Scolari produziu declarações a um órgão de comunicação social brasileiro zurzindo naqueles que têm criticado a sua prestação enquanto seleccionador nacional.
Antes já Madaíl o havia feito, em termos em tudo idênticos.
Scolari apenas alargou o leque de visados.
Ambos lançaram epítetos mais ou menos indecorosos e insultuosos aos seus críticos, ao mesmo tempo que afirmaram que quem não se abstem de criticar a selecção, não é bom português.
O lápis azul da censura desapareceu vai para quase trinta anos.
O exercício de um dos mais basilares direitos fundamentais não pode, nem deve ser cerceado em homenagem a uma pseudo-unanimidade que nos tornará campeões mundiais de futebol.
A liberdade de expressão é condição de uma verdadeira cidadania.
Qualquer um dos visados por Scolari e Madaíl centrou a sua apreciação à actuação do seleccionador nacional em razões meramente futebolísticas.
Em nenhum dos textos que li, houve qualquer resvalo para atentados à honra ou à dignidade de Scolari.
Ao invés, Scolari atingiu de forma gratuita a honorabilidade dos seus críticos.
Dizer de Miguel Sousa Tavares que teve um Pai que foi um bom escritor, para além de revelar falta de cultura, pois que se era para nomear um dos seus progenitores, a Mãe foi bem melhor escriba do que o Pai, é claramente insultuoso.
São mais as vezes em que não concordo com MST do que aquelas em que com ele estou em sintonia, mais tal não me impede de lhe reconhecer mérito literário e jornalístico.
Quem leu o "Equador" não pode deixar de concordar.
Á míngua de argumentos e de capacidade dialéctica, Scolari e Madaíl recorreram ao insulto suez e baixo.
Scolari e Madaíl lidam mal com a democracia e com a liberdade de expressão.
É sintoma da sua menoridade.
Tal como os regimes totalitários, intrinsecamente fragilizados por falta de legitimidade democráti ca, Scolari e Madaíl, intrinsecamente fragilizados pela sua menoridade intelectual, refugiam-se em pretensões censórias de forma a que da discussão não possa brotar a evidência da sua incompetência.
A ausência de discussão é a arma dos incapazes e dos fracos de espírito.
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