais do Benfica, como aportou relativa profundidade ofensiva à sua equipa, especialmente aos flancos

Negativo

Mansidão/ausência de pressão alta

O Benfica foi demasiado complacente.
Não pressionou o primeiro momento de construção do Vitória e, quando assim acontece, a equipa padece.
Sofre não defensiva, mas ofensivamente, pois que lhe faltam tempo e espaço para que as suas unidades criativas possam arquitectar o processo atacante

Falta de dinamismo, agilidade e mobilidade

A equipa sentiu muito quer o desgaste do jogo europeu, quer a agressividade vitoriana.
Com Aimar sem espaço para construir, com Di Maria muito intermitente e com Saviola e Cardozo muito presos, as dificuldades ofensivas foram evidentes

A substituição de Aimar por Coentrão em contradição com o modelo e os princípios de jogo da equipa.
Descaracterizou o jogo de posse em favor do jogo directo.
A equipa não absorveu a alteração de paradigma e os problemas ofensivos acentuaram-se.
Quase que esterilizou o ataque encarnado.
A entrada de Nuno Gomes restituiu a equipa a um padrão próximo da "normalidade" e as benfeitorias foram claras.

Dois jogos, dois penalty´s desperdiçados

Ameaça tornar-se um problema!
Percebo que a confiança de Cardozo a tanto obriga, mas equacionar uma alteração no marcador de penalty´s é capaz de ser uma ideia a considerar

A atitude de Douglas pontapeando a bola, propositadamente, na direcção de Aimar

O penalty de Meireles

A permanente azia de Assis que desaguou na sua expulsão

Os equívocos de Quim e os falhanços de Targino