Paulo Bento transformou a desvantagem de jogar em casa do F.C. Porto numa vantagem estatística sobre o adversário.
O treinador do Sporting diz que jogar no Dragão não será determinante. E explicou porquê.
«Vão defrontar-se duas equipas em que uma delas não perdeu nenhum clássico [Sporting] e em que a outra não ganhou nenhum clássico [F.C. Porto]», sustentou.
«Aí, em termos de confiança, poderemos até ter mais alguma. Não em excesso, mas mais alguma confiança. Um empate no Dragão, uma vitória na Luz e uma vitória sobre o Benfica em Alvalade. Daí ser uma equipa que está preparada para este tipo de jogo. E tentaremos que o factor casa não seja determinante», afirmou.
Excelente conferência de imprensa do Paulo "risco ao meio" Bento, à imagem do "special one".
Paulo Bento retirou pressão à sua equipa e aumentou os seus níveis de confiança.
Simultaneamente, fez perigar a convicção e a segurança do adversário, coagindo-o.
Penso que aqui reside um dos seus méritos enquanto treinador.
Embora apresente lacunas sérias de vocabulário e uma forma de falar vagamente castelhana, Paulo Bento exprime-se muito bem em "futeboles".
Conhece as estratégias de comunicação e utiliza-as como nenhum outro treinador, actualmente, em Portugal.
Sabe o que quer e o caminhe que tem de trilhar para atinjir os seus objectivos.
Analisou e constatou as omissões da sua equipa e delineou um modelo de jogo capaz de as superar ou, pelo menos, disfarçar.
Para já, está a ganhar.
É por estas e por outras que não compreendo os "black-out".
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