Entro amanhã de férias, pelo que só voltarei a postar em 2006.
Assim, desejo a todos quantos fazem o favor de ler aquilo que escrevo, um feliz Natal e boas entradas...
quarta-feira, dezembro 21, 2005
Soares e Scolari
É inadmissível aquilo que Soares e Scolari, em planos distintos, disseram sobre Cavaco, João Pinto e Baía.
Soares disse, no debate de ontem, que muitos chefes de Governo seus amigos lhe haviam falado das intervenções de Cavaco nos Conselhos Europeus. Depois, quando chamado a revelar o que lhe tinham dito, disse, simplesmente, que nunca o faria.
Scolari disse, em entrevista, que não convocava João Pinto e Baía por razões técnicas e de balneário que nunca revelaria.
Um e outro caso situam-se ao nível da cobardia, da insinuação, da calúnia e da insídia.
É intolerável o que Soares e Scolari procuraram fazer numa e noutra situação - criar a convicção na opinião pública da verificação de factos perniciosos e desfavoráveis para aqueles que visaram, sem que, por falta de concretização, disponham aqueles de possibilidade de ripostarem.
Soares pos em causa a capacidade política de Cavaco, coarctando-lhe, simultaneamente, a possibilidade de contrapor o que quer que fosse, pois Soares não se dignou a concretizar a acusação.
Soares resvalou para a baixa política, revelando baixeza de carácter.
Scolari pos em causa a dignidade, o profissionalismo e o carácter de JVP e Baía, procurando alijar as suas responsabilidades.
Scolari, como em outras ocasiões, revelou o seu carácter cobarde e a sua personalidade mal formada.
Soares disse, no debate de ontem, que muitos chefes de Governo seus amigos lhe haviam falado das intervenções de Cavaco nos Conselhos Europeus. Depois, quando chamado a revelar o que lhe tinham dito, disse, simplesmente, que nunca o faria.
Scolari disse, em entrevista, que não convocava João Pinto e Baía por razões técnicas e de balneário que nunca revelaria.
Um e outro caso situam-se ao nível da cobardia, da insinuação, da calúnia e da insídia.
É intolerável o que Soares e Scolari procuraram fazer numa e noutra situação - criar a convicção na opinião pública da verificação de factos perniciosos e desfavoráveis para aqueles que visaram, sem que, por falta de concretização, disponham aqueles de possibilidade de ripostarem.
Soares pos em causa a capacidade política de Cavaco, coarctando-lhe, simultaneamente, a possibilidade de contrapor o que quer que fosse, pois Soares não se dignou a concretizar a acusação.
Soares resvalou para a baixa política, revelando baixeza de carácter.
Scolari pos em causa a dignidade, o profissionalismo e o carácter de JVP e Baía, procurando alijar as suas responsabilidades.
Scolari, como em outras ocasiões, revelou o seu carácter cobarde e a sua personalidade mal formada.
Soares/Cavaco
As previsões confirmaram-se.
Soares ao ataque, disparando para todo o lado e Cavaco á defesa, procurando refugiar-se em generalidades.
Ontem, Soares regressou aos velhos tempos, logrando encostar Cavaco ás cordas.
Ao contrário dos outros candidatos, mormente Jerónimo e Louçã, Soares optou por visar a personalidade e o carácter de Cavaco em detrimento da tentativa de desmontar o seu discurso político.
Soares enveredou por uma estratégia de clara confrontação, procurando por a nu as características da personalidade de Cavaco que, em seu entender, o desaconselham para o desempenho do cargo de PR.
Penso que Soares abriu um novo ciclo na campanha presidencial, deixando antever a realização de uma segunda volta, por duas ordens de razões fundamentais.
Pela positiva, porque deu de si uma imagem mais aproximada do Soares de há 30 anos, revelando uma saúde física e mental surpreendentes, demarcando-se do rótulo de " velhinho de 81 anos esclerosado".
Pela negativa, porque destruiu, de certo modo, o mito Cavaco ao apontar as fragilidades do perfil pessoal e político de Cavaco.
Soares mostrou-se hábil ao acentuar que o discurso de Cavaco é exclusivamente económico e que patenteia fragilidades em matérias sociais e políticas.
Cavaco deixou-se conduzir por Soares, o que, ainda mais, o debilitou.
Aliás, Cavaco foi de encontro ás críticas de Soares, pois sempre que interveio fe-lo colocando a tónica do seu discurso em aspectos económicos.
Resumindo, direi que foi um debate interessante, embora longe dos bons e velhos debates televisivos de outrora.
Soares ao ataque, disparando para todo o lado e Cavaco á defesa, procurando refugiar-se em generalidades.
Ontem, Soares regressou aos velhos tempos, logrando encostar Cavaco ás cordas.
Ao contrário dos outros candidatos, mormente Jerónimo e Louçã, Soares optou por visar a personalidade e o carácter de Cavaco em detrimento da tentativa de desmontar o seu discurso político.
Soares enveredou por uma estratégia de clara confrontação, procurando por a nu as características da personalidade de Cavaco que, em seu entender, o desaconselham para o desempenho do cargo de PR.
Penso que Soares abriu um novo ciclo na campanha presidencial, deixando antever a realização de uma segunda volta, por duas ordens de razões fundamentais.
Pela positiva, porque deu de si uma imagem mais aproximada do Soares de há 30 anos, revelando uma saúde física e mental surpreendentes, demarcando-se do rótulo de " velhinho de 81 anos esclerosado".
Pela negativa, porque destruiu, de certo modo, o mito Cavaco ao apontar as fragilidades do perfil pessoal e político de Cavaco.
Soares mostrou-se hábil ao acentuar que o discurso de Cavaco é exclusivamente económico e que patenteia fragilidades em matérias sociais e políticas.
Cavaco deixou-se conduzir por Soares, o que, ainda mais, o debilitou.
Aliás, Cavaco foi de encontro ás críticas de Soares, pois sempre que interveio fe-lo colocando a tónica do seu discurso em aspectos económicos.
Resumindo, direi que foi um debate interessante, embora longe dos bons e velhos debates televisivos de outrora.
terça-feira, dezembro 20, 2005
Balanço e Antevisão
Antes das férias natalícias, urge realizar um portfolio de breves esquiços do que tem sido a pré-campanha das eleições presidenciais.
O balanço geral mostra-se fraco.
Ao nível do esclarecimento, a pré-campanha tem sido, aliás como as demais, sofrível.
Os candidatos ou descentralizam a questão e discutem programas de governo, ignorando o papel consitucional do PR, ou apresentam declarações genéricas de intenções, vagas e/ou vazias de conteúdo, ou escudam-se em silencios mais ou menos comprometedores, sendo neste ponto o candidato Cavaco Silva o mais eloquente.
Nesta pré-campanha marcada, inevitavelmente, pela crise do País, os candidatos, embora sabedores que pouco poderão influenciar a governação, tem-se visto forçados a corresponder ás expectativas geradas na opinião pública e cada um à sua medida e imagem, procura capitalizar o sentimento de insatisfação reinante, discorrendo sobre as soluções para vencer os problemas.
Ora, não sendo esse o papel constitucional do PR, a discussão resulta, inexoravelmente, inquinada.
Ainda assim, a perfomance dos candidatos apresenta cambiantes curiosas.
Cavaco na sua postura de homem providencial, tem alternado entre o silencio, o enfatizar do divisionismo á esquerda e o acentuar da preocupação dos restantes candidatos consigo.
Cavaco, com o seu conceito de cooperação estratégica, tem sido aquele que confere uma visão mais presidencialista ao nosso modelo constitucional. Cavaco, na busca de arrebatar a desilusão social, promete ser mais do que um mero árbitro, apresentando-se como um verdadeiro chefe de governo que irá conduzir os destinos do País do alto do seu magistério presidencial.
Soares é Soares, hoje mais do que nunca o "bochechas".
A sua bonomia, a sua afabilidade, a facilidade de contacto mediático, ainda fazem de Soares um animal político.
No discurso, todavia, já se notam os efeitos da idade.
Alegre é, quanto a mim, a maior desilusão da pré-campanha.
Surgiu pujante na apresentação da sua candidatura, mas assim que começou a falar, revelou toda a pobreza do seu discurso e das suas ideias.
Alegre desperdiçou parte substancial do capital de simpatia que havia granjeado e caminha, a passos largos, para o definhamento final da sua candidatura.
Aliás, as suas últimas intervenções, vitimizando-se, só contribuem, ainda mais, para tal destino.
Prevejo que terá, inclusive, dificuldades em atingir os votos necessários para obter a subvenção estatal.
Jerónimo tem procurado o aggiornamento do discurso e denota uma preocupação de estadista moderado surpreendente.
Louçã é Louçã, o Portas da esquerda.
Por fim, quanto ao debate de hoje, antevejo um Soares a quebrar todas as regras estabelecidas, interrompendo Cavaco a cada oportunidade, por forma a procurar embaraçar e desmontar o discurso mecanico de Cavaco. Soares vai recordar os tempos de governação cavaquista e a coabitação dificil que com ele teve, acentuar as fragilidades culturais e sociais de Cavaco, para concluir pela ausencia de perfil para desempenhar as funções de PR.
Cavavo estará fiel a si próprio, reservado, calculista e tentando dizer o mínimo possível.
O balanço geral mostra-se fraco.
Ao nível do esclarecimento, a pré-campanha tem sido, aliás como as demais, sofrível.
Os candidatos ou descentralizam a questão e discutem programas de governo, ignorando o papel consitucional do PR, ou apresentam declarações genéricas de intenções, vagas e/ou vazias de conteúdo, ou escudam-se em silencios mais ou menos comprometedores, sendo neste ponto o candidato Cavaco Silva o mais eloquente.
Nesta pré-campanha marcada, inevitavelmente, pela crise do País, os candidatos, embora sabedores que pouco poderão influenciar a governação, tem-se visto forçados a corresponder ás expectativas geradas na opinião pública e cada um à sua medida e imagem, procura capitalizar o sentimento de insatisfação reinante, discorrendo sobre as soluções para vencer os problemas.
Ora, não sendo esse o papel constitucional do PR, a discussão resulta, inexoravelmente, inquinada.
Ainda assim, a perfomance dos candidatos apresenta cambiantes curiosas.
Cavaco na sua postura de homem providencial, tem alternado entre o silencio, o enfatizar do divisionismo á esquerda e o acentuar da preocupação dos restantes candidatos consigo.
Cavaco, com o seu conceito de cooperação estratégica, tem sido aquele que confere uma visão mais presidencialista ao nosso modelo constitucional. Cavaco, na busca de arrebatar a desilusão social, promete ser mais do que um mero árbitro, apresentando-se como um verdadeiro chefe de governo que irá conduzir os destinos do País do alto do seu magistério presidencial.
Soares é Soares, hoje mais do que nunca o "bochechas".
A sua bonomia, a sua afabilidade, a facilidade de contacto mediático, ainda fazem de Soares um animal político.
No discurso, todavia, já se notam os efeitos da idade.
Alegre é, quanto a mim, a maior desilusão da pré-campanha.
Surgiu pujante na apresentação da sua candidatura, mas assim que começou a falar, revelou toda a pobreza do seu discurso e das suas ideias.
Alegre desperdiçou parte substancial do capital de simpatia que havia granjeado e caminha, a passos largos, para o definhamento final da sua candidatura.
Aliás, as suas últimas intervenções, vitimizando-se, só contribuem, ainda mais, para tal destino.
Prevejo que terá, inclusive, dificuldades em atingir os votos necessários para obter a subvenção estatal.
Jerónimo tem procurado o aggiornamento do discurso e denota uma preocupação de estadista moderado surpreendente.
Louçã é Louçã, o Portas da esquerda.
Por fim, quanto ao debate de hoje, antevejo um Soares a quebrar todas as regras estabelecidas, interrompendo Cavaco a cada oportunidade, por forma a procurar embaraçar e desmontar o discurso mecanico de Cavaco. Soares vai recordar os tempos de governação cavaquista e a coabitação dificil que com ele teve, acentuar as fragilidades culturais e sociais de Cavaco, para concluir pela ausencia de perfil para desempenhar as funções de PR.
Cavavo estará fiel a si próprio, reservado, calculista e tentando dizer o mínimo possível.
segunda-feira, dezembro 19, 2005
Rescisões no Setúbal
Depois de Dembelé ter rescindido por salários em atraso, hoje foi a vez do guarda-redes Fabien, do defesa José Fonte, do médio Diakité e do avançado Tchomogo avançarem para a rescisão de contrato, pelo que o Vitória de Setúbal conta agora com menos cinco jogadores para a recepção ao Benfica.
O presidente do Sindicato dos jogadores, João Evangelista, em declarações à Antena1, confirmou a rescisão dos jogadores em questão: «Rescindiram mais quatro jogadores para além de Dembelé, ou seja, Fonte, Tchomogo, Diakité e Fabien.»
João Evangelista assegura ainda que agora já não podem voltar a trás: «Estas rescisões são irreversíveis, porque a partir do momento em que o jogador cessa o contrato de trabalho não é possível voltar a trás. A partir daqui o que se vai decidir é quem tem razão.»
O primeiro jogador a rescindir contrato com o V. Setúbal já encontrou novo clube. O médio Dembelé assinou contrato válido por ano e meio, com mais um de opção, com o Standard de Liège.
O presidente do Sindicato dos jogadores, João Evangelista, em declarações à Antena1, confirmou a rescisão dos jogadores em questão: «Rescindiram mais quatro jogadores para além de Dembelé, ou seja, Fonte, Tchomogo, Diakité e Fabien.»
João Evangelista assegura ainda que agora já não podem voltar a trás: «Estas rescisões são irreversíveis, porque a partir do momento em que o jogador cessa o contrato de trabalho não é possível voltar a trás. A partir daqui o que se vai decidir é quem tem razão.»
O primeiro jogador a rescindir contrato com o V. Setúbal já encontrou novo clube. O médio Dembelé assinou contrato válido por ano e meio, com mais um de opção, com o Standard de Liège.
A restante Jornada
Vitória normal do FCP perante aquela que será, na minha opinião, a pior equipa do campeonato.
O Penafiel, ainda por cima amputado da sua maior estrela N´Doye, revelou ser uma equipa de uma debilidade confrangedora- centrais como Wellington e Odaír já não se usam, só para citar os exemplos mais gritantes.
Na Figueira, num jogo fraco, fraquinho mesmo, o SCP venceu a Naval, provavelmente a segunda pior equipa da Liga.
Sem precisar de forçar muito, o SCP conseguiu uma vitória fácil perante uma Naval pouco mais do que inofensiva.
Em Braga, a minha Briosa foi, claramente, prejudicada por uma arbitragem miserável de Pedro Proença.
Se certo será que Pedro Proença é um bom árbitro, igualmente certo me parece que sucumbe á mínima pressão que sobre si é exercida.
Na semana que antecedeu o jogo, na sequencia de um processo crime instaurado por Pedro Proença, tres jogadores do Braga foram constituídos arguidos. O Braga, muito justamente, requereu a substituição do árbitro. A comissão de arbitragem da Liga não deferiu o peticionado, mantendo a nomeação.
Resultado - péssima arbitragem de Pedro Proença incapaz de resistir á pressão.
Tal como quando arbitra o SLB, de quem se disse adepto, Proença, incapaz de lidar com tal facto, na busca de uma suposta imparcialidade, acumula erros, atrás de erros, resvalando para patamares sofríveis.
São já mais do que muitos os equívocos de Luís Guilherme, impondo-se a sua demissão de imediato.
No restante, uma referencia para a esperada demissão de Norton de Matos, atento o insustentável clima que se gerou entre si e o Presidente, bem como para a nítida subida de produção do Guimaraes com Vítor Pontes ao leme.
Aliás, o Vitória será, quanto a mim, a surpresa da segunda volta, ainda estando a tempo de se guindar aos lugares europeus.
O Penafiel, ainda por cima amputado da sua maior estrela N´Doye, revelou ser uma equipa de uma debilidade confrangedora- centrais como Wellington e Odaír já não se usam, só para citar os exemplos mais gritantes.
Na Figueira, num jogo fraco, fraquinho mesmo, o SCP venceu a Naval, provavelmente a segunda pior equipa da Liga.
Sem precisar de forçar muito, o SCP conseguiu uma vitória fácil perante uma Naval pouco mais do que inofensiva.
Em Braga, a minha Briosa foi, claramente, prejudicada por uma arbitragem miserável de Pedro Proença.
Se certo será que Pedro Proença é um bom árbitro, igualmente certo me parece que sucumbe á mínima pressão que sobre si é exercida.
Na semana que antecedeu o jogo, na sequencia de um processo crime instaurado por Pedro Proença, tres jogadores do Braga foram constituídos arguidos. O Braga, muito justamente, requereu a substituição do árbitro. A comissão de arbitragem da Liga não deferiu o peticionado, mantendo a nomeação.
Resultado - péssima arbitragem de Pedro Proença incapaz de resistir á pressão.
Tal como quando arbitra o SLB, de quem se disse adepto, Proença, incapaz de lidar com tal facto, na busca de uma suposta imparcialidade, acumula erros, atrás de erros, resvalando para patamares sofríveis.
São já mais do que muitos os equívocos de Luís Guilherme, impondo-se a sua demissão de imediato.
No restante, uma referencia para a esperada demissão de Norton de Matos, atento o insustentável clima que se gerou entre si e o Presidente, bem como para a nítida subida de produção do Guimaraes com Vítor Pontes ao leme.
Aliás, o Vitória será, quanto a mim, a surpresa da segunda volta, ainda estando a tempo de se guindar aos lugares europeus.
SLB/Nacional
Julgo que os meus fiéis leitores estarão, no mínimo curiosos, para ler a minha apreciação do jogo SLB/Nacional.
Direi que se tratou de uma partida típica da Liga entre uma equipa grande que recebe no seu reduto uma equipa de menor dimensão.
A equipa grande em ataque continuado, com supremacia na posse de bola e a equipa pequena acantonada no seu meio-campo, espreitando o contra-ataque.
Foi este o desenho do jogo.
O jogo dealbou com o SLB em 15 minutos de excelente nível, a que se seguiu meia hora de equilíbrio.
Na segunda parte, o Nacional arriscou um pouco mais, vindo a ter uma magnífica oportunidade de golo que culminou com um remate á barra de Nuno Viveiros.
Logo após, o caso do jogo.
A generalidade da crítica mostra-se unanime na afirmação da existencia de falta no lance do golo do SLB.
Embora aceite que essa seja a mais imediata reacção á visualização do lance, não concordo.
Passo a ensaiar a explicação - me parece que, não obstante a existencia de contacto entre Diego Benaglio e Luisão, terá sido promovido pelo guardião nacionalista e não o contrário.
Quando se verifica o contacto, já Luisão se elevou e conquistou o espaço aéreo indo Diego ao seu encontro e, dessa forma, se dando o choque entre os dois.
Aliás, Diego só não consegue socar a bola, exactamente, por ter procurado o contacto com Luisão, olvidando a trajectória daquela.
O contacto é evidente, mas, no meu entender, foi promovido pelo guarda-redes do Nacional, assim, inexistindo falta a sancionar.
Muito mais clara foi a falta verificada na área nacionalista sobre Luisão, por carga de Ávalos.
Nessa ocasiao, Ávalos não procura jogar a bola e encavalita-se sobre Luisão, derrubando-o. Penalty claro que ficou impune.
Por outro lado, o critério disciplinar de Jorge Sousa deixou muito a desejar.
Expulsou Alcides que fez, apenas, duas faltas, curiosamente ambas a merecer a exibição de cartao amarelo.
De igual bitola não usou o árbitro sobre Chainho e André Pinto.
Chainho, depois de ter já visto um cartão amarelo, puxa, agarra e derruba Mantorras, impedindo o desenvolvimento de um ataque rápido do SLB - lance para cartão amarelo, que sendo o segundo acarretaria expulsão.
André Pinto em disputa de bola com Petit, esbofeteia-o - lance para cartão vermelho directo.
Tudo visto, me parece que a vitória do SLB foi justa.
Direi que se tratou de uma partida típica da Liga entre uma equipa grande que recebe no seu reduto uma equipa de menor dimensão.
A equipa grande em ataque continuado, com supremacia na posse de bola e a equipa pequena acantonada no seu meio-campo, espreitando o contra-ataque.
Foi este o desenho do jogo.
O jogo dealbou com o SLB em 15 minutos de excelente nível, a que se seguiu meia hora de equilíbrio.
Na segunda parte, o Nacional arriscou um pouco mais, vindo a ter uma magnífica oportunidade de golo que culminou com um remate á barra de Nuno Viveiros.
Logo após, o caso do jogo.
A generalidade da crítica mostra-se unanime na afirmação da existencia de falta no lance do golo do SLB.
Embora aceite que essa seja a mais imediata reacção á visualização do lance, não concordo.
Passo a ensaiar a explicação - me parece que, não obstante a existencia de contacto entre Diego Benaglio e Luisão, terá sido promovido pelo guardião nacionalista e não o contrário.
Quando se verifica o contacto, já Luisão se elevou e conquistou o espaço aéreo indo Diego ao seu encontro e, dessa forma, se dando o choque entre os dois.
Aliás, Diego só não consegue socar a bola, exactamente, por ter procurado o contacto com Luisão, olvidando a trajectória daquela.
O contacto é evidente, mas, no meu entender, foi promovido pelo guarda-redes do Nacional, assim, inexistindo falta a sancionar.
Muito mais clara foi a falta verificada na área nacionalista sobre Luisão, por carga de Ávalos.
Nessa ocasiao, Ávalos não procura jogar a bola e encavalita-se sobre Luisão, derrubando-o. Penalty claro que ficou impune.
Por outro lado, o critério disciplinar de Jorge Sousa deixou muito a desejar.
Expulsou Alcides que fez, apenas, duas faltas, curiosamente ambas a merecer a exibição de cartao amarelo.
De igual bitola não usou o árbitro sobre Chainho e André Pinto.
Chainho, depois de ter já visto um cartão amarelo, puxa, agarra e derruba Mantorras, impedindo o desenvolvimento de um ataque rápido do SLB - lance para cartão amarelo, que sendo o segundo acarretaria expulsão.
André Pinto em disputa de bola com Petit, esbofeteia-o - lance para cartão vermelho directo.
Tudo visto, me parece que a vitória do SLB foi justa.
sexta-feira, dezembro 16, 2005
Sorteio da Champions
Benfica-Liverpool nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões
O Benfica vai defrontar o Liverpool, actual detentor do título, nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões de futebol, segundo ditou o sorteio efectuado hoje na sede da UEFA em Nyon, Suíça. A equipa portuguesa realiza o jogo da primeira «mão» no Estádio da Luz a 21 ou 22 de Fevereiro.
O encontro da segunda «mão», agendado para Liverpool, realiza-se a 7 ou 8 de Março.O grande embate destes oitavos-de-final, por efeito do sorteio, vai ser derimido entre as duas maiores potências do actual futebol europeu, Chelsea e Barcelona.
Os jogos:
Chelsea (ING)-Barcelona (ESP)Real Madrid (ESP)-Arsenal (ING)Werder Bremen (ALE)-Juventus (ITA)Bayern de Munique (ALE)-AC Milan (ITA)PSV Eindhoven (HOL)-Lyon (FRA)Ajax (HOL)-Inter de Milão (ITA)BENFICA (POR)-Liverpool (ING)
O Benfica vai defrontar o Liverpool, actual detentor do título, nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões de futebol, segundo ditou o sorteio efectuado hoje na sede da UEFA em Nyon, Suíça. A equipa portuguesa realiza o jogo da primeira «mão» no Estádio da Luz a 21 ou 22 de Fevereiro.
O encontro da segunda «mão», agendado para Liverpool, realiza-se a 7 ou 8 de Março.O grande embate destes oitavos-de-final, por efeito do sorteio, vai ser derimido entre as duas maiores potências do actual futebol europeu, Chelsea e Barcelona.
Os jogos:
Chelsea (ING)-Barcelona (ESP)Real Madrid (ESP)-Arsenal (ING)Werder Bremen (ALE)-Juventus (ITA)Bayern de Munique (ALE)-AC Milan (ITA)PSV Eindhoven (HOL)-Lyon (FRA)Ajax (HOL)-Inter de Milão (ITA)BENFICA (POR)-Liverpool (ING)
5º e 6º Debates
O debate entre Soares e Alegre redundou numa vitória retumbante do primeiro.
Na verdade, não obstante Soares não seja o mesmo de há vinte anos, certo é que o actual Soares chegou e sobrou para colocar a nu todas as fragilidades já apontadas á candidatura de Alegre.
Soares subjugou Alegre, chegando a ser confrangedor assistir ás intervenções de Alegre.
Aliás, o desnorte de Alegre atingiu ponto tal que afirmou dissolver a assembleia caso fosse aprovada a privatização das águas, quando, na sua veste de deputado, votou favoravelmente a Lei-Quadro da água que, expressamente, preve essa possibilidade.
Soares está gasto, mas não perdeu todas as suas faculdades e as que tem são mais do que suficientes para embaraçar um Alegre, claramente, impreparado.
No debate Jerónimo/Louçã, assistiu-se a um namoro surpreendente.
Não raro assistiu-se a mútuos acenares de cabeça concordantes e ao apontar de caminhos convergentes de actuação.
Sabendo-se da tradicional acrimónia entre PCP e BE não deixa de ser deveras relevante.
Jerónimo, uma vez mais, acentuou os predicados já antes explanados.
Jerónimo, aquando da sua investidura como secretário-geral do PCP, surgia como o ortodoxo entre os ortodoxos. Volvido que está mais de um ano, Jerónimo aparece como o renovador dos renovadores comunistas.
Sintomática foi a intervençao em que se dirigiu ao empresariado.
Curiosas foram as intervenções finais de ambos os candidatos - Jerónimo dirigiu-se a um eleitorado mais próximo do BE e Louçã aos votantes comunistas.
Em síntese, direi que, no momento actual da pré-campanha, Soares ultrapassou, inexoravelmente, Alegre,
Jerónimo e Louçã discutem taco a taco o 4º lugar, sendo certo que, atento o declínio acentuado de Alegre, poderão, talvez, aspirar a algo mais.
A realização de uma segunda volta parece-me, de igual forma, uma realidade.
Na verdade, não obstante Soares não seja o mesmo de há vinte anos, certo é que o actual Soares chegou e sobrou para colocar a nu todas as fragilidades já apontadas á candidatura de Alegre.
Soares subjugou Alegre, chegando a ser confrangedor assistir ás intervenções de Alegre.
Aliás, o desnorte de Alegre atingiu ponto tal que afirmou dissolver a assembleia caso fosse aprovada a privatização das águas, quando, na sua veste de deputado, votou favoravelmente a Lei-Quadro da água que, expressamente, preve essa possibilidade.
Soares está gasto, mas não perdeu todas as suas faculdades e as que tem são mais do que suficientes para embaraçar um Alegre, claramente, impreparado.
No debate Jerónimo/Louçã, assistiu-se a um namoro surpreendente.
Não raro assistiu-se a mútuos acenares de cabeça concordantes e ao apontar de caminhos convergentes de actuação.
Sabendo-se da tradicional acrimónia entre PCP e BE não deixa de ser deveras relevante.
Jerónimo, uma vez mais, acentuou os predicados já antes explanados.
Jerónimo, aquando da sua investidura como secretário-geral do PCP, surgia como o ortodoxo entre os ortodoxos. Volvido que está mais de um ano, Jerónimo aparece como o renovador dos renovadores comunistas.
Sintomática foi a intervençao em que se dirigiu ao empresariado.
Curiosas foram as intervenções finais de ambos os candidatos - Jerónimo dirigiu-se a um eleitorado mais próximo do BE e Louçã aos votantes comunistas.
Em síntese, direi que, no momento actual da pré-campanha, Soares ultrapassou, inexoravelmente, Alegre,
Jerónimo e Louçã discutem taco a taco o 4º lugar, sendo certo que, atento o declínio acentuado de Alegre, poderão, talvez, aspirar a algo mais.
A realização de uma segunda volta parece-me, de igual forma, uma realidade.
quarta-feira, dezembro 14, 2005
Árbitros para a próxima jornada
Coincidência ou não, três árbitros do Porto foram nomeados pela Comissão de Arbitragem da Liga para dirigir os jogos dos grandes da próxima jornada.
Um internacional e dois não internacionais, embora um deles, Jorge Sousa, esteja perto de receber as insígnias da FIFA (em princípio, no final deste mês).
A abrir a jornada, na sexta-feira, na Figueira da Foz, estará Paulo Paraty. O internacional portuense apitará pela segunda vez cada um dos intervenientes. Na sétima jornada esteve no Sporting-Académica e na terceira tinha apitado a Naval na Amadora. Lesionado até princípios de Novembro, Jorge Sousa dirige, na Luz, o segundo jogo da Liga principal, duas semanas depois de ter estado no Guimarães-Leiria.
No segundo ano de primeira categoria, Artur Soares Dias foi escolhido pela primeira vez para dirigir um encontro de um grande. O "baptismo" do árbitro portuense está marcado para este sábado, no Dragão, para arbitrar o FC Porto-Penafiel.
Das nomeações para a ronda deste fim-de-semana merece destaque a escolha do algarvio Nuno Almeida para um sempre escaldante Boavista-Guimarães e a estreia do lisboeta Nuno Afonso em jogos da Liga: vai apitar o Rio Ave-Gil Vicente.
Um internacional e dois não internacionais, embora um deles, Jorge Sousa, esteja perto de receber as insígnias da FIFA (em princípio, no final deste mês).
A abrir a jornada, na sexta-feira, na Figueira da Foz, estará Paulo Paraty. O internacional portuense apitará pela segunda vez cada um dos intervenientes. Na sétima jornada esteve no Sporting-Académica e na terceira tinha apitado a Naval na Amadora. Lesionado até princípios de Novembro, Jorge Sousa dirige, na Luz, o segundo jogo da Liga principal, duas semanas depois de ter estado no Guimarães-Leiria.
No segundo ano de primeira categoria, Artur Soares Dias foi escolhido pela primeira vez para dirigir um encontro de um grande. O "baptismo" do árbitro portuense está marcado para este sábado, no Dragão, para arbitrar o FC Porto-Penafiel.
Das nomeações para a ronda deste fim-de-semana merece destaque a escolha do algarvio Nuno Almeida para um sempre escaldante Boavista-Guimarães e a estreia do lisboeta Nuno Afonso em jogos da Liga: vai apitar o Rio Ave-Gil Vicente.
5º Debate
Já se vai tornando repetitivo, mas tenho de o dizer - o debate de ontem foi mais do mesmo.
No entanto, algumas notas se impõe referir.
Desde logo, a postura de Cavaco Silva - num modelo em que as suas debilidades ao nível da retórica argumentativa surgem mais esbatidas, Cavaco tem vindo a aparecer mais solto, procurando dar de si uma imagem mais arejada, menos tecnocrática.
Ontem, Cavaco demonstrou que, em matéria de economia, se sente como peixe na água. Este é o seu habitat natural e aí o Professor revela conhecimentos profundos.
Assim, como o debate se centrou, na sua esmagadora maioria, em questões económicas, Cavaco não teve dificuldades de maior em abordá-lo.
Apenas num segmento económico Cavaco foi surpreendido pelo seu oponente, qual seja as privatizações.
Nesse particular, Cavaco viu-se forçado a reconhecer que a sua posição não era mais do que meramente retórica, mostrando-se impossível de concretizar a primeira das premissas que enunciou em relação ás privatizações - a manutenção das empresas em mãos nacionais.
Se, por um lado, normas europeias a isso obstam, por outro a experiencia anterior, mormente dos seus governos, demonstrou precisamente o contrário - ainda que, num primeiro momento, se tenha conseguido alienar empresas públicas a privado nacionais, em pouco tempo estes venderam-nas a estrangeiros.
No que concerne ás privatizações, restou por saber o essencial - se Cavaco dará o seu aval à alienação de empresas públicas de sectores estratégicos do Estado e da economia, designadamente das águas e das energias.
Aliás, esta constatação parece-me sintomática do paradigma de abordagem dos debates por parte de Cavaco - refugiar-se em generalidades, pouco aprofundando as matérias para, deste modo, se colocar a salvo de ataques dos seus adversários e, consequentemente, conservar a margem de distancia de que dispõe.
Não obstante, Cavaco procurou conquistar votos á esquerda - focalizou o seu discurso em preocupações sociais, não tendo sido dispiciendas as duas referencias que fez a Setúbal.
Quando o debate navegou em matérias não económicas, Cavaco, uma vez mais, revelou uma incomodidade gritante.
No momento em que se falou da legalização da prostituição e dos direitos das mulheres, Cavaco tremeu, apenas tendo conseguido balbuciar algumas palavras sobre a matéria.
Aqui, o recurso ao exemplo familiar demonstrou bem a sua impreparação e inabilidade para abordar tais assuntos.
Jerónimo, continuou na senda do debate anterior, se bem que não tenha conseguido atingir o seu principal desiderato - desmontar o discurso de Cavaco.
Jerónimo surpreendeu ao mostrar-se favorável ao TGV, ao choque tecnológico e ao investimento privado estrangeiro, revelando o seu esforço de aggiornamento do seu pensamento e do seu discurso políticos.
Jerónimo preocupou-se em apresentar uma postura de Estado, própria de um candidato a PR, que se lhe permite capitalizar votos e granjear simpatias, de igual forma o agrilhoa, impossibilitando o confronto directo com os seus oponentes.
Foi visível a sua tentativa de não hostilizar deliberadamente Cavaco, fugindo do estilo sindicalista e adoptando uma postura de regime.
Diga-se que tal ficou bem patente quando chamado a pronunciar-se sobre a "verdade" do discurso social de Cavaco se socorreu de uma citação filosófica que serviu, plenamente, os objectivos que se propunha atingir - a verdade da mentira - sem que tenha tido necessidade de recorrer a um discurso de comício ou de plenário de trabalhadores.
Contudo, dessa forma, auto-coarctou as suas possibilidades de embaraçar e desmontar o discurso de Cavaco de forma mais evidente e eficaz.
No computo geral, Jerónimo apenas nas privatizações e no enfatizar do discurso omissivo de Cavaco em relação aos direitos das mulheres logrou, verdadeiramente, perturbar Cavaco.
Referencia final para a péssima prestação de Rodrigo Guedes de Carvalho - não pareceu estar lá, tendo distorcido uma intervenção de Cavaco - pelo menos reconheceu a má interpretação - e atribuído uma posição política a Jerónimo sobre a legalização da prostituição diametralmente oposta à do candidato - a favor quando se sabe que é contra.
No entanto, algumas notas se impõe referir.
Desde logo, a postura de Cavaco Silva - num modelo em que as suas debilidades ao nível da retórica argumentativa surgem mais esbatidas, Cavaco tem vindo a aparecer mais solto, procurando dar de si uma imagem mais arejada, menos tecnocrática.
Ontem, Cavaco demonstrou que, em matéria de economia, se sente como peixe na água. Este é o seu habitat natural e aí o Professor revela conhecimentos profundos.
Assim, como o debate se centrou, na sua esmagadora maioria, em questões económicas, Cavaco não teve dificuldades de maior em abordá-lo.
Apenas num segmento económico Cavaco foi surpreendido pelo seu oponente, qual seja as privatizações.
Nesse particular, Cavaco viu-se forçado a reconhecer que a sua posição não era mais do que meramente retórica, mostrando-se impossível de concretizar a primeira das premissas que enunciou em relação ás privatizações - a manutenção das empresas em mãos nacionais.
Se, por um lado, normas europeias a isso obstam, por outro a experiencia anterior, mormente dos seus governos, demonstrou precisamente o contrário - ainda que, num primeiro momento, se tenha conseguido alienar empresas públicas a privado nacionais, em pouco tempo estes venderam-nas a estrangeiros.
No que concerne ás privatizações, restou por saber o essencial - se Cavaco dará o seu aval à alienação de empresas públicas de sectores estratégicos do Estado e da economia, designadamente das águas e das energias.
Aliás, esta constatação parece-me sintomática do paradigma de abordagem dos debates por parte de Cavaco - refugiar-se em generalidades, pouco aprofundando as matérias para, deste modo, se colocar a salvo de ataques dos seus adversários e, consequentemente, conservar a margem de distancia de que dispõe.
Não obstante, Cavaco procurou conquistar votos á esquerda - focalizou o seu discurso em preocupações sociais, não tendo sido dispiciendas as duas referencias que fez a Setúbal.
Quando o debate navegou em matérias não económicas, Cavaco, uma vez mais, revelou uma incomodidade gritante.
No momento em que se falou da legalização da prostituição e dos direitos das mulheres, Cavaco tremeu, apenas tendo conseguido balbuciar algumas palavras sobre a matéria.
Aqui, o recurso ao exemplo familiar demonstrou bem a sua impreparação e inabilidade para abordar tais assuntos.
Jerónimo, continuou na senda do debate anterior, se bem que não tenha conseguido atingir o seu principal desiderato - desmontar o discurso de Cavaco.
Jerónimo surpreendeu ao mostrar-se favorável ao TGV, ao choque tecnológico e ao investimento privado estrangeiro, revelando o seu esforço de aggiornamento do seu pensamento e do seu discurso políticos.
Jerónimo preocupou-se em apresentar uma postura de Estado, própria de um candidato a PR, que se lhe permite capitalizar votos e granjear simpatias, de igual forma o agrilhoa, impossibilitando o confronto directo com os seus oponentes.
Foi visível a sua tentativa de não hostilizar deliberadamente Cavaco, fugindo do estilo sindicalista e adoptando uma postura de regime.
Diga-se que tal ficou bem patente quando chamado a pronunciar-se sobre a "verdade" do discurso social de Cavaco se socorreu de uma citação filosófica que serviu, plenamente, os objectivos que se propunha atingir - a verdade da mentira - sem que tenha tido necessidade de recorrer a um discurso de comício ou de plenário de trabalhadores.
Contudo, dessa forma, auto-coarctou as suas possibilidades de embaraçar e desmontar o discurso de Cavaco de forma mais evidente e eficaz.
No computo geral, Jerónimo apenas nas privatizações e no enfatizar do discurso omissivo de Cavaco em relação aos direitos das mulheres logrou, verdadeiramente, perturbar Cavaco.
Referencia final para a péssima prestação de Rodrigo Guedes de Carvalho - não pareceu estar lá, tendo distorcido uma intervenção de Cavaco - pelo menos reconheceu a má interpretação - e atribuído uma posição política a Jerónimo sobre a legalização da prostituição diametralmente oposta à do candidato - a favor quando se sabe que é contra.
terça-feira, dezembro 13, 2005
4º Debate
Já começa a ser repetitivo, mas a César o que é de César - o debate de ontem foi mais do mesmo.
O modelo masturbatório, na metáfora do amigo Carlos, redunda em conferencias de imprensa paralelas dos candidatos presentes.
Passemos á análise possível.
De forma singela, o debate de ontem pode ser designado como o debate "sound byte".
Na verdade, Alegre e Louçã limitaram-se a apresentar frases choque sobre os assuntos em discussão.
Todavia, se Alegre á míngua de retórica argumentativa por aí se fica, demonstrando uma total inabilidade para discorrer sobre as questões colocadas, já Louçã, senhor de outros predicados, envereda por tiradas demagógicas e populistas.
Exemplo maior terá sido a vontade expressa de dissolver o parlamento regional madeirense e, assim, demitir Alberto João.
Encontro-me nos antípodas do discurso e da prática política do líder madeirense, mas daí até ter por legitima a subversão do sistema democrático vai uma grande distancia.
Dissolver um parlamento democraticamente eleito, por discordar politicamente das suas decisões, não me parece próprio das regras democráticas e do sistema constitucional instituído.
O desenho constitucional da figura do PR não lhe permite tomar decisões ancoradas no seu livre arbítrio político, antes supõe e exige a sua fundamentação jurídico-constitucional.
Dizer-se que Alberto João Jardim põe em causa o regular funcionamento das instituições democráticas é argumento que não colhe, desde logo, porque as urnas o desmentem.
Mal ou bem o exercício de cargos governativos em Portugal acha-se condicionado por regras democráticas electivas, as quais não podem ser postergadas por uma pseudo superior consciencia libertária.
Comparar a dissolução do Parlamento promovida por Sampaio a tal decisão é, para além de demagógico, falacioso.
Ainda que existisse uma maioria parlamentar, o Primeiro-Ministro de então não tinha sido sufragado e o clima instalado na sociedade portuguesa fazia, de facto, perigar o normal andamento do País.
Nessa ocasião, a dissolução teve por base uma fundamentação jurídico-constitucional.
Louçã, mais uma vez, arvorou-se na consciencia moral do regime, assumindo-se como a esquerda da esquerda. Homem impoluto de uma candura de valores e princípios acima do comum dos mortais.
Arnaldo de Matos assumiu-se, após o 25 de Abril, como o educador da classe operária, Louçã será, hoje, o educador moral da Nação, o vingador das injustiças (aqui se aproximando de Paulo Portas).
Voltando a Alegre, direi que a sua candidatura dá mostras de empalidecimento, de se estar a desmoronar.
A aura inicial de candidatura de protesto, exterior ás lógicas partidárias, perdeu fulgor com a entrada em cena do candidato.
Enquanto Alegre não foi Alegre, mas sim o ser corporizante do descontentamento social face ao Governo e á forma de fazer política, arrebatou apoios e os votos virtuais das sondagens.
Quando Alegre saiu da penumbra e teve de assumir o discurso político, entrou numa tendencia inexorável de queda.
Para mim, é claro hoje que, a existir segunda volta, será entre Soares e Cavaco.
Alegre não soube capitalizar a simpatia que granjeou, precisamente pelas antinomias da sua candidatura.
Para lá das debilidades dialecticas de Alegre, certo é que Alegre não estava em condições de corporizar os desafios postos por uma candidatura tida por diferente e diferenciada.
Alguém que sempre obedeceu ás lógicas partidárias, que sempre foi um homem do aparelho, que sustentou as diferentes soluções políticas dos sucessivos governos PS, nunca poderia encetar a ruptura suposta pela imagem construída em torno da sua candidatura - seria a quadratura do círculo.
Alegre está num beco do qual não dispõe nem de passado, nem de élan ou estofo políticos para sair.
O modelo masturbatório, na metáfora do amigo Carlos, redunda em conferencias de imprensa paralelas dos candidatos presentes.
Passemos á análise possível.
De forma singela, o debate de ontem pode ser designado como o debate "sound byte".
Na verdade, Alegre e Louçã limitaram-se a apresentar frases choque sobre os assuntos em discussão.
Todavia, se Alegre á míngua de retórica argumentativa por aí se fica, demonstrando uma total inabilidade para discorrer sobre as questões colocadas, já Louçã, senhor de outros predicados, envereda por tiradas demagógicas e populistas.
Exemplo maior terá sido a vontade expressa de dissolver o parlamento regional madeirense e, assim, demitir Alberto João.
Encontro-me nos antípodas do discurso e da prática política do líder madeirense, mas daí até ter por legitima a subversão do sistema democrático vai uma grande distancia.
Dissolver um parlamento democraticamente eleito, por discordar politicamente das suas decisões, não me parece próprio das regras democráticas e do sistema constitucional instituído.
O desenho constitucional da figura do PR não lhe permite tomar decisões ancoradas no seu livre arbítrio político, antes supõe e exige a sua fundamentação jurídico-constitucional.
Dizer-se que Alberto João Jardim põe em causa o regular funcionamento das instituições democráticas é argumento que não colhe, desde logo, porque as urnas o desmentem.
Mal ou bem o exercício de cargos governativos em Portugal acha-se condicionado por regras democráticas electivas, as quais não podem ser postergadas por uma pseudo superior consciencia libertária.
Comparar a dissolução do Parlamento promovida por Sampaio a tal decisão é, para além de demagógico, falacioso.
Ainda que existisse uma maioria parlamentar, o Primeiro-Ministro de então não tinha sido sufragado e o clima instalado na sociedade portuguesa fazia, de facto, perigar o normal andamento do País.
Nessa ocasião, a dissolução teve por base uma fundamentação jurídico-constitucional.
Louçã, mais uma vez, arvorou-se na consciencia moral do regime, assumindo-se como a esquerda da esquerda. Homem impoluto de uma candura de valores e princípios acima do comum dos mortais.
Arnaldo de Matos assumiu-se, após o 25 de Abril, como o educador da classe operária, Louçã será, hoje, o educador moral da Nação, o vingador das injustiças (aqui se aproximando de Paulo Portas).
Voltando a Alegre, direi que a sua candidatura dá mostras de empalidecimento, de se estar a desmoronar.
A aura inicial de candidatura de protesto, exterior ás lógicas partidárias, perdeu fulgor com a entrada em cena do candidato.
Enquanto Alegre não foi Alegre, mas sim o ser corporizante do descontentamento social face ao Governo e á forma de fazer política, arrebatou apoios e os votos virtuais das sondagens.
Quando Alegre saiu da penumbra e teve de assumir o discurso político, entrou numa tendencia inexorável de queda.
Para mim, é claro hoje que, a existir segunda volta, será entre Soares e Cavaco.
Alegre não soube capitalizar a simpatia que granjeou, precisamente pelas antinomias da sua candidatura.
Para lá das debilidades dialecticas de Alegre, certo é que Alegre não estava em condições de corporizar os desafios postos por uma candidatura tida por diferente e diferenciada.
Alguém que sempre obedeceu ás lógicas partidárias, que sempre foi um homem do aparelho, que sustentou as diferentes soluções políticas dos sucessivos governos PS, nunca poderia encetar a ruptura suposta pela imagem construída em torno da sua candidatura - seria a quadratura do círculo.
Alegre está num beco do qual não dispõe nem de passado, nem de élan ou estofo políticos para sair.
segunda-feira, dezembro 12, 2005
Mercado
Segundo o site italiano Calciomercato, Inter e Milan estão interessados em Nélson.
Ainda segundo aquele site, Nélson tem contrato até 2010 e clausula de rescisão de 25 milhões de euros.
Calciomercato noticia, igualmente, o interesse do Valencia em Lisandro Lopez e Pisculicchi, tido por certo no Sporting, é pretendido pelo Cádiz.
Ainda segundo aquele site, Nélson tem contrato até 2010 e clausula de rescisão de 25 milhões de euros.
Calciomercato noticia, igualmente, o interesse do Valencia em Lisandro Lopez e Pisculicchi, tido por certo no Sporting, é pretendido pelo Cádiz.
Mercado
Saint-Étienne oficializa empréstimo de Hélder Postiga
Hélder Postiga vai representar o Saint-Étienne até final da presente temporada, por empréstimo do FC Porto, de acordo com o anunciado, esta manhã, pelo clube que milita na primeira divisão francesa.
O site oficial do Saint-Étienne informa que o internacional português é esperado em França «a meio desta semana», a fim de realizar os habituais exames médicos que antecedem a assinatura do contrato. Se tudo correr conforme o previsto, o avançado deverá juntar-se aos seus novos companheiros após a pausa de Inverno, começando a treinar a 27 de Dezembro.
Hélder Postiga vai representar o Saint-Étienne até final da presente temporada, por empréstimo do FC Porto, de acordo com o anunciado, esta manhã, pelo clube que milita na primeira divisão francesa.
O site oficial do Saint-Étienne informa que o internacional português é esperado em França «a meio desta semana», a fim de realizar os habituais exames médicos que antecedem a assinatura do contrato. Se tudo correr conforme o previsto, o avançado deverá juntar-se aos seus novos companheiros após a pausa de Inverno, começando a treinar a 27 de Dezembro.
Presidenciais - Nota
Não farei hoje o habitual comentário ao debate de sexta-feira entre Louçã e Cavaco, dado que ao mesmo não assisti.
Mais um favor do Costa
A próxima jornada preve um FC Porto/Penafiel.
Como em outras situações esta época, por forma a prevenir eventuais "problemas", o Sr. António Costa tratou de acautelar os interesses do FC Porto.
No jogo de ontem entre Penafiel e Vitória, num lance a meio-campo em que N´Doye tenta controlar a bola com o peito acaba por tocá-la com a mão. Vai daí, Costa, expedito, ve no lance a oportunidade ideal de cumprir o serviço - exibe o segundo amarelo e consequente vermelho.
Para quem não viu, faça o favor de ver - é ridículo, quiçá indecoroso.
O desgraçado do N´Doye nem queria acreditar em tamanha injustiça.
Pagou o preço de ser o melhor e mais perigoso jogador do Penafiel.
Lá está a paridade...
Como em outras situações esta época, por forma a prevenir eventuais "problemas", o Sr. António Costa tratou de acautelar os interesses do FC Porto.
No jogo de ontem entre Penafiel e Vitória, num lance a meio-campo em que N´Doye tenta controlar a bola com o peito acaba por tocá-la com a mão. Vai daí, Costa, expedito, ve no lance a oportunidade ideal de cumprir o serviço - exibe o segundo amarelo e consequente vermelho.
Para quem não viu, faça o favor de ver - é ridículo, quiçá indecoroso.
O desgraçado do N´Doye nem queria acreditar em tamanha injustiça.
Pagou o preço de ser o melhor e mais perigoso jogador do Penafiel.
Lá está a paridade...
Singularidades Lusas ou talvez mais...
No ínicio da época, os clubes, reunidos em Assembleia Geral, aprovaram alterações aos regulamentos das competições da Liga, nomeadamente no que se refere á utilização de jogadores emprestados.
Consignou-se que os clubes cedentes não podiam inserir nos contratos de cedencia temporária de futebolistas qualquer cláusula de proibição de utilização dos jogadores a emprestar nas partidas que disputassem com os clubes beneficiários do empréstimo.
Procurou-se maior verdade desportiva e concorrencia mais leal.
Todavia, este fim de semana, Maciel jogador emprestado pelo FC Porto ao Leiria, sem que se achasse lesionado ou castigado, não foi utilizado pelos leirienses.
Seria sempre possível argumentar ter sido por opção técnica.
Contudo, durante a semana, foram mais do que muitas as notícias em torno da utilização de Maciel, dando nota das diligencias encetadas por João Bartolomeu junto de Pinto da Costa no sentido de este permitir a utilização do jogador.
Do que se apurou através dos media, existiria um acordo de cavalheiros entre Leiria e Porto no sentido da proibição da utilização de Maciel.
Parece-me inacreditável e atentatório da verdade da competição.
Este é o nível do dirigismo desportivo em Portugal.
Para que legislar, pergunto eu?!
A paridade regulamentar é realidade desconhecida de J.N.Pinto da Costa ou não fosse disso exemplo o processo apito dourado.
Consignou-se que os clubes cedentes não podiam inserir nos contratos de cedencia temporária de futebolistas qualquer cláusula de proibição de utilização dos jogadores a emprestar nas partidas que disputassem com os clubes beneficiários do empréstimo.
Procurou-se maior verdade desportiva e concorrencia mais leal.
Todavia, este fim de semana, Maciel jogador emprestado pelo FC Porto ao Leiria, sem que se achasse lesionado ou castigado, não foi utilizado pelos leirienses.
Seria sempre possível argumentar ter sido por opção técnica.
Contudo, durante a semana, foram mais do que muitas as notícias em torno da utilização de Maciel, dando nota das diligencias encetadas por João Bartolomeu junto de Pinto da Costa no sentido de este permitir a utilização do jogador.
Do que se apurou através dos media, existiria um acordo de cavalheiros entre Leiria e Porto no sentido da proibição da utilização de Maciel.
Parece-me inacreditável e atentatório da verdade da competição.
Este é o nível do dirigismo desportivo em Portugal.
Para que legislar, pergunto eu?!
A paridade regulamentar é realidade desconhecida de J.N.Pinto da Costa ou não fosse disso exemplo o processo apito dourado.
Análise da Jornada
O SLB com mais uma exibição de raça e querer venceu com inteira justeza o Boavista.
Neste jogo, o SLB acrescentou aos predicados evidenciados anteriormente, uma qualidade de jogo apreciável.
Demonstrando uma saúde física invejável, o SLB dominou todo o jogo, reduzindo o Boavista a papel de mero figurante.
Pressionando a todo o campo, evidenciou uma organização defensiva exemplar que constituiu a mola impulsionadora de uma ataque massivo á área do Boavista.
Com Nuno Gomes no papel de pivot da manobra ofensiva e com Geovanni no papel de ponta de lança, a qualidade do futebol de ataque do SLB merecia números mais expressivos no marcador.
Realço pela negativa os assobios a João Pinto, os quais não subscrevo minimamente, pois foi sempre um jogador que, ao serviço do SLB, deu tudo de si em prol do clube, tendo sido escorraçado de forma vil por Vale e Azevedo.
Em Leiria, o FC Porto acabou por ser feliz.
Ainda que o Leiria tenha sempre demonstrado falta de critério e qualidade no passe, especialmente no último terço do terreno, o FC Porto beneficiou de dois golos de rajada para dar a volta ao marcador e, assim, tranquilizar-se.
Tais golos foram mais consentidos do que mérito de acções ofensivas dos Dragões, sendo o primeiro um auto-golo e o segundo um frango de Costinha (aliás habitual em jogos em que defronta o FCP).
Em Alvalade, assistiu-se a um daqueles jogos em que a equipa da casa podia estar dez anos a tentar marcar que nunca chegaria ao golo.
O Estrela teve a sorte do jogo, certo sendo que neste género de encontros, em que a disparidade de valores entre as equipas é incomensurável, tal constitui a única forma de um pequeno ganhar a um grande.
No duelo de treinadores de risco ao meio, Toni saiu vencedor face a um Paulo Bento que sofreu um duplo revés - a derrota e o penalty desperdiçado por Liedson.
A AAC com um exibição confrangedora, mormente na primeira parte, conseguiu arrancar um empate frente ao Rio Ave.
Quando se pensava que a subida na tabela poderia permitir terminar com a intraquilidade da equipa, emergindo um futebol de outra qualidade, a AAC, uma vez mais, patenteou um futebol sem nexo, sem chama que, apenas, a ingenuidade de Niquinha no Penalty possibilitou evitar a derrota.
É urgente que Nelo Vingada reveja as suas opções do onze inicial ás substituições, tendo permanecido para todos quantos assistiram á partida um mistério a saída de Brum e a manutenção em campo de Zada (uma nulidade ao longo de todo o jogo).
Nos restantes jogo, realce para as vitórias de Nacional e Vitória e para a derrota do Braga.
No que concerne ao Braga espero e desejo que continue na senda dos maus resultados, na meida em que recebe a Briosa no próximo sábado (embora não partilha da opinião que se encontra em queda inexorável na tabela, pois a qualidade do plantel é por demais evidente).
Neste jogo, o SLB acrescentou aos predicados evidenciados anteriormente, uma qualidade de jogo apreciável.
Demonstrando uma saúde física invejável, o SLB dominou todo o jogo, reduzindo o Boavista a papel de mero figurante.
Pressionando a todo o campo, evidenciou uma organização defensiva exemplar que constituiu a mola impulsionadora de uma ataque massivo á área do Boavista.
Com Nuno Gomes no papel de pivot da manobra ofensiva e com Geovanni no papel de ponta de lança, a qualidade do futebol de ataque do SLB merecia números mais expressivos no marcador.
Realço pela negativa os assobios a João Pinto, os quais não subscrevo minimamente, pois foi sempre um jogador que, ao serviço do SLB, deu tudo de si em prol do clube, tendo sido escorraçado de forma vil por Vale e Azevedo.
Em Leiria, o FC Porto acabou por ser feliz.
Ainda que o Leiria tenha sempre demonstrado falta de critério e qualidade no passe, especialmente no último terço do terreno, o FC Porto beneficiou de dois golos de rajada para dar a volta ao marcador e, assim, tranquilizar-se.
Tais golos foram mais consentidos do que mérito de acções ofensivas dos Dragões, sendo o primeiro um auto-golo e o segundo um frango de Costinha (aliás habitual em jogos em que defronta o FCP).
Em Alvalade, assistiu-se a um daqueles jogos em que a equipa da casa podia estar dez anos a tentar marcar que nunca chegaria ao golo.
O Estrela teve a sorte do jogo, certo sendo que neste género de encontros, em que a disparidade de valores entre as equipas é incomensurável, tal constitui a única forma de um pequeno ganhar a um grande.
No duelo de treinadores de risco ao meio, Toni saiu vencedor face a um Paulo Bento que sofreu um duplo revés - a derrota e o penalty desperdiçado por Liedson.
A AAC com um exibição confrangedora, mormente na primeira parte, conseguiu arrancar um empate frente ao Rio Ave.
Quando se pensava que a subida na tabela poderia permitir terminar com a intraquilidade da equipa, emergindo um futebol de outra qualidade, a AAC, uma vez mais, patenteou um futebol sem nexo, sem chama que, apenas, a ingenuidade de Niquinha no Penalty possibilitou evitar a derrota.
É urgente que Nelo Vingada reveja as suas opções do onze inicial ás substituições, tendo permanecido para todos quantos assistiram á partida um mistério a saída de Brum e a manutenção em campo de Zada (uma nulidade ao longo de todo o jogo).
Nos restantes jogo, realce para as vitórias de Nacional e Vitória e para a derrota do Braga.
No que concerne ao Braga espero e desejo que continue na senda dos maus resultados, na meida em que recebe a Briosa no próximo sábado (embora não partilha da opinião que se encontra em queda inexorável na tabela, pois a qualidade do plantel é por demais evidente).
sexta-feira, dezembro 09, 2005
Chicotada
Aí está a sexta «chicotada psicológica» da temporada. Jaime Pacheco deixou de ser treinador do Vitória de Guimarães, após reunião, realizada na passada madrugada, com o presidente do clube.
ASF Os maus resultados averbados pelos vimaranenses no campeonato, onde ocupam a penúltima posição da tabela classificativa, revelaram-se «fatais» para Jaime Pacheco, que também não foi feliz na fase de grupos da Taça UEFA (duas derrotas e um empate).Com Jaime Pacheco saem também os «adjuntos» Vítor Nóvoa e António Natal, cabendo a Basílio Marques, antigo jogador do clube, orientar a equipa no jogo do próximo domingo frente ao Penafiel.Está, assim, consumada a sexta «chicotada psicológica» no campeonato, depois de Rui Rodrigues (Marítimo), José Gomes (U. Leiria), José Peseiro (Sporting), Carlos Carvalhal (Belenenses) e Manuel Cajuda (Naval).
ASF Os maus resultados averbados pelos vimaranenses no campeonato, onde ocupam a penúltima posição da tabela classificativa, revelaram-se «fatais» para Jaime Pacheco, que também não foi feliz na fase de grupos da Taça UEFA (duas derrotas e um empate).Com Jaime Pacheco saem também os «adjuntos» Vítor Nóvoa e António Natal, cabendo a Basílio Marques, antigo jogador do clube, orientar a equipa no jogo do próximo domingo frente ao Penafiel.Está, assim, consumada a sexta «chicotada psicológica» no campeonato, depois de Rui Rodrigues (Marítimo), José Gomes (U. Leiria), José Peseiro (Sporting), Carlos Carvalhal (Belenenses) e Manuel Cajuda (Naval).
O 2º Debate
Ainda que se tenham mostrado inalterados os pecadilhos apontados á organica dos debates, o segundo dos debates televisivos sempre foi mais dialéctico e vivo.
Soares apareceu no seu estilo de sempre, procurando emprestar dinamica e vivacidade ao confronto.
Todavia, os anos não perdoam e Soares não é mais o animal político de outrora.
Na verdade, Soares é, hoje, uma pálida imagem do homo politicus que foi, deixando a nu as mazelas da idade.
As constantes pausas no discurso, os enganos e a necessidade de, no final, recorrer á cabula não correspondem ao Soares de sempre, mas apenas ao da actualidade.
Mantém vivas algumas características que o alcandoraram á categoria de mito em debates televisivos, como a bonomia, a perspicácia, a verbe e a inteligencia.
Contudo, tais características emergem empobercidas pelo passar dos anos e suas inevitáveis consequencias.
Soares revelou-se, acima de tudo, inteligente - piscou, claramente, o olho ao eleitorado comunista para uma, por si, muito desejada segunda volta, ao mesmo tempo que apresentou uma postura de estadista experiente muito do agrado do eleitorado moderado do centro.
Aliás, Soares parece querer inverter o rumo da sua campanha, substituindo o discurso de crítica constante a Cavaco por um discurso empático de garante da estabilidade e de prevenção da conflitualidade social.
Para o homem providencial, responde Soares com o homem estabilidade.
A declaração final de Soares, ainda que pobre, foi reveladora das suas intenções futuras.
Pormenor curioso e sintomático repousou na frase inicial da sua declaração final - "Sou um Presidente (...)".
Jerónimo de Sousa, depois da afonia no debate das legislativas, superou-se.
Apareceu com um discurso coerente, bem estruturado, bem pensado, defendendo o seu modelo social.
Jerónimo mostrou-se um aluno com o trabalho de casa muito bem feito - conhecimento consistente dos dossiers e discurso conforme. A tónica constitucional do seu discurso parece-me virtuosa, pois permite-lhe marcar as suas posições sem ter de atacar, de forma explícita, os restantes candidatos de esquerda.
Jerónimo deixa, deste modo, em aberto um lastro de entendimentos á esquerda que, do ponto de vista dos propósitos da sua candidatura, não são dispiciendos.
Jerónimo é um case study na política portuguesa.
Se há um ano transparecia uma imagem austera, uma linguagem pobre, muito marcada por clichés do PREC (a famosa cassete), hoje irradia simpatia e o seu discurso político evoluiu e muito no sentido do seu aggiornamento.
Jerónimo não dispensa o fato, o cabelo aprumadinho e preocupa-se com a saliva no canto da boca, demonstrando que o PCP fez um notável trabalho de Marketing Político com repercussões eleitorais.
Aliás, o capital de simpatia que Jerónimo cativou no eleitorado a tal muito se deve.
As diferenças para Carvalhas são colossais - se este apenas balbuciava, e mal, algumas palavras sobre as questoes que lhe colocavam, Jerónimo é firme na defesa das suas posições, revelando já um discurso com alguma desenvoltura.
Jerónimo não hostilizou Soares, pouco o criticou, procurando lançar a ponte para um futuro apoio que, assim, surgirá aos olhos do seu eleitorado como menos doloroso.
Não foi um debate por aí além, mas foi, sem sombra de dúvida, muito melhor que o anterior.
Soares apareceu no seu estilo de sempre, procurando emprestar dinamica e vivacidade ao confronto.
Todavia, os anos não perdoam e Soares não é mais o animal político de outrora.
Na verdade, Soares é, hoje, uma pálida imagem do homo politicus que foi, deixando a nu as mazelas da idade.
As constantes pausas no discurso, os enganos e a necessidade de, no final, recorrer á cabula não correspondem ao Soares de sempre, mas apenas ao da actualidade.
Mantém vivas algumas características que o alcandoraram á categoria de mito em debates televisivos, como a bonomia, a perspicácia, a verbe e a inteligencia.
Contudo, tais características emergem empobercidas pelo passar dos anos e suas inevitáveis consequencias.
Soares revelou-se, acima de tudo, inteligente - piscou, claramente, o olho ao eleitorado comunista para uma, por si, muito desejada segunda volta, ao mesmo tempo que apresentou uma postura de estadista experiente muito do agrado do eleitorado moderado do centro.
Aliás, Soares parece querer inverter o rumo da sua campanha, substituindo o discurso de crítica constante a Cavaco por um discurso empático de garante da estabilidade e de prevenção da conflitualidade social.
Para o homem providencial, responde Soares com o homem estabilidade.
A declaração final de Soares, ainda que pobre, foi reveladora das suas intenções futuras.
Pormenor curioso e sintomático repousou na frase inicial da sua declaração final - "Sou um Presidente (...)".
Jerónimo de Sousa, depois da afonia no debate das legislativas, superou-se.
Apareceu com um discurso coerente, bem estruturado, bem pensado, defendendo o seu modelo social.
Jerónimo mostrou-se um aluno com o trabalho de casa muito bem feito - conhecimento consistente dos dossiers e discurso conforme. A tónica constitucional do seu discurso parece-me virtuosa, pois permite-lhe marcar as suas posições sem ter de atacar, de forma explícita, os restantes candidatos de esquerda.
Jerónimo deixa, deste modo, em aberto um lastro de entendimentos á esquerda que, do ponto de vista dos propósitos da sua candidatura, não são dispiciendos.
Jerónimo é um case study na política portuguesa.
Se há um ano transparecia uma imagem austera, uma linguagem pobre, muito marcada por clichés do PREC (a famosa cassete), hoje irradia simpatia e o seu discurso político evoluiu e muito no sentido do seu aggiornamento.
Jerónimo não dispensa o fato, o cabelo aprumadinho e preocupa-se com a saliva no canto da boca, demonstrando que o PCP fez um notável trabalho de Marketing Político com repercussões eleitorais.
Aliás, o capital de simpatia que Jerónimo cativou no eleitorado a tal muito se deve.
As diferenças para Carvalhas são colossais - se este apenas balbuciava, e mal, algumas palavras sobre as questoes que lhe colocavam, Jerónimo é firme na defesa das suas posições, revelando já um discurso com alguma desenvoltura.
Jerónimo não hostilizou Soares, pouco o criticou, procurando lançar a ponte para um futuro apoio que, assim, surgirá aos olhos do seu eleitorado como menos doloroso.
Não foi um debate por aí além, mas foi, sem sombra de dúvida, muito melhor que o anterior.
Sublime
Inolvidável, inesquecível, memorável.
Na última quarta-feira, revivi as emoções das grandes noites europeias do SLB.
Depois da Final da UEFA em 82, das duas Finais da Taça dos Campeões Europeus contra PSV e Milan, o jogo contra o Manchester ficará gravado a letras de oiro na história do SLB.
Como aqui tinha deixado expresso, o sonho era possível e tornou-se realidade.
O SLB demonstrou uma indomável vontade de vencer e de superação, as quais redundaram numa vitória inteiramente justa, merecida e incontestável.
Só uma equipa com forte espírito de corpo seria capaz de remontar um golo sofrido a frio e alcandorar-se a patamares de excelencia como os observado na quarta-feira.
Uma defesa de betao, com Luisão e Anderson em plano de supremo destaque, anulando completamente Rooney e Nistelroy, um meio-campo todo-o-terreno, com Petit e Beto insuperáveis na entrega, no querer e na raça, um ataque inspirado, com Nuno Gomes magnífico a catalisar a manobra ofensiva da equipa, com Nélson virtuoso a assinar assistencias para os companheiros e com Geovanni letal a desbaratar a defesa do Manchester e a facturar.
Como nos filmes, deu-se a redenção dos patinhos feios - Beto e Geovanni -.
Confirmaram-se, em absoluto, os considerandos expostos na antevisão da partida.
Agora, é tempo de não embandeirar em arco e manter os pés no chão.
O jogo de Domingo será o mais difícil da temporada porque será inevitavelmente marcado pela onda de euforia que se vive.
Na última quarta-feira, revivi as emoções das grandes noites europeias do SLB.
Depois da Final da UEFA em 82, das duas Finais da Taça dos Campeões Europeus contra PSV e Milan, o jogo contra o Manchester ficará gravado a letras de oiro na história do SLB.
Como aqui tinha deixado expresso, o sonho era possível e tornou-se realidade.
O SLB demonstrou uma indomável vontade de vencer e de superação, as quais redundaram numa vitória inteiramente justa, merecida e incontestável.
Só uma equipa com forte espírito de corpo seria capaz de remontar um golo sofrido a frio e alcandorar-se a patamares de excelencia como os observado na quarta-feira.
Uma defesa de betao, com Luisão e Anderson em plano de supremo destaque, anulando completamente Rooney e Nistelroy, um meio-campo todo-o-terreno, com Petit e Beto insuperáveis na entrega, no querer e na raça, um ataque inspirado, com Nuno Gomes magnífico a catalisar a manobra ofensiva da equipa, com Nélson virtuoso a assinar assistencias para os companheiros e com Geovanni letal a desbaratar a defesa do Manchester e a facturar.
Como nos filmes, deu-se a redenção dos patinhos feios - Beto e Geovanni -.
Confirmaram-se, em absoluto, os considerandos expostos na antevisão da partida.
Agora, é tempo de não embandeirar em arco e manter os pés no chão.
O jogo de Domingo será o mais difícil da temporada porque será inevitavelmente marcado pela onda de euforia que se vive.
quarta-feira, dezembro 07, 2005
Árbitros para a próxima jornada da Liga
Humor
Dias Ferreira a propósito dos penalties por assinalar no clássico no Dragão proferiu esta verdadeira péola linguística - " isso é vice-versa ao contrário."
Champions - Encontro de Diabos Vermelhos
Espero e desejo que o SLB vença e, assim, se qualifique para a próxima ronda da Champions.
Tenho um feeling secreto que tal acontecerá, porque perguntam voces.
Porque o SLB vai jogar desfalcado das suas principais figuras, respondo eu paradoxalmente.
Embora contraditória a afirmação é justificada - passo a tentar explicar.
Não jogando as principais figuras, as expectativas são diminutas e, como tal, diminiu a pressão.
Não jogando as principais figuras, jogam segundos planos ávidos de reconhecimento.
Não jogando as principais figuras, o favoritismo é todo do Manchester e, como tal, a pressão aumenta.
Não jogando as principais figuras, a ansiedade dos adeptos pelo golo será menor e, como tal, mais pacientes estarão e, logo, mais receptivos a aceitar o erro.
Não jogando as principais figuras, os adeptos reconhecerão ser o seu incondicional e incessante apoio imprescindível.
A isto acrescem as debilidades da defesa do Manchester - lenta e dura de rins - e um meio-campo tenrinho.
Tudo somado, são factores não dispiciendos a considerar e que me fazem acreditar.
Agora, existe o reverso da medalha -
Não jogando as principais figuras, a probabilidade de marcar e, como tal, de ganhar desce consideravelmente.
Não jogando as principais figuras, jogarão atletas menos capazes, menos experientes e, porventura, mais sujeitos á pressão inerente a estes jogos.
Não jogando as principais figuras, a susceptibilidade de errar é maior.
A isto acresce a inegável qualidade ofensiva do Manchester.
Força SLB.
Tenho um feeling secreto que tal acontecerá, porque perguntam voces.
Porque o SLB vai jogar desfalcado das suas principais figuras, respondo eu paradoxalmente.
Embora contraditória a afirmação é justificada - passo a tentar explicar.
Não jogando as principais figuras, as expectativas são diminutas e, como tal, diminiu a pressão.
Não jogando as principais figuras, jogam segundos planos ávidos de reconhecimento.
Não jogando as principais figuras, o favoritismo é todo do Manchester e, como tal, a pressão aumenta.
Não jogando as principais figuras, a ansiedade dos adeptos pelo golo será menor e, como tal, mais pacientes estarão e, logo, mais receptivos a aceitar o erro.
Não jogando as principais figuras, os adeptos reconhecerão ser o seu incondicional e incessante apoio imprescindível.
A isto acrescem as debilidades da defesa do Manchester - lenta e dura de rins - e um meio-campo tenrinho.
Tudo somado, são factores não dispiciendos a considerar e que me fazem acreditar.
Agora, existe o reverso da medalha -
Não jogando as principais figuras, a probabilidade de marcar e, como tal, de ganhar desce consideravelmente.
Não jogando as principais figuras, jogarão atletas menos capazes, menos experientes e, porventura, mais sujeitos á pressão inerente a estes jogos.
Não jogando as principais figuras, a susceptibilidade de errar é maior.
A isto acresce a inegável qualidade ofensiva do Manchester.
Força SLB.
Paulo Pedroso
Paulo Pedroso, segundo notícias na imprensa, prepara-se para accionar judicialmente o Estado Portugues.
Tal pleito judicial reporta-se á situação de prisão preventiva que viveu.
Me parece que não lhe assiste, de todo em todo, razão.
Pedroso foi não pronunciado pela prática de crimes de abuso sexual de crianças internadas na Casa Pia, decisão, entretanto, confirmada pelo Tribunal da Relação de Lisboa.
Quer o despacho de não pronúncia, quer o Acórdão da Relação mostram-se conformes na afirmação da inexistencia de indicios da prática dos aludidos crimes.
Todavia, tal não significa que nao tenha cometido tais crimes, apenas significa que, de um ponto de vista processual, no entender dos Magistrados chamados a decidir em sede de instrução e de recurso não foram recolhidos indícios tidos por suficientes de que o tenha feito.
No sistema processual penal portugues o que torna um facto provado é a convicção do julgador (entendido este na sua acepção mais lata). Claro está que se postula a imprescindibilidade de fundamentação de tal convicção.
A Juiz de Instrução e os Desembargadores entenderam que os depoimentos das alegadas vítimas não mostravam força probatória suficiente para que se afirmasse a existencia de indícios suficientes, quer por apresentarem incongruencias e contradições, quer por o conjunto dos elementos probatórios recolhidos os contrariarem.
Os Magistrados do MP e o Juiz de Instrução Rui Teixeira entenderam que os depoimentos das vítimas apresentavam coerencia e credibilidade suficientes para que Pedroso fosse sujeito a Julgamento.
Por outras palavras, conferiram relevo probatório diferenciado a uma mesma realidade daí decorrendo soluções jurídicas, obviamente, distintas.
Esta será a crua análise da situação perspectivada de um simples paradigma jurído-processual.
Contudo, a questão não é tão singela.
Por que razão se desprezaram os depoimentos das vítimas que, simultaneamente, serviram para sustentar a pronúncia de outros arguidos - os depoimentos e as personalidades de quem os produzem não nos parecem assim tão facilmente cindíveis.
Ou bem que são dotados de credibilidade ou não - dizer-se que este segmento é credível e aquele não é parece-me difícil. Em nome de quem e do que resvalou a credibilidade da vítima - da cabala responderá Pedroso.
Mas qual cabala, pergunto eu.
A teoria da cabala parece-me, ainda mais, fantasiosa que a teoria da bala mágica que perfurou por diversas vezes o corpo de Kenedy.
Quem era Pedroso?! - ex-secretário de Estado e Ministro e número 2 do PS.
Será que seria um personagem de tal modo perigoso para os seus adversários que motivasse a criação de uma maquinação tão vil - julgo que não.
Seria para atingir Ferro e o PS - julgo que não.
A liderança de Ferro nunca foi de molde a causar temor aos seus adversários e, na ocasião, existia uma maioria estável no Governo que o PS não acossava de forma alguma.
Mas admitindo que sim, quem seria a mente pérfida capaz de instrumentalizar um conjunto de jovens, os quais, ainda hoje, talvez em nome da cabala que se não fazia sentido ontem, hoje muito menos fará, continuam a apontar o dedo a Pedroso como abusador.
Chiça que o homem é poderoso - mesmo politicamente morto, ainda é suficientemente incómodo para que a cabala permaneça activa.
Quem se lembraria de ver no processo Casa Pia a oportunidade perfeita para aniquilar esses monstros políticos Ferro e Pedroso? a quem interessaria tal?
Intentar uma acção por prisão ilegal ou manifestamente injustificada quando, ainda hoje, se é referido como abusador pelas vítimas, parece-me, no mínimo, temerário.
É que o Tribunal que será chamado a pronunciar-se sobre tal acção terá, necessariamente, que reanalisar a prova produzida e poderá chegar a conclusões diversas...
Tal pleito judicial reporta-se á situação de prisão preventiva que viveu.
Me parece que não lhe assiste, de todo em todo, razão.
Pedroso foi não pronunciado pela prática de crimes de abuso sexual de crianças internadas na Casa Pia, decisão, entretanto, confirmada pelo Tribunal da Relação de Lisboa.
Quer o despacho de não pronúncia, quer o Acórdão da Relação mostram-se conformes na afirmação da inexistencia de indicios da prática dos aludidos crimes.
Todavia, tal não significa que nao tenha cometido tais crimes, apenas significa que, de um ponto de vista processual, no entender dos Magistrados chamados a decidir em sede de instrução e de recurso não foram recolhidos indícios tidos por suficientes de que o tenha feito.
No sistema processual penal portugues o que torna um facto provado é a convicção do julgador (entendido este na sua acepção mais lata). Claro está que se postula a imprescindibilidade de fundamentação de tal convicção.
A Juiz de Instrução e os Desembargadores entenderam que os depoimentos das alegadas vítimas não mostravam força probatória suficiente para que se afirmasse a existencia de indícios suficientes, quer por apresentarem incongruencias e contradições, quer por o conjunto dos elementos probatórios recolhidos os contrariarem.
Os Magistrados do MP e o Juiz de Instrução Rui Teixeira entenderam que os depoimentos das vítimas apresentavam coerencia e credibilidade suficientes para que Pedroso fosse sujeito a Julgamento.
Por outras palavras, conferiram relevo probatório diferenciado a uma mesma realidade daí decorrendo soluções jurídicas, obviamente, distintas.
Esta será a crua análise da situação perspectivada de um simples paradigma jurído-processual.
Contudo, a questão não é tão singela.
Por que razão se desprezaram os depoimentos das vítimas que, simultaneamente, serviram para sustentar a pronúncia de outros arguidos - os depoimentos e as personalidades de quem os produzem não nos parecem assim tão facilmente cindíveis.
Ou bem que são dotados de credibilidade ou não - dizer-se que este segmento é credível e aquele não é parece-me difícil. Em nome de quem e do que resvalou a credibilidade da vítima - da cabala responderá Pedroso.
Mas qual cabala, pergunto eu.
A teoria da cabala parece-me, ainda mais, fantasiosa que a teoria da bala mágica que perfurou por diversas vezes o corpo de Kenedy.
Quem era Pedroso?! - ex-secretário de Estado e Ministro e número 2 do PS.
Será que seria um personagem de tal modo perigoso para os seus adversários que motivasse a criação de uma maquinação tão vil - julgo que não.
Seria para atingir Ferro e o PS - julgo que não.
A liderança de Ferro nunca foi de molde a causar temor aos seus adversários e, na ocasião, existia uma maioria estável no Governo que o PS não acossava de forma alguma.
Mas admitindo que sim, quem seria a mente pérfida capaz de instrumentalizar um conjunto de jovens, os quais, ainda hoje, talvez em nome da cabala que se não fazia sentido ontem, hoje muito menos fará, continuam a apontar o dedo a Pedroso como abusador.
Chiça que o homem é poderoso - mesmo politicamente morto, ainda é suficientemente incómodo para que a cabala permaneça activa.
Quem se lembraria de ver no processo Casa Pia a oportunidade perfeita para aniquilar esses monstros políticos Ferro e Pedroso? a quem interessaria tal?
Intentar uma acção por prisão ilegal ou manifestamente injustificada quando, ainda hoje, se é referido como abusador pelas vítimas, parece-me, no mínimo, temerário.
É que o Tribunal que será chamado a pronunciar-se sobre tal acção terá, necessariamente, que reanalisar a prova produzida e poderá chegar a conclusões diversas...
terça-feira, dezembro 06, 2005
Convocados para Champions
Os 18 convocados são:
Guarda-redes: Quim e Nereu
Defesas: Anderson, Luisão, Léo, Alcides, Dos Santos, Nelson, João Pereira e Ricardo Rocha
Médios: Petit, Bruno Aguiar, Nuno Assis, Beto, Geovanni, Hélio Roque
Avançados: Nuno Gomes e Mantorras;
Guarda-redes: Quim e Nereu
Defesas: Anderson, Luisão, Léo, Alcides, Dos Santos, Nelson, João Pereira e Ricardo Rocha
Médios: Petit, Bruno Aguiar, Nuno Assis, Beto, Geovanni, Hélio Roque
Avançados: Nuno Gomes e Mantorras;
Auto Europa
Parece-me vergonhoso e acintoso o que a Volkswagen se encontra a fazer aos trabalhadores da Auto-Europa.
Estamos a falar da fábrica com maior produtividade do grupo, mas, ainda assim, numa demonstração despudorada de voracidade capitalista, não pretendem aumentar os salários mais do que 2,5%.
Convém lembrar que, em nome do interesse estratégico de tal investimento para Portugal e procurando garantir a subsistencia do seu posto de trabalho, os trabalhadores abdicaram de qualquer aumento nos últimos 2 anos.
O lucro gerado na Auto-Europa ascende a muitos milhares de Euros. Os incentivos fiscais do Governo Portugues foram mais que muitos. Qual o bolso que alberga todo esse capital?! O dos alemães, claro está.
Espero e desejo que haja um minimo de bom senso e a adminstração acabe de uma vez por todas com a chantagem que tem feito a Portugal e aos trabalhadores.
Será que existe Ministro da Economia? se sim, então que apareça e se empenhe na resolução do problema.
Portugal e os trabalhadores da Auto-Europa merecem respeito.
Estamos a falar da fábrica com maior produtividade do grupo, mas, ainda assim, numa demonstração despudorada de voracidade capitalista, não pretendem aumentar os salários mais do que 2,5%.
Convém lembrar que, em nome do interesse estratégico de tal investimento para Portugal e procurando garantir a subsistencia do seu posto de trabalho, os trabalhadores abdicaram de qualquer aumento nos últimos 2 anos.
O lucro gerado na Auto-Europa ascende a muitos milhares de Euros. Os incentivos fiscais do Governo Portugues foram mais que muitos. Qual o bolso que alberga todo esse capital?! O dos alemães, claro está.
Espero e desejo que haja um minimo de bom senso e a adminstração acabe de uma vez por todas com a chantagem que tem feito a Portugal e aos trabalhadores.
Será que existe Ministro da Economia? se sim, então que apareça e se empenhe na resolução do problema.
Portugal e os trabalhadores da Auto-Europa merecem respeito.
O 1º Debate
Ponto Prévio - Estes debates higienizados que agora inventaram são pão sem sal.
Esta coisa do falas tu, depois falo eu, sem qualquer interrupção, tira-me do sério.
Isto não são debates, mas sim declarações políticas alternadas dos dois pseudo-contendores.
Que saudades do mítico debate Soares/Cunhal do célebre "olhe que não, olhe que não", com o Joaquim Letria e o Mensurado (ao que julgo) a moderar e a fumar (não sou assim tão velho, mas revi na RTP Memória).
As diferenças para esse tempo são colossais - lembro-me do Letria iniciar o debate a proclamar que teria a duração previsível de 2 horas, mas que podia demorar o tempo que os intervenientes quisessem.
Voltando ao impropriamente designado debate, direi que foi mais do mesmo - muito tacticismo, pouca vivacidade e nenhuma novidade.
Cavaco e Alegre lideram os respectivos espectros políticos - Cavaco lidera no global e não tem adversário à direita - e nao estavam dispostos a cometer erros que poderiam revelar-se fatais, fazendo-os perder o capital de simpatia que já alcançaram.
Assim, tudo á defesa, sem rasgos, medindo as palavras e o seu sentido possível.
Cavaco no seu estilo austero que dói só de olhar, afirmou-se, uma vez mais, como Presidente Interventivo, ou seja, no desenvolvimento do seu conceito de cooperação estratégica com o Governo, revelou que pretende comandar o País como bem enfatizou Alegre no seu momento mais positivo do debate.
O grande Timoneiro, o homem do leme, o homem providencial, o D. Sebastião assim será Cavaco.
Aquilo que Cavaco apresenta e diz é um programa de Governo, quiçá procurando corresponder e capitalizar a imagem de homem salvador.
Todavia, tal extravasa e muito os poderes do PR. Cavaco joga com a crise e a necessidade bem lusa do surgimento do tutor providencial que tudo fará e tudo resolverá.
Não o fará, nem o pode, sequer, constitucionalmente fazer.
Alegre continua a ser um poeta de excepção.
O seu discurso é mais sentimental do que político. Aliás, no discurso político Alegre é fraco e titubeante.
Alegre tem, apenas, uma vaga ideia dos dossiers e apregoa generalidades quanto á resolução dos problemas.
Tem um discurso simpático e uma figura de Avo da Heidi que cativa. Depois junta a isto a Marinha Grande que o PS lhe proporcionou (Marinha Grande constituiu para Soares a mola decisiva para passar á segunda volta em 86 - foi agredido) - retirou-lhe o apoio quando antes o havia incentivado a apresentar-se como candidato.
Este parece-me o grande trunfo de Alegre - passar a imagem que corre por fora das máquinas partidárias e do sistema.
O debate não foi ganho por ninguém - ninguém o queria ganhar, ambos, apenas, não o queriam perder. Mas, Cavaco retirou mais dividendos. A forma como os debates estão construídos favorece-o.
Sem confronto directo, Cavaco refugia-se, pouco diz e ganha ou por outra não perde votos.
Alegre não percebeu ou não quis perceber isso - limitou-se a gerir, não afrontou Cavaco e procurou demonstrar sentido de Estado para ganhar votos ao Centro.
A única intervenção de Alegre marcadamente ideológica centrou-se na Guerra do Iraque e por aí se ficou.
Aliás, espelho fiel de tal radicou na circunstancia de as diferenças entre esquerda e direita não terem emergido.
Tudo como dantes, Quartel-General em Abrantes.
Esta coisa do falas tu, depois falo eu, sem qualquer interrupção, tira-me do sério.
Isto não são debates, mas sim declarações políticas alternadas dos dois pseudo-contendores.
Que saudades do mítico debate Soares/Cunhal do célebre "olhe que não, olhe que não", com o Joaquim Letria e o Mensurado (ao que julgo) a moderar e a fumar (não sou assim tão velho, mas revi na RTP Memória).
As diferenças para esse tempo são colossais - lembro-me do Letria iniciar o debate a proclamar que teria a duração previsível de 2 horas, mas que podia demorar o tempo que os intervenientes quisessem.
Voltando ao impropriamente designado debate, direi que foi mais do mesmo - muito tacticismo, pouca vivacidade e nenhuma novidade.
Cavaco e Alegre lideram os respectivos espectros políticos - Cavaco lidera no global e não tem adversário à direita - e nao estavam dispostos a cometer erros que poderiam revelar-se fatais, fazendo-os perder o capital de simpatia que já alcançaram.
Assim, tudo á defesa, sem rasgos, medindo as palavras e o seu sentido possível.
Cavaco no seu estilo austero que dói só de olhar, afirmou-se, uma vez mais, como Presidente Interventivo, ou seja, no desenvolvimento do seu conceito de cooperação estratégica com o Governo, revelou que pretende comandar o País como bem enfatizou Alegre no seu momento mais positivo do debate.
O grande Timoneiro, o homem do leme, o homem providencial, o D. Sebastião assim será Cavaco.
Aquilo que Cavaco apresenta e diz é um programa de Governo, quiçá procurando corresponder e capitalizar a imagem de homem salvador.
Todavia, tal extravasa e muito os poderes do PR. Cavaco joga com a crise e a necessidade bem lusa do surgimento do tutor providencial que tudo fará e tudo resolverá.
Não o fará, nem o pode, sequer, constitucionalmente fazer.
Alegre continua a ser um poeta de excepção.
O seu discurso é mais sentimental do que político. Aliás, no discurso político Alegre é fraco e titubeante.
Alegre tem, apenas, uma vaga ideia dos dossiers e apregoa generalidades quanto á resolução dos problemas.
Tem um discurso simpático e uma figura de Avo da Heidi que cativa. Depois junta a isto a Marinha Grande que o PS lhe proporcionou (Marinha Grande constituiu para Soares a mola decisiva para passar á segunda volta em 86 - foi agredido) - retirou-lhe o apoio quando antes o havia incentivado a apresentar-se como candidato.
Este parece-me o grande trunfo de Alegre - passar a imagem que corre por fora das máquinas partidárias e do sistema.
O debate não foi ganho por ninguém - ninguém o queria ganhar, ambos, apenas, não o queriam perder. Mas, Cavaco retirou mais dividendos. A forma como os debates estão construídos favorece-o.
Sem confronto directo, Cavaco refugia-se, pouco diz e ganha ou por outra não perde votos.
Alegre não percebeu ou não quis perceber isso - limitou-se a gerir, não afrontou Cavaco e procurou demonstrar sentido de Estado para ganhar votos ao Centro.
A única intervenção de Alegre marcadamente ideológica centrou-se na Guerra do Iraque e por aí se ficou.
Aliás, espelho fiel de tal radicou na circunstancia de as diferenças entre esquerda e direita não terem emergido.
Tudo como dantes, Quartel-General em Abrantes.
segunda-feira, dezembro 05, 2005
Árbitro para Champions
Cabe a um grego, de seu nome Kyros Vassaras, árbitro bem conhecido da «alta roda» do futebol europeu, dirigir o decisivo encontro entre o Benfica e Manchester United, esta quarta-feira à noite, para a fase de grupos da Liga dos Campeões.
Chicotada
Manuel Cajuda já não é treinador da Naval 1.º de Maio. A notícia foi-nos confirmada pelo próprio técnico que não tem sido feliz à frente do plantel da Figueira da Foz.
O treino desta manhã já foi dirigido por dois dos adjuntos de Cajuda, José Carlos e Fernando Mira, notando-se a ausência de Manuel Cajuda, Rui Nascimento e Simão Freitas (preparador físico).«O meu trabalho acabou. Já não sou treinador da Naval», foram estas as palavras que, através do telefone, nos foram proferidas pelo ex-técnico do clube da Figueira, o algarvio Manuel Cajuda.Sabemos que Cajuda se encontrava até há pouco no seu gabinete de trabalho, decerto a arrumar os cacifos antes de provavelmente se reunir com dirigentes do clube podendo eventualmente depois falar em conferência de imprensa.Lembre-se a Naval está há seis jornadas sem vencer e é actualmente o 15.º classificado da Liga.
O treino desta manhã já foi dirigido por dois dos adjuntos de Cajuda, José Carlos e Fernando Mira, notando-se a ausência de Manuel Cajuda, Rui Nascimento e Simão Freitas (preparador físico).«O meu trabalho acabou. Já não sou treinador da Naval», foram estas as palavras que, através do telefone, nos foram proferidas pelo ex-técnico do clube da Figueira, o algarvio Manuel Cajuda.Sabemos que Cajuda se encontrava até há pouco no seu gabinete de trabalho, decerto a arrumar os cacifos antes de provavelmente se reunir com dirigentes do clube podendo eventualmente depois falar em conferência de imprensa.Lembre-se a Naval está há seis jornadas sem vencer e é actualmente o 15.º classificado da Liga.
Camarate
Dúvidas não tenho ou poucas terei que o falecimento dos então primeiro-ministro e ministro da defesa em Camarate tenha sido obra de atentado.
Não alcanço é a querela judiciária da matéria.
Mal ou bem os Tribunais pronunciaram-se pela inexistencia de índicios de crime e decorridos que estão 25 anos tal decisão, fruto de regras processuais, mostra-se inalterável.
Sá Fernandes defende a tese do homicídio, mas certo é que , ainda que lograsse vencimento judicial da sua tese, restava um "pequeno" problema por resolver - o agente do crime.
Ao que sei existe um arguido constituído, em relação ao qual parece não existir prova, mas mesmo que existisse o procedimento criminal acha-se extinto, por prescrição.
Deste modo, é estéril discutir seja o que for em sede judicial.
As sucessivas comissões parlamentares de inquérito chegaram a conclusões tão diversas, que o valor das teses aí afirmadas é, no mínimo, duvidoso. Restará para sempre a dúvida.
O aproveitamento político da memória de Sá Carneiro é vergonhoso e, por vezes, mesmo obsceno.
Assim, passados que estão 25 anos paz aos mortos - R.I.P.
Não alcanço é a querela judiciária da matéria.
Mal ou bem os Tribunais pronunciaram-se pela inexistencia de índicios de crime e decorridos que estão 25 anos tal decisão, fruto de regras processuais, mostra-se inalterável.
Sá Fernandes defende a tese do homicídio, mas certo é que , ainda que lograsse vencimento judicial da sua tese, restava um "pequeno" problema por resolver - o agente do crime.
Ao que sei existe um arguido constituído, em relação ao qual parece não existir prova, mas mesmo que existisse o procedimento criminal acha-se extinto, por prescrição.
Deste modo, é estéril discutir seja o que for em sede judicial.
As sucessivas comissões parlamentares de inquérito chegaram a conclusões tão diversas, que o valor das teses aí afirmadas é, no mínimo, duvidoso. Restará para sempre a dúvida.
O aproveitamento político da memória de Sá Carneiro é vergonhoso e, por vezes, mesmo obsceno.
Assim, passados que estão 25 anos paz aos mortos - R.I.P.
Norton de Matos ou o Rehagell Portugues
Tal como Otto Rehagell com a selecção grega, Norton de Matos analisou os jogadores que tinha á sua disposição e traçou um modelo de jogo.
Ciente das limitações do plantel, Norton assumiu um estilo de jogo em tudo identico ao grego.
Solidez defensiva, com centrais altos e laterais contidos, meio-campo muito forte fisicamente, sempre disposto á lutar pela posse da bola e a cortar as linhas de passe do adversário, alas rápidos a possibilitar o desenvolvimento de ataques surpresa e ponta de lança matador com inegável faro de golo.
Norton como Rehagell joga com o erro adversário, única forma de chegar ao golo numa equipa incapaz de construir lances de ataque organizado. A primeira preocupação é fechar os caminhos da baliza ao adversário, depois virá o golo se e quando o oponente o permitir, ou por outra, o consentir.
Por fim, uma palavra muito especial para o meu amigo João de Deus no sentido de lhe endereçar os maiores encómios pelo trabalho desenvolvido, pois os indíces físicos do Vitória não podem ser obra do acaso.
Ciente das limitações do plantel, Norton assumiu um estilo de jogo em tudo identico ao grego.
Solidez defensiva, com centrais altos e laterais contidos, meio-campo muito forte fisicamente, sempre disposto á lutar pela posse da bola e a cortar as linhas de passe do adversário, alas rápidos a possibilitar o desenvolvimento de ataques surpresa e ponta de lança matador com inegável faro de golo.
Norton como Rehagell joga com o erro adversário, única forma de chegar ao golo numa equipa incapaz de construir lances de ataque organizado. A primeira preocupação é fechar os caminhos da baliza ao adversário, depois virá o golo se e quando o oponente o permitir, ou por outra, o consentir.
Por fim, uma palavra muito especial para o meu amigo João de Deus no sentido de lhe endereçar os maiores encómios pelo trabalho desenvolvido, pois os indíces físicos do Vitória não podem ser obra do acaso.
Vitória nos Barreiros ou o Regresso de Trap
Sangue, Suor e Lágrimas... de Felicidade, assim foi a vitória do SLB na Madeira.
O SLB demonstrando enorme espírito de grupo e de conquista, fez das fraquezas forças e ganhou.
Foi uma vitória à Trapattoni, no sentido de ter sido alicerçada numa forte estrutura defensiva, coesão do meio-campo e denodo na frente de ataque.
Finalmente, Koeman percebeu que só apelando á garra e ao espirito de corpo dos jogadores, esta equipa do SLB, desfalcada das suas pedras nucleares, poderá ganhar jogos.
Só Karayaka não entendeu a mensagem, por isso foi sempre peixe fora de água, tendo sido bem substituído por um Mantorras de regresso á fortuna.
Aliás, a substituição de Karayaka adivinhava-se ao quarto de hora da primeira parte de forma tão flagrante como acertar no euromilhões á segunda-feira.
Mantorras merece referencia especial, porque no seu estilo desengonçado representa a alegria ingénua do menino que gosta de jogar á bola.
O árbitro não se equivocou como os seus parceiros em outras jornadas e, assim, o SLB venceu.
O SLB demonstrando enorme espírito de grupo e de conquista, fez das fraquezas forças e ganhou.
Foi uma vitória à Trapattoni, no sentido de ter sido alicerçada numa forte estrutura defensiva, coesão do meio-campo e denodo na frente de ataque.
Finalmente, Koeman percebeu que só apelando á garra e ao espirito de corpo dos jogadores, esta equipa do SLB, desfalcada das suas pedras nucleares, poderá ganhar jogos.
Só Karayaka não entendeu a mensagem, por isso foi sempre peixe fora de água, tendo sido bem substituído por um Mantorras de regresso á fortuna.
Aliás, a substituição de Karayaka adivinhava-se ao quarto de hora da primeira parte de forma tão flagrante como acertar no euromilhões á segunda-feira.
Mantorras merece referencia especial, porque no seu estilo desengonçado representa a alegria ingénua do menino que gosta de jogar á bola.
O árbitro não se equivocou como os seus parceiros em outras jornadas e, assim, o SLB venceu.
Comentário ao Clássico
Jogo globalmente fraco, com duas equipas temerosas uma da outra.
O SCP apresentou-se no Dragao com uma equipa alegadamente ofensiva.
Todavia, Paulo Bento amarrou os criativos - Moutinho e Carlos Martins - ás alas, cerceando-lhes a capacidade ofensiva no que redundou na existencia de grandes espaços entre linhas, nomeadamente entre meio-campo e o ataque.
É para mim incompreensível a opçao por Moutinho na cobertura a Quaresma, vulgarizando um jogador de talento.
Com a saída de Carlos Martins, o SCP perdeu a pouca intencionalidade ofensiva que tinha, tendo Wender revelado um total desconhecimento do que devia fazer em campo.
A opçao de deixar Liedson em Alvalade, faz-me recordar o episódio Baía quando Mourinho chegou ao FCP - em ambas as situações os treinadores procuraram aglutinar o grupo, fazendo de jogadores emblemáticos bandeiras de pseudo-disciplina.
Quanto ao FCP, Adriaanse continua a desperdiçar o plantel rico em opções de que dispõe.
Obstinado com o sistema de jogo que perconiza não rentabiliza os jogadores, antes tenta encaixá-los em esquemas tácticos pré-definidos.
Assim, Jorginho, Lucho e Lisandro surgem em posições que, claramente, nao são as suas, com evidentes prejuízos.
O árbitro substituto cometeu dois erros claros, a saber duas grandes penalidades não assinaladas.
Polga e Peixoto levaram a mão á bola.
No que concerne aos golos anulados, o do SCP parece-me óbvio o fora de jogo assinalado, já em relação ao do FCP fiquei com dúvidas - parece-me que, acima de tudo, o árbitro apitou para se defender. A existir falta ela não é visível.
No lance de Nani com Pepe, ficou-me a ideia de não ter existido falta, sendo certo que o árbitro apita antes do remate o que, desde logo, inviabiliza a formulação de um juízo de golo anulado, uma vez que os jogadores do FCP pararam de imediato, mormente Vítor Baía.
Salvou-se o resultado, na óptica de um Benfiquista.
O SCP apresentou-se no Dragao com uma equipa alegadamente ofensiva.
Todavia, Paulo Bento amarrou os criativos - Moutinho e Carlos Martins - ás alas, cerceando-lhes a capacidade ofensiva no que redundou na existencia de grandes espaços entre linhas, nomeadamente entre meio-campo e o ataque.
É para mim incompreensível a opçao por Moutinho na cobertura a Quaresma, vulgarizando um jogador de talento.
Com a saída de Carlos Martins, o SCP perdeu a pouca intencionalidade ofensiva que tinha, tendo Wender revelado um total desconhecimento do que devia fazer em campo.
A opçao de deixar Liedson em Alvalade, faz-me recordar o episódio Baía quando Mourinho chegou ao FCP - em ambas as situações os treinadores procuraram aglutinar o grupo, fazendo de jogadores emblemáticos bandeiras de pseudo-disciplina.
Quanto ao FCP, Adriaanse continua a desperdiçar o plantel rico em opções de que dispõe.
Obstinado com o sistema de jogo que perconiza não rentabiliza os jogadores, antes tenta encaixá-los em esquemas tácticos pré-definidos.
Assim, Jorginho, Lucho e Lisandro surgem em posições que, claramente, nao são as suas, com evidentes prejuízos.
O árbitro substituto cometeu dois erros claros, a saber duas grandes penalidades não assinaladas.
Polga e Peixoto levaram a mão á bola.
No que concerne aos golos anulados, o do SCP parece-me óbvio o fora de jogo assinalado, já em relação ao do FCP fiquei com dúvidas - parece-me que, acima de tudo, o árbitro apitou para se defender. A existir falta ela não é visível.
No lance de Nani com Pepe, ficou-me a ideia de não ter existido falta, sendo certo que o árbitro apita antes do remate o que, desde logo, inviabiliza a formulação de um juízo de golo anulado, uma vez que os jogadores do FCP pararam de imediato, mormente Vítor Baía.
Salvou-se o resultado, na óptica de um Benfiquista.
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