O primeiro ensaio de André Villas-Boas como treinador durão que não tem medo de ninguém saiu mal.
O treinador do F.C. Porto foi expulso, viu um seu jogador sair mais cedo (e muito bem) e perdeu pela primeira vez pontos, num jogo difícil que não saiu bem à equipa.
No dia em que pela primeira vez não ganhou, interrompendo um ciclo muito bom de vitórias, que demonstrou Villas-Boas? Algo simples: não estava preparado para a coisa.
E no entanto era evidente que um dia o F.C. Porto chegaria ao fim de um jogo sem vencer. Aliás, como disse na sala de imprensa, sete pontos de avanço à sétima jornada é uma vantagem muito boa. Qualquer treinador a desejaria.
Porém, o discurso na entrevista rápida e a insistência mais tarde, na conferência de imprensa, num lance sem relevância na área do Vitória de Guimarães, mais as referências pouco subtis a Vítor Pereira, demonstram que André Villas-Boas presta muita atenção às arbitragens.
Demasiada atenção? Parece.
Que um dirigente dispare sobre uma equipa de arbitragem é apenas lamentável. Que um treinador o faça soa quase sempre a desculpa fácil para esconder as falhas próprias da equipa que comanda.
Desta vez, vistas as coisas, Villas-Boas não tem qualquer razão de queixa e deveria ter sido capaz de demonstrar maturidade e encaixar com bom senso os primeiros pontos perdidos. Não foi capaz e passou uma imagem pouco própria de alguém que acha sete pontos uma boa vantagem à sétima jornada. Nem parecia.
Conclusão: a expulsão foi má, a flash-interview excessiva e a conferência de imprensa um ensaio tosco de pressão sobre arbitragem e media.
1 comentário:
É nas derrotas que se vê a tempera das pessoas. Não adianta escrever livros com "carácter" a azul! O carácter é de quem o demonstra! Até agora as arbitragens (do Porto e do Benfica) lhe tinham sorrido! E à primeira, e apesar da larga vantagem o que faz este menino?
Mas vem aí mais!
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