Cinquenta golos em 18 jogos de campeonato (média de 2,77), nos dias que correm, é uma produção a todos os títulos extraordinária. O Benfica cometeu-a, sob a orientação de Jorge Jesus.
A proeza percebe-se melhor se recordarmos que o último Benfica campeão, em 2005, fez 51 golos. Ou se compararmos com as outras equipas do campeonato: excluindo o FC Porto (35), o melhor que a concorrência fez foi metade (só o Marítimo) dos golos dos encarnados.
A explicação para feitos desta grandeza nunca pode ser encontrada apenas num aspeto dos inúmeros que concorrem para o êxito de uma equipa. A produção da dupla Saviola-Cardozo (com 26 golos são a 3.ª "equipa" mais concretizadora da Liga, atrás do Benfica e do FC Porto) está, obviamente, na primeira linha dos motivos. Sobretudo o rendimento do argentino que potenciou o rendimento de toda a manobra ofensiva.
Mas é de elementar justiça destacar o grande arquiteto desta obra: Jorge Jesus. À sua maneira, com um estilo negligé e, até, pouco ortodoxo, Jesus fez renascer o gosto de ver futebol e, por exemplo, levou quase 35 mil espectadores à Luz numa noite fria de 4.ª feira. Impensável há meia dúzia de meses...
Sem comentários:
Enviar um comentário