Como todos já sabem, detesto o seleccionador nacional de futebol.
Desde a sua postura ao seu linguajar tosco, passando pela sua nula capacidade de trabalho e pelos seus parcos conhecimentos futebolísticos, tudo nele me parece abjecto.
Os seus defensores brandem com a conquista de vários títulos, entre os quais um campeonato do mundo, para assegurar da sua competência.
A esses direi que Scolari é, sem dúvida, um homem com sorte.
Com os jogadores que tinha ao seu dispôr, difícil seria não ter ganho aquele Mundial (ainda que a Turquia tenha sido, indecentemente, espoliada nas meias-finais).
Como complicado seria não ganhar um Europeu jogado em casa, com um apoio popular nunca antes visto, dispondo de um manancial de jogadores de elevada craveira e Scolari conseguiu-o.
Scolari tem duas virtudes principais enquanto treinador - sorte (e treinador sem sorte não ganha nada) e capacidade de liderança. No mais, é fraco.
Hoje por hoje, Scolari desbaratou, por completo, o capital de confiança e entusiasmo que havia granjeado.
Há muito que a selecção nacional deixou de ser a selecção de todos nós, como pomposamente os senhores jornalistas desportivos gostam de a denominar.
A insistência na escolha de jogadores falhos de categoria para representarem a selecção portuguesa, o seu discurso incoerente e vitimizador, a tal desfecho conduziram.
Para Scolari (e por aqui se vê a sua estreiteza de pensamento) uma selecção deve funcionar como um clube, no sentido em que uma vez definido um plantel, deve manter-se inalterado, sejam quais forem as circunstâncias.
Olvida, desde logo, que, mesmo nos clubes, verificam-se entradas e saídas de jogadores.
Uma selecção não é, nem pode ser encarada como um clube.
O campo de recrutamento de uma selecção é, por norma, bem mais vasto (com excepção, talvez, do Brasil) e uma selecção, por definição, tem que ser composta pelos melhores jogadores do País no momento da elaboração da convocatória.
Assim, só por economia de meios se percebe que Scolari haja eleito um conjunto fixo de jogadores para compor a selecção.
Dada a sua aversão ao trabalho, mormente de observação de jogos, a opção de Scolari permite-lhe abdicar de tal tarefa.
Ignorar os momentos de forma e a condição de titular ou suplente dos jogadores aquando da elaboração das convocatória, parece-me a negação da função de seleccionador.
Seleccionador é aquele que escolhe e Scolari há muito que se deixou disso.
A recente lista de eleitos para o jogo com a Arabia Saudita é bem exemplo disso.
Não me parece plausível a convocação de jogadores suplentes (Quim, Maniche, Hugo Viana), de jogadores sem competição (Costinha) e de jogadores em claro deficit de forma desportiva (Meira e Nuno Valente).
Aliás, Scolari já disse que Costinha, independentemente, do que vier a ser o seu futuro desportivo (leia-se arranje ou não clube) será convocado.
Afirmar que este jogo particular seria um teste para Quaresma e Viana é de bradar aos céus.
Não será que à convocação de jogadores deveria obedecer um prévio plano de observações? não deveria ser a análise do seu rendimento desportivo durante a época a determinar a sua eleição?!
Se à inabilidade nas escolhas, acrescermos a falta de rigor na preparação logística e desportiva do Mundial, o futuro apresenta-se sombrio.
Eleger o Alentejo como local de pré-estágio da selecção, com o seu clima ameno e aprazível em finais de Maio, princípios de Junho, convidar Cabo Verde e o Luxemburgo para "sparing partners" para uma competição como o Mundial, afiguram-se-me decisões asnáticas.
Percebo que Scolari e Mandaíl se mostram muito satisfeitos com tais opções, pois que servem os seus interesses.
Madaíl embolsa mais umas massas e Scolari fica a salvo de um qualquer percalço que pudesse empalidecer, ainda mais, a sua estrela.
Espero e desejo que a campanha de Portugal no Mundial seja coroada de êxito, mas, infelizmente, nas actuais condições, duvido.
Lanço-vos o desafio de elaborarmos a selecção nacional do blog, os 23 jogadores que deveriam envergar a camisola das quinas no Mundial da Alemanha.
Nesta ocasião, proponho-vos a escolha dos 3 guarda-redes.
Por mim, seriam Paulo Santos, Ricardo e Pedro Roma.
4 comentários:
Guarda-redes:
Paulo Santos, Quim e Pedro Roma
Relativamente ao Scolari, não sei se, tecnicamente, será ou não competente.
Mas como se sabe nem sempre a competência técnica é sinónimo de êxito.
E apesar de não termos ganho o Europeu - quando pareciam estar reunidas todas as condições nesse sentido - não deixou de ser um êxito a nossa presença no Europeu.
Está por provar - como sempre ficará, pois, em futebol, como em tantas outras coisas, a história não se repete - se com outro treinador ganharíamos a final.
Ou, sequer, se lá iríamos.
Por outro lado, garantimos o acesso ao Mundial com uma antecedência que não era habitual.
Assim, e até agora, as provas em que Scolari tem estado envolvido têm representado um assinalável êxito desportivo, ficando por ver qual será o nosso desempenho no Mundial.
Por outro lado, Scolari teve também outra virtude, qual foi a de conseguir a mobilização de um País inteiro para o apoio à selecção.
E expurgou da selecção toda a cáfila de parasitas que minavam sempre os bastidores dos campeonatos, bem como pôs a andar os jogadores das "confusões".
Ora, outros supostos bons treinadores com jogadores de igual ou superior valia aos que integram actualmente a selecção, não chegaram, sequer, aos calcanhares do que já fez o Scolari.
O exemplo mais gritante foi o que se passou no Mundial da Coreia/Japão, onde perante um grupo
facílimo Portugal foi completamente humilhado.
Para já não falar das histórias paralelas que se desenrolaram fora do campo.
E posso também relembrar o que se passou no tempo do Carlos "Gravatas" Queirós e do Artur "Bigodes" Jorge.
Por isso, e até à data, creio que o Scolari, técnicamente sabedor ou não, goste-se dele ou não, foi, desde que me lembro, o treinador que passou pela selecção com mais sucesso.
Não ganhou títulos?
Qual o treinador que os ganhou ao serviço da selecção nacional?
Guarda-Redes
Ricardo
Paulo Santos
Quim
Já Agora aqui fica a minha selecção
Guarda Redes
Vitor Baia
Paulo Santos
Jorge Baptista
Defesas Laterais
Miguel
P.Ferreira
Nelson
Miguelito
Defesas Centrais
R.Carvalho
Tonel
J.Andrade
M.Caneira
Médios
Petit
Deco
J.Moutinho
M.Fernandes
Alas
Quaresma
C.Ronaldo
Simão
Figo
Avançados
Nuno Gomes
Pauleta
Postiga
J.Tomás
Mais tarde darei o meu onze titular.
Para seguir com atenção.
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