domingo, fevereiro 15, 2009

Benfica-Paços de Ferreira 3-2

Constituição das Equipas e Avaliação Quantitativa do Desempenho

Estádio do Sport Lisboa e Benfica, Lisboa
Hora: 20:45
Árbitro: Cosme Machado (Braga)

BENFICA
Moreira (3); David Luiz (4), Sidnei (3), Luisão (3) e Jorge Ribeiro (3); Katsouranis (3), Carlos Martins (2), Ruben Amorim (3) e Reyes (3); Aimar (3) e Cardozo (3)

Suplentes: Quim, Miguel Vítor, Binya, Yebda, Di María (4), Nuno Gomes (2) e Mantorras (-)

Treinador: Quique Flores

P. FERREIRA
Cássio (1), Danielson (2), Ricardo (3), Kelly (3) e Jorginho (3); Pedrinha (3) e Dedé (3); Rui Miguel (4), Ferreira (3) e Cristiano (-); Edson (3)

Suplentes: Coelho, Kiko, Chico Silva (3), Cristelo, Leandro Tatu (2), André Pinto (2) e Carlos Carneiro

Treinador: Paulo Sérgio

Sistemas Tácticos


Benfica


Paços de Ferreira


Modelos de Jogo

Benfica

Posse e Circulação de Bola; Domínio da Partida; Bloco médio/alto; Assumir Iniciativa de Jogo.

Paços de Ferreira

Bloco baixo; Expectativa; Transições Rápidas.

Principais Incidências da Partida (fonte: www.record.pt)

13' - Grande oportunidade para o Benfica. Carlos Martins levanta para a área e Luisão cabeceia à barra. Na recarga, também de cabeça, Aimar atira para uma grande defesa de Cássio, a impedir que o argentino inaugurasse o marcador.

46' - Aimar solicita Reyes, que remata de pé esquerdo à entrada da área para defesa segura de Cássio.

55' - Grande oportunidade para o Paços. Leandro Tatu contorna Moreira mas depois remata fraco, com David Luiz a ter tempo para cortar quase em cima da linha.

56' - Sidnei, ao segundo poste, cabeceia ao lado, após o canto de Reyes na direita.

69' - GOLO DO BENFICA... Aimar desmarca CARDOZO, Cássio não segura e o paraguaio, com um remate cruzado para a baliza deserta, inaugura o marcador na Luz.

73' - GOLO DO BENFICA... Cardozo perde a bola à entrada da área, a defensiva do Paços afasta e RUBEN AMORIM, com um belo remate em arco, aumenta a vantagem das águias.

75' - GOLO DO P. FERREIRA... Rui Miguel vai à linha do lado direito, rodopia sobre Sidnei e assiste com um passe atrasado FERREIRA, que atira para o fundo das redes do desamparado Moreira.

80' - Di María solicita Aimar, que remata com força contra Cássio. O argentino estava, no entanto, em posição irregular.

87' - GOLO DO BENFICA. Uma bomba de DI MARÍA, de fora da área. Mas que golaço, o primeiro do argentino na Liga Sagres.

90'+3 - GOLO DO P. FERREIRA. Rui Miguel cruza da direita e CHICO SILVA, de primeira, faz o segundo dos castores.

90'+3 - Grande oportunidade do Paços mesmo a finalizar o encontro. Luisão afasta, Kelly remata ainda na área e Moreira, com um toque subtil, desvia a bola para o poste. Ainda há uma recarga, que vai contra a defensiva encarnada.

Destaques

Melhores em Campo

Benfica

David Luiz - Entrega, generosidade, disponibilidade física e equilíbrio.
Aportou coesão defensiva e ofereceu profundidade ofensiva ao seu flanco.

Di Maria - Estaria Maradona na bancada?
Finalmente, conseguiu um desempenho de qualidade.
Assinou um grande golo e, ao contrário do usual, foi quase sempre consequente nas suas iniciativas.

Paços de Ferreira

Rui Miguel - Depois de uma má experiência no estrangeiro, um regresso que se saúda de um jogador de qualidade.
Pautou o processo ofensivo do Paços e fê-lo com clarividência.

Piores em Campo

Benfica

Carlos Martins - Faltou-lhe discernimento e serenidade.
Doses excessivas de testosterona e ansiedade entorpeceram um desempenho marcado pela ausência de critério e de qualidade no passe.

Paços de Ferreira

Cássio - Com mais um "frango" do outro mundo (já em Alvalade havia incorrido em semelhante "gaffe") comprometeu as possibilidades de êxito da sua equipa.

Arbitragem

Com excepção de um ou outro lapso na apreciação do fora de jogo, exibiu-se em plano não merecedor de reparos.

Comentário

E tudo Cassio desbloqueou!

O Benfica confirmou, hoje, as dificuldades que tem denotado nos confrontos caseiros e apenas na segunda parte conseguiu desmoronar a estrutura defensiva pacense.
E, ainda assim, fruto de um clamoroso equívoco de Cassio.
Quando chamado a assumir a iniciativa do jogo, fazendo do ataque de posição a matriz essencial do seu modelo de jogo, o Benfica padece e muito.
Ou há espaço para transições rápidas ou os movimentos atacantes dos encarnados carecem de clarividência e fluidez.
Com Katsouranis e Martins excessivamente imprecisos, lentos e distantes dos quatro da frente, com Reyes demasiado aberto na esquerda, com Aimar demasiado perto de Cardozo e com Ruben Amorim sem as rotinas e características próprias de um ala, o processo ofensivo do Benfica foi de uma esterilidade atroz.
Com excepção dos lances de bola parada, o Benfica revelava-se incapaz de se aproximar com perigo da baliza do Paços.
Aliás, seria na sequência de um livre que o Benfica, aos 12 minutos, construiria a sua única ocasião de golo na primeira metade.
Uma oportunidade em dois momentos consecutivos: Martins executou um livre na esquerda,Luisão cabeceou à trave e, na recarga, Aimar, também de cabeça, obrigou Cássio a grande defesa.
E por aqui se ficou o Benfica.
Quique manteve o mesmo onze para a segunda parte, mas a atitude foi outra e a intencionalidade dos movimentos ofensivos do Benfica cresceu.
Não obstante, a inocuidade persistia e a melhor oportunidade até pertenceu ao Paços,
desbaratada por Leandro Tatu que, em desequilíbrio, atirou frouxo para a baliza deserta, permitindo a intervenção de David Luiz.
Pouco depois, Quique substituiu Carlos Martins por Di Maria e a equipa alargou horizontes.
Com Ruben Amorim na sua posição natural e Di Maria, finalmente consequente, na direita, o Benfica, para além de dinâmica e intensidade, conquistou fluência na zona central e largura pelas faixas.
Mas, paradoxalmente, seria na sequência de um lance aparentemente inofensivo que o Benfica alcançaria vantagem no marcador - Aimar desmarcou Cardozo, Cássio, quando parecia ter o lance dominado, não segurou a bola e o paraguaio, isolado, limitou-se a empurrar para a baliza deserta.
Apenas 4 minutos volvidos, Ruben Amorim, com um excelente remate à entrada da área, fez o segundo golo do Benfica.
Tudo parecia resolvido, mas, eis senão quando, o Benfica decide regressar às desconcentrações do início da época e acrescentar emoção a uma contenda que se julgava pacificada.
Beneficiando de uma distracção colectiva do Benfica, Ferreira reduziu a desvantagem pacense e fez renascer a incerteza quanto ao resultado final.
O Benfica viu-se forçado a regressar à seriedade competitiva e explorando a subida das linhas pacenses, numa transição rápida, Di Maria arrancou um golo esplendoroso.
Serenadas as hostes, pouco ou nada emergia capaz de emprestar combustão à partida.
Puro engano! Mais um alheamento e Chico Silva voltou a reduzir para a diferença mínima.
Taquicardia que só não redundou em enfarte agudo do miocárdio porque, no último lance da partida, Kelly acertou no poste.
Não havia necessidade...

6 comentários:

Mestrecavungi disse...

FCP ajudado por má arbitragem, titulam os jornais generalistas.
Mais uma vez!
Vergonha!

Jimmy Jump disse...

Como dizes e bem amigo Vermelho não havia necessidade de tanto sofrimento.
É incrível como se logra desperdiçar por duas vezes uma vantagem confortável de dois golos, depois de Cássio ter amavelmente desbloqueado o caminho para a vitória.
Como é possível que gajos que são extraordinariamente bem pagos para jogar futebol que não têm feito outra coisa juntos nos últimos duzentos e tal dias que não seja a repetição de processos, mecanismos e situações de jogo quase permitiram de maneira tão condescendente e leviana a perda de dois pontos numa altura vital da época.
Desesperante, no mínimo.

Quanto ao Sporting, reviravolta assinalável perante um Belenenses bem ao estilo Jaimepachequiano.
Bem ao estilo Calimero foram uma vez mais as declarações de Paulo Bento no final da partida. Todo aquele ruído pelo facto de o fiscal não ter anulado o golo do Belenenses. Diga-se de passagem que aquele lance era de difícil julgamento.
De mais fácil apreciação seria por exemplo a agressão do Roca Picanha ao Diaketé nas barbas do major. Como se imagina Paulo Bento olvidou expor este lance.
A meu ver faria mais sentido Paulo Bento canalizar todo aquele fragor para incutir disciplina ao plantel. São já casos a mais e com intervenientes repetentes.

Mais uma vergonha no Dragão.
Mais uma vitória subsidiada.
Mais uma época de sucesso a caminho.

JorgeMínimo disse...

Caro Jimmy:

Acho muita piada aos lampiões. Sofrem um penalty que não existe, cai o Carmo e a Trindade, é falado todos os dias da semana nos jornais diários, fazem-se artigos de fundo em blogues, vem falar o presidente a propósito disso. O Sporting mais uma vez foi ROUBADO, mais uma vez GANHOU e o Paulo Bento não pode falar. Neste jogo, o auxiliar não "viu" o "off-side" do golo do Belenenses e o árbitro não assinalou o penalty sobre o Liedson, mas mesmo assim ganhámos, acabou, não demos hipóteses. Com a devida consideração que me merece, vá à real merda, mais o seu calimerismo!!!

Jimmy Jump disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jimmy Jump disse...

Condómino Mínimo, não se trata de ter sofrido um penalty inexistente. Infelizmente tal pode suceder.
Trata-se de um penalty sem razão óbvia que justifique a sua marcação. Trata-se da circunstância em que é assinalado. Do seu pedigree. Do seu historial. Da sensação deja vu. Do vira o disco e toca o mesmo. Da verdade desportiva comprovadamente adulterada de forma sistémica nos últimos anos.
Relativamente às queixas de Paulo Bento que encontram eco nas suas palavras, dizer apenas que são absolutamente residuais embebidas de uma calimerice básica que tresanda à muito.

JorgeMínimo disse...

Caro Jimmy:

Em suma, para si o Benfica se não fôr campeão deve-o ao penalty mal assinalado que sofreu no Dragão. OK, fica-lhe bem esse tipo de desculpa calimera. Um penalty rasteiro, ao meio, fraco, que qualquer miúdo de 6 anos que não se mexa, consegue defender.