O FC Porto tropeçou finalmente e assim deixa a diferença para o principal rival encurtar para “apenas” sete pontos. Esta equipa que André Villas-Boas montou tem uma excelente dinâmica, agressividade coletiva, e Hulk. Argumentos bastantes para uma caminhada até aqui imaculada na Liga. Porém, no jogo de ontem, em Guimarães, o que sobressaiu foram os defeitos, que até agora tinham estado escondidos.
A dupla de centrais é a primeira em muitos anos que não tem um líder natural. Rolando pode ser um bom central mas não me parece que possa passar do estatuto de muleta eficaz. E na direita da defesa continua a estar Fucile. Um temperamental uruguaio a quem o FC Porto já pode assacar responsabilidade direta num punhado de maus resultados, mesmo além-fronteiras.
Para agravar o panorama, André Villas-Boas cedeu aos impulsos da juventude e deixou a equipa sem liderança técnica quando mais precisava dela. O empate de ontem em Guimarães dá um ótimo sinal para uma eventual animação do campeonato que só parece ao alcance do Benfica. Na Luz merece registo especial a ascensão de Carlos Martins: sempre teve tudo para ser um grande craque, agora até já dura os 90 minutos. Mais uma medalha para a lapela de Jesus.
Já o Sporting continua a deixar uma boa impressão nos momentos de ataque – a bola teima ainda em não entrar, está lá tudo menos a sorte –, mas na defesa alguém acaba sempre por comprometer de forma grave. Ontem coube a vez a Rui Patrício com aquele inaceitável frango.
Mão à palmatória – Na passada semana, atribuí erradamente o atraso na subida com a linha de defesa do Sporting, que tornou válido o golo do Nacional, ao trinco André Santos. Quem se atrasou na linha do fora-de-jogo foi o central André Coelho. O que torna o erro ainda mais grave.
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