sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Antevisão do Sporting vrs. Benfica

Na jornada de todos os derbys, publico um video relativo ao Benfica-Sporting da 1ª volta como forma de potenciar a discussão em torno da partida de Domingo.

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Liga dos Astros

Os participantes dispõem até às 18 horas desta sexta-feira para apresentarem o onze inicial, os substitutos e o capitão das respectivas equipas para a próxima jornada.
Recordo que podem efectuar duas transferências no vosso plantel, as quais têm que obedecer ao regulamento.
Recordo, igualmente, que os participantes que ainda não utilizaram o "wild-card", que lhes permitirá efectuar as alterações que desejarem, o podem fazer nesta ou em qualquer outra semana, mediante menção expressa e apenas por uma vez.

Espaço Prof. Karamba

Os jogos sujeitos a aposta, esta semana, são os seguintes:

Sporting - Benfica
Boavista - F.C. Porto
Marítimo - E. Amadora
U. Leiria - V. Setúbal
P. Ferreira - Belenenses
Sp. Braga - V. Guimarães
Naval - Nacional
Leixões - Académica

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Taça de Portugal - Quartos de Final

Como forma de potenciar a discussão em torno dos quartos de final da Taça de Portugal e perspectivar aquilo que poderão vir a ser as meias-finais da competição, publico, em seguida, uma notícia da Agência Lusa:

"O Sporting, detentor do troféu, juntou-se hoje a FC Porto, Benfica e Vitória de Setúbal nas meias-finais da Taça de Portugal em futebol, ao vencer por 1-0 o Estrela da Amadora, nuns quartos-de-final sem surpresas.
O avançado montenegrino Purovic substituiu aos 53 minutos o brasileiro Liedson e marcou o afortunado golo "leonino" aos 91, cabeceando involuntariamente para a baliza um corte desastrado de Moreno e mantendo o Sporting na defesa do troféu que conquistou a época passada.
O Sporting regressou às vitórias a quatro dias do "derby" lisboeta com o Benfica, para a 21ª jornada do campeonato, mas a vitória mais volumosa de uns "quartos" em que os favoritos confirmaram o estatuto pertenceu aos "encarnados", por 2-0, na recepção ao Moreirense, único sobrevivente da II Divisão.
Tal como o Sporting, mas de forma menos sofrida, FC Porto e Vitória de Setúbal também confirmaram a presença nas meias-finais com triunfos tangenciais, na recepção ao Gil Vicente (1-0) e no terreno da Naval 1º de Maio (2-1), respectivamente.
Após um "nulo" ao intervalo, o veterano médio Rui Costa quebrou a resistência do Moreirense, ao inaugurar o marcador aos 70 minutos, pouco depois de ter substituído Luís Filipe, cabendo ao também suplente Makukula fechar a contagem, aos 87.
O Benfica regressou aos triunfos no Estádio da Luz, onde este ano ainda não ganhou para a Liga, mantendo-se na corrida pelo 25º título na prova, que conquistou pela última vez em 2003/2004, na primeira passagem pelo clube do treinador espanhol Jose Antonio Camacho.
Aos "dragões", campeões nacionais e líderes destacados da presente edição da Liga, bastou um tento apontado pelo marroquino Tarik, aos 23 minutos, para se imporem à única equipa da Liga de Honra em prova, num encontro em que teve a pior assistência de sempre no Estádio do Dragão.
Na Figueira da Foz, no jogo que abriu os quartos-de-final da prova, o Setúbal adiantou-se aos 59 minutos, através de Leandro, mas a equipa anfitriã igualou aos 64, por intermédio de Paulão, antes de Robson assegurar o triunfo sadino, aos 69."

C´ um Caneco (outro passatempo) - Resultados dos Quartos de Final

Vermelho Sempre - Vermelho: 35-30

Jorge Mínimo - Salvatrucha: 40-20

Braguilha - Pachulico: 30-35

Jimmy Jump - Cavungi: 30-20

Meias-Finais

Vermelho Sempre - Pachulico

Jorge Mínimo - Jimmy Jump

terça-feira, fevereiro 26, 2008

Livro de Reclamações

1 - Escrevi em 5 de Fevereiro deste ano que "Podem os mais facciosos e emotivos apaniguados de Benfica e Sporting pensar que as vitórias do último fim de semana afastaram de vez os problemas que têm apoquentado ambos os emblemas.
Nada de mais incauto ou temerário!
O atraso na classificação embora minguado permanece extenso, bem como as carências nos respectivos plantéis.
Assim consigam apresentar outra constância exibicional e então sim se poderá legitimamente falar de superação do seu estado pré-comatoso."
Infelizmente, assistia-me razão!

2 - Após o Porto ter regressado à normalidade caseira, também Benfica e Sporting lhe seguiram as pisadas - retrocederam à normalidade. Ou melhor: à vulgaridade!
Pela sexta vez em dez jogos, o Benfica não conseguiu vencer em casa.
Pela quinta vez em onze jogos na condição de visitante, aos quais acrescem quatro empates, o Sporting perdeu.
Um e outro registo justificam o atraso pontual para o Porto.
Nenhuma equipa pode ter legítimas pretensões com estes números simplesmente miseráveis!
É caso para questionar se Benfica e Sporting discutem o título "a minha crise é pior do que a tua"?!

3 - O registo caseiro do Benfica tem motivado as mais diversas reflexões.
Muitos têm procurado identificar as razões de tamanho insucesso.
Num ponto convergem - medo cénico, no sentido em que o definiu Jorge Valdano!
Acossados por plúrimos fantasmas e pelas suas próprias fragilidades, jogadores há que não conseguem conviver com a grandeza do clube e a permanente exigência de vitória.

4 - Disse Camacho no final da partida com o Braga: "O mais importante é o segundo lugar, que dá acesso directo à Champions. Há muitas equipas na Europa a lutar pelo segundo lugar. A Taça UEFA não te dá nada, só te dá prestígio".
Pergunto eu:
E porque não compatibilizar uma e outra coisa?!
E o prestígio não será interessante?!

5 - O Sporting está, à 20.ª jornada, equidistante do líder e da linha de água.

6 - O Sporting lançou, na segunda-feira, uma campanha de angariação de sócios, que visa "transformar" o número de associados pagantes de 50 mil para 150 mil.
Uma campanha louvável!
Mesmo que tresanda a "déjà vu"!
Claro que as boas ideias podem e devem ser reproduzidas, mas não havia necessidade de um plágio tão copiado, passe o pleonasmo.
Lá estou eu com a minha deriva facciosa, desculpem!
Plágio não, porque onde se lia Kit passa a ler-se "Pack" e os descontos obtidos não o são directamente, mas apenas sob a forma de pontos!

6 - Na apresentação da campanha, Soares Franco apelou à raiz mais profunda da família sportinguista - adejou a bandeira "Benfica".
O móbil da campanha de angariação de sócios é superar o Benfica!
A atractividade da ligação societária ao Sporting não radica no seu valor intrínseco como clube, mas sim na demonstração de uma superior fidelidade dos seus adeptos e simpatizantes em relação aos adeptos e simpatizantes do Benfica.
O mais eficaz estimulante da agregação sportinguista é o Benfica!
Idêntica iniciativa levada a cabo pelo Benfica conheceu um inegável sucesso, sendo que na Luz ninguém necessitou de invocar o nome do Sporting para que a campanha atingisse números ímpares em Portugal e mesmo na Europa.

7 - Na apresentação da campanha, Soares Franco colocou a fasquia nos 150 mil sócios.
Disse, a propósito, que o universo de sócios, adeptos e simpatizantes do Sporting se situa nos 3 milhões.
Na apresentação da campanha de angariação de sócios que o Benfica projectou, Luís Filipe Vieira colocou a fasquia nos 300 mil associados.
Disse, a propósito, que o universo de sócios, adeptos e simpatizantes do Benfica se situa nos 6 milhões.
Um só comentário: Até na megalomania houve plágio!

8 - Uma vergonha Olegário Benquerença ter validado o golo do Setúbal frente ao Sporting, na medida em que há uns anos não validou um lance igualzinho do Vítor Baía, no Estádio da Luz.
Um flagrante exemplo de dualidade de critérios!

9 - A vingança serve-se fria ou como Juliano Spadacio se empenhou a fundo para vencer o Leixões de Carlos Brito.
Um autêntico "ajuste de contas"!
Recorde-se que, há um ano, o médio brasileiro assumiu publicamente a sua satisfação pelo despedimento de Carlos Brito do comando técnico do Nacional, zurzindo forte e feio nos métodos de trabalho do agora treinador leixonense.

10 - A redistribuição de votos em assembleia geral constante da proposta do Governo para o novo regime jurídico das federações tem sido fortemente criticada por algumas das principais federações, tais como a de futebol, basquetebol e atletismo.
E, porquê?
Pela singela razão de que as associações distritais vêem decrescer o seu peso específico nas reuniões magnas.
Actualmente, as associações possuem 55 % dos votos, sendo que passarão a deter apenas 35%.
No caso do futebol, a ponderação de votos das associações de clubes será de 70%, sendo que metade é atribuída às associações distritais e a outra fracção repartida por liga profissional (25%) e liga não profissional (10%).
Os restantes 30% são distribuídos pelas associações mais representativas dos praticantes (15%) e associações de treinadores e árbitros (7,5% cada).
Ou seja, os caciques e os caudilhos não querem abrir mão da decisiva parcela de poder que detêm.

Vedetas&Marretas

Vedetas

Carvalhal e Setúbal pela vitória obtida sobre o Sporting;

Lisandro por mais um bis, desta feita frente ao Paços de Ferreira;

Cajuda e Guimarães pela vitória obtida frente à Naval, que lhes permitiu assegurar o 3º lugar na Bwin Liga;

Marítimo e Lazaroni pela vitória no Restelo;

Manuel Machado e Braga pelo empate na Luz;

Anselmo pelo bis frente ao Leiria;

Rio Ave pela vitória sobre o Vizela;

Freamunde pelo triunfo na Trofa;

Penafiel pelo empate no Estoril;

Ronaldo pelo bis e pela prodigiosa assistência com que presenteou Rooney;

Manchester United pela goleada imposta ao Newcastle;

Tottenham pelo triunfo na Taça da Liga inglesa;

Birmingham pelo empate imposto ao Arsenal quando reduzido a 10 elementos;

Getafe pelo triunfo em Madrid frente ao Real;

Carlos Martins pelo golo que apontou frente ao Valência;

Torino e Parma pelo excelente jogo que proporcionaram num empate a quatro;

Génova pelo triunfo em Udine;

Eintracht Frankfurt pelo triunfo frente ao Werder Bremen;

Naide Gomes pela obtenção do recorde nacional do salto em comprimento em pista coberta;

Elisabete Tavares pela obtenção do recorde nacional do salto com vara em pista coberta, que lhe permitiu assegurar os mínimos de participação nos Mundiais de pista coberta;

Dina Soares pela obtenção do recorde nacional dos 800 metros em pista coberta, que lhe permitiu assegurar os mínimos de participação nos Mundiais de pista coberta;

Susana Costa pela obtenção do recorde nacional do triplo salto em pista coberta, que lhe permitiu assegurar os mínimos de participação nos Mundiais de pista coberta;

Sandra Teixeira por ter alcançado, no Campeonato de Portugal em Pista Coberta, em Pombal, os mínimos para os 800 metros nos Mundiais de Valência;

Ana Dias pelo triunfo na XXIV edição da Maratona Cidade de Sevilha 2008, em Espanha;

ABC pela obtenção do 1º lugar na fase regular da Liga de Andebol;

Barreirense pelo triunfo nos Açores frente ao Lusitânia em jogo a contar para a Liga de Basquetebol;

João Neto por ter assegurado a presença nos Jogos Olímpicos de Pequim na categoria -81Kg em Judo;

HC Braga pelo triunfo obtido frente à Ac. Espinho em jogo a contar para o Nacional de Hóquei em Patins;

Marretas

Paulo Bento e o Sporting pela derrota em Setúbal;

Rui Patrício pelo "frango" com que presenteou o Setúbal;

Camacho e o Benfica pelo empate caseiro frente ao Braga;

Newcastle pela goleada sofrida frente ao Manchester United;

Martin Taylor pela brutal entrada sobre Eduardo da Silva;

Real Madrid pela derrota caseira frente ao Getafe;

Juventus pela derrota em Reggina;

Atlético de Madrid pela derrota em Pamplona frente ao Osassuna;

Saragoça pela goleada sofrida frente ao Sevilha;

Paris Saint-Germain por ter somado o quarto jogo consecutivo sem vencer para o campeonato francês;

Espaço Prof. Karamba - Classificação Geral

1º Lugar: JC - 550 pontos;

2º Lugar: Jorge Mínimo - 545 pontos;

3º Lugar: Lion Heart e Zex - 525 pontos;

4º Lugar: Jimmy Jump - 520 pontos;

5º Lugar: Vermelho - 500 pontos;

6º Lugar: Kaiserlicheagle e Pachulico - 490 pontos;

7º Lugar: Vermelho Sempre - 460 pontos;

8º Lugar: Cavungi - 455 pontos;

9º Lugar: Fura-Redes - 440 pontos;

10º Lugar: Vermelho Nunca - 425 pontos;

11º Lugar: Salvatrucha - 420 pontos;

12º Lugar: Cuto - 395 pontos;

13º Lugar: Antes Morto que Vermelho - 365 pontos;

14º Lugar: Sócio - 360 pontos;

15º Lugar: Samsalameh- 320 pontos;

16º Lugar: Pankreas - 295 pontos;

17º Lugar: Braguilha - 275 pontos;

18º Lugar: Biely - 240 pontos;

19º Lugar: Holtreman - 65 pontos;

Liga dos Astros

1º Lugar: Dragonheart - 1384 pontos;

2º Lugar: Golpista FC - 1346 pontos;

3º Lugar: CFForróbódó - 1344 pontos;

4º Lugar: emplASTROS - 1339 pontos;

5º Lugar: CRUZADOS - 1326 pontos;

6º Lugar: Eagles - 1311 pontos;

7º Lugar: Pisa Lampião - 1305 pontos;

8º Lugar: Caça-Lagartos/Suçuarana - 1177 pontos;

9º Lugar: Os Barões da Pelota - 1115 pontos;

10º Lugar: Kubas4Ever - 1113 pontos;

11º Lugar: Tacuara - 440 pontos;

12º Lugar: KLTD - 334 pontos;

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

C´ um Caneco (outro passatempo)

Os jogos sujeitos a palpite são os seguintes:

Naval-V. Setubal
F.C. Porto-Gil Vicente
Benfica-Moreirense
Sporting-E. Amadora

De forma a salvaguardar a integridade da competição, os prognósticos devem ser enviados para o mail do blog até às 13h00 da próxima 4ª feira.
Claro está que quem entender desnecessário seguir este procedimento, pode publicar os seus palpites do modo tradicional.

Verificando-se uma igualdade nos pontos obtidos pelos oponentes em compita na presente eliminatória, o desempate far-se-á pelo número de pontos alcançados na competição.

Recordo os confrontos dos quartos de final:

Vermelho Sempre - Vermelho;

Jorge Mínimo - Salvatrucha;

Braguilha - Pachulico;

Jimmy Jump - Cavungi;

Compilação de Cavungi e AMV

Os Onze Indomáveis Patifes

O Médio-Direito eleito foi Rainer Bonhof, que contabilizou 19 votos.
Seguiram-se Gianfranco Zola com 18 votos, Bernd Schuster com 6, Gunter Netzer e Ray Wilkins, ambos com 2.
Esta semana, será dedicada à eleição do melhor n.º 10.
Os candidatos são:
Diego Maradona; Zico; Michel Platini; Zinedine Zidane e Rudd Gullit

domingo, fevereiro 24, 2008

Análise ao Benfica-Braga

Estádio da Luz.

Árbitro: Jorge Sousa (AF Porto).

Benfica: Quim; Nélson, Luisão, Katsouranis, Léo, Binya, Petit (Sepsi, 65m), Nuno Assis (Freddy Adu, 84m), Rui Costa, Di Maria (Mantorras, 78m) e Cardozo.

Suplentes: Butt, Luís Filipe, Edcarlos e Maxi Pereira.

Treinador: José Antonio Camacho.

Sp. Braga: Kieszek, João Pereira, Paulo Jorge, Rodríguez, Miguelito, Contreras, Brum, Zé Manuel (Wender, 61m), César Peixoto (Frechaut, 50m), Matheus e Linz (Jaílson, 72m).

Suplentes: Dani Mallo, Carlos Fernandes, Andrés Madrid e Vandinho.

Treinador: Manuel Machado.

Disciplina: Cartões amarelos: Brum (19m), Matheus (44m), Zé Manel (58m), Sepsi (66m), Luisão (76m), Nuno Assis (82m), Miguelito (87m).

Golos: Zé Manel (4m), Luisão (20m).

Ao intervalo: 1-1



O Benfica empatou com o Braga, num jogo em que entrou a perder, mas em que, pela primeira vez em idênticas circunstâncias, transmitiu a sensação de poder vencer.
Em desvantagem e após uma acertada alteração táctica, o Benfica imprimiu uma intensidade e uma dinâmica desconhecidas nas suas últimas apresentações.
Nos últimos 30 minutos da primeira parte, o Benfica guindou-se a um patamar exibicional bem superior ao que se lhe tem visto.
E tudo fruto de uma mexida táctica aparentemente inócua, qual foi a inversão do triângulo do meio-campo.
Camacho apresentou o habitual 4x2x3x1 e a equipa voltou a não funcionar!
Se a escolha do onze se aproximou da ideal, atentos os impedimentos de David Luiz, Cristian Rodriguez, Nuno Gomes e Makukula, já o mesmo não se pode afirmar da estrutura táctica (com excepção de Léo, os restantes integrantes do onze foram os melhores disponíveis).
Ao manter o duplo-pivot defensivo, privilegiou a contenção e a disciplina táctica em detrimento da criatividade e da imprevisibilidade.
Ao posicionar Rui Costa como 10, pura e simplesmente, "retirou-o" do jogo e entregou-o à marcação de Contreras.
Quando postou apenas Binya como médio de contenção, fez subir Petit e descer Rui Costa colocando-os como médios de transição, a equipa começou a ligar as transições e assumiu o controlo pleno do encontro.
Todavia, aos cinco minutos, o Braga havia conhecido supremacia no marcador, na sequência de um erro colectivo da defesa encarnada.
Nélson deixou escapar Matheus que fez a bola passar entre Luisão e Quim e chegar a César Peixoto que atirou forte. Quim defendeu com os punhos para a esquerda onde Léo se "esqueceu" de Zé Manel, que surgiu isolado para encostar para as redes.
Mais um equívoco de Léo - os seus melhores anos há muito que passaram - a atacar ainda disfarça, mas a defender é uma desgraça!
Hoje, foi uma vez mais assim!
Morreu para o futebol de alta competição, mas ainda ninguém lho disse a si ou a Camacho.
A perder, o Benfica reagiu e a partir dos 15 minutos assenhoreou-se do comando da partida.
Reacção esta que se permitiu ao Benfica chegar à igualdade, viria também a ter reflexos importantes na segunda parte, com uma evidente quebra física de elementos nucleares como Petit e Rui Costa.
Com a inversão do triângulo do meio-campo e com a subida das suas linhas, o Benfica, finalmente, assemelhou-se a uma equipa de futebol ao desenhar transições fluidas e clarividentes, que não raras vezes levaram o perigo à baliza bracarense.
Com Rui Costa no governo do processo ofensivo, impondo um ritmo assaz forte, com Petit a liderar o primeiro momento de construção, com Binya a assumir o momento defensivo, fechando a generalidade das linhas de passe, com Di Maria e Nuno Assis bem abertos nas alas, apoiados pelos laterais, e Cardozo solto na área, o Braga sentia imensas dificuldades para fazer face ao volume atacante encarnado.
Assim, não surpreendeu que, aos 20 minutos, na sequência de um livre de Rui Costa, Luisão, com uma excelente cabeçada, tenha igualado a partida.
Até ao intervalo, o ritmo prosseguiu intenso, mas sem materialização.
Após o descanso, o Benfica parecia dar continuidade à intensa pressão que quase sufocara o Braga na primeira parte, mas seria sol de pouca dura.
Com Petit e Rui Costa fisicamente exauridos, a qualidade do futebol benfiquista viria a decrescer e muito.
Por outro lado, Manuel Machado ao substituir César Peixoto por Frechaut abdicou de jogar e apostou tudo na contenção.
Erigiu uma muralha à frente da sua defensiva, composta por Frechaut, Contreras e Roberto Brum, e restringiu o espaço disponível ao mínimo.
Esta alteração aliada à clara quebra física de Petit e Rui Costa conduziu a partida para um impasse, que apenas em lances de inspiração individual ou de bola parada viria a ser ultrapassado.
O Benfica ainda beneficiou de algumas excelentes ocasiões de golo (das quais um remate de Assis, salvo "in-extremis" sobre a linha de golo por Contreras, e um remate a rasar o poste de Nelson, sobressaíram), mas o Braga conseguiu manter o resultado até final.

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Liga dos Astros

Os participantes dispõem até às 18 horas desta sexta-feira para apresentarem o onze inicial, os substitutos e o capitão das respectivas equipas para a próxima jornada.
Recordo que podem efectuar duas transferências no vosso plantel, as quais têm que obedecer ao regulamento.
Recordo, igualmente, que os participantes que ainda não utilizaram o "wild-card", que lhes permitirá efectuar as alterações que desejarem, o podem fazer nesta ou em qualquer outra semana, mediante menção expressa e apenas por uma vez.

Espaço Prof. Karamba

Os jogos sujeitos a aposta, esta semana, são os seguintes:

Benfica - Sp. Braga
F.C. Porto - P. Ferreira
Belenenses - Marítimo
V. Guimarães - Naval
V. Setúbal - Sporting
Académica - Boavista
Nacional - Leixões
E. Amadora - U. Leiria

Memorial Zandinga

Cavungi - Sócio: 60 - 20

Zex - Vermelho Sempre: 75 - 50

Jorge Mínimo - Holtreman: 40 - 45

Lion Heart - Antes Morto que Vermelho: 45 - 65

Pachulico - Cuto: 55 - 35

Kaiserlicheagle - Biely: 25 - 0

Vermelho - Salvatrucha: 55 - 55

Jimmy Jump - JC: 60 - 30

Classificação Actual

17º Lugar: Fura-Redes e Vermelho Nunca - 200 pontos;

18º Lugar: Samsalameh e Pankreas - 165 pontos;

19º Lugar: Braguilha - 110 pontos;

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Análise ao Nuremberga-Benfica

Estádio: Frankenstadion, em Nuremberga (Alemanha)

Árbitro: Ivan Bebek (Croácia)

NUREMBERGA - Blazek; Reinhardt, Wolf, Glauber e Pinola; Saenko, Galasek, Mnari (Abardonado, 86 m) e Engelhardt; Charisteas e Koller.

Suplentes não utilizados: Klewer, Beauchamp, Mintal, Kristiansen, Adler e Spiranovic.

BENFICA - Quim; Luís Filipe, Luisão, Edcarlos (Cardozo, 70 m) e Léo; Petit e Katsouranis; Maxi Pereira (Sepsi, 70 m), Rui Costa e Nuno Assis (Di Maria, 80 m); Makukula.

Suplentes não utilizados: Butt, Nélson, Adu e Mantorras.

Disciplina: cartão amarelo a Léo (9 m), Maxi Pereira (45 m), Luís Filipe (55 m), Makukula (66 m), Petit (76 m) e Pinola (88 m).

Marcador: 1-0 por Charisteas (58 m); 2-0 por Saenko (65 m); 2-1 por Cardozo (88 m); 2-2 por Di Maria (90+1 m).



Indigência!
Não me ocorre melhor qualificativo para a exibição do Benfica e, muito especialmente, para a prestação do seu treinador!
Camacho acumulou decisões asnáticas que se espraiaram desde o onze inicial às substituições que operou, passando pelo timing das alterações introduzidas.
Camacho falhou em toda a linha!
Tacticamente, estruturou a sua equipa num incompreensível 4x5x1, numa clara tentativa de segurar o escasso 1-0 obtido na 1ª mão.
Demonstrou um temor reverencial pelo 15º classificado da Bundesliga verdadeiramente inexplicável!
Exigia-se um mínimo de audácia e ambição, até porque as lacunas defensivas dos germânicos haviam já emergido na Luz (o último quarto de hora demonstrou-as à saciedade).
Em vantagem mas apenas por uma margem muito ténue, urgia que Camacho não apostasse tudo na conservação da ligeira supremacia trazida de Lisboa.
Contenção e mais contenção, disciplina táctica e mais disciplina táctica foi a matriz essencial do modelo de jogo pensado por Camacho.
Hoje por hoje, os jogadores do Benfica entram em desassossego quando se desposicionam!
Defensivamente é importante guardar o posicionamento previamente definido, mas fundamentalismos neste particular conduzem as equipas para o abismo da previsibilidade.
É o que sucede com o Benfica de Camacho.
Se tacticamente Camacho pareceu não ter preparado o jogo, o que dizer da distribuição dos jogadores em campo?!
Absurda ou, pelo menos, intrigante!
Não me parece que seja necessário ser treinador de futebol para perceber que Nuno Assis e Maxi Pereira não são, nunca foram, nem algum dia serão extremos.
Não me parece que seja necessário ser treinador de futebol para perceber que a actual condição física de Katsouranis não lhe permite actuar como médio de contenção.
Não me parece que seja necessário ser treinador de futebol para perceber que Rui Costa não domina já as rotinas e as dinâmicas da posição 10.
Mas, Camacho foi mais longe e mesmo na escolha dos jogadores pecou.
O último jogo de EdCarlos havia sido frente ao Paços, partida essa em que foi substituído à passagem da meia-hora depois de ter acumulado um chorrilho de asneiras.
Certamente que a sua auto-estima não saiu valorizada dessa partida!
Alguém me sabe identificar a razão pela qual reaparece num jogo em que, previsivelmente, a tranquilidade e a serenidade se assumiriam como determinantes do desempenho?!
Resultado: naufragou num mar de erros, ajudando a abrir lamentáveis brechas na estrutura defensiva do Benfica, das quais o 2º golo alemão é exemplo paradigmático.
Léo tem uma excelente imprensa que se desfaz em encómios vários às suas prestações.
Todavia, os seus melhores anos há muito que passaram - a atacar ainda disfarça, mas a defender é uma desgraça!
Hoje, foi uma vez mais assim!
Fez três "assistências" para golo - para os dois golos alemães e para o último do Benfica.
Morreu para o futebol de alta competição, mas ainda ninguém lho disse a si ou a Camacho.
Spesi entrou muito bem em jogo - desenvolto, não se inibiu e conferiu uma profundidade à ala esquerda até então desconhecida.
Quando se sabe que Léo irá sair do Benfica no final da época e quando se assiste a desempenhos meritórios do seu concorrente directo pelo lugar de defesa esquerdo não se alcança a razão da sua titularidade.
E o que dizer de Luís Filipe?!
No Braga, a par de Bosingwa, terá sido o melhor lateral direito da Liga Bwin na época 2006-2007.
No Benfica, caminha lesto para o obscurantismo.
Porquê?
Simplesmente, porque lhe falta convicção no seu valor.
Aumentou a exigência e, após dois falhanços em situações similares, desconfiou das suas qualidades.
Acossado por plúrimos fantasmas e pelas suas próprias fragilidades, Luís Filipe não consegue evidenciar um desempenho, minimamente, capaz.
Petit está num deplorável momento de forma, navegando entre lesões sem atingir a condição física necessária para se exibir num plano aceitável.
Maxi Pereira é mais vítima do que réu, mas mesmo assim a sua falta de poder de explosão e agilidade desaconselham a sua utilização quando se pede dinamismo e vitalidade.
Tal como Maxi, Nuno Assis é mais vítima do que réu.
É um jogador esforçado, rotativo e voluntarioso, que pode ser útil em determinados momentos do jogo, mas só.
Por fim, as substituições.
Por que carga de água Léo e Luís Filipe terminaram o jogo?!
Por que carga de água, perante o definhamento ofensivo da equipa, não entraram, mais cedo, Di Maria e Cardozo?!
Perante este oceano de equívocos, o que esperar?
Pouco, muito pouco, ainda para mais quando se constata que a equipa não tem uma ideia colectiva de jogo.
O Benfica vive dos impulsos individuais dos seus jogadores!
Hoje, o fado repetiu-se.
Lá surgiram dois fogachos e tudo se resolveu!
Não há nem sequer um arremedo de coesão sectorial.
Os diferentes sectores posicionam-se muito distantes uns dos outros e, assim, qualquer pretensão unificadora da equipa cai por terra.
Não há comunicabilidade, prevalecendo a auto-gestão.
E como não há jogadores que consigam jogar entre-linhas, o fosso acentua-se ao ponto de comprometer as transições.
Face a estes constrangimentos ter saído de Nuremberga com a qualificação roçou o sobrenatural!

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Livro de Reclamações II

1 - A semana passada publiquei nesta mesma sede um texto sobre o "caso Webster".
Ontem, o site "MaisFutebol" deu à estampa duas outras notícias sobre o mesmo tema, que reforçam a sua actualidade.
Uma dessas exposições permite perceber que aquela que identificava como a questão a resolver e que desincentivava a invocação do artigo 17.º do Regulamento Internacional de Transferências da FIFA se acha resolvida.
Assim e porque entendo que se avizinha uma nova realidade no mercado de transferências, republico o meu texto da semana passada, o qual acompanho das duas notícias a que supra aludo.

2 - Doze anos após a prolacção do Acórdão Bosman, a decisão do Tribunal Arbitral do Desporto sobre o famigerado "caso Webster" pode representar idêntica revolução nas relações laborais no mundo do futebol!
Em 2006, o defesa escocês Andy Webster (actualmente ao serviço do Glasgow Rangers) rescindiu unilateralmente, sem justa causa, o contrato que o ligava ao Hearts, por forma a comprometer-se com o Wigan.
Para tanto, como se encontrava no terceiro dos quartos anos do contrato firmado com o Hearts, invocou o artigo 17.º do Regulamento Internacional de Transferências da FIFA, alegando achar-se para lá do Período Protegido (que é de três anos para os jogadores com menos de 28 e de dois anos para os restantes).
Não se conformando com a decisão de Andy Webster, apelou o Hearts para a Câmara de Resolução de Litígios da FIFA, que arbitrou uma indemnização de 840 mil euros ao clube escocês.
Não resignado, Andy Webster recorreu para o Tribunal Arbitral do Desporto, que, na semana passada, acolheu parcialmente os seus argumentos e determinou a satisfação de 190 mil euros, correspondente aos salários remanescentes, como compensação devida ao Hearts por quebra, sem justa causa, do vínculo laboral.
Mais isentou Andy Webster de qualquer sanção desportiva.

Para lá de introduzir elementos de perturbação da paz e da segurança jurídica e de acentuar a lógica mercantilista e a macrocefalia dos grande potentados económicos, esta decisão pode constituir uma severa machadada na formação!
A rentabilidade económica da formação mostra-se seriamente ameaçada!
Ao se consignar a possibilidade de, após o Período de Protecção, os grandes clubes adquirirem os melhores valores dos clubes mais modestos, sem recurso a uma negociação directa, decresce substancialmente a faculdade do capital investido na formação se reproduzir.
É uma sentença bizantina, que prejudica de sobremaneira os clubes formadores e os menos endinheirados.

A generalização jurisprudencial do sentido da decisão do Tribunal Arbitral do Desporto sobre o "caso Webster" pode desaguar na criação de uma Liga Privada Europeia composta pelos principais clubes europeus.
Finda a estabilidade contratual, progride a soberania dos poderosos e deprime a capacidade de a ela resistir dos proletários.
A competitividade dos clubes de pequena e média dimensão decrescerá na directa proporção do acréscimo da liberdade de circulação dos futebolistas e da diminuição da gratificação das transferências.
Fora do período de protecção, o quantum indemnizatório não será sequer comparável com os valores ora praticados e dentro do período de protecção, com a diminuição do horizonte de vigência temporal dos contratos - 3 anos no máximo - os montantes também se quedarão distantes dos actuais.
Do cercear da competitividade dos pequenos e médios clubes à sua exclusão das grandes competições será um pequeno passo.
Da exclusão das grandes competições à subtracção de receitas será uma inevitabilidade.
Da subtracção de receitas ao obscurantismo competitivo será uma fatalidade.

Os prejuízos estendem-se aos jogadores.
Na aparência não, na essência sim!
Se num primeiro momento os jogadores irão beneficiar com esta medida, vendo os seus salários aumentados, o certo é que a longo prazo não só o recurso a práticas de concertação entre clubes como o decréscimo das receitas extraordinárias provenientes da alienação dos passes dos jogadores conduzirão a um inexorável decréscimo dos vencimentos.

Para já, o recurso ao art.º 17º do Regulamento Internacional de Transferências da FIFA tem sido praticamente nulo, mas num futuro próximo tende a vulgarizar-se.
O impacto económico sobre os pequenos e médios clubes de uma invocação em massa desta prerrogativa regulamentar pode assumir contornos apocalípticos.

3 - Claro está que esta decisão não inviabiliza que se estipulem cláusulas de rescisão.
Todavia, também, neste aspecto, introduz modificações relevantes.
Até agora, prevalecia a vontade das partes - a definição do montante rescisório cabia exclusivamente a clube e jogador.
A partir da decisão do Tribunal Arbitral do Desporto sobre o "caso Webster" predomina o princípio da proporcionalidade.
A possibilidade de estipulação de cláusulas penais fica subordinada à sua proporcionalidade com as restantes existentes no contrato, mormente com as relativas à remuneração auferida pelo jogador.
Da conjugação daqueles princípios decorre que, em caso de rescisão unilateral sem justa causa, o quantitativo estabelecido como cláusula de rescisão assumir-se-á como o ponto de partida para determinar o cálculo indemnizatório.
Mas apenas e tão só como ponto de partida, na medida em que haverá sempre que aferir aquele montante à luz da sua proporcionalidade com as restantes cláusulas contratuais o que pode implicar a sua revisão.
É o fim das denominadas "cláusulas de rescisão milionárias" e com o seu decesso o advento de práticas de concertação ou de cambão, assim se pretenda ser mais ou menos politicamente correcto.

4 - Jogadores e clubes têm sido bastante comedidos na invocação do artigo 17.º do Regulamento sobre o Estatuto e Transferência de Jogadores da FIFA, pese embora conste do articulado regulamentar desde 2005 (para além de Webster, apenas o guarda-redes italiano De Sanctis, do Sevilha, recorreu ao artigo 17.º para se libertar da Udinese).
E porquê?
Pela singela razão de que a redacção daquele preceito legal é extremamente nebulosa no que diz respeito ao cálculo indemnizatório.
Da incerteza brota o parcimonioso uso.
Preceitua o art.º 17.º do Regulamento sobre o Estatuto e Transferência de Jogadores da FIFA certos requisitos cumulativos para que os jogadores possam rescindir unilateralmente os seus contratos, sem justa causa e sem incorrer em sanções desportivas, quais sejam:

- A rescisão terá de ser anunciada nos 15 dias seguintes ao último jogo da época.

- O jogador deverá ter cumprido três épocas completas do contrato (ou apenas duas no caso de jogadores com mais de 28 anos).

e, o busílis da questão: - O jogador terá de indemnizar o clube, sendo que a fórmula de cálculo do montante indemnizatório é tudo menos clara, pejada que está de conceitos indeterminados.
O cálculo da compensação, segundo o regulamento da FIFA, há-de equacionar as legislações nacionais sobre a matéria e critérios como a duração total do contrato, o salário, o valor da contratação originária e a cláusula de rescisão, se existir.
O sentido volúvel de alguns critérios conjugado com o silêncio do peso relativo de cada um dos elementos na determinação do montante indemnizatório retiram a necessária margem de segurança para quem invoca o art.º 17º.
O jogador que pretende rescindir unilateralmente o seu contrato não conhece, nem pode prever com suficiente certeza o montante a despender.
Assim sejam preenchidas as assinaladas lacunas e, estou certo, que a invocação do art.º 17º se generalizará.

5 - "Estava por determinar o valor a que o clube empregador teria direito como indemnização pela saída, o que foi feito pelo TAS. A decisão foi clara e serve tanto para o clube como para o futebolista: a indemnização é igual ao valor dos vencimentos a pagar ao atleta até final do contrato. Não há qualquer sanção desportiva e o jogador pode assinar por um clube estrangeiro (o regulamento de transferências da FIFA é apenas aplicável a negócios internacionais).

O período protegido - de três anos para futebolistas com menos de 28 anos, de dois para os mais velhos - assenta apenas sobre o período em que se é profissional, ou seja, desde o momento em que o atleta assine um contrato como profissional. Para se invocar o artigo 17 do Regulamento não contam os anos de formação. E para que a rescisão de um jogador seja validada pelo artigo o pedido terá de ser feito até 15 dias depois do último jogo oficial do clube que o futebolista representa." - in Mais Futebol

6 - "Um exemplo. De acordo com o Caso Webster, que se baseia do artigo 17 do Regulamento de Transferências da FIFA e da decisão do Tribunal Arbitral do Desporto de Janeiro deste ano, Miguel Veloso, um dos jogadores portugueses mais pretendidos lá fora segundo a imprensa, poderia rescindir com o Sporting a partir do final da próxima época (2008/09). Para o fazer, o internacional português teria de indemnizar o clube de Alvalade com os ordenados a que teria direito até à expiração do contrato (2013).
O médio do Sporting renovou em Janeiro de 2007 o seu vínculo laboral com os leões até ao fim da temporada 2012/13. De acordo com os jornais da altura, o seu vencimento passou a ser de perto de 30 mil euros mensais. Multiplicando esse valor por 14 (12 meses, mais os subsídios) chegamos aos 420 mil euros, que teriam de ser depois novamente multiplicados por quatro, as épocas que faltariam até ao final do contrato em Junho de 2009. O total de vencimentos é de 1, 680 milhões de euros. Uma verba que anda muito longe dos 30 milhões da cláusula de rescisão existente no documento que liga Veloso ao Sporting.
Os leões poderiam exigir, à parte, a compensação pela formação, invocando o artigo 20 do mesmo Regulamento de Transferências. E há ainda o mecanismo de solidariedade, que atribui cinco por cento de cada transferência aos clubes por onde o futebolista passou até fazer 23 anos. Mas não deixa de ser um número demasiado magro certamente para as pretensões do clube de Alvalade.
João Nogueira da Rocha é advogado do Sindicato de Jogadores e árbitro no Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), que definiu o valor da indemnização a pagar por um jogador a um clube quando rescinde contrato e invoca o artigo 17 do Regulamento de Transferências da FIFA. Precisamente o que fez o escocês Andy Webster para deixar o Hearts.
«A minha opinião já decorria neste sentido, mas uma leitura literal do artigo 17 do regulamento de transferências da FIFA não prevê o valor da indemnização. E foi isso que fez o acórdão de Janeiro do TAS. O jogador tem a pagar o que ganharia até final do contrato, ou o que o clube pagaria se o quisesse despedir. É o mesmo valor», diz o jurista ao Maisfutebol.
Nogueira da Rocha nega que exista qualquer lacuna na lei desportiva neste ponto das transferências: «O regulamento prevê que um jogador, fora do período de estabilidade do seu contrato, depois de dois anos de ligação ao clube no caso de ter mais de 28 anos ou de três se for mais novo, possa rescindir. Isso está previsto no artigo 17. O que não está previsto é o valor da indemnização, que foi agora determinado pelo TAS.»
João Nogueira da Rocha acrescenta que a decisão do TAS revoga a anterior, determinada pela Câmara de Resolução de Litígios (Dispute Resolution Chamber, DRC) da FIFA, em Março de 2007. «O clube tinha recorrido para o DRC e tinha sido estipulado um valor exagerado. Este acórdão anula essa decisão e atribui o valor dos vencimentos a receber até final do contrato como indemnização máxima.»" - in Mais Futebol

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Livro de Reclamações

1 - As ondas de choque despoletadas pela publicação no jornal "A Bola" do voto de vencido do ex-Presidente do Conselho de Justiça da FPF, Herculano Lima, no recurso interposto por Valentim Loureiro do castigo que a Comissão Disciplinar da Liga lhe havia imposto por ter atentado contra a honra e consideração dos juízes Pedro Mourão e Francisco Cebola, findaram na mera constatação do óbvio - ausência de credibilidade do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol!
Todavia, a riqueza da retórica argumentativa daquele voto de vencido exigia que se alcançasse o seu desiderato último - condenar o tráfico de influências!
A comunicação social não o fez ou não o quis fazer!
Inclino-me para a segunda das hipóteses tanto mais que com a demissão de Herculano Lima o seu lugar foi ocupado por António Gonçalves Pereira e nenhum órgão de comunicação social se predispôs a denunciar o currícullum deste personagem.
E quem é António Gonçalves Pereira, perguntam vocês?
É vereador da Câmara Municipal de Gondomar e foi presidente da Assembeia-Geral do Gondomar Sport Clube!
Qual a instância que a final se pronunciará sobre o famoso "Apito Dourado"?
O Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol!
Há cada coincidência...

2 - De um ponto não restem dúvidas - a fortíssima censurabilidade do comportamento de Jokanovic!
Contudo, a este propósito afirmou Luís Sobral: "Se Jokanovic for impedido de voltar a sentar-se no banco esta temporada acho que ninguém poderá considerar o castigo excessivo."
Secundo esta posição!
Até a vejo como insuficiente!
Mas em vista do castigo aplicado a Scolari será equitativa?
Quem deve merecer maior censura: a ira desenfreada e os insultos de Jokanovic a Cajuda ou a agressão de Scolari a Dragutinovic?
A UEFA decidiu punir Scolari com uma inibição de dois meses efectivos, ao passo que, a vingar a tese de Sobral, Jokanovic seria punido com uma pena de três meses!
Será maior o desvalor da conduta assumida por Jokanovic?
Não creio e o ordenamento jurídico português cauciona quer ao nível penal, quer disciplinar este entendimento!
Qualquer daquelas valências coloca num patamar de superior dignidade o bem jurídico integridade física!
Por outro lado, que valores e princípios competia a Jokanovic preservar?
Os do Nacional!
Que valores e princípios competia a Scolari preservar?
Os Nacionais!
A reafirmação contrafáctica do valor e da validade dos princípios éticos violados postula uma maior exigência punitiva para o comportamento de Scolari.
Foi Jokanovic reincidente em atitudes similares?
Não!
Foi Scolari alvo de sanções disciplinares anteriores pela comissão de factos semelhantes?
Sim!
Em suma: Quer do ponto de vista da culpa, quer da prevenção geral positiva ou da prevenção especial, a medida da pena a aplicar a Scolari devia ser mais elevada!
Deste modo, em vista da uniformização da jurisprudência das instâncias jurisdicionais desportivas, a decisão da Comissão Disciplinar da Liga terá de se pautar pela clemência e indulgência reveladas pela UEFA no castigo aplicado a Scolari!

3 - Por onde anda a Comissão Disciplinar da Liga?
Quem assistiu aos jogos da pretérita jornada da Liga Bwin, estou certo que não ficou insensível ao comportamento de Lisandro Lopez.
Todavia, a Comissão Disciplinar da Liga não instaurou o competente processo sumaríssimo, ainda que os respectivos requisitos legais se mostrem verificados.
Da análise conjugada dos relatórios dos árbitros com as crónicas jornalísticas, resulta que o lance em que aquele jogador foi interveniente passou sem punição.
Por outro lado, a conduta do nomeado jogador subsume-se à previsão da al. a) do n.º 5 do art.º 172º do Regulamento Disciplinar da Liga, pois que a equipa de arbitragem não sancionou conduta que constituiu risco grave para a integridade física dos agentes e grave atentado à ética desportiva exigida dos intervenientes no jogo.
Postula o citado preceito legal mais uma exigência para que a Comissão Disciplinar actue oficiosamente, qual seja a demonstração que a equipa de arbitragem não observou e avaliou a conduta.
Apelando a um critério de bonus pater familias, sou forçado a concluir que o árbitro não observou, nem avaliou a conduta de Lisandro, na medida em que de outra forma apenas lhe restava uma decisão - expulsão imediata!
Negar esta evidência, será negar a idoneidade de Pedro Henriques para o exercício da arbitragem.
E se assim é, compete à Comissão Disciplinar instaurar o competente procedimento disciplinar tendente à declaração administrativa de tal inaptidão.
De um modo ou de outro, a interrogação mantém-se - Por onde anda a Comissão Disciplinar da Liga?

4 - Em Inglaterra, a proposta de acrescentar uma jornada à Premier League está a provocar um intenso debate.
A tal jornada seria disputada em 5 cidades espalhadas pelo Mundo.
O escopo primordial deste alvitre radica na maximização das receitas mediante o acentuar da dimensão planetária da competição.
Através da aproximação física da Premier League ao seu mercado virtual, o volume dos proventos por clube podia ascender aos 7,5 milhões de Euros.
Vozes têm repudiado a sujeição do futebol aos ditames da sua vertente mercantilista.
Não engrosso as fileiras da contestação!
Antes pelo contrário!
A aprovação desta medida proporcionaria não só um aumento dos rendimentos dos clubes como também inegáveis ganhos na divulgação e expansão da modalidade.
Ao permitir conciliar os ditames da vertente mercantilista do futebol com o supremo desiderato da disseminação da sua prática, esta medida merece indesmentíveis encómios.
Elogios granjearia a Direcção da Liga caso adoptasse a ideia subjacente a esta medida!
O conceito é passível de ser importado para Portugal ou não fosse a CPLP uma realidade.
Também o mercado real da Liga Bwin não encontra coincidência com o seu mercado virtual!
Existe naqueles países um vastíssimo mercado que se identifica com os principais clubes portugueses e que se mostra ansioso pela materialização das suas idolatrias.
Não digo que se criasse mais uma jornada, mas concebo que se alterasse a estrutura da Taça da Liga e da Taça de Portugal para que contemplassem fases finais a quatro clubes, que se disputariam, por exemplo, em Angola ou Moçambique.

5 - A primeira ronda dos 16-avos da Taça UEFA foi positiva para Portugal, que se afastou um pouco da Holanda e encurtou distâncias para a Roménia e Rússia.
Neste cenário, Portugal pode aspirar a terminar a época em sexto lugar do ranking, até porque a Roménia não tem já equipas nas competições europeias, a Rússia tem apenas duas e a Holanda uma.
Para tal, necessário se torna que Portugal obtenha 8 vitórias até ao final da temporada e que Zenit e Spartak sejam eliminados na presente eliminatória.

Liga dos Astros

1º Lugar: Dragonheart - 1297 pontos;

2º Lugar: CFForróbódó - 1262 pontos;

3º Lugar: emplASTROS - 1256 pontos;

4º Lugar: Golpista FC - 1250 pontos;

5º Lugar: CRUZADOS - 1234 pontos;

6º Lugar: Eagles - 1221 pontos;

7º Lugar: Pisa Lampião - 1218 pontos;

8º Lugar: Caça-Lagartos/Suçuarana - 1084 pontos;

9º Lugar: Kubas4Ever - 1052 pontos;

10º Lugar: Os Barões da Pelota - 1039 pontos;

11º Lugar: Tacuara - 440 pontos;

12º Lugar: KLTD - 334 pontos;

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Vedetas&Marretas

Vedetas

Porto e Jesualdo pelo concludente triunfo averbado frente ao Marítimo;

Lisandro por mais um bis;

Spesi pela estreia com assistência para o 2º golo do Benfica;

Moutinho pelo excelente golo que apontou frente ao Estrela da Amadora;

Carvalhal e Setúbal pela vitória em Braga, a terceira em outros tantos confrontos na temporada;

Nacional pelo triunfo frente ao Guimarães;

Fabiano pela estreia com golo no Nacional-Guimarães;

Jorge Gonçalves pelo bis frente ao Boavista;

Penafiel pelo triunfo frente ao Beira-Mar;

Vizela pela vitória frente ao Varzim, que lhe permitiu consolidar o 2º lugar na Liga Vitalis;

Portimonense pelo triunfo frente ao Gondomar, que lhe permitiu sair da linha de água na Liga Vitalis;

Manchester pela goleada e consequente eliminação imposta ao Arsenal em jogo a contar para a Taça de Inglaterra;

Nani pelo recital de futebol na goleada do Manchester United frente ao Arsenal;

Barnsley pela eliminação do Liverpool da Taça de Inglaterra;

Barcelona pela vitória averbada frente ao Saragoça;

Sevilha pelo triunfo em Barcelona frente ao Espanyol;

Beto pelo golo obtido na vitória do Huelva frente ao Deportivo;

Athletic Bilbao pelo triunfo alcançado frente ao Atlético Madrid;

Juventus pelo triunfo caseiro frente à Roma;

Sampdória pela vitória no derby de Génova;

VfL Wolfsburg pela vitória no terreno do Schalke;

Alpendorada pela goleada imposta ao Sporting em jogo a contar para o Nacional de Futsal;

São Bernardo pelo triunfo frente ao Madeira SAD, que lhe permitiu assegurar um lugar no play-off da Liga de Andebol;

Vagos pela vitória sobre o Ginásio na Liga de Basquetebol;

Yelena Isinbayeva por mais um record mundial do salto com vara;

Marretas

Jokanovic pela inqualificável atitude que protagonizou no final do Nacional-Guimarães;

Emílio Macedo pela frase que o guindará ao panteão dos ícones do futebol nacional: "Jokanovic tem de ser "radiado";

Manuel Machado por mais uma derrota, desta feita diante do Setúbal;

Fátima pela derrota, em casa, frente ao Feirense, que implicou a sua queda para a zona de despromoção na Liga Vitalis;

Real Madrid pela derrota em Sevilha frente ao Bétis;

Beto pela expulsão na vitória do Huelva frente ao Deportivo;

Atlético Madrid pela derrota caseira frente ao Athletic Bilbao;

Liverpool pela eliminação na Taça de Inglaterra pelo Barnsley;

Sporting pela goleada sofrida diante do Alpendorada em jogo a contar para o Nacional de Futsal;

Espaço Prof. Karamba - Classificação Geral

1º Lugar: Jorge Mínimo - 515 pontos;

2º Lugar: JC - 510 pontos;

3º Lugar: Lion Heart - 490 pontos;

4º Lugar: Zex e Jimmy Jump - 480 pontos;

5º Lugar: Vermelho - 475 pontos;

6º Lugar: Kaiserlicheagle e Pachulico - 460 pontos;

7º Lugar: Vermelho Sempre - 425 pontos;

8º Lugar: Fura-Redes e Cavungi - 420 pontos;

9º Lugar: Vermelho Nunca e Salvatrucha - 390 pontos;

10º Lugar: Cuto - 380 pontos;

11º Lugar: Sócio - 350 pontos;

12º Lugar: Antes Morto que Vermelho - 345 pontos;

13º Lugar: Pankreas - 295 pontos;

14º Lugar: Samsalameh- 290 pontos;

15º Lugar: Braguilha - 245 pontos;

16º Lugar: Biely - 240 pontos;

17º Lugar: Holtreman - 65 pontos;

Compilação de Cavungi e AMV

Os Onze Indomáveis Patifes

O Trinco eleito foi Paul Gascoigne, que contabilizou 15 votos.
Seguiram-se Paul Breitner com 6 votos, Neeskens com 4, Roy Keane com 2 e Luiz Fernandez com 1.
Esta semana, será dedicada à eleição do melhor médio direito.
Os candidatos são:
Gunter Netzer; Ray Wilkins; Bernd Schuster; Gianfranco Zola e Rainer Bonhof.

Memorial Zandinga

Os jogos sujeitos a palpite, esta semana, são os seguintes:

Celtic - Barcelona
Lyon - Man.United
Schalke - FC Porto
Liverpool - Internazionale
Roma - Real Madrid
Arsenal - Milan
Olympiakos - Chelsea
Fenerbahçe - Sevilla
FC Basel - Sporting
Sp. Braga - Bremen
FC Nürnberg - Benfica


De forma a salvaguardar a integridade da competição, os palpites devem ser enviados para o mail do blog até às 18h00 da próxima 3ª feira.
Claro está que quem entender desnecessário seguir este procedimento, pode publicar os seus palpites do modo tradicional.

Análise ao Naval-Benfica

Estádio José Bento Pessoa, na Figueira da Foz

Árbitro: Rui Costa (AF Porto)

Naval – Wilson Júnior; Mário Sérgio (Marinho, 74 m), Paulão, Diego Ângelo e Igor (Dudu, 63 m); Gilmar e Godeméche; Saulo (Elivelton, 74 m), Davide e João Ribeiro; Marcelinho.

Suplentes não utilizados: Taborda, Gaúcho, Fabrício Lopes e Hugo Santos.

Benfica – Quim; Luís Filipe, Luisão, Katsouranis e Léo; Maxi Pereira, Binya, Nuno Assis e Rodriguez (Adu, 72 m (depois Sepsi, 89 m); Makukula e Cardozo (Rui Costa, 84 m).

Suplentes não utilizados: Butt, Zoro, Edcarlos e Mantorras.

Marcador: 0-1 por Cristian Rodriguez (18 m); 2-0 por Nuno Assis (90+3 m).



O Benfica "matou o borrego" figueirense, mas a sua exibição voltou a ser confrangedora.
84 minutos de obscurantismo, nos quais imperou a ditadura do mau futebol.
10 minutos de luz, nos quais prevaleceu o génio renascentista de Rui Costa.
Não obstante tenha estado apenas 10 minutos em campo, Rui Costa constituiu a excepção à regra da ausência de arte ou engenho.
Angustiante, tal a fraca qualidade do futebol praticado.
Quase sempre mal jogado, o encontro desta noite navegou entre o entediante e o aborrecido!
Tal como havia sucedido frente ao Nuremberga, salvou-se a vitória.
A juntar às limitações decorrentes das ausências de Nélson, David Luiz, Petit e Nuno Gomes, Camacho decidiu auto-definhar o seu leque de opções ao abdicar de Rui Costa e entregar o meio-campo a Bynia e Maxi Pereira.
Pecado capital!
Ao amputar a equipa de, pelo menos, um médio de transição, Camacho restringiu e muito a possibilidade da equipa empreender transições ofensivas com fluidez e clarividência.
Ao compor o seu meio-campo central, a segunda zona de construção, com dois médios de transição, Camacho disse ao que vinha - jogo directo!
E se a teoria assim o predizia, a prática demonstrou-o à saciedade.
Até à entrada de Rui Costa, o Benfica raramente conseguiu ligar dois passes.
Usou e abusou dos lançamentos longos para Cardozo e Makukula.
Invariavelmente, sem sucesso, mas a falta de um criativo como que compelia à utilização deste recurso.
Num onze muito remendado, sem fio de jogo e orfão de capacidade inventiva, o Benfica apenas se acercou com perigo da baliza de Wilson Júnior em lances de bola parada.
Viria a ser, precisamente, na sequência de um lance deste jaez que o Benfica alcançaria vantagem no marcador.
Decorria o minuto 19 quando Bynia executou um longo lançamento de linha lateral, Cardozo antecipou-se a Wilson Júnior e tocou para Cristian Rodriguez, que cabeceou para o fundo das redes figueirenses.
Até ao intervalo, dois lances de bola parada e outras tantas situações de perigo em benefício do Benfica - na execução de um livre, Cardozo "obrigou" Wilson Júnior a defender para canto, na marcação do qual Katsouranis cabeceou para Davide cortar sobre a linha de baliza.
Antes, logo no dealbar da partida, Marcelinho, na sequência de um cruzamento de João Ribeiro, havia cabeceado ao poste, sendo certo que, no lance imediatamente subsequente, um corte de Diego Ângelo encontrou as pernas de Makukula e a bola seguiu idêntico destino na baliza navalista.
Na segunda parte, mais do mesmo, ou seja, futebol de paupérrima qualidade e escassas oportunidades de golo.
Em suma, um longo bocejo!
Enfado quebrado com o assomar de Rui Costa ao terreno de jogo.
Primeiro, conjugou inteligência, criatividade e visão periférica para desmarcar de forma sublime Assis na direita, num lance que culminaria com um cruzamento mal medido para Makukula.
Depois, combinou leveza e clarividência para lançar Spesi no lance que redundaria no segundo golo encarnado da autoria de Assis.
Sepsi entrou na área e na linha de fundo cruzou atrasado para Nuno Assis marcar.
Uma estreia feliz para o romeno, numa noite em que os lampejos de classe de Rui Costa coloriram um jogo até então demasiado cinzento.


quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Análise ao Benfica - FC Nürnberg

Estádio da Luz, em Lisboa

Árbitro: Alexandru Dan Tudor (Roménia)

BENFICA – Quim; Nélson, Luisão, Katsouranis, Léo, Petit, Rui Costa, Nuno Assis (Adu, 84 m), Rodriguez (David Luiz, 84 m), Cardozo (Di Maria, 59 m) e Makukula.

Treinador: José Antonio Camacho

NUREMBERGA – Blazek; Reinhardt, Wolf, Gláuber, Pinola, Galasek, Kluge, Engelhardt, Adler (Kristiansen, 46 m), Saenko e Koller.

Treinador: Thomas von Heesen

Ao intervalo: 1-0

Golo: Makukula (42 m)

Resultado final: 1-0

Cartão amarelo a Nélson (21 m), Wolf (65 m), Petit (86 m) e Pinola (86 m).



O Benfica venceu o Nuremberga por 1-0, na primeira mão dos 16 avos-de-final da Taça UEFA, graças a um golo de Makukula, aos 42 minutos, depois de mais um extraordinário slalom de Rui Costa.
A centésima vitória do Benfica na condição de visitado nas provas europeias foi conseguida sem a magnificência, glória ou distinçãoo de outrora.
Confrangedor!
Angustiante, tal a fraca qualidade do futebol praticado.
Quase sempre mal jogado, o encontro desta noite navegou entre o entediante e o aborrecido!
Salvou-se a vitória, mesmo que esta tenha sido construída sobre um enorme "perú" do guarda-redes germânico.
A exibição do Benfica cotou-se num plano pouco mais do que sofrível.
Camacho fez a vontade à turba e alinhou de início com dois pontas de lança.
Todavia, a equipa nunca demonstrou o necessário equilíbrio para comportar a utilização simultânea de Makukula e Cardozo.
Não tanto pelo sistema táctico apresentado - 4x4x2 que se transformava muitas vezes num 4x2x4 - mas pela colocação dos diferentes sectores em campo.
Para que o 4x4x2 seja defensiva e ofensivamente suportável, imprescendível se torna que a equipa constitua um bloco uno.
Bloco esse erigido a partir da coesão dos diferentes sectores.
Sucede, contudo, que o quarteto defensivo do Benfica se postou sempre muito recuado, muito junto da sua área e, assim, criou-se um fosso entre o meio-campo e o ataque, que aniquilou as transições.
Abrigando-se da sua reconhecida falta de velocidade, Luisão e Katsouranis, para não se exporem, acantonaram-se junto da sua grande área, potenciando igual recuo por parte de Petit e Rui Costa.
Deste modo, a distância entre estes e a dupla Makukula/Cardozo atingiu uma dimensão que condenou à nascença o equilíbrio da equipa.
E, sem equilíbrio, não há fluidez no momento ofensivo, nem harmonia no processo defensivo.
Para agravar esta equação estrutural, Rui Costa e Petit, fruto da falta de fulgor físico que revelam, mostram-se incapazes de "queimar" linhas e "encurtar" a equipa.
Na única situação em que Rui Costa foi capaz de emprestar velocidade à transição ofensiva, penetrando entre a linha média e a linha defensiva alemã, surgiu o golo de Makukula.
Bem sei que o guarda-redes alemã contribui e muito para o sucesso do remate de Makukula, mas não conheceu o Benfica outra ocasião semelhante em toda a partida.
No segundo remate que ensaiou à baliza alemã, o Benfica fez o 1-0.
Até aí, um deserto de ideias.
Nesse instante, o oásis qualitativo da partida.
Pela cintilação de Rui Costa, pois que não fôra o "perú" de Blazek e a soberba iniciativa do "10" não seria distinguida com êxito.
O Benfica furava o bloqueio que havia imposto a si próprio e esperava-se que catapultado pelo golo atingisse um patamar exibicional bem superior.
Puro engano!
Com excepção de uma ligeira melhoria evidenciada nos primeiros 15 minutos do segundo tempo, depressa o Benfica regressou à inaptidão antes patenteada.
Incapaz de superar a aludida grilheta estrutural, o Benfica agradeceu a dádiva de Blazek e nela se refugiou até final, conservando a primazia alcançada no resultado.


Memorial Zandinga

Cavungi - Sócio: 35 - 15

Zex - Vermelho Sempre: 30 - 25

Jorge Mínimo - Holtreman: 25 - 20

Lion Heart - Antes Morto que Vermelho: 20 - 20

Pachulico - Cuto: 25 - 20

Kaiserlicheagle - Biely: 25 - 0

Vermelho - Salvatrucha: 25 - 15

Jimmy Jump - JC: 20 - 20

Classificação Actual

17º Lugar: Fura-Redes - 185 pontos;

18º Lugar: Vermelho Nunca - 180 pontos;

19º Lugar: Samsalameh e Pankreas - 165 pontos;

20º Lugar: Braguilha - 110 pontos;

Liga dos Astros

Os participantes dispõem até às 18 horas da próxima sexta-feira para apresentarem o onze inicial, os substitutos e o capitão das respectivas equipas para a próxima jornada.
Recordo que podem efectuar duas transferências no vosso plantel, as quais têm que obedecer ao regulamento.
Recordo, igualmente, que os participantes que ainda não utilizaram o "wild-card", que lhes permitirá efectuar as alterações que desejarem, o podem fazer nesta ou em qualquer outra semana, mediante menção expressa e apenas por uma vez.

Espaço Prof. Karamba

Os jogos sujeitos a aposta, esta semana, são os seguintes:

Sporting - E. Amadora
Marítimo - F.C. Porto
U. Leiria - Belenenses
P. Ferreira - Académica
Sp. Braga - V. Setúbal
Nacional - V. Guimarães
Naval - Benfica
Leixões - Boavista

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Sporting - 2 Basileia - 0

Dado que não tive oportunidade de assistir ao jogo, publico a crónica do site "A Bola online" como forma de suscitar a discussão.

"O Sporting alcançou esta noite uma importante vitória ao derrotar o Basileia por 2-0, onde Vukcevic foi a principal figura ao marcar os dois golos do conjunto «leonino». A equipa de Alvalade deu um importante passo em relação à próxima eliminatória, mas ainda falta o desafio da segunda-mão.
Embora o Sporting tenha voltado a não entrar bem no jogo e o Basileia tenha revelado uma maior agressividade, o conjunto de Alvalade acabou por inaugurar o marcador, logo aos oito minutos. Vukcevic recebe a assistência de Romagnoli e remata na direcção da baliza, tendo Marque ainda tocado no esférico e inviabilizado qualquer tipo de defesa.
Aos 12 minutos o guarda-redes Rui Patrício fez uma excelente defesa para evitar o remate de Eduardo, naquela que foi a única verdadeira ocasião de golo da equipa suíça. A partir dos 20 minutos o Sporting começou a dominar a partida, com Romagnoli a criar sucessivas situações de perigo.
Na segunda parte o Sporting prosseguiu a mandar no jogo e foi com naturalidade que chegou ao segundo golo. Aos 56 minutos, João Moutinho faz uma excelente assistência para Vukcevic, que dentro da área disparou de forma indefensável e estabeleceu o resultado final.
Aos 71 minutos, Vukcevic teve de sair de campo devido a uma luxação no ombro, após tentar chegar a um passe de Izmailov. Ainda assim, o Sporting podia ter chegado ao terceiro da noite como Liedson a rematar ao poste e a ver um golo anulado por fora-de-jogo.
Com este resultado o Sporting conquistou uma boa vantagem para o jogo da segunda-mão, no entanto tem de estar atento para não ser surpreendido na Suíça."

Ficha de Jogo:

Estádio Alvalade XXI

Árbitro: Kevin Blom (Holanda)

Equipas:

SPORTING - Rui Patrício; Abel, Tonel, Polga e Grimi; Miguel Veloso; João Moutinho, Romagnoli e Izmailov (Pereirinha, 72m); Liedson e Vukcevic (Rodrigo Tiuí, 71m).

BASILEIA – Costanzo (Crayton, 44m); Malick Ba, Majstorovic, Marque e Hodel; Carlitos, Ergic, Huggel, e Deggen (Cabral, 64m); Eduardo e Derdiok.

Ao intervalo: 1-0

Marcadores: 1-0, Vukcevic (8); 2-0, Vukcevic (56)

Acção disciplinar: cartão amarelo a Carlitos

Fim da partida: 2-0

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Livro de Reclamações

1 - Doze anos após a prolacção do Acórdão Bosman, a decisão do Tribunal Arbitral do Desporto sobre o famigerado "caso Webster" pode representar idêntica revolução nas relações laborais no mundo do futebol!
Em 2006, o defesa escocês Andy Webster (actualmente ao serviço do Glasgow Rangers) rescindiu unilateralmente, sem justa causa, o contrato que o ligava ao Hearts, por forma a comprometer-se com o Wigan.
Para tanto, como se encontrava no terceiro dos quartos anos do contrato firmado com o Hearts, invocou o artigo 17.º do Regulamento Internacional de Transferências da FIFA, alegando achar-se para lá do Período Protegido (que é de três anos para os jogadores com menos de 28 e de dois anos para os restantes).
Não se conformando com a decisão de Andy Webster, apelou o Hearts para a Câmara de Resolução de Litígios da FIFA, que arbitrou uma indemnização de 840 mil euros ao clube escocês.
Não resignado, Andy Webster recorreu para o Tribunal Arbitral do Desporto, que, na semana passada, acolheu parcialmente os seus argumentos e determinou a satisfação de 190 mil euros, correspondente aos salários remanescentes, como compensação devida ao Hearts por quebra, sem justa causa, do vínculo laboral.
Mais isentou Andy Webster de qualquer sanção desportiva.

Para lá de introduzir elementos de perturbação da paz e da segurança jurídica e de acentuar a lógica mercantilista e a macrocefalia dos grande potentados económicos, esta decisão pode constituir uma severa machadada na formação!
A rentabilidade económica da formação mostra-se seriamente ameaçada!
Ao se consignar a possibilidade de, após o Período de Protecção, os grandes clubes adquirirem os melhores valores dos clubes mais modestos, sem recurso a uma negociação directa, decresce substancialmente a faculdade do capital investido na formação se reproduzir.
É uma sentença bizantina, que prejudica de sobremaneira os clubes formadores e os menos endinheirados.

A generalização jurisprudencial do sentido da decisão do Tribunal Arbitral do Desporto sobre o "caso Webster" pode desaguar na criação de uma Liga Privada Europeia composta pelos principais clubes europeus.
Finda a estabilidade contratual, progride a soberania dos poderosos e deprime a capacidade de a ela resistir dos proletários.
A competitividade dos clubes de pequena e média dimensão decrescerá na directa proporção do acréscimo da liberdade de circulação dos futebolistas e da diminuição da gratificação das transferências.
Fora do período de protecção, o quantum indemnizatório não será sequer comparável com os valores ora praticados e dentro do período de protecção, com a diminuição do horizonte de vigência temporal dos contratos - 3 anos no máximo - os montantes também se quedarão distantes dos actuais.
Do cercear da competitividade dos pequenos e médios clubes à sua exclusão das grandes competições será um pequeno passo.
Da exclusão das grandes competições à subtracção de receitas será uma inevitabilidade.
Da subtracção de receitas ao obscurantismo competitivo será uma fatalidade.

Os prejuízos estendem-se aos jogadores.
Na aparência não, na essência sim!
Se num primeiro momento os jogadores irão beneficiar com esta medida, vendo os seus salários aumentados, o certo é que a longo prazo não só o recurso a práticas de concertação entre clubes como o decréscimo das receitas extraordinárias provenientes da alienação dos passes dos jogadores conduzirão a um inexorável decréscimo dos vencimentos.

Para já, o recurso ao art.º 17º do Regulamento Internacional de Transferências da FIFA tem sido praticamente nulo, mas num futuro próximo tende a vulgarizar-se.
O impacto económico sobre os pequenos e médios clubes de uma invocação em massa desta prerrogativa regulamentar pode assumir contornos apocalípticos.

2 - Claro está que esta decisão não inviabiliza que se estipulem cláusulas de rescisão.
Todavia, também, neste aspecto, introduz modificações relevantes.
Até agora, prevalecia a vontade das partes - a definição do montante rescisório cabia exclusivamente a clube e jogador.
A partir da decisão do Tribunal Arbitral do Desporto sobre o "caso Webster" predomina o princípio da proporcionalidade.
A possibilidade de estipulação de cláusulas penais fica subordinada à sua proporcionalidade com as restantes existentes no contrato, mormente com as relativas à remuneração auferida pelo jogador.
Da conjugação daqueles princípios decorre que, em caso de rescisão unilateral sem justa causa, o quantitativo estabelecido como cláusula de rescisão assumir-se-á como o ponto de partida para determinar o cálculo indemnizatório.
Mas apenas e tão só como ponto de partida, na medida em que haverá sempre que aferir aquele montante à luz da sua proporcionalidade com as restantes cláusulas contratuais o que pode implicar a sua revisão.
É o fim das denominadas "cláusulas de rescisão milionárias" e com o seu decesso o advento de práticas de concertação ou de cambão, assim se pretenda ser mais ou menos politicamente correcto.

3 - Jogadores e clubes têm sido bastante comedidos na invocação do artigo 17.º do Regulamento sobre o Estatuto e Transferência de Jogadores da FIFA, pese embora conste do articulado regulamentar desde 2005 (para além de Webster, apenas o guarda-redes italiano De Sanctis, do Sevilha, recorreu ao artigo 17.º para se libertar da Udinese).
E porquê?
Pela singela razão de que a redacção daquele preceito legal é extremamente nebulosa no que diz respeito ao cálculo indemnizatório.
Da incerteza brota o parcimonioso uso.
Preceitua o art.º 17.º do Regulamento sobre o Estatuto e Transferência de Jogadores da FIFA certos requisitos cumulativos para que os jogadores possam rescindir unilateralmente os seus contratos, sem justa causa e sem incorrer em sanções desportivas, quais sejam:

- A rescisão terá de ser anunciada nos 15 dias seguintes ao último jogo da época.

- O jogador deverá ter cumprido três épocas completas do contrato (ou apenas duas no caso de jogadores com mais de 28 anos).

e, o busílis da questão: - O jogador terá de indemnizar o clube, sendo que a fórmula de cálculo do montante indemnizatório é tudo menos clara, pejada que está de conceitos indeterminados.
O cálculo da compensação, segundo o regulamento da FIFA, há-de equacionar as legislações nacionais sobre a matéria e critérios como a duração total do contrato, o salário, o valor da contratação originária e a cláusula de rescisão, se existir.
O sentido volúvel de alguns critérios conjugado com o silêncio do peso relativo de cada um dos elementos na determinação do montante indemnizatório retiram a necessária margem de segurança para quem invoca o art.º 17º.
O jogador que pretende rescindir unilateralmente o seu contrato não conhece, nem pode prever com suficiente certeza o montante a despender.
Assim sejam preenchidas as assinaladas lacunas e, estou certo, que a invocação do art.º 17º se generalizará.

4 - Ao desmentir o desmentido da SAD leonina sobre os factos relatados pela Bola, Paulo Bento caucionou o seu isolamento institucional.
De outra forma teria existido uma concertação de posições em ordem à unificação da "verdade" a veicular publicamente.

5 - Na conferência de imprensa de antevisão do jogo com o Marítimo, Paulo Bento deu de si a imagem de um homem pressionado e acossado.
O seu desgaste é evidente e a estratégia de ataque que ensaiou mais que uma fuga para a frente assumiu-se como um puro acto de desespero.

6 - Ao criticar Luisão e Katsouranis, Mozer começou a preparar a próxima época do Benfica.
Ao criticar Mozer, Luisão começou a preparar a sua saída do Benfica na próxima época.

7 - Correndo o risco de me enganar redondamente, deixo aqui aquela que penso que será a futura composição do departamento de futebol do Benfica.
Rui Águas manter-se-á como máximo responsável pela prospecção, Rui Costa como director desportivo, acolitado por Mozer, que desempenhará simultaneamente funções de assessoria de Rui Costa e de Ricardo Gomes, que assumirá o cargo de treinador principal.

8 - Sendo um homem de forte personalidade e carácter, não consigo alcançar as razões pelas quais Rui Costa mantém a promoção ao site de apostas Betclick.
É o único futebolista no activo que não renunciou ao contrato de patrocínio, persistindo assim numa clara violação do código de ética da FIFA que desaconselha a participação de atletas e treinadores em promoções de jogos de fortuna e azar.
O dinheiro não pode ser tudo.

9 - Scolari afirmou não ter uma equipa, nem um líder.
Pergunto: Não serão tarefas de um treinador construir uma equipa e mais do que descobrir ou designar um líder assumir-se como tal.

10 - Quem viu o programa "Geração Scolari" não ficou com a sensação de que o balneário da selecção nacional antes dos jogos se assemelha a uma reunião da IURD?

11 - Após assistir ao programa "Geração Scolari" confirmei o primarismo do seleccionar nacional na abordagem ao jogo e ao adversário.

12 - Confirmei, também, a pobreza do seu discurso - da construção gramatical aos aspectos técnicos.

13 - Na semana passada, aludi à inflacção do mercado inglês.
Hoje, trago números que justificam aquela afirmação.
Na recém encerrada janela de transferências de Janeiro, os clubes da Premier League gastaram um total de 200 milhões de Euros em contratações, valor este que é mais que o dobro do recorde anterior para aquele período de transferências (94 milhões de Euros).

14 - Será que o fim das limitações à utilização de estrangeiros nas camadas jovens tem algo a ver com a goleada sofrida na passada terça-feira pela selecção Sub-16 – 0-7 frente à Espanha, a maior derrota de sempre dos nossos jovens jogadores?

15 - Porquê vender por apenas 100.000€ um jogador titular da selecção do Senegal?

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Vedetas&Marretas

Vedetas

Gil Vicente, Moreirense, Setúbal e Naval pelo apuramento para os 4ºs de final da Taça de Portugal;

Leandro Grimi pela estreia com assistência para golo;

Egipto por ter revalidado o título na CAN;

Real Madrid pela goleada imposta ao Valladolid;

Huelva pelo triunfo em Barcelona frente ao Espanyol;

Atlético de Madrid pela vitória em Santander frente ao Racing;

Juventus pelo triunfo em Udine;

Manchester City pelo triunfo no derby de Manchester;

Lens pela goleada imposta na visita ao Caen;

Marselha pelo triunfo em Nice;

Roda pela vitória sobre o Ajax;

Benfica pelo apuramento para os 4ºs de final da Taça Challenge em Andebol;

Vitória de Guimarães pelo triunfo averbado frente ao Queluz na Proliga;

Machico pelo triunfo no derby regional frente ao Marítimo no Nacional de Voleibol;

Nelson Évora pelo record nacional do triplo salto em pista coberta;

Naide Gomes pelo record nacional do salto em comprimento em pista coberta;

Marco Fortes pelo record nacional do lançamento do peso em pista coberta;

Jessica Augusto pela obtenção dos mínimos para os Mundiais de Pista Coberta nos 3000metros;

Susanna Kallur pela obtenção do recorde mundial dos 60 m barreiras em pista coberta;

Telma Monteiro pela conquista da medalha de bronze no Torneio Super A de Paris, na categoria de -52 kg;

Jari-Matti Latvala pelo triunfo no Rally da Suécia;

Marretas

Conselho de Arbitragem da FPF pela nomeação de Augusto Duarte para o Benfica-Paços de Ferreira;

Vukcevic pela violência da entrada sobre Ricardo Esteves;

Manchester United pela derrota no derby de Manchester;

Newcastle pela goleada sofrida em Villa Park;

PSG por mais um empate em casa desta feita frente ao Le Mans;

Ajax por ter sido derrotado pelo Roda;

Sebastien Loeb pelo acidente e consequente desistência no Rally da Suécia;

Memorial Zandinga

Os jogos sujeitos a palpite, esta semana, são os seguintes:

Sporting - FC Basel
Bremen - Sp. Braga
Benfica - FC Nürnberg


De forma a salvaguardar a integridade da competição, os palpites devem ser enviados para o mail do blog até às 20h00 da próxima 4ª feira.
Claro está que quem entender desnecessário seguir este procedimento, pode publicar os seus palpites do modo tradicional.

Verificando-se uma igualdade nos pontos obtidos pelos oponentes em compita na presente eliminatória, o desempate far-se-á pelo número de pontos alcançados na competição.


Relembro os embates dos Oitavos de Final:

Cavungi - Sócio;

Zex - Vermelho Sempre;

Jorge Mínimo - Holtreman;

Lion Heart - Antes Morto que Vermelho;

Pachulico - Cuto;

Kaiserlicheagle - Biely;

Vermelho - Salvatrucha;

Jimmy Jump - JC;

Recordo que os participantes que não lograram apuramento disputam entre si, em sistema de todos contra todos, o seu posicionamento final no Memorial Zandinga.
Os pontos acumulados na 1ª fase transitam para esta 2ª fase, na medida da sua metade.

Classificação Actual

17º Lugar: Vermelho Nunca, Samsalameh e Pankreas - 165 pontos;

18º Lugar: Fura-Redes - 155 pontos;

19º Lugar: Braguilha - 110 pontos;

Compilação de Cavungi e AMV

Os Onze Indomáveis Patifes

O Líbero eleito foi Humberto Coelho, que contabilizou 20 votos.
Seguiram-se F.Beckenbauer com 13 votos, Ronald Koeman com 5, F. Baresi com 4 e K. Aughentaller com 2.
Esta semana, será dedicada à eleição do melhor trinco.
Os candidatos são:
Neeskens; Paul Breitner; Paul Gascoigne; Roy Keane e Luiz Fernandez.

domingo, fevereiro 10, 2008

Análise ao Benfica-Paços de Ferreira

Estádio da Luz, em Lisboa

Árbitro: Augusto Duarte (AF Braga)

Benfica: Butt; Nelson, Edcarlos (Cardozo, 33m), Luisão e Léo; Katsouranis, Rui Costa (David Luiz, 90+1m) e Nuno Assis; Maxi Pereira, Makukula (Di María, 86m) e Rodriguez

Suplentes não utilizados: Moreira, Luís Filipe, Mantorras e Freddy Adu

P. Ferreira: Peçanha; Ferreira, Rovérsio, Tiago Valente e Valdir; Paulo Sousa, Filipe Anunciação e Pedrinha; Wesley (Dédé, 83m), Ricardinho (Furtado, 80m) e Cristiano (Edson, 57m)

Suplentes não utilizados: Coelho, Luiz Carlos, Kiko e Fábio Paim

Ao intervalo: 1-1

Disciplina: Cartão amarelo para Wesley (32m), Tiago Valente (41 e 51m), Ricardinho (45m), Katsouranis (56m), Nuno Assis (67m), Makukula (69m). Cartão vermelho para Tiago Valente (51m).

Marcadores: 0-1, Pedrinha (2m); 1-1, Cardozo (41m g.p.); 2-1, Cardozo (52m g.p.); 3-1, Rui Costa (78m); 4-1, Nuno Assis (90+1m)

Resultado final: 4-1




O Benfica venceu o Paços de Ferreira por 4-1 e apurou-se para os quartos-de-final da Taça de Portugal.
A equidade da qualificação num resultado quantitativamente excessivo.
A produção ofensiva de qualquer uma das equipas não justificou a dimensão que o marcador apresentou no final.
A partida não podia ter começado pior para o Benfica.
Logo aos dois minutos, por intermédio de Pedrinha, os pacenses chegaram ao golo, aproveitando um erro colectivo da defesa encarnada.
Inadmissível a complacência de Ed Carlos, Leó, Nelson e Maxi Pereira.
Perante tamanhas benesses concedidas, difícil teria sido Pedrinha não facturar.
Se a cenografia calamitosa assombrava o quadro psicológico dos encarnados, dealbar a partida em desvantagem abalou de sobremaneira os seus indíces de confiança e de auto-estima.
Assim não surpreendeu a inépcia que revelavam quando em posse de bola a procuravam circular.
Roçou o patético!
Inexistia qualquer ponta de fluidez ou clarividência na transição ofensiva e, deste modo, nos primeiros 30 minutos de jogo, o Benfica não realizou qualquer remate à baliza de Peçanha.
Com Rui Costa emparedado entre Paulo Sousa e Filipe Anunciação, sem espaço ou tempo para dirigir o momento atacante encarnado, e Katsouranis e Maxi Pereira, sem mobilidade e/ou criatividade para o fazer, a manobra ofensiva, pura e simplesmente, não funcionava.
Duas trocas de passes consecutivas foi pouco mais do que uma miragem.
Em desvantagem, Camacho mostrou-se mais resoluto do que habitualmente e, à passagem da meia-hora, decidiu retirar Ed Carlos e fazer entrar Cardozo.
Uma substituição que se viria a revelar decisiva no desfecho da partida.
Não tanto pela colocação de dois pontas de lança, mas mais pelo recuo de Rui Costa.
Se até então Rui Costa havia sido sufocado por Paulo Sousa e Filipe Anunciação, o seu posicionamento uns metros mais atrás, desempenhando funções de médio de transição, conferiu-lhe a liberdade de movimentos suficiente para se assumir como o impulsionador do processo ofensivo do Benfica.
O deserto de ideias desapareceu e o processo ofensivo encarnado começou a ganhar alguma fluência e clareza.
Perto do intervalo e como consequência natural do sensível acréscimo qualitativo do futebol exibido pelo Benfica, Cardozo, na transformação de uma grande penalidade a castigar derrube de Tiago Valente a Cristian Rodriguez, restabeleceu a igualdade.
Ao intervalo, a igualdade remunerava a eficácia pacense (com excepção do lance do golo não mais os pacenses chegaram à baliza de Butt) e penalizava a lastimável meia-hora inicial do Benfica.
Na etapa complementar, o Benfica concluiu a "remontada".
Sete minutos após o regresso dos balneários, Makukula foi agarrado na grande área e o Cardozo não desperdiçou novo penalty.
Em superioridade no marcador e no número de jogadores - Tiago Valente foi expulso, por acumulação de amarelos - o Benfica pôde repousar e gerir as incidências da partida.
A vinte minutos do final, assistiu-se a uma ligeira reacção do Paços, que, em dois livres laterais, ameaçou a baliza de Butt.
O Benfica como que despertou da letargia pós-vantagem e "regressou" ao jogo para ampliar a vantagem em dois lances com a chancela indelével de Rui Costa.
Primeiro, aos 78 minutos, marcou num remate à entrada da área e depois, sobre os 90 minutos, ensaiou um "slalom" irresistível que culminaria numa assistência em bandeja de ouro para Nuno Assis encher o pé e fazer o 4-1 final.

C´ um Caneco (outro passatempo) - Resultados dos Oitavos de Final

Holtreman - Vermelho Sempre: 0-30

Jorge Mínimo - Vermelho Nunca: 30-25

Braguilha - Fura-Redes: 30-25

Jimmy Jump - Zex: 35-25

Vermelho - Kaiserlicheagle: 35-35 (Vermelho apurado fruto da maior pontuação obtida na competição)

Salvatrucha - JC: 35-30

Pachulico - Lion Heart: 35-30

Cavungi - Antes Morto que Vermelho: 45-35

Quartos de Final

Vermelho Sempre - Vermelho;

Jorge Mínimo - Salvatrucha;

Braguilha - Pachulico;

Jimmy Jump - Cavungi;

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Tribuna do Bitaite

Bitaite do Condómino JC

"Este fim-de-semana há Taça!
Competição deveras importante, pois que é a 2ª em termos nacionais e porque continuam em prova os três grandes.
O SCP recebe o Marítimo, que, sem Makukula nem Manucho, vi no passado Domingo efectuar um pobre jogo em Coimbra.
Mas, se o SCP quiser ganhar – e penso que quer – terá de demonstrar em campo uma atitude e uma entrega ao jogo bem diferente daquela que exibiu durante a primeira parte do jogo com o Belenenses – dizem, porque eu não vi.
Há, de facto, jogadores que precisam de ir ao banco – ia dizer à bruxa, mas não acredito nelas.
Miguel Bunda Veloso e “Pipi” Romagnoli são dois deles.
No meio campo está um dos problemas da equipa do SCP, muito longe da eficácia que apresentava a época passada.
Os outros problemas estão no guarda-redes, na defesa e no ataque.
Assim, refrescava a linha de meio campo, lançando Adrien para o lugar de Veloso. Moutinho jogava a 10, em vez de Romangoli, e Pereirinha fazia o lado direito do losango, com Izmailov à esquerda.
Repescava o Stocobicho para a baliza, até porque o Rui Patareca deve vir cansado de mais uma jornada europeia.
E na defesa, introduzia Grimmi à esquerda, que mais não seja para ver quanto vale.
Na frente, o invariável Liedson e a coqueluche Vukcevic.
Em resumo:
Stojkovic, Abel; Tonel, Polga e Grimmi; Adrien, Pereirinha, João Moutinho e Izmailov; Liedson e Vukcevic."

C´um Caneco (outro passatempo)

Os jogos sujeitos a palpite são os seguintes:

Sporting vs Marítimo
Valdevez vs Moreirense
Naval vs Rio Ave
Gil Vicente vs Leixões
V. Setúbal vs V. Guimarães
Sertanense vs FC Porto
Benfica vs P. Ferreira

De forma a salvaguardar a integridade da competição, os prognósticos devem ser enviados para o mail do blog até às 24h00 da próxima 6ª feira.
Claro está que quem entender desnecessário seguir este procedimento, pode publicar os seus palpites do modo tradicional.

Verificando-se uma igualdade nos pontos obtidos pelos oponentes em compita na presente eliminatória, o desempate far-se-á pelo número de pontos alcançados na competição.


Relembro os embates dos oitavos de final:

Holtreman - Vermelho Sempre;

Jorge Mínimo - Vermelho Nunca;

Braguilha - Fura-Redes;

Jimmy Jump - Zex;

Vermelho - Kaiserlicheagle;

Salvatrucha - JC;

Pachulico - Lion Heart;

Cavungi - Antes Morto que Vermelho;

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Análise ao Portugal - Itália

Estádio Letzigrund, em Zurique (Suíça)

Árbitro: Sascha Kever (Suíça)

ITÁLIA – Amelia; Oddo, Barzagli, Cannavaro e Zambrotta; Pirlo, Ambrosini e De Rossi; Palladino, Di Natale e Luca Toni. Jogaram ainda: Grosso, Perrotta, Gamborini, Borriello, Quagliarella e Cassetti.

PORTUGAL – Ricardo; Bosingwa, Ricardo Carvalho, Bruno Alves e Caneira; Petit e Maniche; Cristiano Ronaldo, Deco e Quaresma; Makukula. Jogaram ainda: Nani, Paulo Ferreira, Fernando Meira, Hugo Almeida, Raul Meireles e Jorge Ribeiro.

Ao intervalo: 1-0

Golos: 1-0, Luca Toni (45 m); 2-0, Pirlo (50 m); 2-1, Quaresma (76 m); 3-1, Quagliarella (79 m).

Resultado final: 3-1



No boxe antes da disputa de um combate para a atribuição de um título, é usual os contendores defrontarem dóceis e submissos sparring partners para assim reforçarem os seus níveis de confiança e auto-estima.
Com a Itália sucedeu, precisamente, o mesmo.
Depois de uma fase de qualificação a roçar o lastimável, nada melhor que enfrentar Portugal para alimentar os depauperados espíritos transalpinos.
Triunfo claro e inequívoco da selecção italiana, o 18º em 24 jogos.
No seu melhor estilo cínico, aos italianos bastou, como em tantas outras ocasiões, conjugar expectativa, contenção, organização, exploração do erro adversário e eficácia para levar de vencida uma selecção portuguesa previsivelmente distante do indispensável ritmo competitivo.
Aliás, no segundo tempo, os campeões do mundo chegaram mesmo a ameaçar a goleada!
Como disse Scolari: "Falhámos em todos os sentidos. Na marcação, na pressão e na saída para o ataque."
Olvidou, todavia, o seleccionador nacional o seu mea culpa!
É que se falhámos, a responsabilidade foi sua!
Foi Scolari quem elaborou a convocatória, quem escolheu o onze inicial, quem procedeu às substituições, quem elegeu o modelo de jogo e o sistema táctico!
Em antevisão, escrevi: "espero que as individualidades lusas façam a diferença.
Uma vez mais, Scolari irá apostar num onze que não reflecte o momento de forma dos jogadores.
Mais do que a aposta em Ricardo, é o tridente do meio-campo que me deixa perplexo:
Petit está num deplorável momento de forma, navegando entre lesões sem atingir a condição necessária a um desempenho minimamente capaz;
Deco idem idem aspas aspas;
Maniche, com excepção de uma partida para a Taça de Itália, não faz um jogo completo vai para 2 meses."
Pois bem, as individualidades não fizeram a diferença e as piores perspectivas confirmaram-se plenamente!
Concordo com Scolari quando afirma que "Em determinados momentos, a equipa esteve totalmente aberta."
E esteve-o porque simplesmente o tal tridente da intermediária não funcionou!
Não ligou uma única transição! Defensiva ou ofensiva!
Não revelou a necessária clarividência, nem a velocidade capaz de emprestar coesão à equipa e ligar os sectores num bloco uno.
A etiologia da derrota radicou na incapacidade do meio-campo de gerar um sistema de vasos comunicantes potenciador da criação de interdependências entre os diferentes sectores da equipa.
E, também, na incapacidade de controlar os movimentos entre linhas, com e sem bola, de Andrea Pirlo.
Pirlo dispôs do espaço e do tempo que quis e necessitou para exibir as suas melhores qualidades. E, quando assim é, está lançado o código postal do insucesso do adversário!
Equipa não! Conjunto de onze individualidades, laborando sem qualquer sentido colectivo!
Antes da partida, Scolari asseverou: “Em 23 jogos com a Itália, perdemos 17, o que é uma vergonha. Temos apenas quatro vitórias e dois empates. Em caso de derrota, poderia dizer que era um jogo de preparação, mas seria mentira. O grande objectivo é a vitória”.
Prosseguiu dizendo que "a Itália tem um estilo de jogo muito peculiar. Temos muita posse de bola e eles pouca, mas são fulminantes em determinado momento e determinam o resultado. É preciso aprender a jogar nestes cenários".
No final, lançou a receita para ganhar à squadra azzurra no futuro: "Vamos ser muito mais cínicos na forma de jogar com a Itália. É preciso jogar de forma mais fechada, porque a Itália aproveita os erros do adversário. Cometemos um erro e sofremos o golo".
Resumindo - Scolari já conhecia o modelo de jogo dos italianos, queria ganhar, mas não se precaveu e perdeu!
No futuro, aí sim, Scolari não vai mais "bobear", não!
Vai jogar fechadinho!
Mas, perguntam vocês: o grande objectivo para a partida de hoje à noite não era ganhar?
Era, mas deixou de o ser!
Mudam as circunstâncias, mudam as vontades!

terça-feira, fevereiro 05, 2008

Livro de Reclamações

1 - Escrevi a semana passada "Podem os mais facciosos e emotivos apaniguados de Benfica e Sporting pensar que as vitórias do último fim de semana afastaram de vez os problemas que têm apoquentado ambos os emblemas.
Nada de mais incauto ou temerário!
O atraso na classificação embora minguado permanece extenso, bem como as carências nos respectivos plantéis.
Assim consigam apresentar outra constância exibicional e então sim se poderá legitimamente falar de superação do seu estado pré-comatoso."
Infelizmente, assistia-me razão!

2 - Instantes após o Porto ter regressado à normalidade caseira, também Benfica e Sporting lhe seguiram as pisadas - retrocederam à normalidade. Ou melhor: à vulgaridade!
Pela quinta vez em nove jogos, o Benfica não conseguiu ganhar em casa ou sequer marcar um golo.
Pela quarta vez em dez jogos na condição de visitante, aos quais acrescem igual número de empates, o Sporting perdeu.
Um e outro registo justificam o atraso pontual para o Porto.
Nenhuma equipa pode ter legítimas pretensões com estes números simplesmente miseráveis!
É caso para questionar se Benfica e Sporting discutem o título "a minha crise é pior do que a tua"?!

3 - As razões do insucesso são, também, na sua essência, comuns:

a) A exaustão dos sistemas tácticos de ambos os treinadores, a qual acrescenta previsibilidade e subtrai improviso;

b) As ininteligíveis opções na formação do onze titular e nas substituições efectuadas durante as partidas;

c) A falta de maleabilidade táctica ou a inexistência de sistemas alternativos ou a fé inabalável no 4x2x3x1 e no 4x4x2 losango;

d) A ausência de uma transição defensiva suficientemente rápida e capaz de cercear situações de desvantagem numérica;

e) A ausência de uma transição ofensiva clarividente e potenciadora da criação contínua de situações de finalização;

f) Incapacidade de finalização;

g) Ausência de aproveitamento de lances de bola parada;

h) A inabilidade dos treinadores na gestão pública das expectativas;

i) A falta de serenidade e tranquilidade;

j) A baixa auto-estima que entorpece a confiança e tolda as competências dos jogadores;

l) A falta de experiência, associada a elevados níveis de ansiedade;

m) A incapacidade de lidar com a obrigação de vencer;

n) A incapacidade de superar a pressão mediática e associativa, que conduz a situações de "pânico cénico";

o) A sujeição precoce dos jovens futebolistas às agruras da alta competição;

p) A ausência de uma liderança forte a nível directivo;

q) A ausência de um forte espírito de grupo, de conquista e de superação;

r) A estranha apatia, leia-se falta de atitude, evidenciada na maior parte das partidas já disputadas;

4 - Em relação ao Benfica aduzo uma outra justificação, qual seja o mau planeamento da época desportiva.
A desorganização e a descoordenação são evidentes!
Defeso após defeso, anuncia-se a intenção de ver o plantel fechado antes do arranque da pré-época.
Pois bem, sucede sempre o oposto!
E agora também no mercado de Janeiro!
Vieira perdeu-se durante semanas no México tentando trazer César Delgado enquanto postergava a aquisição de Makukula.
Resultado: Makukula não esteve disponível para defrontar o Nacional!
O atraso pontual também se constrói a partir destes atrasos!
De retardamento em retardamento até ao retardamento final!

5 - Por falar em Makukula, como encaixará Camacho o luso-congolês no seu bem amado 4x2x3x1?
Penso que não encaixará!
Mesmo o olhar mais distraído e descomprometido para o plantel do Benfica percebia que a sua maior lacuna era um extremo-direito capaz de operacionalizar o 4x2x3x1.
A aposta em Makukula pressupõe, inexoravelmente, uma modificação táctica - outro pensamento roça o delírio!
4x4x2 "rombo" (por se tratar de um técnico espanhol) ou 3x5x2 seriam as soluções que adoptaria!
Camacho conservador, primário na abordagem ao jogo e inábil na sua gestão táctica irá optar por um híbrido 4x2x2x2!
Ao asseverar ter requisitado os serviços de Makukula e ao abdicar da aquisição de um extremo-direito, Camacho revelou o seu destino táctico futuro - uma linha defensiva tradicional a 4, um duplo pivot, um ala esquerdo, um 10 e dois pontas de lança.
Maxi Pereira será chamado a desempenhar as funções de "carrillero" pela direita, ao passo que Makukula emparelhará com Cardozo na frente de ataque.
No mais, tudo permanecerá inalterado!
Diga-se que Camacho já experimentou esta solução em Leiria e quer o resultado, quer a exibição foram agradavelmente surpreendentes.
Veremos se a equipa conseguirá alcançar os necessários equilíbrios nas transições!

6 - Porquê Hugo Almeida quando há João Paulo?
Hugo Almeida está sem ritmo, fruto da pausa invernal da Bundesliga, pelo que este seria o momento ideal para aquilatar das capacidades de João Paulo!

7 - No mercado de Janeiro, registaram-se 60 saídas contra 54 entradas de novos jogadores - sinal inequívoco da recessão económica que grassa no futebol português.

8 - O que há de comum entre Manucho e Ronaldinho Gaúcho?
Ambos foram recusados pelo Estrela da Amadora!