Ainda não foi desta que o Benfica conseguiu regressar da Alemanha com uma vitória no bolso em embates referentes às competições europeias. E, bem vistas as coisas, não deve ter tido muitas oportunidades tão claras para, com relativa facilidade, acabar com esta longa série de 18 partidas (6 empates e 12 derrotas) a "jejuar".
É verdade que as águias empataram e que, em relação ao essencial (seguir em frente na Liga Europa), deram um passo importante, até porque marcaram em terreno alheio. No entanto, quem viu o jogo tem perfeita noção que a igualdade não pode ser encarada como um bom resultado. É que o opositor não é o Bayern Munique ou outra qualquer formação do topo da Bundesliga. Estamos a falar do "lanterna vermelha" do campeonato germânico, um conjunto com 2-3 bons elementos mas que, globalmente, é fraquinho. Isso já se tinha constatado nos duelos com o Sporting e ficou comprovado quinta-feira.
Começando o jogo logo a ganhar (Di Maria tem mesmo queda para marcar na Alemanha), o Benfica fez, de seguida, o que lhe competia: segurou a bola e o jogo. E se é verdade que os locais, numa fase de maior atrevimento, até atiraram ao poste, num lance que podia, perfeitamente, ter acabado na baliza à guarda de Júlio César, creio que o Hertha só evitou a derrota porque o Benfica conseguiu marcar na sua própria baliza.
Depois de Setúbal, também na capital alemã, foi a azelhice momentânea dos benfiquistas (desta vez envolvendo o "marcador" e o guardião) a impedir a concretização de um triunfo que, com maior ou menor dificuldade, deveria ter ocorrido. Ainda assim, reafirmo, a eliminatória está inclinada para o lado português. Objectivamente por causa do golo apontado fora e, em teoria, porque este Benfica está a léguas do Hertha no que diz respeito a potencial e qualidade futebolística. Resta, "apenas", confirmar tudo isso na próxima semana, na Luz...
PS - Se é indesmentível a superioridade dos pupilos de Jorge Jesus neste duelo luso-germânico, convém realçar que, tal como sucedeu em alguns dos embates anteriores, o Benfica voltou a não conseguir uma exibição de qualidade. A temperatura, o desgaste acumulado, a ausência de Aimar no onze, etc, etc são factores que ajudam a explicar essa quebra de rendimento, mas a verdade é que a equipa já rendeu mais. A questão é que, nesta fase da época, é preciso ter resultados positivos apesar das prestações menos conseguidas. Na Alemanha, o 1-1 serviu as pretensões, mas em Setúbal não...
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