domingo, julho 12, 2009

Sion - 2 Benfica - 2

«Para primeiro jogo, foi melhor do que pensava» – Jorge Jesus
Concordo em absoluto!
Fluidez ofensiva e coesão defensiva foram as notas dominantes de uma prestação que superou as expectativas durante 60 minutos.
Assente numa estrutura táctica muito semelhante à do Braga da época passada - 4 defesas, meio-campo em losango assimétrico, com um interior e um ala e dois avançados, um fixo e um móvel - o Benfica surpreendeu pela desenvoltura física, táctica e técnica.
A equipa não se ressentiu das intensas cargas físicas a que tem sido sujeita, demonstrou um conhecimento muito razoável das rotinas posicionais próprias do sistema que Jesus pretende implementar e alardeou uma condição técnica assaz interessante.
E, assim, foi, sem ponta de espanto, que o Benfica se assenhoreou do domínio e do controlo da partida, subjugando um adversário que, apenas, em lances de bola parada (e mesmo estes de forma muito esporádica) se acercou da baliza encarnada.
Como corolário lógico deste império, Cardozo inaugurou o marcador aos 25 minutos, após uma excelente jogada de insistência e persistência de Di María.
Dez minutos volvidos, Aimar foi derrubado na área e Saviola converteu o penalty no segundo golo encarnado.
Esta vantagem de dois golos ilustrava, na perfeição, a supremacia encarnada.
Com a segunda parte, vieram as substituições e com estas a mansidão e a progressiva degradação do ritmo e da qualidade do jogo.
Dois erros infantis de Yebda e Quim permitiram ao Sion empatar uma contenda, que nunca chegou sequer a equilibrar.

Um a Um

Moreira - Pouco trabalho, mas algumas notas de insegurança, particularmente no jogo aéreo.

Maxi Pereira - A regularidade e a intensidade de sempre.
Começou a época como acabou a transacta.

Roderick - Muito provavelmente, o melhor em campo.
Irrepreensível!
Confirmou as boas indicações que foi acumulando desde que no segundo ano de juvenil se fixou como central (era trinco).
Revelou uma maturidade, um sentido posicional e uma leitura de jogo invulgares para um jovem de 17 anos.

Miguel Vítor - Na linha de Roderick, um desempenho imaculado!

Sepsi - O empréstimo fez-lhe bem e permitiu-lhe burilar alguns dos aspectos em que era menos forte, mormente na basculação interior.
Ainda assim, precisa de melhorar a sua concentração por forma a não comprometer a segurança das transições.

Yebda - Até estava a realizar uma exibição pautada pelo acerto, quando decidiu oferecer ao Sion o seu primeiro golo.
Um erro inadmissível, que evidenciou a sua dificuldade em manter a concentração elevada ao longo dos 90 minutos.

Carlos Martins - Saiu lesionado, mas até esse momento nada fez para justificar a titularidade.
Repetiu a ausência de clarividência da época passada, acumulando precipitações e más decisões.

Aimar - Restituído ao seu lugar natural, perfumou o processo ofensivo encarnado com pormenores da inegável classe que possui.
Um desempenho, acima de tudo, prometedor.
Veremos o que nos reserva o futuro, sendo certo que já se percebeu que Jesus vê em Aimar o principal artífice dos movimentos atacantes da equipa.

Di María - Assistiu Cardozo para o primeiro golo e evidenciou a concentração, a entrega, o espírito colectivo e o tempo de passe que tão arredios têm andado das suas prestações ao serviço do Benfica.

Saviola - Não se notou a inactividade forçada das duas últimas épocas em Madrid.
Solto e com vontade de ter a bola, procurou combinar com Aimar e Cardozo.
Em progressão ou aparecendo no espaço, evidenciou a sua consabida capacidade para "queimar linhas".
Um desempenho, acima de tudo, prometedor.

Cardozo - Acrescentou mais um golo à sua conta pessoal, numa diagonal curta e rápida ao primeiro poste.
Ainda algo pesado, será o farol ofensivo da equipa.

Quim - Um frango numa prestação marcada pela insegurança.

Urreta - Claramente inadaptado ao losango, passou ao lado do jogo.
Sem rotinas de interior, nunca percebeu que terrenos devia pisar.

Fellipe Bastos - Discreto, preencheu bem o espaço à frente da defesa, mas nem sempre entregou a preceito a bola.

Fábio Coentrão - Disse estar mais capaz emocionalmente e a avaliar pela partida de hoje reconheço-lhe razão.
Pela primeira vez ao serviço do Benfica viu-o sem receio de assumir o jogo.
Um desempenho, acima de tudo, prometedor.

Nuno Gomes - Falhou um golo.

Nelson Oliveira - Entrou na pior fase da partida e não se evidenciou.

Mantorras - Tocou na bola?

2 comentários:

Mestrecavungi disse...

Mais do mesmo.
Um frango do Quim, e Yebda a dormir.
Jogam bem mas não ganham!
Aguardemos pelos proximos capitulos!

Zex disse...

Texto verdadeiramente patético !
O fanatismo não tem limites !
Contra quem era o jogo ? Real Madrid ? Milan ? Man U ?
E não era Sepsi que ele se chamava ?
Agora passou a Spesi ?
Muito Ridículo mesmo !