sexta-feira, abril 27, 2007
Post Livre
Este post destina-se a servir de Tribuna para livre expressão das vossas opiniões até à próxima Quarta-feira, ocasião em que o blog retomará a sua actividade normal.
quinta-feira, abril 26, 2007
Antevisão do Benfica x Sporting
A próxima jornada resulta, inexoravelmente, marcada pelos últimos derbys deste campeonato – o Benfica x Sporting e o FC Porto x Boavista.
Tenho por boa a convicção de que estes dois jogos irão clarificar e muito as aspirações ao título dos diferentes competidores.
Ainda que não se olvide a importância do derby portuense, a peleja entre Benfica e Sporting assume outra relevância.
Este derby de natureza quase secular – em 1 de Dezembro deste ano completar-se-ão 100 anos sobre o primeiro Benfica/Sporting - encerra em si uma rivalidade desmedida.
Rivalidade esta que encontra a sua razão de ser mais profunda nos primórdios da existência de ambos os clubes.
O Sport Lisboa, clube que está na génese do Benfica, nasceu em 1904, nas traseiras da Farmácia Franco, em Belém. O Sporting surgiria dois anos depois, em 1906, fruto de uma cisão no seio do Campo Grande FC, de onde saiu José Alvalade para fundar o Sporting Clube de Portugal, em parceria com os irmãos Stromp e Gavazzo.
O primeiro jogo entre estes dois clubes aconteceu a 1 de Dezembro de 1907 e foi logo rodeado de enorme polémica.
O Sport Lisboa conhecia, como sempre nos seus primeiros anos de vida, grandes dificuldades financeiras, enquanto que o Sporting vivia na sombra do dinheiro do avô de José Alvalade, o Visconde de Alvalade.
Esta abundância financeira proporcionou a primeira debandada histórica de jogadores entre os dois clubes.
O Sporting proporcionava banhos quentes aos jogadores e trocas de camisola ao intervalo, enquanto que o Sport Lisboa nem sequer campo de jogos podia oferecer.
Aliciados pelas melhores condições disponibilizadas pelo endinheirado Sporting, 8 jogadores abandonaram o Sport Lisboa - José da Cruz Viegas, Emilío de Carvalho, Albano dos Santos, António Couto, António Rosa Rodrigues, Candido Rosa Rodrigues, Daniel Queirós dos Santos e Henrique Costa.
Assim, no primeiro derby lisboeta, o Sporting alinhou de início com aqueles oito elementos e venceu o jogo por 1-2. Partida que se realizou na Quinta Nova, campo utilizado pelo Sport Lisboa, e que, curiosamente, foi arbitrada por um inglês de seu nome Burtenshaw.
Benfica e Sporting já se defrontaram por 272 vezes em jogos oficiais, sendo 145 para o campeonato nacional.
Nestes 272 jogos, a supremacia benfiquista é bem patente, registando-se 118 vitórias 67 para o campeonato), 53 empates (34 para o campeonato) e 101 vitórias do Sporting 44 para o campeonato).
Em partidas realizadas na condição de visitado e a contar para o campeonato nacional, o Benfica obteve 39 triunfos, 19 empates e 14 derrotas.
À partida para a 27ª jornada, Benfica e Sporting acham-se obrigados a pensar apenas no triunfo, sob pena de ficarem irremediavelmente afastados do título, sobretudo se o Porto vencer Sábado o amorfo Boavista desta época.
Ainda assim, Sporting e Benfica anseiam por um deslize portista no Bessa, mesmo que procurem, também, a conquista do segundo lugar e o consequente apuramento directo para a Champions.
Na realidade, o Benfica vai entrar em campo para vencer.
Com tranquilidade, o Sporting procurará vencer.
Estas serão, por certo, as opiniões dos treinadores, estribadas em lugares comuns e nos bordões de linguagem que lhes são próprios.
Um derby é um derby - lugar comum para começar, o qual poderia ser complementado pelo célebre acrescento de Mário Jardel - derby é derby e vice-versa.
Estes são jogos de resultado imprevisível.
Esta partida encerra a curiosidade de colocar frente a frente os adversários que, pela última vez, derrotaram cada um dos contendores na condição de visitado no caso do Benfica e em termos globais no que se reporta ao Sporting.
Na verdade, o último desaire do Benfica em casa, em jogos a contar para a Liga, aconteceu no ano passado frente ao Sporting (1-3), ao passo que a última derrota do Sporting, em encontros da Liga, sucedeu em Alvalade frente ao Benfica na 1ª Volta (0-2).
Sem perder para o campeonato desde Novembro, Fernando Santos, por certo, que não irá introduzir qualquer novidade no esquema táctico a apresentar frente ao Sporting, mantendo-se fiel ao 4x4x2 em losango.
A principal dúvida em redor da equipa do Benfica reside na possibilidade de utilização de Simão.
Dúvida essa cada vez mais certeza e que, assim, importa a equação de outra dúvida – jogando Simão, quem sairá?
Duas hipóteses – Nuno Gomes ou Karagounis.
Saindo Nuno Gomes, Simão fará parelha com Miccoli na frente de ataque.
Aliás, esta solução seria uma repetição da opção ensaiada na partida da 1ª volta e que tão bons resultados deu.
Também por ter sido frutuosa, deverá ser a escolha de Fernando Santos.
A saída de Karagounis emerge, deste modo, como mais improvável, sendo certo que a verificar-se importava a deslocação de Rui Costa para o vértice esquerdo do losango e a entrada de Simão para o vértice mais adiantado.
O 4x4x2 em losango de Fernando Santos apenas aparentemente se mostra igual ao do Sporting, pois que as suas dinâmicas se revelam bem distintas.
Enquanto que o Sporting aposta nos seus médios interiores e nos seus avançados para dar profundidade ao jogo lateral, o Benfica serve-se dos laterais e dos movimentos basculantes de Simão do centro para as alas para alcançar tal desiderato.
Mas, mais do que o sistema ou os seus integrantes, será a atitude a marcar a diferença.
No último jogo, tive ocasião de escrever que “Para além do renascimento físico de Katsouranis, decisivo para a melhoria da eficiência nas transições, e do ressurgimento de Miccoli, decisivo para o crescimento da eficácia na finalização, a atitude da equipa revelou-se fundamental no triunfo averbado.
Alardeando outra condição física, facto ao qual não será alheia a ausência de competição a meio da semana, o Benfica mostrou-se capaz de evidenciar uma atitude pressionante e não de mera expectativa como o havia feito nos encontros precedentes.
Pressionando e fazendo-o logo no primeiro momento de construção do adversário, a equipa aumentou exponencialmente as probabilidades de lograr um golo.”
Esta será, para mim, a chave do eventual êxito benfiquista.
Hoje por hoje, a questão física já não se coloca, pelo que se exige a adopção de um modelo de jogo assente na pressão sobre o adversário, a partir de um bloco médio/baixo, com as linhas muito perto umas das outras, que permita a recuperação da bola no meio-campo adversário, mas que, simultaneamente, proteja a equipa, não a deixando vulnerável à exploração de espaços nas suas costas e salvaguardando-a das rápidas transições leoninas.
Ainda assim, creio que Fernando Santos apostará em dar a iniciativa de jogo ao Sporting, por forma a conduzi-lo ao abismo da sua incapacidade em jogar em ataque continuado.
Foi assim no jogo da 1ª volta e Santos persistirá na opção.
Claro está, que se Paulo Bento se mantiver fiel à matriz de expectativa, poderemos cair num impasse.
Na 1ª volta, um golo cedo desbloqueou o jogo a favor do Benfica. Domingo veremos como será.
No Sporting, as dúvidas prendem-se com a composição do quarteto defensivo e com o parceiro de Liedson na frente de ataque.
Na defesa, não é crível que Paulo Bento faça alterações, até porque Tonel não apresenta o ritmo de jogo mais adequado a uma partida com as características da de Domingo.
No ataque, mesmo depois do hat-trick frente à Naval, é bem possível que Paulo Bento promova Djalló à titularidade em detrimento de Alecssandro, por forma a procurar explorar a maior mobilidade e rapidez do português e, assim, a menor velocidade de Anderson.
Paulo Bento procurará alcançar a sétima vitória consecutiva e o 15º jogo consecutivo sem perder.
Os níveis de confiança dos jogadores leoninos mostram-se em alta, exponenciados pelo seu recente percurso vitorioso que os guindou ao 2º lugar e os aproximou do líder Porto.
O Sporting que se apresentará na Luz é por demais conhecido.
Estruturado no tão falado 4x4x2 em losango, fará do pragmatismo o seu modelo de jogo.
Apresentar-se-á numa atitude de expectativa, espreitando o erro do adversário.
Pouco ou nada arriscará.
A aposta primordial será na rapidez das transições, quer defensiva, quer ofensiva.
Espero que vença o melhor e que o melhor seja o Benfica.
p.s. Inicio, amanhã, um curto período de férias por terras algarvias, que se estende até Terça-Feira.
Assim, no final do dia de Hoje, colocarei um post que intitularei de “Post Livre” para que possam fazer as vossas apreciações à Jornada do próximo Fim de Semana.
Tenho por boa a convicção de que estes dois jogos irão clarificar e muito as aspirações ao título dos diferentes competidores.
Ainda que não se olvide a importância do derby portuense, a peleja entre Benfica e Sporting assume outra relevância.
Este derby de natureza quase secular – em 1 de Dezembro deste ano completar-se-ão 100 anos sobre o primeiro Benfica/Sporting - encerra em si uma rivalidade desmedida.
Rivalidade esta que encontra a sua razão de ser mais profunda nos primórdios da existência de ambos os clubes.
O Sport Lisboa, clube que está na génese do Benfica, nasceu em 1904, nas traseiras da Farmácia Franco, em Belém. O Sporting surgiria dois anos depois, em 1906, fruto de uma cisão no seio do Campo Grande FC, de onde saiu José Alvalade para fundar o Sporting Clube de Portugal, em parceria com os irmãos Stromp e Gavazzo.
O primeiro jogo entre estes dois clubes aconteceu a 1 de Dezembro de 1907 e foi logo rodeado de enorme polémica.
O Sport Lisboa conhecia, como sempre nos seus primeiros anos de vida, grandes dificuldades financeiras, enquanto que o Sporting vivia na sombra do dinheiro do avô de José Alvalade, o Visconde de Alvalade.
Esta abundância financeira proporcionou a primeira debandada histórica de jogadores entre os dois clubes.
O Sporting proporcionava banhos quentes aos jogadores e trocas de camisola ao intervalo, enquanto que o Sport Lisboa nem sequer campo de jogos podia oferecer.
Aliciados pelas melhores condições disponibilizadas pelo endinheirado Sporting, 8 jogadores abandonaram o Sport Lisboa - José da Cruz Viegas, Emilío de Carvalho, Albano dos Santos, António Couto, António Rosa Rodrigues, Candido Rosa Rodrigues, Daniel Queirós dos Santos e Henrique Costa.
Assim, no primeiro derby lisboeta, o Sporting alinhou de início com aqueles oito elementos e venceu o jogo por 1-2. Partida que se realizou na Quinta Nova, campo utilizado pelo Sport Lisboa, e que, curiosamente, foi arbitrada por um inglês de seu nome Burtenshaw.
Benfica e Sporting já se defrontaram por 272 vezes em jogos oficiais, sendo 145 para o campeonato nacional.
Nestes 272 jogos, a supremacia benfiquista é bem patente, registando-se 118 vitórias 67 para o campeonato), 53 empates (34 para o campeonato) e 101 vitórias do Sporting 44 para o campeonato).
Em partidas realizadas na condição de visitado e a contar para o campeonato nacional, o Benfica obteve 39 triunfos, 19 empates e 14 derrotas.
À partida para a 27ª jornada, Benfica e Sporting acham-se obrigados a pensar apenas no triunfo, sob pena de ficarem irremediavelmente afastados do título, sobretudo se o Porto vencer Sábado o amorfo Boavista desta época.
Ainda assim, Sporting e Benfica anseiam por um deslize portista no Bessa, mesmo que procurem, também, a conquista do segundo lugar e o consequente apuramento directo para a Champions.
Na realidade, o Benfica vai entrar em campo para vencer.
Com tranquilidade, o Sporting procurará vencer.
Estas serão, por certo, as opiniões dos treinadores, estribadas em lugares comuns e nos bordões de linguagem que lhes são próprios.
Um derby é um derby - lugar comum para começar, o qual poderia ser complementado pelo célebre acrescento de Mário Jardel - derby é derby e vice-versa.
Estes são jogos de resultado imprevisível.
Esta partida encerra a curiosidade de colocar frente a frente os adversários que, pela última vez, derrotaram cada um dos contendores na condição de visitado no caso do Benfica e em termos globais no que se reporta ao Sporting.
Na verdade, o último desaire do Benfica em casa, em jogos a contar para a Liga, aconteceu no ano passado frente ao Sporting (1-3), ao passo que a última derrota do Sporting, em encontros da Liga, sucedeu em Alvalade frente ao Benfica na 1ª Volta (0-2).
Sem perder para o campeonato desde Novembro, Fernando Santos, por certo, que não irá introduzir qualquer novidade no esquema táctico a apresentar frente ao Sporting, mantendo-se fiel ao 4x4x2 em losango.
A principal dúvida em redor da equipa do Benfica reside na possibilidade de utilização de Simão.
Dúvida essa cada vez mais certeza e que, assim, importa a equação de outra dúvida – jogando Simão, quem sairá?
Duas hipóteses – Nuno Gomes ou Karagounis.
Saindo Nuno Gomes, Simão fará parelha com Miccoli na frente de ataque.
Aliás, esta solução seria uma repetição da opção ensaiada na partida da 1ª volta e que tão bons resultados deu.
Também por ter sido frutuosa, deverá ser a escolha de Fernando Santos.
A saída de Karagounis emerge, deste modo, como mais improvável, sendo certo que a verificar-se importava a deslocação de Rui Costa para o vértice esquerdo do losango e a entrada de Simão para o vértice mais adiantado.
O 4x4x2 em losango de Fernando Santos apenas aparentemente se mostra igual ao do Sporting, pois que as suas dinâmicas se revelam bem distintas.
Enquanto que o Sporting aposta nos seus médios interiores e nos seus avançados para dar profundidade ao jogo lateral, o Benfica serve-se dos laterais e dos movimentos basculantes de Simão do centro para as alas para alcançar tal desiderato.
Mas, mais do que o sistema ou os seus integrantes, será a atitude a marcar a diferença.
No último jogo, tive ocasião de escrever que “Para além do renascimento físico de Katsouranis, decisivo para a melhoria da eficiência nas transições, e do ressurgimento de Miccoli, decisivo para o crescimento da eficácia na finalização, a atitude da equipa revelou-se fundamental no triunfo averbado.
Alardeando outra condição física, facto ao qual não será alheia a ausência de competição a meio da semana, o Benfica mostrou-se capaz de evidenciar uma atitude pressionante e não de mera expectativa como o havia feito nos encontros precedentes.
Pressionando e fazendo-o logo no primeiro momento de construção do adversário, a equipa aumentou exponencialmente as probabilidades de lograr um golo.”
Esta será, para mim, a chave do eventual êxito benfiquista.
Hoje por hoje, a questão física já não se coloca, pelo que se exige a adopção de um modelo de jogo assente na pressão sobre o adversário, a partir de um bloco médio/baixo, com as linhas muito perto umas das outras, que permita a recuperação da bola no meio-campo adversário, mas que, simultaneamente, proteja a equipa, não a deixando vulnerável à exploração de espaços nas suas costas e salvaguardando-a das rápidas transições leoninas.
Ainda assim, creio que Fernando Santos apostará em dar a iniciativa de jogo ao Sporting, por forma a conduzi-lo ao abismo da sua incapacidade em jogar em ataque continuado.
Foi assim no jogo da 1ª volta e Santos persistirá na opção.
Claro está, que se Paulo Bento se mantiver fiel à matriz de expectativa, poderemos cair num impasse.
Na 1ª volta, um golo cedo desbloqueou o jogo a favor do Benfica. Domingo veremos como será.
No Sporting, as dúvidas prendem-se com a composição do quarteto defensivo e com o parceiro de Liedson na frente de ataque.
Na defesa, não é crível que Paulo Bento faça alterações, até porque Tonel não apresenta o ritmo de jogo mais adequado a uma partida com as características da de Domingo.
No ataque, mesmo depois do hat-trick frente à Naval, é bem possível que Paulo Bento promova Djalló à titularidade em detrimento de Alecssandro, por forma a procurar explorar a maior mobilidade e rapidez do português e, assim, a menor velocidade de Anderson.
Paulo Bento procurará alcançar a sétima vitória consecutiva e o 15º jogo consecutivo sem perder.
Os níveis de confiança dos jogadores leoninos mostram-se em alta, exponenciados pelo seu recente percurso vitorioso que os guindou ao 2º lugar e os aproximou do líder Porto.
O Sporting que se apresentará na Luz é por demais conhecido.
Estruturado no tão falado 4x4x2 em losango, fará do pragmatismo o seu modelo de jogo.
Apresentar-se-á numa atitude de expectativa, espreitando o erro do adversário.
Pouco ou nada arriscará.
A aposta primordial será na rapidez das transições, quer defensiva, quer ofensiva.
Espero que vença o melhor e que o melhor seja o Benfica.
p.s. Inicio, amanhã, um curto período de férias por terras algarvias, que se estende até Terça-Feira.
Assim, no final do dia de Hoje, colocarei um post que intitularei de “Post Livre” para que possam fazer as vossas apreciações à Jornada do próximo Fim de Semana.
quarta-feira, abril 25, 2007
Prosseguindo a Discussão em Torno do Benfica/Sporting
Como forma de prosseguir a discussão em torno do Benfica/Sporting, aqui ficam excertos de três artigos de opinião:
1. Em defesa de Fernando Santos 20.04.2007, Bruno Prata in “Público”
“A cabeça de Fernando Santos, mais do que posta a prémio, foi
praticamente degolada pela imprensa desportiva no dia a seguir ao empate
cedido pelo Benfica frente ao Braga. Trabalhos semelhantes publicados nos
jornais A Bola e Record afiançavam não só que o técnico apenas escaparia ao
despedimento caso garantisse o apuramento directo para a Liga dos Campeões
(e o Record acrescentava que mesmo isso "pode não chegar"...), mas também
pormenores relativos à preparação para a próxima época: que haverá mais
dinheiro disponível, que será contratado um ponta-de-lança de primeira água,
que Miccoli e Derlei vão sair, que Simão é inegociável, que Luisão está no
mercado, que Rui Costa só não jogará mais um ano se não quiser (e nesse caso
até poderá continuar noutras funções) e que Veiga poderá (ou não) regressar.
O conteúdo uniforme das duas notícias e as justificações idênticas para o
"pré-anúncio" de despedimento de Santos não deixam dúvidas: as fontes dos
dois jornais, se não foram as mesmas, parecem pertencer ao mesmo círculo
benfiquista. Que é como quem diz, há muito boa gente no interior do Benfica
que pretende despedir o treinador a todo o custo. E que, para isso, nem se
importa que a divulgação prematura de um rol de intenções para a próxima
época (verdadeiras ou falsas, mais tarde se saberá) possa prejudicar o
rendimento de alguns dos alvos das notícias e, com isso, afectar também os
objectivos desportivos que ainda estão em equação.
“(…) Permito-me discordar de algumas das teorias que sustentaram a notícia de que a Fernando
Santos não vai ser dada a oportunidade de cumprir o segundo ano do seu
contrato.
Apenas quem não conhece bem Santos é que pode dizer que ele foi permeável
quando lançou em campo Mantorras alguns minutos mais cedo do que é habitual
- essa análise primária não tem, por exemplo, em conta que Miccoli estava
lesionado e que, por isso, havia menos uma alternativa disponível. Se há
coisa em que Santos é inflexível é nas questões de disciplina.
(…)De resto, Mantorras não cometeu qualquer acto de insubordinação, limitou-se a dizer
que treina como os outros e que, por isso, queria jogar mais. Aproveitou
ainda para desmentir que o seu joelho continue a condicionar a sua
utilização. Por que carga de água havia Mantorras de ser
acusado de delito de opinião numa situação em que se limitou a defender-se
de quem há anos o apelida de "jogador coxo"?”
“(…) Santos foi também acusado de gerir mal o plantel. Numa ou noutra situação
até pode ser verdade, sendo o caso mais flagrante o de Miguelito (jogou
apenas 365"). Mas também eu arriscaria jogar quase sempre com os mesmos se
as alternativas se chamassem Manú, Paulo Jorge, Marco Ferreira e Beto.
“Por isso, seria mais lógico que se criticasse Santos por ter escolhido um
plantel desequilibrado, em termos de variedade e qualidade.”
“Em apenas 15 dias, o Benfica estragou a carreira europeia e comprometeu a
corrida ao título, deixando ainda complicado o apuramento directo para a
Liga dos Campeões. Mas é bom ter também em conta que o mesmo Benfica
efectuou esta época 14 jogos europeus, mostrou muita qualidade durante
vários períodos da época, tem mais cinco pontos do que Ronald Koeman tinha
há um ano e só falhou o título nacional porque não conseguiu melhor do que
um empate na Luz com o FC Porto (alguém duvida de que com uma vitória nesse
jogo jamais o Benfica sairia da liderança?). O balanço está longe de ser
positivo. Mas podia ser melhor numa equipa em que o ponta-de-lança (Nuno
Gomes) precisa de 313 minutos para marcar cada um dos seus parcos seis
golos?”
2. Artigo de Paulo Sousa, no jornal “A Bola” em 23/04/07.
“Fala-se muito da derrocada do Benfica após o jogo com o FC Porto na Luz.
Muitos atribuem as últimas exibições negativas do Benfica à «má preparação
física da equipa», ou à «incapacidade» dos pupilos de Fernando Santos
aguentarem a «sobrecarga de jogos» a que a equipa foi sujeita. Alguns
defendem até que era melhor o Benfica ter ficado por terra na Champions, não
participando na Taça UEFA, pois assim ter-se-ia focalizado apenas no
objectivo campeonato. Custa-me a acreditar nestas teorias. Para além da
experiência que passei como jogador, as equipas inglesas e espanholas
ajudam-me a justificar uma teoria oposta. Manchester United, Chelsea,
Valência, por exemplo, tiveram sobrecarga de jogos muito superior à do
Benfica. Durante a época disputaram mais jogos e o grau de dificuldade
desses mesmos jogos foi superior ao realizado pelas equipas portuguesas.”
“Os problemas do Benfica surgiram da conjugação de inúmeros factores inerentes ao seu modelo
de jogo. E o modelo de jogo é algo muito complexo, que engloba dimensões
várias em constante interacção como, por exemplo, as características e
quantidade dos jogadores do plantel, a conjuntura social que envolve o
clube, a ideia de jogo do treinador, a operacionalização dessa mesma ideia
ou a metodologia de treino adoptada.”
O Chelsea e o Manchester United estão numa luta titânica para vencer as
competições mais importantes do futebol mundial no momento. São de
facto as duas melhores equipas nesta época 2006/2007. Já realizaram uma
série impressionante de jogos desde o início da época. E continuam com
frescura para jogar e ganhar cada desafio que se aproxima.
Seria curioso verificar como é gerido o processo de treino destas duas equipas. Quantas vezes treinam por dia? Quanto tempo duram as
sessões de treino? A que intensidade treinam? De que forma é contemplada a
recuperação dos jogadores? A rotatividade é processada de que maneira?
A top, ambição e sensibilidade para gerir/calibrar todo o processo relativo
a uma equipa, são características fundamentais para conseguir resultados
como os que Chelsea e Manchester United apresentam.”
3. Artigo de Miguel Sousa Tavares, no jornal “A Bola” em 23/04/07.
“Não creio que Jesualdo Ferreira exagere nas cautelas a falar do título, que agora está só a três vitórias de distância. Pelo contrário, acho que ele tem razão, porque nada ainda está decidido a favor do FC Porto — por razões próprias e por razões da concorrência.
Entre as razões próprias, avulta aquela estranha e crónica ambivalência da equipa: é uma coisa nas primeiras partes dos jogos, quase sempre boas, e outra radicalmente diferente nas segundas partes, em que a equipa morre sistematicamente. Que há ali um evidente problema ao nível da preparação física, parece-me indesmentível. Mas que também há um problema psicológico, de atitude, começa-me a parecer também evidente.
Há ali uma incapacidade de dar o Xeque-mate, ou ao menos de gerir tranquilamente os resultados, que é preocupante. É verdade que tem havido demasiadas bolas na trave, demasiados golos fáceis desperdiçados e demasiadas ocasiões em que o adversário consegue marcar na primeira oportunidade para tal. Mas um pouco mais de fé e de convicção talvez conseguisse inverter a sorte, por arrasto. Paralelamente, eu que, regra geral tenho apreciado o trabalho feito por Jesualdo Ferreira desde o início da época (e apreciado muitíssimo, se o comparar ao do louco do Co Adriaanse…), devo dizer, contudo, que às vezes tenho a sensação que Jesualdo Ferreira é um pé frio, quando se trata de mexer na equipe durante os jogos: ou não mexe quando devia e antes de as coisas se complicarem, ou, quando mexe, resulta quase sempre pior. Não me parece que a arte de ler o jogo em andamento e de influir sobre ele esteja entre os seus principais atributos.”
Sábado, no Bessa, o FC Porto tem um jogo terrível: como todos os portistas sabem, o Boavista pode não estar a jogar nada, como é o caso, pode, como quase sempre, facilitar a vida aos grandes de Lisboa, mas bater-se contra o FC Porto como se se tratasse de uma questão de vida ou morte, isso eles não falham. Espero que Jesualdo Ferreira tenha uma estratégia pensada e lógica para ganhar o jogo — o que, entre outras coisas, passa, por exemplo, por não pôr o Jorginho em vez do Anderson ou em não insistir com o Marek Cech como médio. E espero, sobretudo, que a equipa se aguente 90 minutos a jogar para vencer.
(…) Nos factores externos que podem ainda impedir o FC Porto de ser campeão, o principal é, obviamente, o Sporting — a uma vitória e um empate de distância. Quando digo que o Sporting, pé ante pé, chegou aqui a lutar pelo título, fico espantado por constatar o pouco ou nada que sobre ele escrevi ao longo do campeonato. E a razão é simples: não sei muito bem o que pensar do futebol do Sporting. Reconheço que tem um treinador que tem feito um trabalho notável com o que tem ao seu dispor; que tem alguns grandes jogadores, embora nem sempre de produção regular, como o são um Quaresma ou um Simão; e reconheço que a equipa tem muitas vezes uma atitude e estratégia pensada para a vitória, na forma linear e eficaz como procura o golo quando precisa e como aguenta quando tem de aguentar. Mas a verdade também é que não me lembro de um jogo em que o futebol do Sporting me tenha enchido o olho.
Ao invés do FC Porto, acho que o Sporting tem sabido procurar a sorte, mas caramba, ela não lhe tem faltado! Recordo os últimos jogos que vi:
— venceu no Dragão, no jogo que relançou a equipa na luta pelo título, depois de um jogo em que foi superior ao FC Porto, mas sem criar grandes oportunidades, acabando por marcar o único golo através de um livre frontal que, em minha opinião, não existiu, e beneficiando, no último sopro, de um penalty perdoado graças ao síndrome Apito Dourado;
— venceu em Braga, depois de uma primeira parte muito boa, seguida de outros 45 minutos em que só defendeu e que, com um pouco menos de sorte, teria consentido o empate;
— venceu o Marítimo em dez segundos, como um golo incrivelmente oferecido por uma defesa e um treinador suicidas;
— venceu o Beira-Mar, para a Taça, com duas ofertas do guarda-redes nos primeiros oito minutos, e o resto do tempo dormiu;
— e venceu a Naval da mesmíssima forma.
Ou seja: torna-se difícil perceber o que vale verdadeiramente uma equipa e como é que ela é capaz de ultrapassar as dificuldades, se os adversários entram em campo dispostos a entregar-lhe o jogo, quanto mais depressa melhor.
Eis a razão maior das minhas dúvidas: se o factor sorte vier a ter um papel importante neste desfecho de campeonato, as hipóteses do Sporting parecem-me bem maiores do que as do Porto.”
1. Em defesa de Fernando Santos 20.04.2007, Bruno Prata in “Público”
“A cabeça de Fernando Santos, mais do que posta a prémio, foi
praticamente degolada pela imprensa desportiva no dia a seguir ao empate
cedido pelo Benfica frente ao Braga. Trabalhos semelhantes publicados nos
jornais A Bola e Record afiançavam não só que o técnico apenas escaparia ao
despedimento caso garantisse o apuramento directo para a Liga dos Campeões
(e o Record acrescentava que mesmo isso "pode não chegar"...), mas também
pormenores relativos à preparação para a próxima época: que haverá mais
dinheiro disponível, que será contratado um ponta-de-lança de primeira água,
que Miccoli e Derlei vão sair, que Simão é inegociável, que Luisão está no
mercado, que Rui Costa só não jogará mais um ano se não quiser (e nesse caso
até poderá continuar noutras funções) e que Veiga poderá (ou não) regressar.
O conteúdo uniforme das duas notícias e as justificações idênticas para o
"pré-anúncio" de despedimento de Santos não deixam dúvidas: as fontes dos
dois jornais, se não foram as mesmas, parecem pertencer ao mesmo círculo
benfiquista. Que é como quem diz, há muito boa gente no interior do Benfica
que pretende despedir o treinador a todo o custo. E que, para isso, nem se
importa que a divulgação prematura de um rol de intenções para a próxima
época (verdadeiras ou falsas, mais tarde se saberá) possa prejudicar o
rendimento de alguns dos alvos das notícias e, com isso, afectar também os
objectivos desportivos que ainda estão em equação.
“(…) Permito-me discordar de algumas das teorias que sustentaram a notícia de que a Fernando
Santos não vai ser dada a oportunidade de cumprir o segundo ano do seu
contrato.
Apenas quem não conhece bem Santos é que pode dizer que ele foi permeável
quando lançou em campo Mantorras alguns minutos mais cedo do que é habitual
- essa análise primária não tem, por exemplo, em conta que Miccoli estava
lesionado e que, por isso, havia menos uma alternativa disponível. Se há
coisa em que Santos é inflexível é nas questões de disciplina.
(…)De resto, Mantorras não cometeu qualquer acto de insubordinação, limitou-se a dizer
que treina como os outros e que, por isso, queria jogar mais. Aproveitou
ainda para desmentir que o seu joelho continue a condicionar a sua
utilização. Por que carga de água havia Mantorras de ser
acusado de delito de opinião numa situação em que se limitou a defender-se
de quem há anos o apelida de "jogador coxo"?”
“(…) Santos foi também acusado de gerir mal o plantel. Numa ou noutra situação
até pode ser verdade, sendo o caso mais flagrante o de Miguelito (jogou
apenas 365"). Mas também eu arriscaria jogar quase sempre com os mesmos se
as alternativas se chamassem Manú, Paulo Jorge, Marco Ferreira e Beto.
“Por isso, seria mais lógico que se criticasse Santos por ter escolhido um
plantel desequilibrado, em termos de variedade e qualidade.”
“Em apenas 15 dias, o Benfica estragou a carreira europeia e comprometeu a
corrida ao título, deixando ainda complicado o apuramento directo para a
Liga dos Campeões. Mas é bom ter também em conta que o mesmo Benfica
efectuou esta época 14 jogos europeus, mostrou muita qualidade durante
vários períodos da época, tem mais cinco pontos do que Ronald Koeman tinha
há um ano e só falhou o título nacional porque não conseguiu melhor do que
um empate na Luz com o FC Porto (alguém duvida de que com uma vitória nesse
jogo jamais o Benfica sairia da liderança?). O balanço está longe de ser
positivo. Mas podia ser melhor numa equipa em que o ponta-de-lança (Nuno
Gomes) precisa de 313 minutos para marcar cada um dos seus parcos seis
golos?”
2. Artigo de Paulo Sousa, no jornal “A Bola” em 23/04/07.
“Fala-se muito da derrocada do Benfica após o jogo com o FC Porto na Luz.
Muitos atribuem as últimas exibições negativas do Benfica à «má preparação
física da equipa», ou à «incapacidade» dos pupilos de Fernando Santos
aguentarem a «sobrecarga de jogos» a que a equipa foi sujeita. Alguns
defendem até que era melhor o Benfica ter ficado por terra na Champions, não
participando na Taça UEFA, pois assim ter-se-ia focalizado apenas no
objectivo campeonato. Custa-me a acreditar nestas teorias. Para além da
experiência que passei como jogador, as equipas inglesas e espanholas
ajudam-me a justificar uma teoria oposta. Manchester United, Chelsea,
Valência, por exemplo, tiveram sobrecarga de jogos muito superior à do
Benfica. Durante a época disputaram mais jogos e o grau de dificuldade
desses mesmos jogos foi superior ao realizado pelas equipas portuguesas.”
“Os problemas do Benfica surgiram da conjugação de inúmeros factores inerentes ao seu modelo
de jogo. E o modelo de jogo é algo muito complexo, que engloba dimensões
várias em constante interacção como, por exemplo, as características e
quantidade dos jogadores do plantel, a conjuntura social que envolve o
clube, a ideia de jogo do treinador, a operacionalização dessa mesma ideia
ou a metodologia de treino adoptada.”
O Chelsea e o Manchester United estão numa luta titânica para vencer as
competições mais importantes do futebol mundial no momento. São de
facto as duas melhores equipas nesta época 2006/2007. Já realizaram uma
série impressionante de jogos desde o início da época. E continuam com
frescura para jogar e ganhar cada desafio que se aproxima.
Seria curioso verificar como é gerido o processo de treino destas duas equipas. Quantas vezes treinam por dia? Quanto tempo duram as
sessões de treino? A que intensidade treinam? De que forma é contemplada a
recuperação dos jogadores? A rotatividade é processada de que maneira?
A top, ambição e sensibilidade para gerir/calibrar todo o processo relativo
a uma equipa, são características fundamentais para conseguir resultados
como os que Chelsea e Manchester United apresentam.”
3. Artigo de Miguel Sousa Tavares, no jornal “A Bola” em 23/04/07.
“Não creio que Jesualdo Ferreira exagere nas cautelas a falar do título, que agora está só a três vitórias de distância. Pelo contrário, acho que ele tem razão, porque nada ainda está decidido a favor do FC Porto — por razões próprias e por razões da concorrência.
Entre as razões próprias, avulta aquela estranha e crónica ambivalência da equipa: é uma coisa nas primeiras partes dos jogos, quase sempre boas, e outra radicalmente diferente nas segundas partes, em que a equipa morre sistematicamente. Que há ali um evidente problema ao nível da preparação física, parece-me indesmentível. Mas que também há um problema psicológico, de atitude, começa-me a parecer também evidente.
Há ali uma incapacidade de dar o Xeque-mate, ou ao menos de gerir tranquilamente os resultados, que é preocupante. É verdade que tem havido demasiadas bolas na trave, demasiados golos fáceis desperdiçados e demasiadas ocasiões em que o adversário consegue marcar na primeira oportunidade para tal. Mas um pouco mais de fé e de convicção talvez conseguisse inverter a sorte, por arrasto. Paralelamente, eu que, regra geral tenho apreciado o trabalho feito por Jesualdo Ferreira desde o início da época (e apreciado muitíssimo, se o comparar ao do louco do Co Adriaanse…), devo dizer, contudo, que às vezes tenho a sensação que Jesualdo Ferreira é um pé frio, quando se trata de mexer na equipe durante os jogos: ou não mexe quando devia e antes de as coisas se complicarem, ou, quando mexe, resulta quase sempre pior. Não me parece que a arte de ler o jogo em andamento e de influir sobre ele esteja entre os seus principais atributos.”
Sábado, no Bessa, o FC Porto tem um jogo terrível: como todos os portistas sabem, o Boavista pode não estar a jogar nada, como é o caso, pode, como quase sempre, facilitar a vida aos grandes de Lisboa, mas bater-se contra o FC Porto como se se tratasse de uma questão de vida ou morte, isso eles não falham. Espero que Jesualdo Ferreira tenha uma estratégia pensada e lógica para ganhar o jogo — o que, entre outras coisas, passa, por exemplo, por não pôr o Jorginho em vez do Anderson ou em não insistir com o Marek Cech como médio. E espero, sobretudo, que a equipa se aguente 90 minutos a jogar para vencer.
(…) Nos factores externos que podem ainda impedir o FC Porto de ser campeão, o principal é, obviamente, o Sporting — a uma vitória e um empate de distância. Quando digo que o Sporting, pé ante pé, chegou aqui a lutar pelo título, fico espantado por constatar o pouco ou nada que sobre ele escrevi ao longo do campeonato. E a razão é simples: não sei muito bem o que pensar do futebol do Sporting. Reconheço que tem um treinador que tem feito um trabalho notável com o que tem ao seu dispor; que tem alguns grandes jogadores, embora nem sempre de produção regular, como o são um Quaresma ou um Simão; e reconheço que a equipa tem muitas vezes uma atitude e estratégia pensada para a vitória, na forma linear e eficaz como procura o golo quando precisa e como aguenta quando tem de aguentar. Mas a verdade também é que não me lembro de um jogo em que o futebol do Sporting me tenha enchido o olho.
Ao invés do FC Porto, acho que o Sporting tem sabido procurar a sorte, mas caramba, ela não lhe tem faltado! Recordo os últimos jogos que vi:
— venceu no Dragão, no jogo que relançou a equipa na luta pelo título, depois de um jogo em que foi superior ao FC Porto, mas sem criar grandes oportunidades, acabando por marcar o único golo através de um livre frontal que, em minha opinião, não existiu, e beneficiando, no último sopro, de um penalty perdoado graças ao síndrome Apito Dourado;
— venceu em Braga, depois de uma primeira parte muito boa, seguida de outros 45 minutos em que só defendeu e que, com um pouco menos de sorte, teria consentido o empate;
— venceu o Marítimo em dez segundos, como um golo incrivelmente oferecido por uma defesa e um treinador suicidas;
— venceu o Beira-Mar, para a Taça, com duas ofertas do guarda-redes nos primeiros oito minutos, e o resto do tempo dormiu;
— e venceu a Naval da mesmíssima forma.
Ou seja: torna-se difícil perceber o que vale verdadeiramente uma equipa e como é que ela é capaz de ultrapassar as dificuldades, se os adversários entram em campo dispostos a entregar-lhe o jogo, quanto mais depressa melhor.
Eis a razão maior das minhas dúvidas: se o factor sorte vier a ter um papel importante neste desfecho de campeonato, as hipóteses do Sporting parecem-me bem maiores do que as do Porto.”
terça-feira, abril 24, 2007
Liga dos Astros
Recordo que só serão admitidos a participar em cada jornada, os condóminos que apresentem a sua equipa sem recurso às tão criticadas remissões para as equipas apresentadas nas semanas anteriores.
As equipas apresentadas por remissão ter-se-ão por não escritas, não sendo consideradas.
Boa Sorte!
As equipas apresentadas por remissão ter-se-ão por não escritas, não sendo consideradas.
Boa Sorte!
Espaço Prof. Karamba
Os jogos sujeitos a aposta esta semana são os seguintes:
P. Ferreira - U. Leiria
Boavista - F.C. Porto
Belenenses - Beira-Mar
Académica - Sp. Braga
Benfica - Sporting
Como sempre, aqui deixo o meu palpite:
P. Ferreira - U. Leiria: 1-2;
Boavista - F.C. Porto: 1-0;
Belenenses - Beira-Mar: 1-0;
Académica - Sp. Braga: 2-1;
Benfica - Sporting: 2-0;
P. Ferreira - U. Leiria
Boavista - F.C. Porto
Belenenses - Beira-Mar
Académica - Sp. Braga
Benfica - Sporting
Como sempre, aqui deixo o meu palpite:
P. Ferreira - U. Leiria: 1-2;
Boavista - F.C. Porto: 1-0;
Belenenses - Beira-Mar: 1-0;
Académica - Sp. Braga: 2-1;
Benfica - Sporting: 2-0;
Espaço Prof. Karamba
A classificação geral do Espaço Prof. Karamba é a seguinte:
1º Lugar: Cavungi – 690 pontos;
2º Lugar: Zex - 625 pontos;
3º Lugar: Carlos - 620 pontos;
4º Lugar: Jorge Mínimo – 585 pontos;
5º Lugar: Fura-Redes - 560 pontos;
6º Lugar: Kubas - 550 pontos;
7º Lugar: Vermelho - 520 pontos;
8º Lugar: Vermelho Sempre - 485 pontos;
9º Lugar: Vermelho Nunca – 470 pontos;
10º Lugar: Samsalameh – 435 pontos;
11º Lugar: Holtreman - 430 pontos;
12º Lugar: Sócio - 425 pontos;
13º Lugar: Estar Vivo é o Contrário de Estar Morto – 420 pontos;
14º Lugar: Petit - 330 pontos;
15º Lugar: Costa - 315 pontos;
16º Lugar: Francisco Lázaro - 165 pontos;
17º Lugar: Drácula - 130 pontos;
18º Lugar: Salvatrucha - 105 pontos;
19º Lugar: Braguilha - 100 pontos;
20º Lugar: Lion Heart – 75 pontos;
21º Lugar: Jimmy Jump Reloaded - 20 pontos;
22º Lugar: Cuto - 10 pontos;
23º Lugar: Sh Cala-te - 5 pontos;
1º Lugar: Cavungi – 690 pontos;
2º Lugar: Zex - 625 pontos;
3º Lugar: Carlos - 620 pontos;
4º Lugar: Jorge Mínimo – 585 pontos;
5º Lugar: Fura-Redes - 560 pontos;
6º Lugar: Kubas - 550 pontos;
7º Lugar: Vermelho - 520 pontos;
8º Lugar: Vermelho Sempre - 485 pontos;
9º Lugar: Vermelho Nunca – 470 pontos;
10º Lugar: Samsalameh – 435 pontos;
11º Lugar: Holtreman - 430 pontos;
12º Lugar: Sócio - 425 pontos;
13º Lugar: Estar Vivo é o Contrário de Estar Morto – 420 pontos;
14º Lugar: Petit - 330 pontos;
15º Lugar: Costa - 315 pontos;
16º Lugar: Francisco Lázaro - 165 pontos;
17º Lugar: Drácula - 130 pontos;
18º Lugar: Salvatrucha - 105 pontos;
19º Lugar: Braguilha - 100 pontos;
20º Lugar: Lion Heart – 75 pontos;
21º Lugar: Jimmy Jump Reloaded - 20 pontos;
22º Lugar: Cuto - 10 pontos;
23º Lugar: Sh Cala-te - 5 pontos;
Liga dos Astros
A Classificação Geral da Liga dos Astros é a seguinte:
1º Lugar: Joker Alho - 1448 pontos;
2º Lugar: Caça Lagartos/Suçuarana - 1446 pontos;
3º Lugar: Eagles - 1407 pontos ;
4º Lugar: Kubas4EverTeam - 1401 pontos;
5º Lugar: Caixa Campus - 1373 pontos;
6º Lugar: Cruzados - 1336 pontos;
7º Lugar: Afinal estou Vivo - 1168 pontos;
8º Lugar: Nª Sr.ª do Caravagio - 748 pontos;
9º Lugar: Santy Thunder Team - 389 pontos;
10º Lugar: Caixa Blogus - 212 pontos;
1º Lugar: Joker Alho - 1448 pontos;
2º Lugar: Caça Lagartos/Suçuarana - 1446 pontos;
3º Lugar: Eagles - 1407 pontos ;
4º Lugar: Kubas4EverTeam - 1401 pontos;
5º Lugar: Caixa Campus - 1373 pontos;
6º Lugar: Cruzados - 1336 pontos;
7º Lugar: Afinal estou Vivo - 1168 pontos;
8º Lugar: Nª Sr.ª do Caravagio - 748 pontos;
9º Lugar: Santy Thunder Team - 389 pontos;
10º Lugar: Caixa Blogus - 212 pontos;
Actualidades Avulsas - Breves Apontamentos
Primeiro, a luta pela manutenção.
Gyano enganou-se e marcou o golo que possibilitou à Académica vencer o Beira-Mar.
Um belo golo por sinal!
Com este triunfo, a Briosa terá conquistado em definitivo a permanência na Liga Bwin.
Restando 4 jogos por disputar, a Académica soma 25 pontos, contra 20 do Setúbal e 19 do duo Aves e Beira-Mar, ou seja, dispõe de uma vantagem de 6 pontos em relação à linha de água.
Por outro lado, em caso de igualdade pontual, beneficia, igualmente, de vantagem sobre Aves e Beira-Mar. Apenas o Setúbal vence a Briosa no confronto directo.
Com 12 pontos em compita, a diferença pontual granjeada pela Académica confere-lhe uma almofada de confiança que lhe permite contrabalançar um calendário particularmente complicado.
Até final, a Académica recebe Braga e Sporting e desloca-se à Madeira para defrontar o Marítimo e à Luz.
Um registo entre 2 e 3 pontos parece ao seu alcance.
Por seu turno, o Setúbal recebe Marítimo e Benfica e desloca-se a Alvalade e à Figueira da Foz.
Imperando a lógica, obterá entre 2 e 3 pontos.
O Beira-Mar visita o Restelo e o Nacional, recebendo Boavista e Paços de Ferreira.
Um total entre 1 e 3 pontos emerge como plausível.
Por fim, o Aves visita Leiria, Figueira da Foz e o Dragão, recebendo o Estrela da Amadora.
Aspirar a uma soma entre 1 e 3 pontos resulta como o mais provável.
Assim sendo, a luta pela permanência cinge-se, agora, a Setúbal, Beira-Mar e Aves.
Por outro lado, dado que num cenário de normalidade competitiva os pontos obtidos pelas equipas se equivalerão, serão, uma vez mais, as surpresas de última hora a ditar os clubes que serão despromovidos.
Com um orçamento faraónico, a Académica alcançou o desiderato mínimo a que se havia proposto esta época.
Dispondo de mais de 5 milhões de Euros para administrar, apenas uma gestão absolutamente incompetente conseguiu construir um plantel pouco mais do que sofrível.
Urge inverter o rumo traçado nos últimos anos para que a Académica possa almejar outros objectivos.
E, agora, para algo completamente diferente…
Quem será o arbitro do Benfica x Sporting?
Nos termos do art.º 13º do Regulamento de Arbitragem da Liga, apenas Paulo Paraty, Jorge Sousa e João Ferreira se mostram legalmente impedidos de serem nomeados.
Paulo Paraty porque apitou a partida entre Sporting e Beira-Mar a contar para as Meias-Finais da Taça de Portugal, jogo este disputado há menos de 15 dias.
Jorge Sousa porque arbitrou o Sporting/Marítimo, partida efectuada há menos de 2 jornadas.
João Ferreira porque dirigiu o Benfica/Braga, encontro realizado há menos de 2 jornadas.
Por outro lado, Paulo Costa está de férias no estrangeiro e Duarte Gomes recupera de uma grave lesão na coluna.
Nas últimas horas, alvitrou-se o nome de Olegário Benquerença como tendo sido o nomeado, ainda que oficialmente a divulgação das designações ocorra, apenas, ao final da tarde de hoje.
Preferia Pedro Henriques.
Caso fosse designado, não seria o primeiro a repetir um jogo entre grandes esta temporada, pois que tal já sucedeu com Pedro Proença.
Veremos o que acontece.
Gyano enganou-se e marcou o golo que possibilitou à Académica vencer o Beira-Mar.
Um belo golo por sinal!
Com este triunfo, a Briosa terá conquistado em definitivo a permanência na Liga Bwin.
Restando 4 jogos por disputar, a Académica soma 25 pontos, contra 20 do Setúbal e 19 do duo Aves e Beira-Mar, ou seja, dispõe de uma vantagem de 6 pontos em relação à linha de água.
Por outro lado, em caso de igualdade pontual, beneficia, igualmente, de vantagem sobre Aves e Beira-Mar. Apenas o Setúbal vence a Briosa no confronto directo.
Com 12 pontos em compita, a diferença pontual granjeada pela Académica confere-lhe uma almofada de confiança que lhe permite contrabalançar um calendário particularmente complicado.
Até final, a Académica recebe Braga e Sporting e desloca-se à Madeira para defrontar o Marítimo e à Luz.
Um registo entre 2 e 3 pontos parece ao seu alcance.
Por seu turno, o Setúbal recebe Marítimo e Benfica e desloca-se a Alvalade e à Figueira da Foz.
Imperando a lógica, obterá entre 2 e 3 pontos.
O Beira-Mar visita o Restelo e o Nacional, recebendo Boavista e Paços de Ferreira.
Um total entre 1 e 3 pontos emerge como plausível.
Por fim, o Aves visita Leiria, Figueira da Foz e o Dragão, recebendo o Estrela da Amadora.
Aspirar a uma soma entre 1 e 3 pontos resulta como o mais provável.
Assim sendo, a luta pela permanência cinge-se, agora, a Setúbal, Beira-Mar e Aves.
Por outro lado, dado que num cenário de normalidade competitiva os pontos obtidos pelas equipas se equivalerão, serão, uma vez mais, as surpresas de última hora a ditar os clubes que serão despromovidos.
Com um orçamento faraónico, a Académica alcançou o desiderato mínimo a que se havia proposto esta época.
Dispondo de mais de 5 milhões de Euros para administrar, apenas uma gestão absolutamente incompetente conseguiu construir um plantel pouco mais do que sofrível.
Urge inverter o rumo traçado nos últimos anos para que a Académica possa almejar outros objectivos.
E, agora, para algo completamente diferente…
Quem será o arbitro do Benfica x Sporting?
Nos termos do art.º 13º do Regulamento de Arbitragem da Liga, apenas Paulo Paraty, Jorge Sousa e João Ferreira se mostram legalmente impedidos de serem nomeados.
Paulo Paraty porque apitou a partida entre Sporting e Beira-Mar a contar para as Meias-Finais da Taça de Portugal, jogo este disputado há menos de 15 dias.
Jorge Sousa porque arbitrou o Sporting/Marítimo, partida efectuada há menos de 2 jornadas.
João Ferreira porque dirigiu o Benfica/Braga, encontro realizado há menos de 2 jornadas.
Por outro lado, Paulo Costa está de férias no estrangeiro e Duarte Gomes recupera de uma grave lesão na coluna.
Nas últimas horas, alvitrou-se o nome de Olegário Benquerença como tendo sido o nomeado, ainda que oficialmente a divulgação das designações ocorra, apenas, ao final da tarde de hoje.
Preferia Pedro Henriques.
Caso fosse designado, não seria o primeiro a repetir um jogo entre grandes esta temporada, pois que tal já sucedeu com Pedro Proença.
Veremos o que acontece.
segunda-feira, abril 23, 2007
Análise à Jornada
Na Madeira, após 3 empates consecutivos, o Benfica regressou às vitórias.
Fernando Santos manteve a estrutura táctica habitual, tendo chamado Miccoli à titularidade em substituição do lesionado Simão.
E, diga-se, que a ausência de Simão não se fez notar, tal a excelência da exibição do italiano.
Miccoli bisou, uma vez mais, em terras madeirenses.
Por seu turno, Alberto Pazos corrigiu as opções da partida em Alvalade e fez regressar os inevitáveis Marcinho, Gregroy e Douglas em detrimento de Alex, Luís Olim e Filipe Oliveira.
O técnico galego mexeu, ainda, no esquema táctico que havia apresentado frente ao Sporting, estruturando a sua equipa num 4x2x3x1 ao invés do 4x4x2 de então.
O Benfica entrou a “todo o gás”.
Logo no primeiro minuto, após cruzamento de Nelson, Miccoli atirou ao poste.
O Benfica iniciava o encontro a dominar claramente, tendência que conservou ao longo de toda a partida.
O Marítimo repetia o péssimo começo de Alvalade, o qual agora como então quase lhe custava mais um golo no minuto inicial.
Revelando imensas dificuldades em ligar as transições, o Marítimo raramente acertava com as marcações e mais raramente ainda se acercava do meio-campo encarnado.
Aos 9 minutos, Nuno Gomes isola-se frente a Marcos, mas Paulo Baptista assinala mal um suposto empurrão sobre Gregory.
Aos 17 minutos, mais uma clara ocasião de golo desperdiçada pelo ataque benfiquista, com Nuno Gomes, sozinho, a rematar muito por alto, após bom cruzamento de Miccoli.
Aos 20 minutos, num lance aparentemente inofensivo, Petit, calcula mal a trajectória de uma bola cruzada por José Gomes, e toca-a com o braço.
Penalty a favor dos insulares, que ficou por assinalar.
Este lance despertou o Marítimo para a sua melhor fase na partida, a qual culminaria aos 27 minutos, momento em que os insulares beneficiaram da sua melhor oportunidade de golo em todo o jogo – Olberdam executou um canto na direita e a bola percorreu toda a área sem que ninguém a tocasse.
A partir daqui, o Benfica retomou o seu controlo da partida e, aos 35 minutos, uma excelente combinação entre Rui Costa e Miccoli, foi concluída pelo português com um remate que proporcionou uma boa defesa a Marcos.
Aos 37 minutos, foi a vez de Karagounis rematar forte para defesa a dois tempos de Marcos.
Aos 44 minutos, duas boas ocasiões de golo para o Benfica – primeiro, por Rui Costa, que finalizou com um remate ao poste mais uma excelente combinação com Miccoli e Nuno Gomes e depois, por Nuno Gomes num remate que saiu a rasar o poste da baliza do Marítimo.
Ao intervalo, o nulo castigava a inépcia finalizadora do Benfica.
Fernando Santos não introduziu qualquer alteração na equipa, ao passo que Pazos retirou Wênio e fez entrar Luís Olim.
Erro crasso do galego, que despovoou a zona central do seu meio-campo, o que possibilitou a criação de espaços importantes naquela zona especialmente vulneráveis ao jogo entre linhas dos médios encarnados.
Deste modo, o Benfica acentuou o seu domínio da partida e, aos 53 minutos, Nuno Gomes dispôs de mais duas boas chances de golo, ambas ingloriamente desperdiçadas.
Adivinhava-se o golo do Benfica, que acabaria por acontecer aos 55 minutos por Miccoli.
Rui Costa “roubou” a bola a Gregory, endosso-a a Katsouranis, o qual a colocou em Miccoli, que à saída de Marcos rematou rasteiro para o fundo das redes.
Estava feito o 0-1 e a correspondência entre o desempenho das equipas e o resultado.
Um golo que ilustra na perfeição a diferença entre expectativa e pressão e a diferença entre o Benfica dos últimos jogos e o da Madeira.
Para além do renascimento físico de Katsouranis, decisivo para a melhoria da eficiência nas transições, e do ressurgimento de Miccoli, decisivo para o crescimento da eficácia na finalização, a atitude da equipa revelou-se fundamental no triunfo averbado.
Alardeando outra condição física, facto ao qual não será alheia a ausência de competição a meio da semana, o Benfica mostrou-se capaz de evidenciar uma atitude pressionante e não de mera expectativa como o havia feito nos encontros precedentes.
Pressionando e fazendo-o logo no primeiro momento de construção do adversário, a equipa aumentou exponencialmente as probabilidades de lograr um golo.
Aliás, os dois primeiros golos do Benfica nasceram, precisamente, de duas recuperações de bola junto à área maritimista.
O Marítimo procurou reagir ao golo benfiquista, mas sempre de forma tímida e inofensiva.
O Benfica continuava a controlar as incidências da partida e, aos 64 minutos, Petit desferiu um remate fortíssimo à entrada da área, o qual passou muito perto do poste direito da baliza de Marcos.
Aos 65 minutos, numa das suas raras iniciativas atacantes, Luís Olim cruzou da esquerda e David Luiz agarrou Mbesuma, impedindo-o de chegar à bola.
Paulo Batista errou ao não assinalou o competente livre directo e ao não admoestar o central brasileiro com um cartão amarelo.
Um minuto volvido e Miccoli volta a ameaçar as redes de Marcos, com um remate perigoso.
Aos 79 minutos, Rui Costa desmarca na perfeição Miccoli e o italiano bisa na partida.
Com 0-2 no marcador, o jogo estava sentenciado.
O Benfica exercia um domínio pleno sobre o jogo e o Marítimo parecia resignado.
Até final, apenas mais duas notas de realce.
A primeira, para um chapéu de Douglas a Quim, que Nelson desfez sobre a pequena área.
A segunda, para o terceiro golo do Benfica, apontado por Katsouranis na execução de uma grande penalidade a castigar suposto derrube de Milton sobre Manú, o qual não se verificou.
Sem perder na Liga há cinco meses, este triunfo constituiu, acima de tudo, um reforço emocional.
Veremos se as melhorias evidenciadas na qualidade do futebol exibido encontram continuidade nos próximos desafios.
No Dragão, o Porto venceu sem contestação um Belenenses que fisicamente exaurido e emocionalmente descomprometido nunca demonstrou verdadeira capacidade para discutir o resultado.
O Porto chegou, ainda na 1ª parte, a uma vantagem de dois golo, sem que o Belenenses houvesse sequer esboçado uma reacção por mínima que fosse.
No início da 2ª parte, Nivaldo reduziu a desvantagem, mas o Porto manteve o domínio da partida.
Este “espasmo” do Belém foi um oásis no deserto que constituiu a sua exibição.
Apenas por um momento o Porto perdeu o controlo do jogo, instante esse em que Fernando podia ter feito o 2-2.
O avançado azul falhou e como quem não mata, morre, o Porto acabaria por fazer o terceiro e colocar um ponto final na partida.
Em Alvalade, triunfo justo do Sporting.
Com dois golos a abrir o encontro, os leões não conheceram quaisquer dificuldades em bater uma Naval, que, também, nunca foi além das ameaças.
Tudo simples, tudo fácil, num jogo em que Alecsandro com três golos se assumiu como a principal figura.
No resto da jornada, destaque para os triunfos de Leiria, Paços e Estrela.
Em Leiria, o União bateu o Nacional e permanece na luta pelo 6º lugar.
Nas Aves, o Paços venceu e colou-se ao Braga no 5ª posto, ao passo que o Aves terá dito em definitivo adeus à Liga Bwin.
Na Amadora, o Estrela terá assegurado a manutenção e o Boavista o despedimento a prazo de Jaime Pacheco.
Fernando Santos manteve a estrutura táctica habitual, tendo chamado Miccoli à titularidade em substituição do lesionado Simão.
E, diga-se, que a ausência de Simão não se fez notar, tal a excelência da exibição do italiano.
Miccoli bisou, uma vez mais, em terras madeirenses.
Por seu turno, Alberto Pazos corrigiu as opções da partida em Alvalade e fez regressar os inevitáveis Marcinho, Gregroy e Douglas em detrimento de Alex, Luís Olim e Filipe Oliveira.
O técnico galego mexeu, ainda, no esquema táctico que havia apresentado frente ao Sporting, estruturando a sua equipa num 4x2x3x1 ao invés do 4x4x2 de então.
O Benfica entrou a “todo o gás”.
Logo no primeiro minuto, após cruzamento de Nelson, Miccoli atirou ao poste.
O Benfica iniciava o encontro a dominar claramente, tendência que conservou ao longo de toda a partida.
O Marítimo repetia o péssimo começo de Alvalade, o qual agora como então quase lhe custava mais um golo no minuto inicial.
Revelando imensas dificuldades em ligar as transições, o Marítimo raramente acertava com as marcações e mais raramente ainda se acercava do meio-campo encarnado.
Aos 9 minutos, Nuno Gomes isola-se frente a Marcos, mas Paulo Baptista assinala mal um suposto empurrão sobre Gregory.
Aos 17 minutos, mais uma clara ocasião de golo desperdiçada pelo ataque benfiquista, com Nuno Gomes, sozinho, a rematar muito por alto, após bom cruzamento de Miccoli.
Aos 20 minutos, num lance aparentemente inofensivo, Petit, calcula mal a trajectória de uma bola cruzada por José Gomes, e toca-a com o braço.
Penalty a favor dos insulares, que ficou por assinalar.
Este lance despertou o Marítimo para a sua melhor fase na partida, a qual culminaria aos 27 minutos, momento em que os insulares beneficiaram da sua melhor oportunidade de golo em todo o jogo – Olberdam executou um canto na direita e a bola percorreu toda a área sem que ninguém a tocasse.
A partir daqui, o Benfica retomou o seu controlo da partida e, aos 35 minutos, uma excelente combinação entre Rui Costa e Miccoli, foi concluída pelo português com um remate que proporcionou uma boa defesa a Marcos.
Aos 37 minutos, foi a vez de Karagounis rematar forte para defesa a dois tempos de Marcos.
Aos 44 minutos, duas boas ocasiões de golo para o Benfica – primeiro, por Rui Costa, que finalizou com um remate ao poste mais uma excelente combinação com Miccoli e Nuno Gomes e depois, por Nuno Gomes num remate que saiu a rasar o poste da baliza do Marítimo.
Ao intervalo, o nulo castigava a inépcia finalizadora do Benfica.
Fernando Santos não introduziu qualquer alteração na equipa, ao passo que Pazos retirou Wênio e fez entrar Luís Olim.
Erro crasso do galego, que despovoou a zona central do seu meio-campo, o que possibilitou a criação de espaços importantes naquela zona especialmente vulneráveis ao jogo entre linhas dos médios encarnados.
Deste modo, o Benfica acentuou o seu domínio da partida e, aos 53 minutos, Nuno Gomes dispôs de mais duas boas chances de golo, ambas ingloriamente desperdiçadas.
Adivinhava-se o golo do Benfica, que acabaria por acontecer aos 55 minutos por Miccoli.
Rui Costa “roubou” a bola a Gregory, endosso-a a Katsouranis, o qual a colocou em Miccoli, que à saída de Marcos rematou rasteiro para o fundo das redes.
Estava feito o 0-1 e a correspondência entre o desempenho das equipas e o resultado.
Um golo que ilustra na perfeição a diferença entre expectativa e pressão e a diferença entre o Benfica dos últimos jogos e o da Madeira.
Para além do renascimento físico de Katsouranis, decisivo para a melhoria da eficiência nas transições, e do ressurgimento de Miccoli, decisivo para o crescimento da eficácia na finalização, a atitude da equipa revelou-se fundamental no triunfo averbado.
Alardeando outra condição física, facto ao qual não será alheia a ausência de competição a meio da semana, o Benfica mostrou-se capaz de evidenciar uma atitude pressionante e não de mera expectativa como o havia feito nos encontros precedentes.
Pressionando e fazendo-o logo no primeiro momento de construção do adversário, a equipa aumentou exponencialmente as probabilidades de lograr um golo.
Aliás, os dois primeiros golos do Benfica nasceram, precisamente, de duas recuperações de bola junto à área maritimista.
O Marítimo procurou reagir ao golo benfiquista, mas sempre de forma tímida e inofensiva.
O Benfica continuava a controlar as incidências da partida e, aos 64 minutos, Petit desferiu um remate fortíssimo à entrada da área, o qual passou muito perto do poste direito da baliza de Marcos.
Aos 65 minutos, numa das suas raras iniciativas atacantes, Luís Olim cruzou da esquerda e David Luiz agarrou Mbesuma, impedindo-o de chegar à bola.
Paulo Batista errou ao não assinalou o competente livre directo e ao não admoestar o central brasileiro com um cartão amarelo.
Um minuto volvido e Miccoli volta a ameaçar as redes de Marcos, com um remate perigoso.
Aos 79 minutos, Rui Costa desmarca na perfeição Miccoli e o italiano bisa na partida.
Com 0-2 no marcador, o jogo estava sentenciado.
O Benfica exercia um domínio pleno sobre o jogo e o Marítimo parecia resignado.
Até final, apenas mais duas notas de realce.
A primeira, para um chapéu de Douglas a Quim, que Nelson desfez sobre a pequena área.
A segunda, para o terceiro golo do Benfica, apontado por Katsouranis na execução de uma grande penalidade a castigar suposto derrube de Milton sobre Manú, o qual não se verificou.
Sem perder na Liga há cinco meses, este triunfo constituiu, acima de tudo, um reforço emocional.
Veremos se as melhorias evidenciadas na qualidade do futebol exibido encontram continuidade nos próximos desafios.
No Dragão, o Porto venceu sem contestação um Belenenses que fisicamente exaurido e emocionalmente descomprometido nunca demonstrou verdadeira capacidade para discutir o resultado.
O Porto chegou, ainda na 1ª parte, a uma vantagem de dois golo, sem que o Belenenses houvesse sequer esboçado uma reacção por mínima que fosse.
No início da 2ª parte, Nivaldo reduziu a desvantagem, mas o Porto manteve o domínio da partida.
Este “espasmo” do Belém foi um oásis no deserto que constituiu a sua exibição.
Apenas por um momento o Porto perdeu o controlo do jogo, instante esse em que Fernando podia ter feito o 2-2.
O avançado azul falhou e como quem não mata, morre, o Porto acabaria por fazer o terceiro e colocar um ponto final na partida.
Em Alvalade, triunfo justo do Sporting.
Com dois golos a abrir o encontro, os leões não conheceram quaisquer dificuldades em bater uma Naval, que, também, nunca foi além das ameaças.
Tudo simples, tudo fácil, num jogo em que Alecsandro com três golos se assumiu como a principal figura.
No resto da jornada, destaque para os triunfos de Leiria, Paços e Estrela.
Em Leiria, o União bateu o Nacional e permanece na luta pelo 6º lugar.
Nas Aves, o Paços venceu e colou-se ao Braga no 5ª posto, ao passo que o Aves terá dito em definitivo adeus à Liga Bwin.
Na Amadora, o Estrela terá assegurado a manutenção e o Boavista o despedimento a prazo de Jaime Pacheco.
sexta-feira, abril 20, 2007
Artigo de Opinião do Condómino Fura-Redes
CATOLÍCIDIO
Depois de terminada a Pascoela o Mundo de Futebol depara-se com um fim se semana épico mas altamente preocupante.
Teremos uma intensa disputa.
Está agendado o catolicídio.
Na semana em que o antigo Papa Jorge completa 25 anos de Portofortificado recebe na sua Bluesilíca Jesus Jorge vindo de Belém, de junto de Cristo.
O Papa Jorge está no topo, como quase sempre esteve, ao passo que Jesus Jorge encontra-se no quarto.
Para muitos trata-se de uma inversão dos valores, sendo certo que Belém já esteve no cimo.
Todavia, Jesus, que ressuscitou neste Mundo da alta competição do nosso futebol há 25 jornadas atrás não pretende muito mais que o quarto que já tem, que lhe permite profetizar por outras paragens
Porém, são muitos os devotos de Jesus que esperam que ele faça o milagre da subtracção de pontos que o Papa Jorge consegui angariar para o seu templo que agora conta apenas com algumas taças, já que o ouro anteriormente existente abrilhanta, agora, as epístolas e outros dossiers, entretanto, constituídos e que os infiéis passaram a organizar, ler e divulgar.
São muitas as preces para que Jesus faça valer a sua generosidade. Desde logo assim o deseja Bento XXVI e alguns Santos.
Jesus vem até ao Rio Dourado confiante em que os papistas de títulos se ajoelhem diante de si. Por sua vez o Papa Jorge conta com o fumegante Bispo Jesu (resgatado noutro reino); com o menino que esteve na redoma (por causa beato que se vê grego neste nosso Mundo) alguns meses e com o Mago restante da Quaresma que sobre o seu céu azul se abateu.
Apesar de o Papa Jorge estar no topo, o certo é que é ele, actualmente, carrega uma pesada cruz e é ele que todos querem ver crucificado, sendo mesmo apedrejado por qualquer Maria Madalena a quem tenha dado (na) guarid(t)a e que lhe passe a ter um ódio bexigal.
Além disto verifica-se que aqueles que seguiram os caminhos da luz dedicam-se, também, presentemente à heresia.
Montaram um inferno onde contam com uma legião, pretensamente vasta, de diabos tendo com estes montado uma congregação que dizem ser a maior do género; e erigiram uma Catedral e confiaram-na a Santos, que não admiram abortos de conquistas.
O guardião do templo veio da zona dos Arcebispos, de onde chegou o último castigo a que foram sujeitos os fiéis daquele reino.
Na verdade, o último apagão verificado no Inferno foi liderado por um Bicho, que já havia sido o número 2 do Papa Jorge.
Aquando do apagão, os diabos tentaram tocar o Bicho na direcção de Santos, fazendo com que aquele eliminasse este, e emergisse, de novo, o verdadeiro inferno, todavia, até agora, não obtiveram sucesso, contando, presentemente, com a esperança de que tal ocorra com o Senhor dos Pazos.
O suplício é completo.
O Sacristão, além de ficar com esmolas de vacas sagradas da instituição, abandonou, há já algum tempo, a direcção da mesma.
Agora, o Capelão adoeceu.
Dizem que não aguentou o tormento de saber que foi preterido, na eleição de maior profeta do Reino, por António de Oliveira Satanás (guardião de Deusébio e Profeta da doutrina da retórica do sistema) e pelo Diabólico vermelhuço Manuel Tiago.
Não obstante, a sua enfermidade, há quem diga que o Capelão tinha bons ouvidos mas passava a vida a encher pneus.
Como se não bastasse, actualmente, a Catedral encontra-se em ruínas, pois caíram as quatro frentes que tinha, agora só tem o telhado, e Cristo que ali estava exposto, em virtude de roubos de igreja de tempos idos, cruzou os braços, para se proteger do frio.
O Maestro dos meninos do coro não aguenta uma melodia até ao fim sem que a sua batuta vergue.
S. Francisco de Nuno Assis esmifra as óstias e inala as mesmas e bebe a água benta.
Santos segue à risca Moisés pois apenas lhe interessam os 10 fundamentais, o resto dispensa.
O Santo Simão foi retirado do altar pois estava sempre a cair.
Mas nem tudo são más notícias, Santos transformou uma bengala (que não sabia que era de pau preto) num peregrino capaz de caminhar durante 45 minutos.
Maria e José, morgados da instituição insistem em querer deitar nas palhinhas, o Papa Jorge, fazendo-lhe a respectiva caminha, todavia como este tem estado ocupado a evangelizar meninas que andam em caminhos errantes, aqueles têm optado por colocar na manjedourada elementos da instituição que tenham menos de 1,60 metros e que são vários, que muitos foram adorando até agora; à excepção do Pequenino que insiste em comer a palha.
Muitos põem em causa o futuro desta congregação, mas quanto a mim a mesma continuará a proliferar, pois conta com o apoio da quase totalidade de escribas, narradores e daqueles que usam da palavra nos seus púlpitos.
Além disso, importante tarefa tem desempenhado a Diacona Carolina que se vai pondo de joelhos e recebendo no seu seio todas as excrecências que sobre ela são lançadas.
Porém, depois das romarias, das procissões, dos lenços brancos, dos mantorras debruados, haverá fumo branco e teremos um novo líder espritual para esta congregação capaz de continuar a que a vida dos seus seguidores CONTINUE a ser um verdadeiro inferno???
Depois de terminada a Pascoela o Mundo de Futebol depara-se com um fim se semana épico mas altamente preocupante.
Teremos uma intensa disputa.
Está agendado o catolicídio.
Na semana em que o antigo Papa Jorge completa 25 anos de Portofortificado recebe na sua Bluesilíca Jesus Jorge vindo de Belém, de junto de Cristo.
O Papa Jorge está no topo, como quase sempre esteve, ao passo que Jesus Jorge encontra-se no quarto.
Para muitos trata-se de uma inversão dos valores, sendo certo que Belém já esteve no cimo.
Todavia, Jesus, que ressuscitou neste Mundo da alta competição do nosso futebol há 25 jornadas atrás não pretende muito mais que o quarto que já tem, que lhe permite profetizar por outras paragens
Porém, são muitos os devotos de Jesus que esperam que ele faça o milagre da subtracção de pontos que o Papa Jorge consegui angariar para o seu templo que agora conta apenas com algumas taças, já que o ouro anteriormente existente abrilhanta, agora, as epístolas e outros dossiers, entretanto, constituídos e que os infiéis passaram a organizar, ler e divulgar.
São muitas as preces para que Jesus faça valer a sua generosidade. Desde logo assim o deseja Bento XXVI e alguns Santos.
Jesus vem até ao Rio Dourado confiante em que os papistas de títulos se ajoelhem diante de si. Por sua vez o Papa Jorge conta com o fumegante Bispo Jesu (resgatado noutro reino); com o menino que esteve na redoma (por causa beato que se vê grego neste nosso Mundo) alguns meses e com o Mago restante da Quaresma que sobre o seu céu azul se abateu.
Apesar de o Papa Jorge estar no topo, o certo é que é ele, actualmente, carrega uma pesada cruz e é ele que todos querem ver crucificado, sendo mesmo apedrejado por qualquer Maria Madalena a quem tenha dado (na) guarid(t)a e que lhe passe a ter um ódio bexigal.
Além disto verifica-se que aqueles que seguiram os caminhos da luz dedicam-se, também, presentemente à heresia.
Montaram um inferno onde contam com uma legião, pretensamente vasta, de diabos tendo com estes montado uma congregação que dizem ser a maior do género; e erigiram uma Catedral e confiaram-na a Santos, que não admiram abortos de conquistas.
O guardião do templo veio da zona dos Arcebispos, de onde chegou o último castigo a que foram sujeitos os fiéis daquele reino.
Na verdade, o último apagão verificado no Inferno foi liderado por um Bicho, que já havia sido o número 2 do Papa Jorge.
Aquando do apagão, os diabos tentaram tocar o Bicho na direcção de Santos, fazendo com que aquele eliminasse este, e emergisse, de novo, o verdadeiro inferno, todavia, até agora, não obtiveram sucesso, contando, presentemente, com a esperança de que tal ocorra com o Senhor dos Pazos.
O suplício é completo.
O Sacristão, além de ficar com esmolas de vacas sagradas da instituição, abandonou, há já algum tempo, a direcção da mesma.
Agora, o Capelão adoeceu.
Dizem que não aguentou o tormento de saber que foi preterido, na eleição de maior profeta do Reino, por António de Oliveira Satanás (guardião de Deusébio e Profeta da doutrina da retórica do sistema) e pelo Diabólico vermelhuço Manuel Tiago.
Não obstante, a sua enfermidade, há quem diga que o Capelão tinha bons ouvidos mas passava a vida a encher pneus.
Como se não bastasse, actualmente, a Catedral encontra-se em ruínas, pois caíram as quatro frentes que tinha, agora só tem o telhado, e Cristo que ali estava exposto, em virtude de roubos de igreja de tempos idos, cruzou os braços, para se proteger do frio.
O Maestro dos meninos do coro não aguenta uma melodia até ao fim sem que a sua batuta vergue.
S. Francisco de Nuno Assis esmifra as óstias e inala as mesmas e bebe a água benta.
Santos segue à risca Moisés pois apenas lhe interessam os 10 fundamentais, o resto dispensa.
O Santo Simão foi retirado do altar pois estava sempre a cair.
Mas nem tudo são más notícias, Santos transformou uma bengala (que não sabia que era de pau preto) num peregrino capaz de caminhar durante 45 minutos.
Maria e José, morgados da instituição insistem em querer deitar nas palhinhas, o Papa Jorge, fazendo-lhe a respectiva caminha, todavia como este tem estado ocupado a evangelizar meninas que andam em caminhos errantes, aqueles têm optado por colocar na manjedourada elementos da instituição que tenham menos de 1,60 metros e que são vários, que muitos foram adorando até agora; à excepção do Pequenino que insiste em comer a palha.
Muitos põem em causa o futuro desta congregação, mas quanto a mim a mesma continuará a proliferar, pois conta com o apoio da quase totalidade de escribas, narradores e daqueles que usam da palavra nos seus púlpitos.
Além disso, importante tarefa tem desempenhado a Diacona Carolina que se vai pondo de joelhos e recebendo no seu seio todas as excrecências que sobre ela são lançadas.
Porém, depois das romarias, das procissões, dos lenços brancos, dos mantorras debruados, haverá fumo branco e teremos um novo líder espritual para esta congregação capaz de continuar a que a vida dos seus seguidores CONTINUE a ser um verdadeiro inferno???
Espaço Prof. Karamba
A classificação geral do Espaço Prof. Karamba é a seguinte:
1º Lugar: Cavungi – 675 pontos;
2º Lugar: Zex e Carlos - 610 pontos;
3º Lugar: Jorge Mínimo – 565 pontos;
4º Lugar: Fura-Redes - 540 pontos;
5º Lugar: Kubas - 535 pontos;
6º Lugar: Vermelho - 505 pontos;
7º Lugar: Vermelho Sempre e Vermelho Nunca – 460 pontos;
8º Lugar: Samsalameh – 435 pontos;
9º Lugar: Holtreman - 430 pontos;
10º Lugar: Estar Vivo é o Contrário de Estar Morto – 420 pontos;
11º Lugar: Sócio – 410 pontos;
12º Lugar: Costa e Petit - 315 pontos;
13º Lugar: Francisco Lázaro - 165 pontos;
14º Lugar: Drácula - 130 pontos;
15º Lugar: Braguilha - 100 pontos;
16º Lugar: Salvatrucha – 90 pontos;
17º Lugar: Lion Heart – 65 pontos;
18º Lugar: Jimmy Jump Reloaded - 20 pontos;
19º Lugar: Cuto - 10 pontos;
20º Lugar: Sh Cala-te - 5 pontos;
1º Lugar: Cavungi – 675 pontos;
2º Lugar: Zex e Carlos - 610 pontos;
3º Lugar: Jorge Mínimo – 565 pontos;
4º Lugar: Fura-Redes - 540 pontos;
5º Lugar: Kubas - 535 pontos;
6º Lugar: Vermelho - 505 pontos;
7º Lugar: Vermelho Sempre e Vermelho Nunca – 460 pontos;
8º Lugar: Samsalameh – 435 pontos;
9º Lugar: Holtreman - 430 pontos;
10º Lugar: Estar Vivo é o Contrário de Estar Morto – 420 pontos;
11º Lugar: Sócio – 410 pontos;
12º Lugar: Costa e Petit - 315 pontos;
13º Lugar: Francisco Lázaro - 165 pontos;
14º Lugar: Drácula - 130 pontos;
15º Lugar: Braguilha - 100 pontos;
16º Lugar: Salvatrucha – 90 pontos;
17º Lugar: Lion Heart – 65 pontos;
18º Lugar: Jimmy Jump Reloaded - 20 pontos;
19º Lugar: Cuto - 10 pontos;
20º Lugar: Sh Cala-te - 5 pontos;
quinta-feira, abril 19, 2007
Liga dos Astros
Recordo que só serão admitidos a participar em cada jornada, os condóminos que apresentem a sua equipa sem recurso às tão criticadas remissões para as equipas apresentadas nas semanas anteriores.
As equipas apresentadas por remissão ter-se-ão por não escritas, não sendo consideradas.
Boa Sorte!
As equipas apresentadas por remissão ter-se-ão por não escritas, não sendo consideradas.
Boa Sorte!
Espaço Prof. Karamba
Os jogos sujeitos a aposta esta semana são os seguintes:
U. Leiria - Nacional
F.C. Porto - Belenenses
Sp. Braga - V. Setúbal
Marítimo - Benfica
Sporting - Naval
Como sempre, aqui deixo o meu palpite:
U. Leiria - Nacional: 1-0;
F.C. Porto - Belenenses: 1-1;
Sp. Braga - V. Setúbal: 2-1;
Marítimo - Benfica: 0-2;
Sporting - Naval: 1-1;
U. Leiria - Nacional
F.C. Porto - Belenenses
Sp. Braga - V. Setúbal
Marítimo - Benfica
Sporting - Naval
Como sempre, aqui deixo o meu palpite:
U. Leiria - Nacional: 1-0;
F.C. Porto - Belenenses: 1-1;
Sp. Braga - V. Setúbal: 2-1;
Marítimo - Benfica: 0-2;
Sporting - Naval: 1-1;
quarta-feira, abril 18, 2007
Análise ao Sporting/Beira-Mar
O Sporting é o primeiro finalista da Taça de Portugal, depois de vencer o Beira-Mar, por 2-1.
Paulo Bento repetiu o onze e a estrutura que tem vindo a apresentar.
Paco Soler, seguramente mais preocupado com a permanência na Liga Bwin, apresentou uma equipa maioritariamente composta por jogadores pouco utilizados.
Eduardo, Ricardo, Alcaraz e André Leão foram os resistentes da equipa habitualmente titular.
Buba e Jorge Vidigal na defesa, Diakité, Vasco Matos, Veselinovic, Matheus e Roma no meio-campo e ataque foram promovidos ao onze inicial.
Soler modificou a estrutura que havia apresentado no jogo a contar para o Campeonato, apostando num 4x2x3x1 ao invés do 4x4x2 de então.
Com Delibasic lesionado, Soler resguardou Edgar e lançou Roma como ponta de lança, apoiado nas suas costas por Vasco Matos e acolitado por Veselinovic à direita e Matheus à esquerda.
O Sporting entrou muito forte e pressionante, procurando chegar o mais rapidamente possível ao golo.
Aos seis minutos, João Moutinho cruzou da esquerda e Eduardo, talvez surpreendido pela trajectória da bola, introduziu-a na sua própria baliza.
Como corolário da sua fogosidade e ímpeto iniciais, o Sporting conquistava vantagem no marcador.
Dois minutos volvidos, Djalló, após “roubar” a bola a Ricardo, rompe pela esquerda, cruza e surge João Moutinho, livre de marcação, ao segundo poste, a concluir de cabeça.
Estava feito o 2-0 e a eliminatória parecia resolvida.
E parecia resolvida não só pela superioridade que o Sporting revelava, mas também pela apatia que o Beira-Mar evidenciava.
Por esta altura, o Beira-Mar, pura e simplesmente, não existia!
Perdidos em campo, os seus jogadores não conseguiam ligar o processo ofensivo, nem sequer organizar o momento defensivo.
Perante as facilidades e a vantagem agregada, o Sporting adormeceu.
Até final da 1ª parte, o Sporting limitou-se a gerir o resultado, até porque o Beira-Mar nunca foi além de uma tímida e insípida reacção.
Respirou melhor, mas nunca logrou intimidar Ricardo, não ultrapassando o patamar da ténue ameaça.
Ao intervalo, Paco Soler substituiu Veselinovic por Diarra, numa alteração que pareceu visar premiar a boa 1ª parte do sérvio do que qualquer outro aspecto táctico ou sistémico.
Diarra postou-se nas costas de Roma e Vasco Matos derivou para a direita, conservando-se, assim, inalterado o sistema táctico inicial.
Mas, se a substituição pareceu ter em vista poupar Veselinovic para a próxima partida da Liga, o certo é que não poderia ter sido mais feliz.
Aos 47 minutos, Diarra escapou-se a Caneira e rematou cruzado desfeiteando Ricardo.
O golo aportou esperança e alento aos aveirenses, que cresceram substancialmente de produção.
O Beira-Mar assenhoreou-se do domínio da partida, conhecendo índices de posse de bola até então desconhecidos.
Pese embora este domínio aveirense, o Sporting nunca perdeu o controlo da partida.
Adoptando uma postura de expectativa, o Sporting apostou nas transições rápidas e logrou construir as melhores oportunidades de golo – a primeira, aos 61 minutos, desperdiçada por Djaló, após excelente arrancada de Liedson e a segunda, aos 86, por Pereirinha, que rematou fraco permitindo defesa fácil de Eduardo.
O Beira-Mar conhecia mais posse e circulação de bola, mas o seu domínio mostrava-se sempre inconsequente e estéril.
Apenas no penúltimo lance da partida, já no período de descontos, o Beira-Mar logrou uma chance de golo que o podia ter catapultado para o prolongamento.
Edgar insistiu e após ganhar dois ressaltos, rematou cruzado obrigando Ricardo a estirar-se para desviar a bola para canto.
Na sequência do canto, Diarra ainda surgiu isolado na área, mas cabeceou de forma disparatada para fora.
O Sporting sofreu, mas venceu com justiça um Beira-Mar, que espreitou o prolongamento.
Sofreu por culpa própria. Após o 2-0 bastar-lhe-ia ter porfiado um pouco mais para obter o 3-0, que sentenciaria de forma definitiva a eliminatória.
O Beira-Mar demonstrou dignidade e inconformismo.
Sem muitos dos habituais titulares e no fio da navalha no campeonato, era difícil fazer mais e melhor.
Deu o que tinha e quem dá o que tem a mais não é obrigado.
Paulo Bento repetiu o onze e a estrutura que tem vindo a apresentar.
Paco Soler, seguramente mais preocupado com a permanência na Liga Bwin, apresentou uma equipa maioritariamente composta por jogadores pouco utilizados.
Eduardo, Ricardo, Alcaraz e André Leão foram os resistentes da equipa habitualmente titular.
Buba e Jorge Vidigal na defesa, Diakité, Vasco Matos, Veselinovic, Matheus e Roma no meio-campo e ataque foram promovidos ao onze inicial.
Soler modificou a estrutura que havia apresentado no jogo a contar para o Campeonato, apostando num 4x2x3x1 ao invés do 4x4x2 de então.
Com Delibasic lesionado, Soler resguardou Edgar e lançou Roma como ponta de lança, apoiado nas suas costas por Vasco Matos e acolitado por Veselinovic à direita e Matheus à esquerda.
O Sporting entrou muito forte e pressionante, procurando chegar o mais rapidamente possível ao golo.
Aos seis minutos, João Moutinho cruzou da esquerda e Eduardo, talvez surpreendido pela trajectória da bola, introduziu-a na sua própria baliza.
Como corolário da sua fogosidade e ímpeto iniciais, o Sporting conquistava vantagem no marcador.
Dois minutos volvidos, Djalló, após “roubar” a bola a Ricardo, rompe pela esquerda, cruza e surge João Moutinho, livre de marcação, ao segundo poste, a concluir de cabeça.
Estava feito o 2-0 e a eliminatória parecia resolvida.
E parecia resolvida não só pela superioridade que o Sporting revelava, mas também pela apatia que o Beira-Mar evidenciava.
Por esta altura, o Beira-Mar, pura e simplesmente, não existia!
Perdidos em campo, os seus jogadores não conseguiam ligar o processo ofensivo, nem sequer organizar o momento defensivo.
Perante as facilidades e a vantagem agregada, o Sporting adormeceu.
Até final da 1ª parte, o Sporting limitou-se a gerir o resultado, até porque o Beira-Mar nunca foi além de uma tímida e insípida reacção.
Respirou melhor, mas nunca logrou intimidar Ricardo, não ultrapassando o patamar da ténue ameaça.
Ao intervalo, Paco Soler substituiu Veselinovic por Diarra, numa alteração que pareceu visar premiar a boa 1ª parte do sérvio do que qualquer outro aspecto táctico ou sistémico.
Diarra postou-se nas costas de Roma e Vasco Matos derivou para a direita, conservando-se, assim, inalterado o sistema táctico inicial.
Mas, se a substituição pareceu ter em vista poupar Veselinovic para a próxima partida da Liga, o certo é que não poderia ter sido mais feliz.
Aos 47 minutos, Diarra escapou-se a Caneira e rematou cruzado desfeiteando Ricardo.
O golo aportou esperança e alento aos aveirenses, que cresceram substancialmente de produção.
O Beira-Mar assenhoreou-se do domínio da partida, conhecendo índices de posse de bola até então desconhecidos.
Pese embora este domínio aveirense, o Sporting nunca perdeu o controlo da partida.
Adoptando uma postura de expectativa, o Sporting apostou nas transições rápidas e logrou construir as melhores oportunidades de golo – a primeira, aos 61 minutos, desperdiçada por Djaló, após excelente arrancada de Liedson e a segunda, aos 86, por Pereirinha, que rematou fraco permitindo defesa fácil de Eduardo.
O Beira-Mar conhecia mais posse e circulação de bola, mas o seu domínio mostrava-se sempre inconsequente e estéril.
Apenas no penúltimo lance da partida, já no período de descontos, o Beira-Mar logrou uma chance de golo que o podia ter catapultado para o prolongamento.
Edgar insistiu e após ganhar dois ressaltos, rematou cruzado obrigando Ricardo a estirar-se para desviar a bola para canto.
Na sequência do canto, Diarra ainda surgiu isolado na área, mas cabeceou de forma disparatada para fora.
O Sporting sofreu, mas venceu com justiça um Beira-Mar, que espreitou o prolongamento.
Sofreu por culpa própria. Após o 2-0 bastar-lhe-ia ter porfiado um pouco mais para obter o 3-0, que sentenciaria de forma definitiva a eliminatória.
O Beira-Mar demonstrou dignidade e inconformismo.
Sem muitos dos habituais titulares e no fio da navalha no campeonato, era difícil fazer mais e melhor.
Deu o que tinha e quem dá o que tem a mais não é obrigado.
terça-feira, abril 17, 2007
Sporting vs Beira Mar
Como forma de lançar a discussão em torno das Meias-Finais da Taça de Porugal, mormente à volta do Sporting x Beira-Mar, aqui fica este video relativo à partida da Liga Bwin disputada em Alvalade
segunda-feira, abril 16, 2007
Espaço Prof. Karamba
Os jogos relativos às Meias-Finais da Taça de Portugal e sujeitos a aposta são os seguintes:
Sporting x Beira-Mar;
Belenenses x Braga;
Como sempre, aqui deixo o meu palpite:
Sporting x Beira-Mar: 1-1;
Belenenses x Braga: 2-1;
Relembro que o resultado que conta para efeitos deste espaço é o verificado no final dos 90 minutos.
Sporting x Beira-Mar;
Belenenses x Braga;
Como sempre, aqui deixo o meu palpite:
Sporting x Beira-Mar: 1-1;
Belenenses x Braga: 2-1;
Relembro que o resultado que conta para efeitos deste espaço é o verificado no final dos 90 minutos.
Liga dos Astros
A Classificação Geral da Liga dos Astros é a seguinte:
1º Lugar: Joker Alho - 1379 pontos;
2º Lugar: Caça Lagartos/Suçuarana - 1378 pontos;
3º Lugar: Kubas4EverTeam - 1342 pontos;
4º Lugar: Eagles - 1334 pontos;
5º Lugar: Caixa Campus - 1319 pontos;
6º Lugar: Cruzados - 1291 pontos;
7º Lugar: Afinal estou Vivo - 1168 pontos;
8º Lugar: Nª Sr.ª do Caravagio - 748 pontos;
9º Lugar: Santy Thunder Team - 389 pontos;
10º Lugar: Caixa Blogus - 212 pontos;
1º Lugar: Joker Alho - 1379 pontos;
2º Lugar: Caça Lagartos/Suçuarana - 1378 pontos;
3º Lugar: Kubas4EverTeam - 1342 pontos;
4º Lugar: Eagles - 1334 pontos;
5º Lugar: Caixa Campus - 1319 pontos;
6º Lugar: Cruzados - 1291 pontos;
7º Lugar: Afinal estou Vivo - 1168 pontos;
8º Lugar: Nª Sr.ª do Caravagio - 748 pontos;
9º Lugar: Santy Thunder Team - 389 pontos;
10º Lugar: Caixa Blogus - 212 pontos;
Análise ao Benfica/Braga
Acabou!
O Benfica empatou em casa frente ao Braga a zero e disse, de forma definitiva, adeus às suas aspirações de conquista do título nacional.
Para além do esfumar do desiderato de se sagrar campeão, este empate representou a perca do segundo lugar, posição agora ocupada pelo Sporting com 1 ponto de vantagem sobre o Benfica.
Emerge, agora, como prioridade a luta pelo acesso directo à Liga dos Campeões, o que se assume como um objectivo iminentemente económico.
Na ausência de Miccoli, Fernando Santos fez regressar Rui Costa e Katsouranis à titularidade em jogos do campeonato e promoveu o adiantamento de Simão desempenhando as funções que habitualmente são cometidas ao italiano.
Com apenas 2 dias de descanso até ao próximo compromisso frente ao Belenenses para as Meias-Finais da Taça de Portugal, Jorge Costa ensaiou uma gestão do plantel e apresentou um onze renovado.
Estruturado em 4x2x3x1, Jorge Costa deu a titularidade a Pedro Costa, a Castanheira, a Davide e Chmiest.
Perante a “obrigação” de vencer que pendia sobre ambas as equipas, assistiu-se a um jogo aberto, com várias oportunidades de golos.
Quer Benfica, quer Braga poderiam ter marcado na primeira parte, mas ou os guarda-redes lograram executar defesas de qualidade ou a inépcia na finalização reinou.
Aos 2 minutos, primeiro remate perigoso para o Braga, com Chmiest, de muito longe, a atirar para defesa apertada de Quim, junto ao poste direito;
Aos 9 minutos, desatenção na defesa do Braga, com Simão a aproveitar, mas a atirar ao lado da baliza de Paulo Santos;
Aos 17 minutos, Simão pela direita, entra na área e remata cruzado para defesa de Paulo Santos, junto ao poste esquerdo, para canto;
Aos 22 minutos, Simão, na execução de livre directo, atira ligeiramente por cima da baliza do Braga;
Aos 30 minutos, Davide surge na direita a cruzar ao segundo poste Chmiest atira forte, mas a bola sai muito por cima da baliza;
Aos 31 minutos, João Pinto entra na área, mas o remate sai embrulhado para canto;
Aos 33 minutos, Karagounis, ainda de fora da área, remata forte mas Paulo Santos consegue desviar para canto;
Aos 45 minutos, Petit, na marcação de livre em posição frontal, remata para defesa de Paulo Santos;
Apesar do nulo verificado ao intervalo, assistiu-se a uma partida com alguns momentos de bom futebol.
No início da segunda parte, Fernando Santos tirou Léo e fez entrar Mantorras.
A substituição revelou-se acertada, pois que David Luiz surgiu em grande plano no lugar de defesa esquerdo e Mantorras aportou outra agressividade ao último terço ofensivo dos encarnados.
Todavia, esta alteração demonstrou que Fernando Santos não é imune à pressão.
Desde que chegou ao Benfica, embora tenha pautado as suas exibições por uma pobreza franciscana, Derlei foi sempre a 1ª opção ofensiva de Fernando Santos.
Até hoje, Mantorras nunca havido entrado ao intervalo.
Mantorras reclamou publicamente mais minutos e Santos sucumbiu à pressão.
Com esta modificação Katsouranis recuou para a posição de central, passando David Luiz a actuar como lateral esquerdo. Nuno Gomes recuou para o vértice mais adiantado do losango, ficando Simão e Mantorras na frente de ataque.
Na 2ª parte, o Benfica mostrou-se mais dominador, tendo-se assenhorado do controlo da partida.
Curiosamente a esta maior supremacia do Benfica não terá sido alheia a saída de Léo, claramente inferiorizado e limitado, e a deslocação de David Luiz para a lateral esquerda.
O flanco esquerdo do Benfica revelou-se muito mais ofensivo, com David Luiz a subir no terreno, dando profundidade ao ataque.
Com o golo sem aparecer, Fernando Santos tirou Nuno Gomes e fez entrar Derlei.
Esta alteração nada trouxe de relevante à equipa, que continuou a porfiar, mas sem encontrar os caminhos do golo.
O golo parecia cada vez mais uma miragem.
Aos 79 minutos, uma boa incursão de Simão pela esquerda foi mal finalizada por Mantorras, que, me posição privilegiada no interior da área, atirou ao lado.
No minuto seguinte, novamente Mantorras a desperdiçar, após cruzamento de Derlei, outra vez da esquerda, na conclusão de jogada de contra-ataque.
Aos 85 minutos, em desespero de causa, Fernando Santos fez a sua última substituição, tendo tirado Nelson e colocado Manú em campo.
Aos 89 minutos, grande jogada individual de Karagounis, que tirou vários adversários do caminho e rematou ao poste.
Foi o canto do cisne do Benfica!
Até final, continuou a procurar o golo, encostando o Braga às cordas, mas sempre sem sucesso.
O Benfica fez o suficiente para vencer o jogo, mas, mais uma vez, revelou inépcia e falta de sorte na concretização.
E quando assim é, triunfar é missão quase impossível.
O Benfica empatou em casa frente ao Braga a zero e disse, de forma definitiva, adeus às suas aspirações de conquista do título nacional.
Para além do esfumar do desiderato de se sagrar campeão, este empate representou a perca do segundo lugar, posição agora ocupada pelo Sporting com 1 ponto de vantagem sobre o Benfica.
Emerge, agora, como prioridade a luta pelo acesso directo à Liga dos Campeões, o que se assume como um objectivo iminentemente económico.
Na ausência de Miccoli, Fernando Santos fez regressar Rui Costa e Katsouranis à titularidade em jogos do campeonato e promoveu o adiantamento de Simão desempenhando as funções que habitualmente são cometidas ao italiano.
Com apenas 2 dias de descanso até ao próximo compromisso frente ao Belenenses para as Meias-Finais da Taça de Portugal, Jorge Costa ensaiou uma gestão do plantel e apresentou um onze renovado.
Estruturado em 4x2x3x1, Jorge Costa deu a titularidade a Pedro Costa, a Castanheira, a Davide e Chmiest.
Perante a “obrigação” de vencer que pendia sobre ambas as equipas, assistiu-se a um jogo aberto, com várias oportunidades de golos.
Quer Benfica, quer Braga poderiam ter marcado na primeira parte, mas ou os guarda-redes lograram executar defesas de qualidade ou a inépcia na finalização reinou.
Aos 2 minutos, primeiro remate perigoso para o Braga, com Chmiest, de muito longe, a atirar para defesa apertada de Quim, junto ao poste direito;
Aos 9 minutos, desatenção na defesa do Braga, com Simão a aproveitar, mas a atirar ao lado da baliza de Paulo Santos;
Aos 17 minutos, Simão pela direita, entra na área e remata cruzado para defesa de Paulo Santos, junto ao poste esquerdo, para canto;
Aos 22 minutos, Simão, na execução de livre directo, atira ligeiramente por cima da baliza do Braga;
Aos 30 minutos, Davide surge na direita a cruzar ao segundo poste Chmiest atira forte, mas a bola sai muito por cima da baliza;
Aos 31 minutos, João Pinto entra na área, mas o remate sai embrulhado para canto;
Aos 33 minutos, Karagounis, ainda de fora da área, remata forte mas Paulo Santos consegue desviar para canto;
Aos 45 minutos, Petit, na marcação de livre em posição frontal, remata para defesa de Paulo Santos;
Apesar do nulo verificado ao intervalo, assistiu-se a uma partida com alguns momentos de bom futebol.
No início da segunda parte, Fernando Santos tirou Léo e fez entrar Mantorras.
A substituição revelou-se acertada, pois que David Luiz surgiu em grande plano no lugar de defesa esquerdo e Mantorras aportou outra agressividade ao último terço ofensivo dos encarnados.
Todavia, esta alteração demonstrou que Fernando Santos não é imune à pressão.
Desde que chegou ao Benfica, embora tenha pautado as suas exibições por uma pobreza franciscana, Derlei foi sempre a 1ª opção ofensiva de Fernando Santos.
Até hoje, Mantorras nunca havido entrado ao intervalo.
Mantorras reclamou publicamente mais minutos e Santos sucumbiu à pressão.
Com esta modificação Katsouranis recuou para a posição de central, passando David Luiz a actuar como lateral esquerdo. Nuno Gomes recuou para o vértice mais adiantado do losango, ficando Simão e Mantorras na frente de ataque.
Na 2ª parte, o Benfica mostrou-se mais dominador, tendo-se assenhorado do controlo da partida.
Curiosamente a esta maior supremacia do Benfica não terá sido alheia a saída de Léo, claramente inferiorizado e limitado, e a deslocação de David Luiz para a lateral esquerda.
O flanco esquerdo do Benfica revelou-se muito mais ofensivo, com David Luiz a subir no terreno, dando profundidade ao ataque.
Com o golo sem aparecer, Fernando Santos tirou Nuno Gomes e fez entrar Derlei.
Esta alteração nada trouxe de relevante à equipa, que continuou a porfiar, mas sem encontrar os caminhos do golo.
O golo parecia cada vez mais uma miragem.
Aos 79 minutos, uma boa incursão de Simão pela esquerda foi mal finalizada por Mantorras, que, me posição privilegiada no interior da área, atirou ao lado.
No minuto seguinte, novamente Mantorras a desperdiçar, após cruzamento de Derlei, outra vez da esquerda, na conclusão de jogada de contra-ataque.
Aos 85 minutos, em desespero de causa, Fernando Santos fez a sua última substituição, tendo tirado Nelson e colocado Manú em campo.
Aos 89 minutos, grande jogada individual de Karagounis, que tirou vários adversários do caminho e rematou ao poste.
Foi o canto do cisne do Benfica!
Até final, continuou a procurar o golo, encostando o Braga às cordas, mas sempre sem sucesso.
O Benfica fez o suficiente para vencer o jogo, mas, mais uma vez, revelou inépcia e falta de sorte na concretização.
E quando assim é, triunfar é missão quase impossível.
Espaço Prof. Karamba
A classificação geral do Espaço Prof. Karamba é a seguinte:
1º Lugar: Cavungi – 660 pontos;
2º Lugar: Zex e Carlos - 605 pontos;
3º Lugar: Jorge Mínimo – 560 pontos;
4º Lugar: Kubas – 535 pontos;
5º Lugar: Fura-Redes - 525 pontos;
6º Lugar: Vermelho - 505 pontos;
7º Lugar: Vermelho Sempre – 455 pontos;
8º Lugar: Vermelho Nunca – 450 pontos;
9º Lugar: Samsalameh – 435 pontos;
10º Lugar: Estar Vivo é o Contrário de Estar Morto – 420 pontos;
11º Lugar: Holtreman – 415 pontos;
12º Lugar: Sócio – 395 pontos;
13º Lugar: Costa e Petit - 315 pontos;
14º Lugar: Francisco Lázaro - 165 pontos;
15º Lugar: Drácula - 130 pontos;
16º Lugar: Braguilha - 100 pontos;
17º Lugar: Salvatrucha – 80 pontos;
18º Lugar: Lion Heart – 55 pontos;
19º Lugar: Jimmy Jump Reloaded - 20 pontos;
20º Lugar: Cuto - 10 pontos;
21º Lugar: Sh Cala-te - 5 pontos;
1º Lugar: Cavungi – 660 pontos;
2º Lugar: Zex e Carlos - 605 pontos;
3º Lugar: Jorge Mínimo – 560 pontos;
4º Lugar: Kubas – 535 pontos;
5º Lugar: Fura-Redes - 525 pontos;
6º Lugar: Vermelho - 505 pontos;
7º Lugar: Vermelho Sempre – 455 pontos;
8º Lugar: Vermelho Nunca – 450 pontos;
9º Lugar: Samsalameh – 435 pontos;
10º Lugar: Estar Vivo é o Contrário de Estar Morto – 420 pontos;
11º Lugar: Holtreman – 415 pontos;
12º Lugar: Sócio – 395 pontos;
13º Lugar: Costa e Petit - 315 pontos;
14º Lugar: Francisco Lázaro - 165 pontos;
15º Lugar: Drácula - 130 pontos;
16º Lugar: Braguilha - 100 pontos;
17º Lugar: Salvatrucha – 80 pontos;
18º Lugar: Lion Heart – 55 pontos;
19º Lugar: Jimmy Jump Reloaded - 20 pontos;
20º Lugar: Cuto - 10 pontos;
21º Lugar: Sh Cala-te - 5 pontos;
domingo, abril 15, 2007
Análise à Jornada
Em Coimbra, o Porto venceu, mas não convenceu.
A Académica fez por merecer outro resultado, mas alguma inépcia no último passe e na finalização e uma arbitragem habilidosa de Carlos Xistra conjugaram-se na inviabilização das pretensões “estudantis”.
Manuel Machado, como não podia deixar de ser, “inventou”.
Estruturalmente procurou “encaixar” a Académica no Porto, apresentando um 4x3x3 decalcado do portista.
Como se constatou na 2ª parte, a opção por um 4x2x3x1, que aportasse superioridade numérica à Briosa no meio-campo, teria sido mais avisada e profícua.
Mas mais do que o sistema táctico, a escolha dos integrantes do onze inicial foi de bradar aos céus.
Sarmento e Gyano no onze em detrimento de Brum e Miguel Pedro constituiu quase um crime de lesa futebol.
Sarmento apresenta dificuldades posicionais decorrentes da sua formação como ala que o desaconselham para a marcação de Quaresma.
Se a esta debilidade, juntarmos a sua macieza e tibieza, então percebemos o erro que foi a sua chamada à lateral direita.
Exigia-se Paulo Sérgio como lateral direito e Brum no meio!
Dotado de outra robustez física e de outra maturidade, o brasileiro era o indicado para o lugar (jogou nesta posição a maior parte da época).
Aliás, sempre que Paulo Sérgio caiu nessa zona, Quaresma sentiu enormes dificuldades.
Por outro lado, como se viu na 2ª parte, Brum aportaria outra capacidade de posse e circulação de bola ao meio-campo da Académica.
Gyano é um simulacro de jogador de futebol.
A sua titularidade só se pode explicar por uma qualquer obstinação do foro psiquiátrico de Machado.
Ontem, Machado conseguiu potenciar a evidenciação das dificuldades do húngaro ao deslocá-lo em alternância com Joeano para a direita.
Se Gyano é uma nulidade entre os centrais, deslocado sobre a ala, não tem qualificação possível.
Tendo optado por estruturar a sua equipa em 4x3x3 e tendo alinhado com dois pontas de lança, Machado viu-se obrigado a deslocar, alternadamente, um para a ala direita, sendo certo que nem Joeano, nem Gyano possuem características para aí alinhar.
A equipa ressentiu-se muito deste erro de Machado, até porque se encontravam em campo no mesmo corredor o melhor do Porto e o pior da Académica.
Com a colocação de Sarmento e um dos pontas de lança sobre a direita, o Porto não só via desenhar-se uma via rápida no flanco direito da defesa da Académica, como lhe permitia criar imensas situações de 2 para 1.
Gyano e Joeano pouco ou nada defendiam e, assim, Fucile conhecia campo livre para subir no corredor, no auxílio ao seu ataque.
Jesualdo não apresentou quaisquer surpresas, tendo repetido a equipa que havia defrontado e derrotado o Setúbal, apenas com a substituição forçada de Pepe por Ricardo Costa.
Com a Académica aturdida e ainda a tentar digerir as “invenções” de Machado, o Porto entrou a todo o gás, com dois remates aos ferros da baliza de Pedro Roma.
O primeiro quarto de hora foi de domínio total dos azuis e brancos.
Neste período, a Académica mostrou-se incapaz de esboçar uma reacção por mínima que fosse.
Todavia, paulatinamente, a Académica foi-se recompondo e começou a aproximar-se da baliza de Helton.
Gyano e Lino dispuseram de excelentes ocasiões de golo, mas revelaram-se incapazes de as materializar.
Por esta altura, a partida seguia equilibrada.
Quando o rumo do encontro não o permitia antever, aos 42 minutos, o Porto chegou à vantagem no marcador.
Quaresma executou um livre na esquerda, Pedro Roma não segurou, a defesa da Académica, ingénua e insegura, não conseguiu despachar a bola da sua área e entregou-a a Bruno Alves, que livre de marcação, não teve dificuldade em rematar para o fundo das redes.
O Porto chegava ao intervalo a vencer.
Machado percebeu (será?) o erro que havia sido a titularidade de Gyano e o banco de Brum e fez entrar o brasileiro para o lugar do húngaro.
A equipa apresentava-se, agora, num 4x2x3x1, que lhe possibilitava granjear superioridade numérica no meio-campo.
Brum e Paulo Sérgio ocupavam-se da zona central do meio-campo, Dame, Teixeira e Lino postavam-se numa segunda linha no apoio a Joeano, que se colocava entre os centrais portistas.
No início da 2ª parte, a Briosa podia ter restabelecido da igualdade, mas Dame definiu mal uma excelente transição ofensiva.
Aliás, este lance foi exemplo maior daquilo que seria a 2ª metade da partida – Domínio improfícuo e estéril da Académica.
Em 4x2x3x1, a Briosa ganhou ascendente na partida e encostou o Porto à sua área.
Na 2ª parte, só deu Académica.
O Porto remeteu-se ao seu extremo reduto e raramente de lá saiu.
Aliás, os jogadores portistas começaram a ensaiar “percas de tempo” logo nos minutos primeiros da segunda metade.
Todavia, aos 70 minutos, contra o sentido da partida, o Porto fez o 0-2.
Quaresma, após cometer falta sobre Sarmento, cruzou da esquerda, Káká cabeceou mal, a bola foi parar a Meireles, que falhou o remate à baliza, mas viu a bola encontrar os pés de Adriano, que fez, sem dificuldade, o golo.
O jogo parecia sentenciado.
Contudo, a Académica não se entregou e continuou a porfiar.
Aos 74 minutos, Ricardo Costa joga a bola com a mão no interior da sua área e Xistra não assinala o competente penalty (seria o 2º amarelo para Ricardo Costa).
Xistra não viu ou não quis ver, como sucedeu em muitos lances.
Aos 75 minutos, Filipe Teixeira cai na área derrubado por Cech e Xistra apita a correspondente grande penalidade.
Foi de mais – dois penaltys em outros tantos minutos, “forçaram” Xistra a assinalar o segundo.
Xistra fez uma arbitragem habilidosa.
Não assinalou um penalty a favor da Académica, mas os prejuízos não se ficaram por aí.
Errou e muito e sempre em desfavor da Briosa.
Xistra geriu e marcou os ritmos da partida.
Assinalou o que não devia e não assinalou o que devia, acumulando um conjunto de pequenos erros que foram determinantes na forma como o jogo foi decorrendo.
Uma arbitragem paupérrima.
Lino converteu o castigo máximo e deixou tudo em aberto para os 15 minutos finais.
A Académica ainda acreditou que seria possível, mas às suas investidas faltaram sempre discernimento e frieza.
O Porto com maior ou menor dificuldade manteve as redes de Helton invioladas e obteve uma vitória que se pode revelar crucial para as suas aspirações ao título.
Com mais esta derrota caseira, a Académica acentua as suas dificuldades.
Sem ganhar em casa desde 26 de Novembro de 2006, o calendário não augura nada de bom, com jogos frente a Sporting e Braga em casa e deslocações a Aveiro, Madeira e Luz.
Com as sensacionais e inesperadas vitórias de Beira-Mar e Aves a folga pontual em relação aos lugares de descida diminuiu para apenas 3 pontos.
Vida muito difícil espera a Briosa nas últimas partidas do campeonato!
Na sexta-feira, o Sporting venceu sem quaisquer problemas o Marítimo por 4-0.
Um golo de Liedson aos 11 segundos anunciou uma vitória construída sob uma exibição de excelente nível.
Verdade seja dita que o Sporting nunca permitiu veleidades ao Marítimo, mas abdicar de três dos seus melhores jogadores, Marcinho, Gregory e Douglas, não lembra a ninguém. Ou, por outra, lembrou a Alberto Pazos…
O Marítimo foi presa fácil para um Sporting pujante, afirmativo e alardeando excelente saúde física e mental.
Triunfo fácil e sem contestação.
A Académica fez por merecer outro resultado, mas alguma inépcia no último passe e na finalização e uma arbitragem habilidosa de Carlos Xistra conjugaram-se na inviabilização das pretensões “estudantis”.
Manuel Machado, como não podia deixar de ser, “inventou”.
Estruturalmente procurou “encaixar” a Académica no Porto, apresentando um 4x3x3 decalcado do portista.
Como se constatou na 2ª parte, a opção por um 4x2x3x1, que aportasse superioridade numérica à Briosa no meio-campo, teria sido mais avisada e profícua.
Mas mais do que o sistema táctico, a escolha dos integrantes do onze inicial foi de bradar aos céus.
Sarmento e Gyano no onze em detrimento de Brum e Miguel Pedro constituiu quase um crime de lesa futebol.
Sarmento apresenta dificuldades posicionais decorrentes da sua formação como ala que o desaconselham para a marcação de Quaresma.
Se a esta debilidade, juntarmos a sua macieza e tibieza, então percebemos o erro que foi a sua chamada à lateral direita.
Exigia-se Paulo Sérgio como lateral direito e Brum no meio!
Dotado de outra robustez física e de outra maturidade, o brasileiro era o indicado para o lugar (jogou nesta posição a maior parte da época).
Aliás, sempre que Paulo Sérgio caiu nessa zona, Quaresma sentiu enormes dificuldades.
Por outro lado, como se viu na 2ª parte, Brum aportaria outra capacidade de posse e circulação de bola ao meio-campo da Académica.
Gyano é um simulacro de jogador de futebol.
A sua titularidade só se pode explicar por uma qualquer obstinação do foro psiquiátrico de Machado.
Ontem, Machado conseguiu potenciar a evidenciação das dificuldades do húngaro ao deslocá-lo em alternância com Joeano para a direita.
Se Gyano é uma nulidade entre os centrais, deslocado sobre a ala, não tem qualificação possível.
Tendo optado por estruturar a sua equipa em 4x3x3 e tendo alinhado com dois pontas de lança, Machado viu-se obrigado a deslocar, alternadamente, um para a ala direita, sendo certo que nem Joeano, nem Gyano possuem características para aí alinhar.
A equipa ressentiu-se muito deste erro de Machado, até porque se encontravam em campo no mesmo corredor o melhor do Porto e o pior da Académica.
Com a colocação de Sarmento e um dos pontas de lança sobre a direita, o Porto não só via desenhar-se uma via rápida no flanco direito da defesa da Académica, como lhe permitia criar imensas situações de 2 para 1.
Gyano e Joeano pouco ou nada defendiam e, assim, Fucile conhecia campo livre para subir no corredor, no auxílio ao seu ataque.
Jesualdo não apresentou quaisquer surpresas, tendo repetido a equipa que havia defrontado e derrotado o Setúbal, apenas com a substituição forçada de Pepe por Ricardo Costa.
Com a Académica aturdida e ainda a tentar digerir as “invenções” de Machado, o Porto entrou a todo o gás, com dois remates aos ferros da baliza de Pedro Roma.
O primeiro quarto de hora foi de domínio total dos azuis e brancos.
Neste período, a Académica mostrou-se incapaz de esboçar uma reacção por mínima que fosse.
Todavia, paulatinamente, a Académica foi-se recompondo e começou a aproximar-se da baliza de Helton.
Gyano e Lino dispuseram de excelentes ocasiões de golo, mas revelaram-se incapazes de as materializar.
Por esta altura, a partida seguia equilibrada.
Quando o rumo do encontro não o permitia antever, aos 42 minutos, o Porto chegou à vantagem no marcador.
Quaresma executou um livre na esquerda, Pedro Roma não segurou, a defesa da Académica, ingénua e insegura, não conseguiu despachar a bola da sua área e entregou-a a Bruno Alves, que livre de marcação, não teve dificuldade em rematar para o fundo das redes.
O Porto chegava ao intervalo a vencer.
Machado percebeu (será?) o erro que havia sido a titularidade de Gyano e o banco de Brum e fez entrar o brasileiro para o lugar do húngaro.
A equipa apresentava-se, agora, num 4x2x3x1, que lhe possibilitava granjear superioridade numérica no meio-campo.
Brum e Paulo Sérgio ocupavam-se da zona central do meio-campo, Dame, Teixeira e Lino postavam-se numa segunda linha no apoio a Joeano, que se colocava entre os centrais portistas.
No início da 2ª parte, a Briosa podia ter restabelecido da igualdade, mas Dame definiu mal uma excelente transição ofensiva.
Aliás, este lance foi exemplo maior daquilo que seria a 2ª metade da partida – Domínio improfícuo e estéril da Académica.
Em 4x2x3x1, a Briosa ganhou ascendente na partida e encostou o Porto à sua área.
Na 2ª parte, só deu Académica.
O Porto remeteu-se ao seu extremo reduto e raramente de lá saiu.
Aliás, os jogadores portistas começaram a ensaiar “percas de tempo” logo nos minutos primeiros da segunda metade.
Todavia, aos 70 minutos, contra o sentido da partida, o Porto fez o 0-2.
Quaresma, após cometer falta sobre Sarmento, cruzou da esquerda, Káká cabeceou mal, a bola foi parar a Meireles, que falhou o remate à baliza, mas viu a bola encontrar os pés de Adriano, que fez, sem dificuldade, o golo.
O jogo parecia sentenciado.
Contudo, a Académica não se entregou e continuou a porfiar.
Aos 74 minutos, Ricardo Costa joga a bola com a mão no interior da sua área e Xistra não assinala o competente penalty (seria o 2º amarelo para Ricardo Costa).
Xistra não viu ou não quis ver, como sucedeu em muitos lances.
Aos 75 minutos, Filipe Teixeira cai na área derrubado por Cech e Xistra apita a correspondente grande penalidade.
Foi de mais – dois penaltys em outros tantos minutos, “forçaram” Xistra a assinalar o segundo.
Xistra fez uma arbitragem habilidosa.
Não assinalou um penalty a favor da Académica, mas os prejuízos não se ficaram por aí.
Errou e muito e sempre em desfavor da Briosa.
Xistra geriu e marcou os ritmos da partida.
Assinalou o que não devia e não assinalou o que devia, acumulando um conjunto de pequenos erros que foram determinantes na forma como o jogo foi decorrendo.
Uma arbitragem paupérrima.
Lino converteu o castigo máximo e deixou tudo em aberto para os 15 minutos finais.
A Académica ainda acreditou que seria possível, mas às suas investidas faltaram sempre discernimento e frieza.
O Porto com maior ou menor dificuldade manteve as redes de Helton invioladas e obteve uma vitória que se pode revelar crucial para as suas aspirações ao título.
Com mais esta derrota caseira, a Académica acentua as suas dificuldades.
Sem ganhar em casa desde 26 de Novembro de 2006, o calendário não augura nada de bom, com jogos frente a Sporting e Braga em casa e deslocações a Aveiro, Madeira e Luz.
Com as sensacionais e inesperadas vitórias de Beira-Mar e Aves a folga pontual em relação aos lugares de descida diminuiu para apenas 3 pontos.
Vida muito difícil espera a Briosa nas últimas partidas do campeonato!
Na sexta-feira, o Sporting venceu sem quaisquer problemas o Marítimo por 4-0.
Um golo de Liedson aos 11 segundos anunciou uma vitória construída sob uma exibição de excelente nível.
Verdade seja dita que o Sporting nunca permitiu veleidades ao Marítimo, mas abdicar de três dos seus melhores jogadores, Marcinho, Gregory e Douglas, não lembra a ninguém. Ou, por outra, lembrou a Alberto Pazos…
O Marítimo foi presa fácil para um Sporting pujante, afirmativo e alardeando excelente saúde física e mental.
Triunfo fácil e sem contestação.
quinta-feira, abril 12, 2007
Análise ao Benfica/Espanhol
Acabou!
A aventura europeia do Benfica conheceu, hoje, o seu epílogo sem honra, nem glória.
Podia e devia o Benfica ter alcançado mais.
Jogou o suficiente para se qualificar.
Fernando Santos surpreendeu ao retirar Katsouranis do onze para dar lugar a Rui Costa.
Não pela chamada de Rui Costa, mas sim pela identidade do substituído.
Esperava-se que fosse Anderson a sair da equipa e não o grego.
Fernando Santos foi conservador e preferiu uma troca directa, resguardando-se do risco.
A precária condição física do grego terá sido factor determinante na opção.
O modelo e o sistema permaneceram inalterados.
O Espanhol apresentou duas modificações, quais foram Ito e Pandiani nos lugares de Rufete e Tamudo, respectivamente.
Estruturalmente, a equipa apresentou-se num 4x2x3x1, com Moises e Ito à frente da defesa, Riera, De la Peña e Luis Garcia numa segunda linha e Pandiani entre os centrais do Benfica.
A par desta alteração estrutural, Valverde, também, introduziu cambiantes no modelo de jogo, optando por uma matriz de maior expectativa e por um bloco claramente mais baixo.
A 1ª parte foi como que uma sequela de um filme estreado frente ao Porto e exibido contra este mesmo Espanhol na Catalunha.
Mais uma vez, o Benfica deu 45 minutos de avanço.
Não terá sido tão grande a diferença da prestação competitiva do Benfica entre a 1ª e a 2ª parte quanto o havia sido naquelas partidas.
Mas, não o foi apenas porque o jogo assim o ditou.
Dado que o Espanhol podia especular com o resultado, não imprimiu uma intensidade demasiado alta à partida na 1ª parte, pelo que o Benfica não sofreu tanto quanto o havia feito nos aludidos encontros.
Hoje por hoje, o Benfica é como um corredor de fundo ou um motor a diesel.
Mantêm uma performance constante, uniforme, emergindo a resistência como a sua melhor qualidade.
Não obstante, mostra-se incapaz de introduzir mudanças de velocidade e revela-se impotente para acompanhar altas intensidades.
Assim, quando os adversários imprimem um ritmo elevado, o Benfica sofre.
Todavia, como a condição física dos adversários vai decaindo por força do desgaste decorrente da maior intensidade posta na partida, o Benfica, fazendo uso da resistência, enceta o caminho inverso, assumindo, paulatinamente, o controlo do encontro.
As dificuldades físicas do Benfica não são de resistência, mas sim de potência.
Na 1ª parte, o jogo pautou-se pelo equilíbrio, embora se possa dizer que o Espanhol conheceu ligeiro ascendente nos minutos iniciais e o Benfica nos minutos finais.
O Espanhol começou num ritmo relativamente alto e logo logrou supremacia.
Supremacia assente na intensidade, mas também na superioridade numérica a meio-campo.
O quinteto do Espanhol mostrava-se mais rápido, mais ágil e preenchia melhor os espaços, o que possibilitava aos catalães o domínio do jogo.
Por seu turno, o Benfica, para além das dificuldades que sentia com o ritmo imposto, demonstrava receio claro de se perder nas transições, mormente na defensiva.
Deste modo, a equipa postava-se sob um bloco demasiado baixo, que criava um fosso respeitável entre o meio-campo e o ataque, inviabilizando as transições ofensivas.
Por outro lado, os tais problemas físicos repercutiram-se no modo com a equipa encarou o adversário, levando-a a ser expectante e não pressionante, o que acentuou as dificuldades nas transições.
A equipa recuperou a bola mais tarde e em zonas mais recuadas do terreno.
Neste período, o Espanhol dispôs da sua melhor ocasião de golo em todo o encontro, num remate cruzado de Pandiani, que embateu no poste esquerdo da baliza de Quim (após um carrinho infantil de Anderson).
Curiosamente, este lance como que pôs termo ao domínio catalão.
Não que o Benfica tenha acordado e se tenha imposto.
Deu a sensação que os jogadores do Espanhol deram por cumprida uma das suas missões e, como tal, repousaram.
Haviam demonstrado a sua capacidade, haviam intimidado o Benfica.
A mensagem estava passada. O Benfica não podia expor-se ao risco. Havia que tomar cautelas.
Contudo, com o decréscimo da intensidade, o Benfica equilibrou o encontro.
Nesta ocasião, a partida viveu o seu pior momento.
O Benfica não conseguia e o Espanhol não queria!
Neste impasse, o jogo baixou de qualidade.
Na parte final da 1ª parte, o Benfica conheceu algum ascendente, materializado na conquista sucessiva de cantos e de livres laterais junto à área espanhola.
David Luiz e Miccoli podiam ter inaugurado o marcador.
Na 2ª parte, fruto do tal predicado da resistência e recorrendo à “alma”, o Benfica impôs-se por completo no jogo.
Mais uma vez, encostou o seu adversário às cordas.
Controlou e dominou inteiramente a partida.
Construiu ocasiões de golo de sobra para vencer o jogo e qualificar-se.
Faltou tranquilidade, confiança, arte e engenho em algumas oportunidades, mormente nas de Nuno Gomes e de Mantorras.
Faltou sorte nos remates de Rui Costa e de Miccoli, que embateram no poste direito da baliza de Gorka.
Foi um adeus triste e desafortunado.
A porta das meias-finais esteve aberta, mas o Benfica não conseguiu entrar.
A aventura europeia do Benfica conheceu, hoje, o seu epílogo sem honra, nem glória.
Podia e devia o Benfica ter alcançado mais.
Jogou o suficiente para se qualificar.
Fernando Santos surpreendeu ao retirar Katsouranis do onze para dar lugar a Rui Costa.
Não pela chamada de Rui Costa, mas sim pela identidade do substituído.
Esperava-se que fosse Anderson a sair da equipa e não o grego.
Fernando Santos foi conservador e preferiu uma troca directa, resguardando-se do risco.
A precária condição física do grego terá sido factor determinante na opção.
O modelo e o sistema permaneceram inalterados.
O Espanhol apresentou duas modificações, quais foram Ito e Pandiani nos lugares de Rufete e Tamudo, respectivamente.
Estruturalmente, a equipa apresentou-se num 4x2x3x1, com Moises e Ito à frente da defesa, Riera, De la Peña e Luis Garcia numa segunda linha e Pandiani entre os centrais do Benfica.
A par desta alteração estrutural, Valverde, também, introduziu cambiantes no modelo de jogo, optando por uma matriz de maior expectativa e por um bloco claramente mais baixo.
A 1ª parte foi como que uma sequela de um filme estreado frente ao Porto e exibido contra este mesmo Espanhol na Catalunha.
Mais uma vez, o Benfica deu 45 minutos de avanço.
Não terá sido tão grande a diferença da prestação competitiva do Benfica entre a 1ª e a 2ª parte quanto o havia sido naquelas partidas.
Mas, não o foi apenas porque o jogo assim o ditou.
Dado que o Espanhol podia especular com o resultado, não imprimiu uma intensidade demasiado alta à partida na 1ª parte, pelo que o Benfica não sofreu tanto quanto o havia feito nos aludidos encontros.
Hoje por hoje, o Benfica é como um corredor de fundo ou um motor a diesel.
Mantêm uma performance constante, uniforme, emergindo a resistência como a sua melhor qualidade.
Não obstante, mostra-se incapaz de introduzir mudanças de velocidade e revela-se impotente para acompanhar altas intensidades.
Assim, quando os adversários imprimem um ritmo elevado, o Benfica sofre.
Todavia, como a condição física dos adversários vai decaindo por força do desgaste decorrente da maior intensidade posta na partida, o Benfica, fazendo uso da resistência, enceta o caminho inverso, assumindo, paulatinamente, o controlo do encontro.
As dificuldades físicas do Benfica não são de resistência, mas sim de potência.
Na 1ª parte, o jogo pautou-se pelo equilíbrio, embora se possa dizer que o Espanhol conheceu ligeiro ascendente nos minutos iniciais e o Benfica nos minutos finais.
O Espanhol começou num ritmo relativamente alto e logo logrou supremacia.
Supremacia assente na intensidade, mas também na superioridade numérica a meio-campo.
O quinteto do Espanhol mostrava-se mais rápido, mais ágil e preenchia melhor os espaços, o que possibilitava aos catalães o domínio do jogo.
Por seu turno, o Benfica, para além das dificuldades que sentia com o ritmo imposto, demonstrava receio claro de se perder nas transições, mormente na defensiva.
Deste modo, a equipa postava-se sob um bloco demasiado baixo, que criava um fosso respeitável entre o meio-campo e o ataque, inviabilizando as transições ofensivas.
Por outro lado, os tais problemas físicos repercutiram-se no modo com a equipa encarou o adversário, levando-a a ser expectante e não pressionante, o que acentuou as dificuldades nas transições.
A equipa recuperou a bola mais tarde e em zonas mais recuadas do terreno.
Neste período, o Espanhol dispôs da sua melhor ocasião de golo em todo o encontro, num remate cruzado de Pandiani, que embateu no poste esquerdo da baliza de Quim (após um carrinho infantil de Anderson).
Curiosamente, este lance como que pôs termo ao domínio catalão.
Não que o Benfica tenha acordado e se tenha imposto.
Deu a sensação que os jogadores do Espanhol deram por cumprida uma das suas missões e, como tal, repousaram.
Haviam demonstrado a sua capacidade, haviam intimidado o Benfica.
A mensagem estava passada. O Benfica não podia expor-se ao risco. Havia que tomar cautelas.
Contudo, com o decréscimo da intensidade, o Benfica equilibrou o encontro.
Nesta ocasião, a partida viveu o seu pior momento.
O Benfica não conseguia e o Espanhol não queria!
Neste impasse, o jogo baixou de qualidade.
Na parte final da 1ª parte, o Benfica conheceu algum ascendente, materializado na conquista sucessiva de cantos e de livres laterais junto à área espanhola.
David Luiz e Miccoli podiam ter inaugurado o marcador.
Na 2ª parte, fruto do tal predicado da resistência e recorrendo à “alma”, o Benfica impôs-se por completo no jogo.
Mais uma vez, encostou o seu adversário às cordas.
Controlou e dominou inteiramente a partida.
Construiu ocasiões de golo de sobra para vencer o jogo e qualificar-se.
Faltou tranquilidade, confiança, arte e engenho em algumas oportunidades, mormente nas de Nuno Gomes e de Mantorras.
Faltou sorte nos remates de Rui Costa e de Miccoli, que embateram no poste direito da baliza de Gorka.
Foi um adeus triste e desafortunado.
A porta das meias-finais esteve aberta, mas o Benfica não conseguiu entrar.
Liga dos Astros
Recordo que só serão admitidos a participar em cada jornada, os condóminos que apresentem a sua equipa sem recurso às tão criticadas remissões para as equipas apresentadas nas semanas anteriores.
As equipas apresentadas por remissão ter-se-ão por não escritas, não sendo consideradas.
Boa Sorte!
As equipas apresentadas por remissão ter-se-ão por não escritas, não sendo consideradas.
Boa Sorte!
Espaço Prof. Karamba
Os jogos sujeitos a aposta esta semana são os seguintes:
Naval - P. Ferreira
Boavista - U. Leiria
Académica - F.C. Porto
Benfica - Sp. Braga
Sporting - Marítimo
Como sempre, aqui deixo o meu palpite:
Naval - P. Ferreira: 1-1;
Boavista - U. Leiria: 2-1;
Académica - F.C. Porto: 1-1;
Benfica - Sp. Braga: 2-0;
Sporting - Marítimo: 1-1;
Naval - P. Ferreira
Boavista - U. Leiria
Académica - F.C. Porto
Benfica - Sp. Braga
Sporting - Marítimo
Como sempre, aqui deixo o meu palpite:
Naval - P. Ferreira: 1-1;
Boavista - U. Leiria: 2-1;
Académica - F.C. Porto: 1-1;
Benfica - Sp. Braga: 2-0;
Sporting - Marítimo: 1-1;
quarta-feira, abril 11, 2007
Benfica - Espanyol
Como forma de lançar a discussão em torno do Benfica-Espanyol a contar para a 2ª Mão dos Quartos de Final da Taça UEFA aqui fica este video relativo à partida da 1ª Mão
terça-feira, abril 10, 2007
Notas soltas
Antes de mais, o futebol inglês.
Ou melhor, as equipas inglesas!
O poderio dos anos 80 regressou!
Não sob a mesma forma, mas com a mesma pujança.
Definitivamente postergado o “Kick and Rush”, as equipas inglesas conquistaram a Europa lançando mão do próprio veneno dos “continentais”.
A importação de treinadores e jogadores revolucionou os modelos de jogo e os sistemas tácticos, mas a essência permaneceu inalterada – a paixão pelo jogo.
Os ingleses aculturaram-se, mas também miscigenaram.
Receberam as novas influências, absorveram-nas, mas moldaram-nas ao seu carácter.
“Impuseram-lhes” o modo como vivem o futebol.
Evolução sim, mas sem renegar os valores fundamentais.
Não terá sido por acaso que o melhor de Cantona ou Henry apenas emergiu em Inglaterra.
O talento estava lá, mas adormecido nas trevas dos ditames tacticistas.
Libertado o génio dos algozes do ferrolho e agrilhoado ao hedonismo do jogo, brilharam intensamente.
Também por isto Mourinho é tudo menos consensual em Inglaterra.
Aprisiona tacticamente as suas equipas e isso os ingleses não suportam (mesmo os do Chelsea toleram, mas não aprovam).
David James disse, esta semana, que preferia ver o Man. United campeão, porque o Chelsea era uma equipa demasiado “resultadista”.
Foi um fiel mensageiro do sentir da generalidade dos britânicos.
Mas, voltando ao ponto de partida, dizer que com a qualificação de Man.United e Chelsea para as meias-finais da Champions, à qual acrescerá por certo a do Liverpool, as equipas inglesas regressaram ao topo do futebol europeu.
Liderados por três personalidades absolutamente distintas entre si, Man. United, Chelsea e Liverpool demonstraram que a Premier League é, hoje por hoje, o melhor e mais competitivo campeonato da Europa.
Todavia, demonstraram, também, o lado lunar do futebol mundial – o Império do Capital.
Controlados por Milionários, que injectaram avultadas somas de dinheiro, provaram à saciedade que quem mais ordena actualmente na nova ordem futebolística é o vil metal.
Representam o fim do associativismo que esteve na origem do futebol e, neste particular, afastam-se e muito da pureza britânica na abordagem do fenómeno.
Neste aspecto renegam e muito a matriz fundadora do futebol inglês.
Sinais dos tempos!
Dos quartos de final da Champions avulta, igualmente, a supremacia do futebol do Centro da Europa em relação ao do Sul.
Caso o Milan seja eliminado amanhã pelo Bayern, como o resultado da primeira mão permite perspectivar, teremos 3 equipas inglesas e 1a alemã nas meias-finais da Champions, o que representa uma inversão do paradigma competitivo dos finais do século passado e do inicio do presente.
Retornando ao futebol caseiro, algumas breves notas sobre a jornada deste fim de semana da Liga Bwin.
Destaque para Jorge Jesus.
Com uma equipa construída sob o estigma da 2ª Liga, o “bruxo” conduziu-a ao 4º lugar, posição que o Belenenses não conhecia há bastante tempo.
Actualmente, é o primeiro dos outros e quer seja pelo campeonato, quer seja pela Taça, competição em que disputa uma presença na final com o Braga, encontra-se em excelentes condições para fazer regressar o Belenenses à Europa.
Muitos acenaram com o mito do quarto grande, Jesus concretizou-o.
Este feito segue-se a outros notáveis desempenhos no passado, pelo que, apesar da sua deficiente verve, Jesus tem de ser considerado um dos melhores treinadores portugueses.
O seu “look”, a sua postura e o seu mau português, impedem-no de sonhar com muito mais.
Contingências próprias do primado da imagem.
Destaque, também, para Pepe.
Num momento de infortúnio, cabe um elogio ao melhor central a actuar em Portugal.
Rejeitado pelo Sporting, Pepe reergueu-se no Dragão.
Do central jeitoso e promissor, mas muitas vezes falho de concentração do Marítimo resta apenas uma vaguíssima memória.
Hoje é uma certeza sustentada em múltiplos predicados que vão desde a velocidade, à concentração, ao posicionamento, ao jogo aéreo, à capacidade de desarme, à capacidade de antecipação e à capacidade de sair a jogar, quer em progressão, quer em lançamentos curtos ou longos.
Destaque, igualmente, para Paulo Bento.
Por ter construído a defesa menos batida da Europa.
Claro está que não podemos comparar o nível competitivo do nosso futebol com as principais ligas europeias, mas sempre quererá dizer alguma coisa.
Sem entrar em comparações ou encómios balofos e despropositados, afirmar que Paulo Bento idealizou um modelo de jogo e logrou colocá-lo em prática.
Apostou na contenção e na expectativa e ganhou!
Por fim, destaque negativo para a inacção da Comissão Disciplinar da Liga, que, ao que se sabe, ainda, nada disse quanto à eventual instauração de um processo sumaríssimo a Liedson na sequência da agressão que protagonizou sobre Carlos Fernandes.
Aconteceu o sumaríssimo a Derlei e a partir daí o silêncio.
A ver vamos o que nos reserva o que resta da semana.
Ou melhor, as equipas inglesas!
O poderio dos anos 80 regressou!
Não sob a mesma forma, mas com a mesma pujança.
Definitivamente postergado o “Kick and Rush”, as equipas inglesas conquistaram a Europa lançando mão do próprio veneno dos “continentais”.
A importação de treinadores e jogadores revolucionou os modelos de jogo e os sistemas tácticos, mas a essência permaneceu inalterada – a paixão pelo jogo.
Os ingleses aculturaram-se, mas também miscigenaram.
Receberam as novas influências, absorveram-nas, mas moldaram-nas ao seu carácter.
“Impuseram-lhes” o modo como vivem o futebol.
Evolução sim, mas sem renegar os valores fundamentais.
Não terá sido por acaso que o melhor de Cantona ou Henry apenas emergiu em Inglaterra.
O talento estava lá, mas adormecido nas trevas dos ditames tacticistas.
Libertado o génio dos algozes do ferrolho e agrilhoado ao hedonismo do jogo, brilharam intensamente.
Também por isto Mourinho é tudo menos consensual em Inglaterra.
Aprisiona tacticamente as suas equipas e isso os ingleses não suportam (mesmo os do Chelsea toleram, mas não aprovam).
David James disse, esta semana, que preferia ver o Man. United campeão, porque o Chelsea era uma equipa demasiado “resultadista”.
Foi um fiel mensageiro do sentir da generalidade dos britânicos.
Mas, voltando ao ponto de partida, dizer que com a qualificação de Man.United e Chelsea para as meias-finais da Champions, à qual acrescerá por certo a do Liverpool, as equipas inglesas regressaram ao topo do futebol europeu.
Liderados por três personalidades absolutamente distintas entre si, Man. United, Chelsea e Liverpool demonstraram que a Premier League é, hoje por hoje, o melhor e mais competitivo campeonato da Europa.
Todavia, demonstraram, também, o lado lunar do futebol mundial – o Império do Capital.
Controlados por Milionários, que injectaram avultadas somas de dinheiro, provaram à saciedade que quem mais ordena actualmente na nova ordem futebolística é o vil metal.
Representam o fim do associativismo que esteve na origem do futebol e, neste particular, afastam-se e muito da pureza britânica na abordagem do fenómeno.
Neste aspecto renegam e muito a matriz fundadora do futebol inglês.
Sinais dos tempos!
Dos quartos de final da Champions avulta, igualmente, a supremacia do futebol do Centro da Europa em relação ao do Sul.
Caso o Milan seja eliminado amanhã pelo Bayern, como o resultado da primeira mão permite perspectivar, teremos 3 equipas inglesas e 1a alemã nas meias-finais da Champions, o que representa uma inversão do paradigma competitivo dos finais do século passado e do inicio do presente.
Retornando ao futebol caseiro, algumas breves notas sobre a jornada deste fim de semana da Liga Bwin.
Destaque para Jorge Jesus.
Com uma equipa construída sob o estigma da 2ª Liga, o “bruxo” conduziu-a ao 4º lugar, posição que o Belenenses não conhecia há bastante tempo.
Actualmente, é o primeiro dos outros e quer seja pelo campeonato, quer seja pela Taça, competição em que disputa uma presença na final com o Braga, encontra-se em excelentes condições para fazer regressar o Belenenses à Europa.
Muitos acenaram com o mito do quarto grande, Jesus concretizou-o.
Este feito segue-se a outros notáveis desempenhos no passado, pelo que, apesar da sua deficiente verve, Jesus tem de ser considerado um dos melhores treinadores portugueses.
O seu “look”, a sua postura e o seu mau português, impedem-no de sonhar com muito mais.
Contingências próprias do primado da imagem.
Destaque, também, para Pepe.
Num momento de infortúnio, cabe um elogio ao melhor central a actuar em Portugal.
Rejeitado pelo Sporting, Pepe reergueu-se no Dragão.
Do central jeitoso e promissor, mas muitas vezes falho de concentração do Marítimo resta apenas uma vaguíssima memória.
Hoje é uma certeza sustentada em múltiplos predicados que vão desde a velocidade, à concentração, ao posicionamento, ao jogo aéreo, à capacidade de desarme, à capacidade de antecipação e à capacidade de sair a jogar, quer em progressão, quer em lançamentos curtos ou longos.
Destaque, igualmente, para Paulo Bento.
Por ter construído a defesa menos batida da Europa.
Claro está que não podemos comparar o nível competitivo do nosso futebol com as principais ligas europeias, mas sempre quererá dizer alguma coisa.
Sem entrar em comparações ou encómios balofos e despropositados, afirmar que Paulo Bento idealizou um modelo de jogo e logrou colocá-lo em prática.
Apostou na contenção e na expectativa e ganhou!
Por fim, destaque negativo para a inacção da Comissão Disciplinar da Liga, que, ao que se sabe, ainda, nada disse quanto à eventual instauração de um processo sumaríssimo a Liedson na sequência da agressão que protagonizou sobre Carlos Fernandes.
Aconteceu o sumaríssimo a Derlei e a partir daí o silêncio.
A ver vamos o que nos reserva o que resta da semana.
segunda-feira, abril 09, 2007
Análise ao Beira-Mar/Benfica
O Benfica empatou em Aveiro e hipotecou de forma quase definitiva as suas aspirações ao título.
Resultado justo.
Justo porque se o Benfica foi sempre mais dominador, teve mais posse de bola, criou mais e melhores ocasiões de golo, o Beira-Mar mostrou-se sempre competente a defender e a aproveitar as oportunidades de golo que se lhe surgiram.
E justo, também, porque as equipas se equivaleram nos erros e no seu aproveitamento.
Dois erros crassos e infantis para cada equipa resultaram em outros tantos golos.
Paco Soler havia dito que os primeiros 20/25 minutos de jogo seriam decisivos para o desfecho da partida e não se enganou.
O Benfica iniciou o encontro imprimindo uma intensidade fortíssima, que empurrou o Beira-Mar para a sua área.
Procurava obter um golo no dealbar da partida que lhe oferecesse a tranquilidade de quem pode especular com o resultado.
E esse golo surgiu.
Simão colocou a bola na área e Nuno Gomes fez o golo.
Contudo, o árbitro auxiliar assinalou mal um fora de jogo inexistente.
Assim, a vantagem que permitiria ao Benfica gerir a sua condição física não aconteceu e a equipa foi perdendo “gás”.
Todavia, até aos 20 minutos, o Benfica sufocou o Beira-Mar.
Neste período, mais dois erros do árbitro auxiliar inviabilizaram os propósitos finalizadores dos encarnados.
Depois dos 20 minutos, o Benfica foi baixando o ritmo e foi acumulando dificuldades nas transições.
O Benfica perdia fluidez nas transições e o Beira-Mar começava a respirar.
Aos , num lance em que os problemas do Benfica na transição defensiva emergiram a nú, Ratinho, após um falhanço (mais um) inacreditável de Anderson, inaugurou o marcador.
Na primeira vez que logrou articular o seu processo ofensivo através de uma transição rápida pelo flanco esquerdo, o Beira-Mar aproveitou um erro inadmissível da defesa encarnada para fazer o 1-0.
Se o Benfica já dava sinais de impaciência e de intranquilidade, com o golo a sintomatologia agravou-se.
Acentuou-se e a equipa perdeu a pouca consistência que vinha revelando.
A racionalidade deu lugar à emotividade e, como tal, a desorganização e a sofreguidão apoderaram-se da equipa do Benfica.
A ordem desapareceu do processo ofensivo benfiquista e, quando assim é, as dificuldades avolumam-se.
Daí para a frente, imperou o coração na busca da igualdade.
Muita posse de bola, muita circulação, mas também imensos problemas na ligação defesa/ataque.
Em claro deficit físico, os jogadores do Benfica revelavam-se incapazes de imprimir mudanças de velocidade, o que retirava ofensividade ao momento atacante.
Transportar a bola até às imediações da área não era problema para o Benfica, mas ultrapassar a barreira defensiva aveirense era uma tormenta.
O Beira-Mar postado sobre a sua área, defendendo com 10 elementos atrás da linha da bola, não conhecia problemas de maior para conjurar as iniciativas atacantes dos encarnados.
Desenhando as suas movimentações ofensivas a um ritmo demasiado uniforme e baixo, o Benfica mostrava-se presa fácil para os cagaréus.
Fernando Santos foi mexendo na equipa, primeiro fazendo entrar o inevitável Rui Costa, depois o inenarrável e acabado Derlei e por fim na sua mais acertada decisão Mantorras.
Mantorras é sinónimo de alegria, de confusão, de rebuliço, de excentricidade, enfim, de mudança.
E, mais uma vez, assim foi.
Mantorras entrou e mexeu com o jogo.
Trouxe vivacidade e a igualdade aos 82 minutos de jogo.
Os centrais aveirenses falharam uma intercepção simples, a bola sobrou para Miccoli e deste, após um ressalto, para Mantorras, cujo remate, depois de embater em Devic, bateu Eduardo.
Um lance em que, estou certo, que se fosse outro o protagonistas não teria sido golo.
O remate de Mantorras foi carregadinho de “alma”, de crença, de “vontade de ser feliz.”
O Benfica chegava à mais do que merecida igualdade, pois que, para além de ter dominado e controlado a partida, havia já criado algumas chances de golo, tais como, um remate de Miccoli, aos 52 minutos, um remate de Simão, aos 74 minutos, e um remate de Rui Costa, aos 79 minutos.
A igualdade a 8 minutos do final abria perspectivas de ainda ser possível reverter o resultado.
Todavia, aos 87 minutos, Delibasic, aproveitando outro erro grave da defesa encarnada, recolocou os aveirenses em vantagem.
Quim, Nélson e Katsouranis, cada um na sua tarefa e a seu tempo, falharam e permitiram a Delibasic fazer o 2-1.
Com 3 minutos para terminar a partida, parecia que o Beira-Mar tinha assegurado a vitória.
Contudo, um outro erro infantil da defesa do Beira-Mar aportou justiça ao marcador.
Ricardo, sem necessidade ou explicação, derrubou Simão quando este seguia com a bola controlada é certo, mas em direcção à linha de fundo.
Simão, chamado à cobrança da grande penalidade, restabeleceu a igualdade e apontou o seu 11º golo na competição.
O Benfica obteve um empate que se não o coloca já fora da rota do título, pelo menos, complica-lhe e muito o caminho.
Resultado justo.
Justo porque se o Benfica foi sempre mais dominador, teve mais posse de bola, criou mais e melhores ocasiões de golo, o Beira-Mar mostrou-se sempre competente a defender e a aproveitar as oportunidades de golo que se lhe surgiram.
E justo, também, porque as equipas se equivaleram nos erros e no seu aproveitamento.
Dois erros crassos e infantis para cada equipa resultaram em outros tantos golos.
Paco Soler havia dito que os primeiros 20/25 minutos de jogo seriam decisivos para o desfecho da partida e não se enganou.
O Benfica iniciou o encontro imprimindo uma intensidade fortíssima, que empurrou o Beira-Mar para a sua área.
Procurava obter um golo no dealbar da partida que lhe oferecesse a tranquilidade de quem pode especular com o resultado.
E esse golo surgiu.
Simão colocou a bola na área e Nuno Gomes fez o golo.
Contudo, o árbitro auxiliar assinalou mal um fora de jogo inexistente.
Assim, a vantagem que permitiria ao Benfica gerir a sua condição física não aconteceu e a equipa foi perdendo “gás”.
Todavia, até aos 20 minutos, o Benfica sufocou o Beira-Mar.
Neste período, mais dois erros do árbitro auxiliar inviabilizaram os propósitos finalizadores dos encarnados.
Depois dos 20 minutos, o Benfica foi baixando o ritmo e foi acumulando dificuldades nas transições.
O Benfica perdia fluidez nas transições e o Beira-Mar começava a respirar.
Aos , num lance em que os problemas do Benfica na transição defensiva emergiram a nú, Ratinho, após um falhanço (mais um) inacreditável de Anderson, inaugurou o marcador.
Na primeira vez que logrou articular o seu processo ofensivo através de uma transição rápida pelo flanco esquerdo, o Beira-Mar aproveitou um erro inadmissível da defesa encarnada para fazer o 1-0.
Se o Benfica já dava sinais de impaciência e de intranquilidade, com o golo a sintomatologia agravou-se.
Acentuou-se e a equipa perdeu a pouca consistência que vinha revelando.
A racionalidade deu lugar à emotividade e, como tal, a desorganização e a sofreguidão apoderaram-se da equipa do Benfica.
A ordem desapareceu do processo ofensivo benfiquista e, quando assim é, as dificuldades avolumam-se.
Daí para a frente, imperou o coração na busca da igualdade.
Muita posse de bola, muita circulação, mas também imensos problemas na ligação defesa/ataque.
Em claro deficit físico, os jogadores do Benfica revelavam-se incapazes de imprimir mudanças de velocidade, o que retirava ofensividade ao momento atacante.
Transportar a bola até às imediações da área não era problema para o Benfica, mas ultrapassar a barreira defensiva aveirense era uma tormenta.
O Beira-Mar postado sobre a sua área, defendendo com 10 elementos atrás da linha da bola, não conhecia problemas de maior para conjurar as iniciativas atacantes dos encarnados.
Desenhando as suas movimentações ofensivas a um ritmo demasiado uniforme e baixo, o Benfica mostrava-se presa fácil para os cagaréus.
Fernando Santos foi mexendo na equipa, primeiro fazendo entrar o inevitável Rui Costa, depois o inenarrável e acabado Derlei e por fim na sua mais acertada decisão Mantorras.
Mantorras é sinónimo de alegria, de confusão, de rebuliço, de excentricidade, enfim, de mudança.
E, mais uma vez, assim foi.
Mantorras entrou e mexeu com o jogo.
Trouxe vivacidade e a igualdade aos 82 minutos de jogo.
Os centrais aveirenses falharam uma intercepção simples, a bola sobrou para Miccoli e deste, após um ressalto, para Mantorras, cujo remate, depois de embater em Devic, bateu Eduardo.
Um lance em que, estou certo, que se fosse outro o protagonistas não teria sido golo.
O remate de Mantorras foi carregadinho de “alma”, de crença, de “vontade de ser feliz.”
O Benfica chegava à mais do que merecida igualdade, pois que, para além de ter dominado e controlado a partida, havia já criado algumas chances de golo, tais como, um remate de Miccoli, aos 52 minutos, um remate de Simão, aos 74 minutos, e um remate de Rui Costa, aos 79 minutos.
A igualdade a 8 minutos do final abria perspectivas de ainda ser possível reverter o resultado.
Todavia, aos 87 minutos, Delibasic, aproveitando outro erro grave da defesa encarnada, recolocou os aveirenses em vantagem.
Quim, Nélson e Katsouranis, cada um na sua tarefa e a seu tempo, falharam e permitiram a Delibasic fazer o 2-1.
Com 3 minutos para terminar a partida, parecia que o Beira-Mar tinha assegurado a vitória.
Contudo, um outro erro infantil da defesa do Beira-Mar aportou justiça ao marcador.
Ricardo, sem necessidade ou explicação, derrubou Simão quando este seguia com a bola controlada é certo, mas em direcção à linha de fundo.
Simão, chamado à cobrança da grande penalidade, restabeleceu a igualdade e apontou o seu 11º golo na competição.
O Benfica obteve um empate que se não o coloca já fora da rota do título, pelo menos, complica-lhe e muito o caminho.
Liga dos Astros
A Classificação Geral da Liga dos Astros é a seguinte:
1º Lugar: Joker Alho - 1319 pontos;
2º Lugar: Caça Lagartos/Suçuarana - 1313 pontos;
3º Lugar: Kubas4EverTeam - 1274 pontos;
4º Lugar: Eagles - 1267 pontos;
5º Lugar: Caixa Campus - 1255 pontos;
6º Lugar: Cruzados - 1233 pontos;
7º Lugar: Afinal estou Vivo - 1168 pontos;
8º Lugar: Nª Sr.ª do Caravagio - 748 pontos;
9º Lugar: Santy Thunder Team - 389 pontos;
10º Lugar: Caixa Blogus - 212 pontos;
1º Lugar: Joker Alho - 1319 pontos;
2º Lugar: Caça Lagartos/Suçuarana - 1313 pontos;
3º Lugar: Kubas4EverTeam - 1274 pontos;
4º Lugar: Eagles - 1267 pontos;
5º Lugar: Caixa Campus - 1255 pontos;
6º Lugar: Cruzados - 1233 pontos;
7º Lugar: Afinal estou Vivo - 1168 pontos;
8º Lugar: Nª Sr.ª do Caravagio - 748 pontos;
9º Lugar: Santy Thunder Team - 389 pontos;
10º Lugar: Caixa Blogus - 212 pontos;
Espaço Prof. Karamba
A classificação geral do Espaço Prof. Karamba é a seguinte:
1º Lugar: Cavungi – 635 pontos;
2º Lugar: Zex - 595 pontos;
3º Lugar: Carlos - 580 pontos;
4º Lugar: Jorge Mínimo – 540 pontos;
5º Lugar: Kubas – 535 pontos;
6º Lugar: Fura-Redes - 505 pontos;
7º Lugar: Vermelho - 495 pontos;
8º Lugar: Vermelho Sempre e Vermelho Nunca – 445 pontos;
9º Lugar: Samsalameh e Estar Vivo é o Contrário de Estar Morto – 420 pontos;
10º Lugar: Holtreman – 410 pontos;
11º Lugar: Sócio – 375 pontos;
12º Lugar: Costa - 315 pontos;
13º Lugar: Petit – 305 pontos;
14º Lugar: Francisco Lázaro - 165 pontos;
15º Lugar: Drácula - 130 pontos;
16º Lugar: Braguilha - 100 pontos;
17º Lugar: Salvatrucha – 75 pontos;
18º Lugar: Lion Heart – 40 pontos;
19º Lugar: Jimmy Jump Reloaded - 20 pontos;
20º Lugar: Cuto - 10 pontos;
21º Lugar: Sh Cala-te - 5 pontos;
1º Lugar: Cavungi – 635 pontos;
2º Lugar: Zex - 595 pontos;
3º Lugar: Carlos - 580 pontos;
4º Lugar: Jorge Mínimo – 540 pontos;
5º Lugar: Kubas – 535 pontos;
6º Lugar: Fura-Redes - 505 pontos;
7º Lugar: Vermelho - 495 pontos;
8º Lugar: Vermelho Sempre e Vermelho Nunca – 445 pontos;
9º Lugar: Samsalameh e Estar Vivo é o Contrário de Estar Morto – 420 pontos;
10º Lugar: Holtreman – 410 pontos;
11º Lugar: Sócio – 375 pontos;
12º Lugar: Costa - 315 pontos;
13º Lugar: Petit – 305 pontos;
14º Lugar: Francisco Lázaro - 165 pontos;
15º Lugar: Drácula - 130 pontos;
16º Lugar: Braguilha - 100 pontos;
17º Lugar: Salvatrucha – 75 pontos;
18º Lugar: Lion Heart – 40 pontos;
19º Lugar: Jimmy Jump Reloaded - 20 pontos;
20º Lugar: Cuto - 10 pontos;
21º Lugar: Sh Cala-te - 5 pontos;
domingo, abril 08, 2007
Análise à Jornada - A opinião dos Intervenientes
Dado que este fim de semana não tive ocasião de ver, na íntegra, qualquer um dos jogos dos “grandes”, publicarei, de seguida, a opinião dos intervenientes naquelas partidas no sentido de suscitar a vossa apreciação à jornada.
Porto – 5 Setúbal - 1
Jesualdo Ferreira:
“O F.C. Porto fez uma primeira parte boa, foi capaz de gerir muito bem a necessidade de ganhar. Depois de um jogo muito difícil como foi contra o Benfica, saberíamos que este não foi fácil. Construímos um resultado robusto, na segunda parte procurámos gerir o esforço mas desperdiçamos ainda duas oportunidades flagrantes. O F.C. Porto soube ser sereno, ao conquistar zona central do meio-campo, acelerámos bem. Segunda parte foi para passar tempo, treinadores não gostam disso, mas isso era importante para os jogadores. Queríamos chegar ao fim do sem mais problemas, mas infelizmente isso não aconteceu. Faltam seis jogos, queremos ganhar o campeonato, e para isso é preciso que a equipa seja capaz de suplantar as dificuldades. A equipa foi praticamente desmantelada. Recuperámos o Postiga para outra posição, achámos que Lucho seria um jogador importante no primeiro passe, para decidir bem com posse de bola. O V. Setúbal conquistou muitos cantos, que anulámos sem dificuldades. Retirámos o Jorginho para não perdermos equilíbrios e permitir ao Anderson que jogue. Esses equilíbrios que a equipa teve durante muitos meses perderam-se. O quinto golo é excelente. Como equipa, na segunda parte, o F.C. Porto não esteve ao nível do que nos habituou. O F.C. Porto continua na liderança, falta menos um jogo e os adversários ainda não jogaram.”
Bruno Ribeiro, médio do V. Setúbal, uma vez que Carlos Cardoso não se deslocou à sala de imprensa:
“Entrámos mal no jogo. Contra uma equipa destas, que joga um futebol lindo, é difícil jogar e ao sofrermos um golo cedo e a tarefa complicou-se mais. Queríamos levar pontos daqui mas não conseguimos. Estamos trabalhar dia-a-dia para conseguir a manutenção.”
Braga – 0 Sporting – 1
Jorge Costa:
“Foram duas partes completamente distintas. Na primeira o Sporting foi superior, na segunda o Sp. Braga foi bem melhor. Sofremos um golo numa jogada um pouco estranha. Tudo fizemos para dar a volta mas não conseguimos. Não deixam de ser três pontos perdidos, mas pela postura da equipa devemos estar confiantes. É o Braga da segunda parte que espero para o futuro.”
Paulo Bento:
“Foi um bom jogo, bem disputado, no qual estivemos muito bem na primeira parte, em especial nos primeiros 25 minutos. Dominámos o adversário e tivemos as melhores oportunidades durante esse período. Seguiu-se algum equilíbrio, mas depois voltámos a dominar nos últimos minutos da primeira parte. Acho que já justificávamos a vantagem ao intervalo. Rectificámos algumas coisas no balneário, voltámos mais fortes e marcámos o golo. Podíamos porventura ter matado o jogo mais cedo, mas gosto de ganhar por 1-0. Prefiro ganhar por 1-0 do que por 5-4. Denota maior concentração e maior organização”.
“Depois do nosso golo o adversário, que tem valor, reagiu, exerceu alguma pressão, criou algumas oportunidades e causou-nos alguns sustos, também porque não soubemos gerir o jogo e permitimos que o Luís Filipe criasse situações de superioridade pelo lado direito. O João Pinto também acabou por trazer dinâmica à equipa do Braga e criou-nos algumas dificuldades com a sua mobilidade. Mas o que fica é que vencemos, arrecadámos os três pontos, conseguimos a melhor série de vitórias no campeonato e continuámos na luta pelo título”.
Porto – 5 Setúbal - 1
Jesualdo Ferreira:
“O F.C. Porto fez uma primeira parte boa, foi capaz de gerir muito bem a necessidade de ganhar. Depois de um jogo muito difícil como foi contra o Benfica, saberíamos que este não foi fácil. Construímos um resultado robusto, na segunda parte procurámos gerir o esforço mas desperdiçamos ainda duas oportunidades flagrantes. O F.C. Porto soube ser sereno, ao conquistar zona central do meio-campo, acelerámos bem. Segunda parte foi para passar tempo, treinadores não gostam disso, mas isso era importante para os jogadores. Queríamos chegar ao fim do sem mais problemas, mas infelizmente isso não aconteceu. Faltam seis jogos, queremos ganhar o campeonato, e para isso é preciso que a equipa seja capaz de suplantar as dificuldades. A equipa foi praticamente desmantelada. Recuperámos o Postiga para outra posição, achámos que Lucho seria um jogador importante no primeiro passe, para decidir bem com posse de bola. O V. Setúbal conquistou muitos cantos, que anulámos sem dificuldades. Retirámos o Jorginho para não perdermos equilíbrios e permitir ao Anderson que jogue. Esses equilíbrios que a equipa teve durante muitos meses perderam-se. O quinto golo é excelente. Como equipa, na segunda parte, o F.C. Porto não esteve ao nível do que nos habituou. O F.C. Porto continua na liderança, falta menos um jogo e os adversários ainda não jogaram.”
Bruno Ribeiro, médio do V. Setúbal, uma vez que Carlos Cardoso não se deslocou à sala de imprensa:
“Entrámos mal no jogo. Contra uma equipa destas, que joga um futebol lindo, é difícil jogar e ao sofrermos um golo cedo e a tarefa complicou-se mais. Queríamos levar pontos daqui mas não conseguimos. Estamos trabalhar dia-a-dia para conseguir a manutenção.”
Braga – 0 Sporting – 1
Jorge Costa:
“Foram duas partes completamente distintas. Na primeira o Sporting foi superior, na segunda o Sp. Braga foi bem melhor. Sofremos um golo numa jogada um pouco estranha. Tudo fizemos para dar a volta mas não conseguimos. Não deixam de ser três pontos perdidos, mas pela postura da equipa devemos estar confiantes. É o Braga da segunda parte que espero para o futuro.”
Paulo Bento:
“Foi um bom jogo, bem disputado, no qual estivemos muito bem na primeira parte, em especial nos primeiros 25 minutos. Dominámos o adversário e tivemos as melhores oportunidades durante esse período. Seguiu-se algum equilíbrio, mas depois voltámos a dominar nos últimos minutos da primeira parte. Acho que já justificávamos a vantagem ao intervalo. Rectificámos algumas coisas no balneário, voltámos mais fortes e marcámos o golo. Podíamos porventura ter matado o jogo mais cedo, mas gosto de ganhar por 1-0. Prefiro ganhar por 1-0 do que por 5-4. Denota maior concentração e maior organização”.
“Depois do nosso golo o adversário, que tem valor, reagiu, exerceu alguma pressão, criou algumas oportunidades e causou-nos alguns sustos, também porque não soubemos gerir o jogo e permitimos que o Luís Filipe criasse situações de superioridade pelo lado direito. O João Pinto também acabou por trazer dinâmica à equipa do Braga e criou-nos algumas dificuldades com a sua mobilidade. Mas o que fica é que vencemos, arrecadámos os três pontos, conseguimos a melhor série de vitórias no campeonato e continuámos na luta pelo título”.
terça-feira, abril 03, 2007
Boa Páscoa!
Amanhã, o Blog entrará em gozo de férias, que se estendem até ao próximo dia 8 de Abril.
Até lá, o inexorável devir futebolístico.
A dealbar já amanhã em Barcelona com o Espanhol-Benfica.
Com Katsouranis castigado, Rui Costa deverá ser titular.
Por outro lado, numa perspectiva de gestão de esforço e tendo em conta opções tomadas em jogos anteriores, Derlei deverá alinhar no lugar de Nuno Gomes.
Hoje por hoje, três nomes emergem dos demais no plantel do Espanhol - Kameni, De la Peña e Tamudo.
Kameni é, apenas, um dos melhores guarda-redes da Liga Espanhola. Um fiel e digno herdeiro de N´Kono e Bell.
De la Peña renasceu no Espanhol, assumindo-se como o principal artífice do processo ofensivo.
Tamudo é um símbolo do clube. Avançado rápido e codicioso, explora com particular facilidade as costas da defesa adversária.
Não será um jogo fácil.
Todavia, o Espanhol apresenta um registo superior na condição de visitante do que na de visitado, ao que não será, certamente, alheia a circunstância da mudança de estádio nunca ter sido convenientemente absorvida pelo clube.
A demolição do Sarriá permitiu salvar o Espanhol da extinção, mas foi um golpe profundo na identidade do clube e no orgulho dos adeptos.
Assim, cabe ao Benfica explorar a menor eficácia do Espanhol nos jogos em casa.
Nas competições europeias, em eliminatórias a dois jogos, marcar fora é o código postal do apuramento.
Essa será a chave da eliminatória.
No fim de semana, teremos mais uma jornada da Liga Bwin.
O Porto não deverá sentir dificuldades para vencer o Setúbal.
Apenas uma noite de profunda desinspiração portista poderá fazer perigar o seu triunfo.
Tarefas mais complicadas enfrentam Benfica e Sporting.
O Benfica defronta um Beira-Mar sequioso de pontos, o que, naturalmente, aporta um risco acrescido à partida.
Não será tarefa fácil a que espera o Benfica, até porque os índices de motivação dos aveirenses estarão, por certo, em alta
Contudo, mais do que tudo, a forma como os jogadores do Benfica encararem a partida será factor de crucial importância.
Espírito de conquista exige-se.
Em Braga, o Sporting defronta o seu homónimo local, num jogo previsivelmente equilibrado.
O Braga recuperou algum fôlego com a recente vitória nos Barreiros e parece querer regressar aos períodos de maior fulgor que foi conhecendo ao longo da temporada.
Por seu turno, o Sporting vem da sua melhor série de jogos de toda a época e fortemente moralizado pela aproximação aos dois primeiros.
Quem controlar emocionalmente a partida, vencerá.
Boa Páscoa a todos!
Até lá, o inexorável devir futebolístico.
A dealbar já amanhã em Barcelona com o Espanhol-Benfica.
Com Katsouranis castigado, Rui Costa deverá ser titular.
Por outro lado, numa perspectiva de gestão de esforço e tendo em conta opções tomadas em jogos anteriores, Derlei deverá alinhar no lugar de Nuno Gomes.
Hoje por hoje, três nomes emergem dos demais no plantel do Espanhol - Kameni, De la Peña e Tamudo.
Kameni é, apenas, um dos melhores guarda-redes da Liga Espanhola. Um fiel e digno herdeiro de N´Kono e Bell.
De la Peña renasceu no Espanhol, assumindo-se como o principal artífice do processo ofensivo.
Tamudo é um símbolo do clube. Avançado rápido e codicioso, explora com particular facilidade as costas da defesa adversária.
Não será um jogo fácil.
Todavia, o Espanhol apresenta um registo superior na condição de visitante do que na de visitado, ao que não será, certamente, alheia a circunstância da mudança de estádio nunca ter sido convenientemente absorvida pelo clube.
A demolição do Sarriá permitiu salvar o Espanhol da extinção, mas foi um golpe profundo na identidade do clube e no orgulho dos adeptos.
Assim, cabe ao Benfica explorar a menor eficácia do Espanhol nos jogos em casa.
Nas competições europeias, em eliminatórias a dois jogos, marcar fora é o código postal do apuramento.
Essa será a chave da eliminatória.
No fim de semana, teremos mais uma jornada da Liga Bwin.
O Porto não deverá sentir dificuldades para vencer o Setúbal.
Apenas uma noite de profunda desinspiração portista poderá fazer perigar o seu triunfo.
Tarefas mais complicadas enfrentam Benfica e Sporting.
O Benfica defronta um Beira-Mar sequioso de pontos, o que, naturalmente, aporta um risco acrescido à partida.
Não será tarefa fácil a que espera o Benfica, até porque os índices de motivação dos aveirenses estarão, por certo, em alta
Contudo, mais do que tudo, a forma como os jogadores do Benfica encararem a partida será factor de crucial importância.
Espírito de conquista exige-se.
Em Braga, o Sporting defronta o seu homónimo local, num jogo previsivelmente equilibrado.
O Braga recuperou algum fôlego com a recente vitória nos Barreiros e parece querer regressar aos períodos de maior fulgor que foi conhecendo ao longo da temporada.
Por seu turno, o Sporting vem da sua melhor série de jogos de toda a época e fortemente moralizado pela aproximação aos dois primeiros.
Quem controlar emocionalmente a partida, vencerá.
Boa Páscoa a todos!
segunda-feira, abril 02, 2007
Análise ao Sporting/Beira-Mar
Agora não restam quaisquer dúvidas – a luta pelo título será disputada a três.
O Sporting venceu com relativa facilidade o Beira-Mar e aproximou-se dos seus rivais, encontrando-se agora a 4 pontos do líder Porto e a 3 do vice-líder Benfica.
Frente a um adversário que, para além de macio, incorreu em erros grosseiros, inadmissíveis em alta competição, o Sporting construiu um triunfo cuja tranquilidade apenas foi abalada pelo seu adormecimento no segundo tempo.
No Sporting, a novidade deu pelo nome de Farnerud, que surgiu no lugar do castigado Moutinho.
No Beira-Mar, a surpresa foi aquilo que deveria ser um não acontecimento, mas que cada vez mais assume contornos de singularidade – a temeridade de Paco Soler, que não abdicou do tradicional 4x4x2.
O Beira-Mar fez questão de deixar o autocarro à porta do Estádio de Alvalade e encarou o adversário olhos nos olhos, sem medos reverenciais.
Na frente, lá estiveram, como habitualmente, Delibasic e Edgar.
E não foi pela postura que o Beira-Mar perdeu.
Perdeu porque cometeu erros infantis, porque lhe faltou agressividade e porque o Sporting lhe é superior colectiva e individualmente.
Com um ferrolho não deixaria, por certo, de perder. Mas, para além do Beira-Mar, também, sairia derrotado o espectáculo.
Assim, ganhou em dignidade o Beira-Mar e em qualidade o espectáculo aquilo que ambos perderiam sempre se a equipa aveirense se tivesse apresentado com uma estrutura ultra-defensiva.
O Sporting construiu a sua superioridade no meio-campo, sector em que a excessiva largura aveirense abriu demasiados espaços à concentração central leonina.
A diferença residiu no simples facto do 4x4x2 do Beira-Mar contemplar alas puros, ao passo que 4x4x2 do Sporting não.
Deste modo, como os alas aveirenses não bascularam em movimentos interiores na busca da marcação dos médios de transição do Sporting, estes dispuseram sempre de tempo e espaço para expressar as suas qualidades, mormente ao nível do passe.
Houve sempre muito espaço no meio-campo, mas também entre linhas fruto da maior dinâmica dos jogadores leoninos.
Nestas superioridades se alicerçou o êxito leonino.
Aos 14 minutos, Romagnoli, explorando o tal espaço de que beneficiava, executou um passe diagonal a “rasgar” entre o central e o lateral esquerdo aveirense, o qual encontrou Abel, livre de marcação no interior da área, ao que este visou com sucesso as redes de Eduardo.
O Beira-Mar ensaiou uma tímida e estereotipada reacção à desvantagem.
Procurando explorar a menor cobertura das alas que o 4x4x2 em losango oferece, a equipa aveirense desenhou três lances absolutamente iguais, quer na forma, quer no conteúdo, quer nos protagonistas, quer no resultado.
Na esquerda, Tininho executou três excelentes cruzamentos a solicitar a cabeça de Edgar, os quais foram igualmente mal finalizados pelo brasileiro (18, 21 e 24m).
O Sporting controlava o encontro a seu bel-prazer e sem surpresa, aos 32 minutos, Liedson fez o 2-0 aproveitando um erro de Eduardo, mas também um cruzamento bem tirado por Rodrigo Tello.
Volvidos alguns minutos, Ezequias lesionou-se e para o seu lugar entrou Diakité.
Ainda que esta substituição não tenha alterado o sistema táctico aveirense, o certo é que a maior amplitude de movimentos e disponibilidade física de Diakité aportaram maior resistência à zona central do meio-campo aveirense.
Este reforço da consistência do meio-campo do Beira-Mar acolitado por um relaxamento leonino trouxe maior equilíbrio à partida.
O Beira-Mar entrou muito melhor no segundo tempo e, aos 51 minutos, Ricardo obrigou Ricardo a excelente intervenção na sequência de um pontapé livre.
Estava dado o mote para uma segunda parte em que o Beira-Mar conheceu períodos de domínio do jogo, muito por culpa da atitude ou da falta dela dos jogadores do Sporting.
Com uma vantagem confortável no marcador e perante um adversário pouco mais do que inofensivo, os jogadores do Sporting encararam a segunda metade do encontro como uma obrigação que importava cumprir com o mínimo desgaste.
O Beira-Mar, embora dominasse por esta altura o jogo, o certo é que apenas na sequência de cantos lograva criar situações de perigo para a baliza de Ricardo, a mais flagrante das quais aos 70 minutos por Devic, cujo cabeceamento saiu ligeiramente ao lado.
Alias, este lance pôs termo à paciência de Paulo Bento, que perante tamanha apatia fez entrar Alecsandro e Pereirinha com o propósito de “agitar as águas”.
E conseguiu-o.
O Sporting despertou e voltou a criar situações de perigo. Romagnoli esteve perto de marcar, mas Eduardo, com duas excelentes intervenções, impediu-o.
Num último suspiro, Devic ainda cabeceou de novo com perigo, mas pertenceria ao Sporting a derradeira ocasião da partida, num lance em que Alecsandro, isolado face a Eduardo, rematou ligeiramente ao lado.
Vitória justa e incontestada do Sporting.
O Sporting venceu com relativa facilidade o Beira-Mar e aproximou-se dos seus rivais, encontrando-se agora a 4 pontos do líder Porto e a 3 do vice-líder Benfica.
Frente a um adversário que, para além de macio, incorreu em erros grosseiros, inadmissíveis em alta competição, o Sporting construiu um triunfo cuja tranquilidade apenas foi abalada pelo seu adormecimento no segundo tempo.
No Sporting, a novidade deu pelo nome de Farnerud, que surgiu no lugar do castigado Moutinho.
No Beira-Mar, a surpresa foi aquilo que deveria ser um não acontecimento, mas que cada vez mais assume contornos de singularidade – a temeridade de Paco Soler, que não abdicou do tradicional 4x4x2.
O Beira-Mar fez questão de deixar o autocarro à porta do Estádio de Alvalade e encarou o adversário olhos nos olhos, sem medos reverenciais.
Na frente, lá estiveram, como habitualmente, Delibasic e Edgar.
E não foi pela postura que o Beira-Mar perdeu.
Perdeu porque cometeu erros infantis, porque lhe faltou agressividade e porque o Sporting lhe é superior colectiva e individualmente.
Com um ferrolho não deixaria, por certo, de perder. Mas, para além do Beira-Mar, também, sairia derrotado o espectáculo.
Assim, ganhou em dignidade o Beira-Mar e em qualidade o espectáculo aquilo que ambos perderiam sempre se a equipa aveirense se tivesse apresentado com uma estrutura ultra-defensiva.
O Sporting construiu a sua superioridade no meio-campo, sector em que a excessiva largura aveirense abriu demasiados espaços à concentração central leonina.
A diferença residiu no simples facto do 4x4x2 do Beira-Mar contemplar alas puros, ao passo que 4x4x2 do Sporting não.
Deste modo, como os alas aveirenses não bascularam em movimentos interiores na busca da marcação dos médios de transição do Sporting, estes dispuseram sempre de tempo e espaço para expressar as suas qualidades, mormente ao nível do passe.
Houve sempre muito espaço no meio-campo, mas também entre linhas fruto da maior dinâmica dos jogadores leoninos.
Nestas superioridades se alicerçou o êxito leonino.
Aos 14 minutos, Romagnoli, explorando o tal espaço de que beneficiava, executou um passe diagonal a “rasgar” entre o central e o lateral esquerdo aveirense, o qual encontrou Abel, livre de marcação no interior da área, ao que este visou com sucesso as redes de Eduardo.
O Beira-Mar ensaiou uma tímida e estereotipada reacção à desvantagem.
Procurando explorar a menor cobertura das alas que o 4x4x2 em losango oferece, a equipa aveirense desenhou três lances absolutamente iguais, quer na forma, quer no conteúdo, quer nos protagonistas, quer no resultado.
Na esquerda, Tininho executou três excelentes cruzamentos a solicitar a cabeça de Edgar, os quais foram igualmente mal finalizados pelo brasileiro (18, 21 e 24m).
O Sporting controlava o encontro a seu bel-prazer e sem surpresa, aos 32 minutos, Liedson fez o 2-0 aproveitando um erro de Eduardo, mas também um cruzamento bem tirado por Rodrigo Tello.
Volvidos alguns minutos, Ezequias lesionou-se e para o seu lugar entrou Diakité.
Ainda que esta substituição não tenha alterado o sistema táctico aveirense, o certo é que a maior amplitude de movimentos e disponibilidade física de Diakité aportaram maior resistência à zona central do meio-campo aveirense.
Este reforço da consistência do meio-campo do Beira-Mar acolitado por um relaxamento leonino trouxe maior equilíbrio à partida.
O Beira-Mar entrou muito melhor no segundo tempo e, aos 51 minutos, Ricardo obrigou Ricardo a excelente intervenção na sequência de um pontapé livre.
Estava dado o mote para uma segunda parte em que o Beira-Mar conheceu períodos de domínio do jogo, muito por culpa da atitude ou da falta dela dos jogadores do Sporting.
Com uma vantagem confortável no marcador e perante um adversário pouco mais do que inofensivo, os jogadores do Sporting encararam a segunda metade do encontro como uma obrigação que importava cumprir com o mínimo desgaste.
O Beira-Mar, embora dominasse por esta altura o jogo, o certo é que apenas na sequência de cantos lograva criar situações de perigo para a baliza de Ricardo, a mais flagrante das quais aos 70 minutos por Devic, cujo cabeceamento saiu ligeiramente ao lado.
Alias, este lance pôs termo à paciência de Paulo Bento, que perante tamanha apatia fez entrar Alecsandro e Pereirinha com o propósito de “agitar as águas”.
E conseguiu-o.
O Sporting despertou e voltou a criar situações de perigo. Romagnoli esteve perto de marcar, mas Eduardo, com duas excelentes intervenções, impediu-o.
Num último suspiro, Devic ainda cabeceou de novo com perigo, mas pertenceria ao Sporting a derradeira ocasião da partida, num lance em que Alecsandro, isolado face a Eduardo, rematou ligeiramente ao lado.
Vitória justa e incontestada do Sporting.
Liga dos Astros
A Classificação Geral da Liga dos Astros é a seguinte:
1º Lugar: Joker Alho - 1264 pontos;
2º Lugar: Caça Lagartos/Suçuarana - 1249 pontos;
3º Lugar: Kubas4EverTeam - 1226 pontos;
4º Lugar: Eagles - 1219 pontos;
5º Lugar: Caixa Campus - 1199 pontos;
6º Lugar: Cruzados - 1180 pontos;
7º Lugar: Afinal estou Vivo - 1113 pontos;
8º Lugar: Nª Sr.ª do Caravagio - 748 pontos;
9º Lugar: Santy Thunder Team - 389 pontos;
10º Lugar: Caixa Blogus - 212 pontos;
1º Lugar: Joker Alho - 1264 pontos;
2º Lugar: Caça Lagartos/Suçuarana - 1249 pontos;
3º Lugar: Kubas4EverTeam - 1226 pontos;
4º Lugar: Eagles - 1219 pontos;
5º Lugar: Caixa Campus - 1199 pontos;
6º Lugar: Cruzados - 1180 pontos;
7º Lugar: Afinal estou Vivo - 1113 pontos;
8º Lugar: Nª Sr.ª do Caravagio - 748 pontos;
9º Lugar: Santy Thunder Team - 389 pontos;
10º Lugar: Caixa Blogus - 212 pontos;
Espaço Prof.Karamba
A classificação geral do Espaço Prof. Karamba é a seguinte:
1º Lugar: Cavungi – 620 pontos;
2º Lugar: Zex - 575 pontos;
3º Lugar: Carlos - 560 pontos;
4º Lugar: Kubas e Jorge Mínimo – 530 pontos;
5º Lugar: Fura-Redes - 485 pontos;
6º Lugar: Vermelho - 480 pontos;
7º Lugar: Vermelho Sempre – 440 pontos;
8º Lugar: Vermelho Nunca – 430 pontos;
9º Lugar: Samsalameh – 420 pontos;
10º Lugar: Estar Vivo é o Contrário de Estar Morto – 410 pontos;
11º Lugar: Holtreman – 400 pontos;
12º Lugar: Sócio – 375 pontos;
13º Lugar: Costa - 315 pontos;
14º Lugar: Petit – 290 pontos;
15º Lugar: Francisco Lázaro - 165 pontos;
16º Lugar: Drácula - 120 pontos;
17º Lugar: Braguilha - 100 pontos;
18º Lugar: Salvatrucha – 65 pontos;
19º Lugar: Jimmy Jump Reloaded e Lion Heart - 20 pontos;
20º Lugar: Cuto - 10 pontos;
21º Lugar: Sh Cala-te - 5 pontos;
1º Lugar: Cavungi – 620 pontos;
2º Lugar: Zex - 575 pontos;
3º Lugar: Carlos - 560 pontos;
4º Lugar: Kubas e Jorge Mínimo – 530 pontos;
5º Lugar: Fura-Redes - 485 pontos;
6º Lugar: Vermelho - 480 pontos;
7º Lugar: Vermelho Sempre – 440 pontos;
8º Lugar: Vermelho Nunca – 430 pontos;
9º Lugar: Samsalameh – 420 pontos;
10º Lugar: Estar Vivo é o Contrário de Estar Morto – 410 pontos;
11º Lugar: Holtreman – 400 pontos;
12º Lugar: Sócio – 375 pontos;
13º Lugar: Costa - 315 pontos;
14º Lugar: Petit – 290 pontos;
15º Lugar: Francisco Lázaro - 165 pontos;
16º Lugar: Drácula - 120 pontos;
17º Lugar: Braguilha - 100 pontos;
18º Lugar: Salvatrucha – 65 pontos;
19º Lugar: Jimmy Jump Reloaded e Lion Heart - 20 pontos;
20º Lugar: Cuto - 10 pontos;
21º Lugar: Sh Cala-te - 5 pontos;
Liga dos Astros
Recordo que só serão admitidos a participar em cada jornada, os condóminos que apresentem a sua equipa sem recurso às tão criticadas remissões para as equipas apresentadas nas semanas anteriores.
As equipas apresentadas por remissão ter-se-ão por não escritas, não sendo consideradas.
Este post destina-se a quem não tenha apresentado a sua equipa no decurso da semana passada ou a quem, embora o tenha feito, deseje reformulá-la.
Boa Sorte!
As equipas apresentadas por remissão ter-se-ão por não escritas, não sendo consideradas.
Este post destina-se a quem não tenha apresentado a sua equipa no decurso da semana passada ou a quem, embora o tenha feito, deseje reformulá-la.
Boa Sorte!
Espaço Prof. Karamba
Os jogos sujeitos a aposta relativos à 24ª Jornada são os seguintes:
P.Ferreira - Nacional;
U. Leiria - Belenenses;
Beira-Mar - Benfica;
Braga - Sporting;
Porto - V.Setubal;
Como sempre, aqui deixo o meu palpite:
P.Ferreira - Nacional: 1-0;
U. Leiria - Belenenses: 1-2;
Beira-Mar - Benfica: 0-2;
Braga - Sporting: 2-1;
Porto - V.Setubal: 2-0
Este post destina-se a quem não tenha feito os seus palpites no decurso da semana passada ou a quem, embora os tenha realizado, deseje reformulá-los.
P.Ferreira - Nacional;
U. Leiria - Belenenses;
Beira-Mar - Benfica;
Braga - Sporting;
Porto - V.Setubal;
Como sempre, aqui deixo o meu palpite:
P.Ferreira - Nacional: 1-0;
U. Leiria - Belenenses: 1-2;
Beira-Mar - Benfica: 0-2;
Braga - Sporting: 2-1;
Porto - V.Setubal: 2-0
Este post destina-se a quem não tenha feito os seus palpites no decurso da semana passada ou a quem, embora os tenha realizado, deseje reformulá-los.
Análise à Jornada
Benfica e Porto empataram e o campeonato continua em aberto.
Empate que, ainda assim, foi um bom resultado para o Porto, pois que lhe permitiu averbar duas vantagens importantes – no confronto directo, em caso de igualdade pontual, e a de ser a única equipa que depende apenas de si para conquistar o campeonato.
Fernando Santos manteve-se fiel ao sistema e ao onze, ao passo que Jesualdo introduziu uma nuance no habitual 4x3x3 através da chamada de Jorginho à titularidade.
Não sendo um ala, Jorginho procurou zonas mais interiores e como que transformou o 4x3x3 num 4x4x2 em losango.
Defensivamente, foi-o.
Ofensivamente, só não o foi, porque Quaresma se assumiu como um extremo clássico.
A partida pode resumir-se lançando mão de um cliché do futebolês – Foi um jogo com duas partes distintas.
A primeira com controlo e domínio do Porto e a segunda com controlo e domínio do Benfica.
Em medidas distintas, mas a tendência geral do encontro foi de predomínio repartido por cada uma das metades do desafio.
Na 1ª parte, o Benfica, pura e simplesmente, não existiu.
Desde logo porque não conseguiu controlar emocionalmente o jogo.
O bloco excessivamente baixo que o Benfica apresentou foi sinal claro de que os seus jogadores sucumbiram à pressão do jogo.
Abúlicos e amorfos, não pressionaram, não encurtaram espaços, não ligaram a transição ofensiva, mantiveram sempre uma grande distância entre linhas, postaram-se sempre de forma muito recuada e retraída, não foram agressivos, não ganharam uma segunda bola que fosse, enfim, não existiram enquanto equipa.
Para lá do descontrolo emocional, a “ausência” de Katsouranis foi determinante.
Aliás, este foi um clássico de figuras, mas de figuras pela negativa.
Ao apagão de Katsouranis na primeira parte, respondeu Lucho no segundo tempo.
À invisibilidade de Simão respondeu Quaresma com idêntico desaparecimento.
As dinâmicas colectivas sobrepuseram-se às individualidades.
Katsouranis e Lucho estão “mortos”.
Lucho durou 45 minutos apenas porque já não jogava há duas semanas.
Os dois jogadores mais utilizados de cada uma das equipas mostram-se fisicamente exauridos.
E dado que ambos desempenham papel de primeira grandeza nos modelos de jogo das suas equipas, a sua “ausência” reflecte-se de sobremaneira na própria dinâmica colectiva.
Na 1ª parte, o Porto, para além de se ter apresentado mais pressionante e mais compacto, beneficiou da colocação de Jorginho para equilibrar as forças a meio-campo, mas também e muito da “ausência” de Katsouranis.
O Benfica que, em abstracto, teria superioridade numérica a meio-campo, fruto do seu sistema táctico contemplar mais uma unidade nesse sector, nunca materializou essa vantagem na medida em que na prática apenas surgiram três elementos nessa zona do terreno.
Aliás, quando Jorginho basculava para posições mais interiores, o Porto alcançava mesmo superioridade.
Assim, o Porto conquistou, com naturalidade, supremacia no encontro.
Mais agressivos, pressionando mais alto e preenchendo melhor os espaços, os jogadores do Porto faziam da posse e da circulação de bola a matriz essencial do seu modelo de jogo.
Todavia, o domínio e o controlo que o Porto exercia sobre o jogo se lhe permitia uma circulação de bola com qualidade, não encontrava materialização na criação de ocasiões de golo.
Na 1ª parte, apenas uma, após excelente passe de Lucho e não menos brilhante diagonal de Adriano a que Quim se opôs com intervenção de elevada categoria.
Deste modo, o golo do Porto surgiu inesperadamente num contexto de esterilidade do seu processo ofensivo.
Aos 43 minutos, na esquerda, Quaresma executou um livre, Anderson deixou fugir Pepe, Quim não saiu dos postes e o brasileiro apareceu ao 2º poste, livre de qualquer marcação, a cabecear para o fundo das redes encarnadas.
Estava feito o 0-1, que premiava o ascendente portista no jogo, pese embora a equipa azul e branca não tivesse até então construído oportunidades de golo que justificassem a vantagem alcançada.
Na segunda parte, Fernando Santos substituiu Katsouranis por Rui Costa e o processo ofensivo benfiquista conheceu outra alma, outro fulgor.
Por paradoxal que pareça, tal como verificado em outras ocasiões no passado, o golo portista acabou por libertar os jogadores benfiquistas da pressão emocional do jogo.
Em desvantagem, assumiram outra atitude, bem diferente da apatia evidenciada no primeiro tempo.
A letargia deu lugar à vivacidade e ao espírito de conquista.
Com Rui Costa em campo, o sistema táctico conheceu, por fim, execução prática.
A par desta reorganização estratégica do Benfica, o estouro físico de Lucho transformou a igualdade e por vezes inferioridade numérica da primeira parte numa superioridade que permitiu ao Benfica assumir as rédeas do encontro.
Com Lucho colocado sobre o flanco direito, o seu desaparecimento induziu o Benfica a explorar o lado esquerdo do seu ataque, nomeadamente por Léo, para desenhar os seus principais movimentos ofensivos.
Na segunda parte, só “deu” Benfica.
O domínio e o controlo da partida pertenceram, em exclusivo, ao Benfica.
O Benfica subiu as suas linhas, mormente o seu bloco defensivo, apresentou outra alegria e outra agressividade, imprimiu um ritmo e uma intensidade bastante altas, assumindo de forma absoluta a iniciativa do jogo.
A dimensão do domínio do Benfica foi de tal ordem que sufocou o Porto.
Na segunda parte, especialmente nos primeiros vinte e cinco minutos, o Porto não ligou uma única transição ofensiva, tendo-se limitado a defender.
O Benfica dominou, por completo, as transições, quer ofensivas, quer defensivas, encostando o Porto às cordas.
Rui Costa não emperrou a equipa, antes empurrou-a para uma segunda metade de grande nível.
Ao contrário do que havia sucedido no primeiro tempo com o domínio do Porto, a supremacia do Benfica encontrou expressão nas oportunidades de golo construídas (Nuno Gomes, Rui Costa e Miccoli podiam ter feito a igualdade).
Todavia, apenas aos 83 minutos de jogo, na sequência de um livre apontado por Simão na direita, o Benfica chegaria à igualdade.
David Luiz, grande jogo, cabeceou ao poste e Lucho viu a bola embater-lhe no peito e entrar na baliza de Hélton.
Estava feita justiça mínima no jogo.
Curiosamente, quer Simão, quer Quaresma, embora tenham estado "ausentes" do Clássico, revelaram-se decisivos nos golos obtidos pelas suas equipas, pois que os livres dos quais aqueles nasceram foram por eles executados.
Até final, o Benfica continuou a porfiar na busca do 2º golo, mas, embora Mantorras e Derlei tivessem beneficiado de duas excelentes oportunidades de golo, o empate manteve-se inalterado (diga-se em abono da verdade que Renteria no minuto final do jogo também dispôs de uma excelente ocasião de golo, mas atirou ao lado).
Resultado injusto, como os números finais do jogo demonstram:
O Benfica desenhou 37 ataques contra 19 do Porto, executou 22 remates à baliza contra 10 do Porto, beneficiou de 15 cantos contra 2 do Porto e teve a posse de bola durante 54 % do tempo de jogo ao passo que o Porto apenas durante 46%.
A dimensão do domínio de cada uma das equipas em cada uma das metades do jogo diz da injustiça do resultado.
O Porto dominou a primeira parte, mas a sua supremacia não se revelou avassaladora, nem encontrou correspondência na criação de ocasiões de golo.
Ao invés, a superioridade do Benfica na segunda parte sufocou o Porto e conheceu expressão na construção de oportunidades de golo.
Destarte, o resultado mais coincidente com a produção das equipas seria a vitória do Benfica.
Nos restantes jogos, destaque para a vitória do Braga na Madeira, “matando um borrego” com vários anos, e para a vitória do Boavista sobre o Paços.
Em Coimbra, a Briosa empatou a zero com o Leiria, num mau jogo de futebol em todos os sentidos.
As equipas apresentaram um futebol de baixa qualidade, o trio de arbitragem exibiu-se a idêntico nível e Manuel Machado presenteou os espectadores com uma actuação paupérrima.
Pior era impossível.
Apenas e tão só terá feito as piores substituições de sempre num jogo de futebol.
Conseguiu substituir os melhores jogadores da Académica na partida – Dame e Pittbull.
Como se não bastasse, para os lugares daqueles jogadores entraram dois jovens, um vindo de prolongada lesão e, como tal, sem ritmo e outro que se estreou no desafio de ontem.
Incompreensível.
A Académica podia ter ganho o jogo, mas a acção do seu treinador e a do trio de arbitragem obstaram a tal desiderato.
Artur Soares Dias apitou sempre em prejuízo da Académica.
Expulsou mal Káká, invalidou mal um golo a Dame e acumulou erros atrás de erros, o maior dos quais num lance em que beneficiou claramente o infractor quando assinalou uma falta no momento em que Pittbull surgia em posição privilegiada para assistir Filipe Teixeira para golo.
Está difícil a vida da Académica!
Empate que, ainda assim, foi um bom resultado para o Porto, pois que lhe permitiu averbar duas vantagens importantes – no confronto directo, em caso de igualdade pontual, e a de ser a única equipa que depende apenas de si para conquistar o campeonato.
Fernando Santos manteve-se fiel ao sistema e ao onze, ao passo que Jesualdo introduziu uma nuance no habitual 4x3x3 através da chamada de Jorginho à titularidade.
Não sendo um ala, Jorginho procurou zonas mais interiores e como que transformou o 4x3x3 num 4x4x2 em losango.
Defensivamente, foi-o.
Ofensivamente, só não o foi, porque Quaresma se assumiu como um extremo clássico.
A partida pode resumir-se lançando mão de um cliché do futebolês – Foi um jogo com duas partes distintas.
A primeira com controlo e domínio do Porto e a segunda com controlo e domínio do Benfica.
Em medidas distintas, mas a tendência geral do encontro foi de predomínio repartido por cada uma das metades do desafio.
Na 1ª parte, o Benfica, pura e simplesmente, não existiu.
Desde logo porque não conseguiu controlar emocionalmente o jogo.
O bloco excessivamente baixo que o Benfica apresentou foi sinal claro de que os seus jogadores sucumbiram à pressão do jogo.
Abúlicos e amorfos, não pressionaram, não encurtaram espaços, não ligaram a transição ofensiva, mantiveram sempre uma grande distância entre linhas, postaram-se sempre de forma muito recuada e retraída, não foram agressivos, não ganharam uma segunda bola que fosse, enfim, não existiram enquanto equipa.
Para lá do descontrolo emocional, a “ausência” de Katsouranis foi determinante.
Aliás, este foi um clássico de figuras, mas de figuras pela negativa.
Ao apagão de Katsouranis na primeira parte, respondeu Lucho no segundo tempo.
À invisibilidade de Simão respondeu Quaresma com idêntico desaparecimento.
As dinâmicas colectivas sobrepuseram-se às individualidades.
Katsouranis e Lucho estão “mortos”.
Lucho durou 45 minutos apenas porque já não jogava há duas semanas.
Os dois jogadores mais utilizados de cada uma das equipas mostram-se fisicamente exauridos.
E dado que ambos desempenham papel de primeira grandeza nos modelos de jogo das suas equipas, a sua “ausência” reflecte-se de sobremaneira na própria dinâmica colectiva.
Na 1ª parte, o Porto, para além de se ter apresentado mais pressionante e mais compacto, beneficiou da colocação de Jorginho para equilibrar as forças a meio-campo, mas também e muito da “ausência” de Katsouranis.
O Benfica que, em abstracto, teria superioridade numérica a meio-campo, fruto do seu sistema táctico contemplar mais uma unidade nesse sector, nunca materializou essa vantagem na medida em que na prática apenas surgiram três elementos nessa zona do terreno.
Aliás, quando Jorginho basculava para posições mais interiores, o Porto alcançava mesmo superioridade.
Assim, o Porto conquistou, com naturalidade, supremacia no encontro.
Mais agressivos, pressionando mais alto e preenchendo melhor os espaços, os jogadores do Porto faziam da posse e da circulação de bola a matriz essencial do seu modelo de jogo.
Todavia, o domínio e o controlo que o Porto exercia sobre o jogo se lhe permitia uma circulação de bola com qualidade, não encontrava materialização na criação de ocasiões de golo.
Na 1ª parte, apenas uma, após excelente passe de Lucho e não menos brilhante diagonal de Adriano a que Quim se opôs com intervenção de elevada categoria.
Deste modo, o golo do Porto surgiu inesperadamente num contexto de esterilidade do seu processo ofensivo.
Aos 43 minutos, na esquerda, Quaresma executou um livre, Anderson deixou fugir Pepe, Quim não saiu dos postes e o brasileiro apareceu ao 2º poste, livre de qualquer marcação, a cabecear para o fundo das redes encarnadas.
Estava feito o 0-1, que premiava o ascendente portista no jogo, pese embora a equipa azul e branca não tivesse até então construído oportunidades de golo que justificassem a vantagem alcançada.
Na segunda parte, Fernando Santos substituiu Katsouranis por Rui Costa e o processo ofensivo benfiquista conheceu outra alma, outro fulgor.
Por paradoxal que pareça, tal como verificado em outras ocasiões no passado, o golo portista acabou por libertar os jogadores benfiquistas da pressão emocional do jogo.
Em desvantagem, assumiram outra atitude, bem diferente da apatia evidenciada no primeiro tempo.
A letargia deu lugar à vivacidade e ao espírito de conquista.
Com Rui Costa em campo, o sistema táctico conheceu, por fim, execução prática.
A par desta reorganização estratégica do Benfica, o estouro físico de Lucho transformou a igualdade e por vezes inferioridade numérica da primeira parte numa superioridade que permitiu ao Benfica assumir as rédeas do encontro.
Com Lucho colocado sobre o flanco direito, o seu desaparecimento induziu o Benfica a explorar o lado esquerdo do seu ataque, nomeadamente por Léo, para desenhar os seus principais movimentos ofensivos.
Na segunda parte, só “deu” Benfica.
O domínio e o controlo da partida pertenceram, em exclusivo, ao Benfica.
O Benfica subiu as suas linhas, mormente o seu bloco defensivo, apresentou outra alegria e outra agressividade, imprimiu um ritmo e uma intensidade bastante altas, assumindo de forma absoluta a iniciativa do jogo.
A dimensão do domínio do Benfica foi de tal ordem que sufocou o Porto.
Na segunda parte, especialmente nos primeiros vinte e cinco minutos, o Porto não ligou uma única transição ofensiva, tendo-se limitado a defender.
O Benfica dominou, por completo, as transições, quer ofensivas, quer defensivas, encostando o Porto às cordas.
Rui Costa não emperrou a equipa, antes empurrou-a para uma segunda metade de grande nível.
Ao contrário do que havia sucedido no primeiro tempo com o domínio do Porto, a supremacia do Benfica encontrou expressão nas oportunidades de golo construídas (Nuno Gomes, Rui Costa e Miccoli podiam ter feito a igualdade).
Todavia, apenas aos 83 minutos de jogo, na sequência de um livre apontado por Simão na direita, o Benfica chegaria à igualdade.
David Luiz, grande jogo, cabeceou ao poste e Lucho viu a bola embater-lhe no peito e entrar na baliza de Hélton.
Estava feita justiça mínima no jogo.
Curiosamente, quer Simão, quer Quaresma, embora tenham estado "ausentes" do Clássico, revelaram-se decisivos nos golos obtidos pelas suas equipas, pois que os livres dos quais aqueles nasceram foram por eles executados.
Até final, o Benfica continuou a porfiar na busca do 2º golo, mas, embora Mantorras e Derlei tivessem beneficiado de duas excelentes oportunidades de golo, o empate manteve-se inalterado (diga-se em abono da verdade que Renteria no minuto final do jogo também dispôs de uma excelente ocasião de golo, mas atirou ao lado).
Resultado injusto, como os números finais do jogo demonstram:
O Benfica desenhou 37 ataques contra 19 do Porto, executou 22 remates à baliza contra 10 do Porto, beneficiou de 15 cantos contra 2 do Porto e teve a posse de bola durante 54 % do tempo de jogo ao passo que o Porto apenas durante 46%.
A dimensão do domínio de cada uma das equipas em cada uma das metades do jogo diz da injustiça do resultado.
O Porto dominou a primeira parte, mas a sua supremacia não se revelou avassaladora, nem encontrou correspondência na criação de ocasiões de golo.
Ao invés, a superioridade do Benfica na segunda parte sufocou o Porto e conheceu expressão na construção de oportunidades de golo.
Destarte, o resultado mais coincidente com a produção das equipas seria a vitória do Benfica.
Nos restantes jogos, destaque para a vitória do Braga na Madeira, “matando um borrego” com vários anos, e para a vitória do Boavista sobre o Paços.
Em Coimbra, a Briosa empatou a zero com o Leiria, num mau jogo de futebol em todos os sentidos.
As equipas apresentaram um futebol de baixa qualidade, o trio de arbitragem exibiu-se a idêntico nível e Manuel Machado presenteou os espectadores com uma actuação paupérrima.
Pior era impossível.
Apenas e tão só terá feito as piores substituições de sempre num jogo de futebol.
Conseguiu substituir os melhores jogadores da Académica na partida – Dame e Pittbull.
Como se não bastasse, para os lugares daqueles jogadores entraram dois jovens, um vindo de prolongada lesão e, como tal, sem ritmo e outro que se estreou no desafio de ontem.
Incompreensível.
A Académica podia ter ganho o jogo, mas a acção do seu treinador e a do trio de arbitragem obstaram a tal desiderato.
Artur Soares Dias apitou sempre em prejuízo da Académica.
Expulsou mal Káká, invalidou mal um golo a Dame e acumulou erros atrás de erros, o maior dos quais num lance em que beneficiou claramente o infractor quando assinalou uma falta no momento em que Pittbull surgia em posição privilegiada para assistir Filipe Teixeira para golo.
Está difícil a vida da Académica!
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