Em condições normais, o Benfica-AEK seria daqueles jogos destinados a cair rapidamente no esquecimento. Pelo que (não) estava em causa, pelo ritmo logicamente pausado que as equipas assumiram, e pela indisfarçável expectativa em relação ao clássico de domingo, este seria um bom argumento para quem defende que a fórmula da Liga Europa está muito longe de resolver os problemas herdados daquela aberração em que estava transformada a extinta Taça UEFA.
Só que tudo isso passa para segundo plano com o golo de Di María. Não foi muito importante para a história da temporada? Claro que não. Não foi conseguido diante de uma equipa de topo? Também não. Mas pela audácia, pelo inesperado e pelo instante de criação que documenta, o remate de letra do argentino é um óptimo exemplo do que é suposto levar-nos aos estádios. Quem, por paixão clubista ou embirração pessoal, não é capaz de apreciar um golo daqueles pelo puro prazer do gesto, simplesmente não gosta de futebol.
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