Paulo Costa, árbitro, e Jorge Coroado, ex-árbitro e crítico de arbitragem, desentenderam-se e estiveram quase a chegar a vias de facto durante o funeral do ex-árbitro Vítor Correia, anteontem, no cemitério dos Olivais.
Diz quem os conhece que os dois homens se odeiam cordialmente há muito anos, mas a causa próxima da desinteligência terá sido uma das últimas análises de Coroado, que deixaram o árbitro portuense furioso a propósito de uma arbitragem, julgada muito má, num jogo do Mundial, o crítico escreveu que "até Paulo Costa era capaz de fazer melhor".
Conhecidos nos bastidores pela animosidade que nutrem mutuamente, os dois homens do apito trocaram alguns mimos e, conta quem viu, chegaram a crescer um para o outro, momentos antes de serem separados por outras figuras do mundo do futebol, entre as quais Pinto de Sousa, ex-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol.
Nem a solenidade da cerimónia conteve tanta tensão.
De Coroado, árbitro na reserva, diz-se que é especialmente cáustico nos comentários a Paulo Costa, na rádio, na TV e nas páginas de um jornal, o que alimenta a aversão desde os tempos em que ambos estavam no activo.
Costa admitiu que não vai à bola com Coroado e que teve um desentendimento com ele durante as exéquias, mas "não mais do que isso". E nega que tenha chegado a vias de facto, como noticiou um jornal. "É tudo mentira!", diz o árbitro, afirmando-se "completamente incapaz de uma coisa dessas e muito menos num momento daqueles, para prestar homenagem a uma grande figura da arbitragem portuguesa".
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