domingo, agosto 23, 2009

V. Guimarães - SLBenfica 0-1 A Ilustre Casa de Ramires

Constituição das Equipas e Avaliação Quantitativa do Desempenho

Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães

Árbitro: Pedro Proença (AF Lisboa)

V. Guimarães: Nilson (4); Andrezinho (3), Sereno (3), Gustavo Lazzaretti (3) e Desmarets (3); Moreno (3), Flávio Meireles (1) e Nuno Assis (2); Jorge Gonçalves (2) (Alex, 59m (2)), Targino (3) e Douglas (2).

Suplentes: Serginho, Roberto, Rui Miguel, Marquinho, Custódio e Tiago Alencar.

Treinador: Nelo Vingada.

Benfica: Quim (1); Rúben Amorim (3), Luisão (2), David Luiz (4) e Shaffer (3); Javi Garcia (3) (Nuno Gomes, 74m (2)), Ramires (4), Di Maria (3) e Aimar (2) (Fábio Coentrão, 55m (2)); Saviola (1) (Keirrison, 46m (1)) e Cardozo (1).

Suplentes: Moreira, Luís Filipe, Sidnei e César Peixoto.

Treinador: Jorge Jesus.

Golos: Ramires (0-1, 90m)

Disciplina: Cartão amarelo para Javi Garcia (28m), Flávio Meireles (52m), Nuno Assis (72m), Fábio Coentrão (90+2m). Cartão vermelho a Flávio Meireles (60m), Nuno Assis (90+2).

Ao intervalo: 0-0.

Resultado final: 0-1

Sistemas Tácticos

V. Guimarães


Benfica


Principais Incidências da Partida(fonte: www.sapo.pt;www.record.pt)

Sereno, de cabeça, levou a melhor sobre os centrais, mas Quim respondeu com grande defesa, cedendo novo canto.


Enorme oportunidade para o Benfica, com Di María a desmarcar o compatriota Aimar que, isolado, não marca por centímetros. O remate, contudo, é defendido por Nilson, embora o juiz não tenha assinalado o canto.


Penalty para o Benfica. Flávio Meireles joga a bola com a mão, após canto de Di María.
Nilson, com o pé, defende forte pontapé de Cardozo que, em dois jogos do Campeonato, soma duas penalidades desperdiçadas.


GOOOOOLO de Ramires
Livre para o Benfica, depois de Alex derrubar Fábio Coentrão. O mesmo Coentrão levantou e o internacional brasileiro, nas alturas, cabeceou sem hipóteses para Nilson.


Arbitragem

Um ou outro erro de pormenor não ensombram um desempenho globalmente positivo.
Ajuizou bem o lance de grande penalidade a favor do Benfica.

Vedetas


Pela disponibilidade física, pelos equilíbrios, mas, essencialmente, pela extraordinária execução na cabeçada que redundou no tento da vitória



Restituído à posição natural, tem acumulado desempenhos de excelente qualidade, polvilhados de pormenores de classe.
Hoje, não foi diferente.
Seguro e concentrado, aniquilou as investidas vimaranenses e procurou estimular o processo ofensivo



Pela defesa do penalty, mas também pela imagem de segurança e confiança que transmitiu aos seus companheiros.

Marretas



Dois erros técnicos inadmissíveis, marcaram uma partida em que poucas vezes foi chamado a intervir.
Revelou lacunas no jogo aéreo (primeiro erro ainda no dealbar da partida) e mesmo ao nível da concentração (segundo erro na segunda metade, largando para a frente um remate de Andrezinho)


Dois jogos, dois penalty´s desperdiçados!
Quer contra o Marítimo, quer no encontro de hoje, revelou que ainda não tem condição física para duas partidas semanais



Passou completamente à margem da partida!



Um penalty absolutamente despropositado, numa exibição em que acumulou picardias

O Jogo

Positivo

Resultado

Num jogo em que, raramente, ensaiou movimentos ofensivos com discernimento, fluidez e clarividência, salvou-se a vitória

Organização defensiva do Benfica

Com excepção de um lance de bola parada e de dois contra-ataques na fase do "desespero" em que o Benfica subiu exageradamente o bloco, a solidez e a organização defensiva dos encarnados não permitiu veleidades consistentes aos vimaranenses

Os passes de Di Maria isolando Ramires e Aimar na primeira parte

As assistências de Coentrão para os dois golos do Benfica na Liga Sagres

A movimentação global da equipa no lance que resultou no golo de Ramires

A intensidade do jogo

O trabalho táctico de Vingada

Procurando encaixar a sua equipa na do Benfica, Vingada apresentou um 3-4-3 que não só asfixiou as unidades centrais do Benfica, como aportou relativa profundidade ofensiva à sua equipa, especialmente aos flancos

Negativo

Mansidão/ausência de pressão alta

O Benfica foi demasiado complacente.
Não pressionou o primeiro momento de construção do Vitória e, quando assim acontece, a equipa padece.
Sofre não defensiva, mas ofensivamente, pois que lhe faltam tempo e espaço para que as suas unidades criativas possam arquitectar o processo atacante

Falta de dinamismo, agilidade e mobilidade

A equipa sentiu muito quer o desgaste do jogo europeu, quer a agressividade vitoriana.
Com Aimar sem espaço para construir, com Di Maria muito intermitente e com Saviola e Cardozo muito presos, as dificuldades ofensivas foram evidentes

A substituição de Aimar por Coentrão em contradição com o modelo e os princípios de jogo da equipa.
Descaracterizou o jogo de posse em favor do jogo directo.
A equipa não absorveu a alteração de paradigma e os problemas ofensivos acentuaram-se.
Quase que esterilizou o ataque encarnado.
A entrada de Nuno Gomes restituiu a equipa a um padrão próximo da "normalidade" e as benfeitorias foram claras.

Dois jogos, dois penalty´s desperdiçados

Ameaça tornar-se um problema!
Percebo que a confiança de Cardozo a tanto obriga, mas equacionar uma alteração no marcador de penalty´s é capaz de ser uma ideia a considerar

A atitude de Douglas pontapeando a bola, propositadamente, na direcção de Aimar

O penalty de Meireles

A permanente azia de Assis que desaguou na sua expulsão

Os equívocos de Quim e os falhanços de Targino

4 comentários:

Jimmy Jump disse...

Amigo Vermelho, salutar antes de mais o teu, e o regresso dos demais condóminos ao sítio que é já unanimemente considerado a Meca da análise desportiva da blogosfera.
Dizer também que me parece bastante positivo a forma sintética com que agora apresentas a tua crítica aos jogos.
Relativamente à exibição do Benfica, à semelhança do que já se tinha passado na primeira parte do jogo contra o Marítimo na luz, a equipa sentiu dificuldades em ultrapassar as fileiras cerradas e aguerridas do Guimarães, muito por culpa da falta de dinâmica e acutilância ofensiva. Das duas vezes que o Benfica acertou na movimentação, Aimar e Ramires falharam, o argentino de forma escandalosa.
Os dois jogos disputados até agora são o prenúncio de um campeonato que só poderá ser conquistado com “sangue, esforço, suor e lágrimas”.

Vermelho disse...

Amigo Jimmy:
Obrigado pelos elogios, dos quais tentarei continuar a ser merecedor, e dizer que assino por baixo quer a tua análise quer a tua "profecia".
Aquele abraço

antes morto que vermelho disse...

um desfile único de barbaridades atrás de barbaridades...
como é que se pode arrotar tanto e de forma tão sonora numa pseudo análise?
incrivél!

antes morto que vermelho disse...

"Relativamente à exibição do Benfica, à semelhança do que já se tinha passado na primeira parte do jogo contra o Marítimo na luz, a equipa sentiu dificuldades em ultrapassar as fileiras cerradas e aguerridas do Guimarães, muito por culpa da falta de dinâmica e acutilância ofensiva." isto é do mais "bolististico" que se pode ver, este marreta a escarrar ou a bola a cuspir não há diferença nenhuma.
os lugares comuns abundam nas cuspidelas...