quarta-feira, julho 25, 2007
Férias
Regresso em Setembro, sendo certo, todavia, que não excluo, de todo, a possibilidade de durante o mês de Agosto postar de forma esporádica algum artigo.
Claro está que, durante as férias do blog, podem sempre expressar a vossa opinião no presente post.
Votos de Boas Férias para todos!
terça-feira, julho 24, 2007
Artigo de Opinião de Bruno Pires
Correndo o risco de falhar em toda a linha, parece-me que os três grandes do futebol português reforçaram-se bem neste defeso.
O Benfica gastou muito dinheiro num jogador cujas características precisava desde que Brian Deane abandonou a Luz. Cardozo tem presença na área e pode ajudar Nuno Gomes a fazer uma temporada excepcional. Bergessio, Zoro e, sobretudo, Manuel Fernandes são futebolistas de reconhecida qualidade.
E veremos se Fábio Coentrão não vai obrigar Fernando Santos a mudar o esquema táctico. O jogo na Roménia foi prometedor. O mesmo não pode dizer-se de Butt. Como é que o alemão chega a Lisboa com a titularidade no bolso antes de ter feito um único treino. O que é que o germânico já faz mais do que Quim em toda a sua carreira. A frangalhada na Roménia não ajuda Fernando Santos a optar, sem dúvidas, pelo antigo guarda-redes suplente do Bayer Leverkusen.
O Sporting, no meu entender, fez uma viragem inteligente na sua política de contratações. Izmailov e Vukcevic não enganam, a dúvida prende-se com a adaptação a um futebol diferente. Purovic é o tal gigante que pode proporcionar a Liedson uma maior liberdade. Derlei tem fome de bola e Gladstone sabe que esta é uma das derradeiras oportunidades de não passar ao lado de uma grande carreira.
Resta Stojkovic. Não me parece um jogador muito seguro. Desde Damas que o Sporting não aposta num guarda-redes. Desde Vítor Baía que um dos três grandes não lança às feras, com continuidade, um jogador proveniente da formação para as suas balizas. Rui Patrício pode ser mais um sinal de coragem de Paulo Bento. Assim ele a tenha, porque o miúdo destila classe e qualidade por todos os poros.
Sem sombra de dúvida que este foi um dos melhores defesos do Sporting nas últimas temporadas. Contratações cirúrgicas, vendas bem feitas (vender Ricardo e ficar com parte significativa dos passes de Carlos Martins e Semedo são medidas inteligentes) e alvos claramente identificados.
Nota negativa apenas para a planificação dos jogos de pré-época. Não saber a cinco dias do encontro quem vai estar na apresentação dos leões é um forte sinal de amadorismo.
A finalizar, o FC Porto com baterias direccionadas à juventude. Fernando, Leandro Lima, Bolatti, Edgar, Luís Aguiar são investimentos seguros. Lino tem experiência e está identificado com o nosso futebol. Stepanov e Farias são incógnitas, mas quem fez o dinheiro que fez no defeso pode dar-se ao luxo de falhar uma ou duas contratações, agora imaginem se acertam em todas.
Boas compras, boas políticas, veremos se teremos um campeonato com mais qualidade. Muitos apostam que não, pois eu acho o contrário porque reparo nos plantéis de Sp. Braga e Belenenses (um luxo o meio-campo azul) e vejo que os três grandes podem, finalmente, ter concorrência à altura, coisa que não acontece desde que o Boavista foi campeão.
O Benfica gastou muito dinheiro num jogador cujas características precisava desde que Brian Deane abandonou a Luz. Cardozo tem presença na área e pode ajudar Nuno Gomes a fazer uma temporada excepcional. Bergessio, Zoro e, sobretudo, Manuel Fernandes são futebolistas de reconhecida qualidade.
E veremos se Fábio Coentrão não vai obrigar Fernando Santos a mudar o esquema táctico. O jogo na Roménia foi prometedor. O mesmo não pode dizer-se de Butt. Como é que o alemão chega a Lisboa com a titularidade no bolso antes de ter feito um único treino. O que é que o germânico já faz mais do que Quim em toda a sua carreira. A frangalhada na Roménia não ajuda Fernando Santos a optar, sem dúvidas, pelo antigo guarda-redes suplente do Bayer Leverkusen.
O Sporting, no meu entender, fez uma viragem inteligente na sua política de contratações. Izmailov e Vukcevic não enganam, a dúvida prende-se com a adaptação a um futebol diferente. Purovic é o tal gigante que pode proporcionar a Liedson uma maior liberdade. Derlei tem fome de bola e Gladstone sabe que esta é uma das derradeiras oportunidades de não passar ao lado de uma grande carreira.
Resta Stojkovic. Não me parece um jogador muito seguro. Desde Damas que o Sporting não aposta num guarda-redes. Desde Vítor Baía que um dos três grandes não lança às feras, com continuidade, um jogador proveniente da formação para as suas balizas. Rui Patrício pode ser mais um sinal de coragem de Paulo Bento. Assim ele a tenha, porque o miúdo destila classe e qualidade por todos os poros.
Sem sombra de dúvida que este foi um dos melhores defesos do Sporting nas últimas temporadas. Contratações cirúrgicas, vendas bem feitas (vender Ricardo e ficar com parte significativa dos passes de Carlos Martins e Semedo são medidas inteligentes) e alvos claramente identificados.
Nota negativa apenas para a planificação dos jogos de pré-época. Não saber a cinco dias do encontro quem vai estar na apresentação dos leões é um forte sinal de amadorismo.
A finalizar, o FC Porto com baterias direccionadas à juventude. Fernando, Leandro Lima, Bolatti, Edgar, Luís Aguiar são investimentos seguros. Lino tem experiência e está identificado com o nosso futebol. Stepanov e Farias são incógnitas, mas quem fez o dinheiro que fez no defeso pode dar-se ao luxo de falhar uma ou duas contratações, agora imaginem se acertam em todas.
Boas compras, boas políticas, veremos se teremos um campeonato com mais qualidade. Muitos apostam que não, pois eu acho o contrário porque reparo nos plantéis de Sp. Braga e Belenenses (um luxo o meio-campo azul) e vejo que os três grandes podem, finalmente, ter concorrência à altura, coisa que não acontece desde que o Boavista foi campeão.
segunda-feira, julho 23, 2007
Artigo de Opinião de Rui Cartaxana
A situação económica e financeira dos clubes de futebol em Portugal, por mais bons negócios que façam a vender os seus melhores futebolistas aos clubes ricos da Europa, vai levá-los inevitavelmente à falência a curto/médio prazo.
Desde logo porque os seus desequilíbrios profundos e estruturais tendem a agravar-se (a época de 2005/06 foi a pior das três últimas, segundo o estudo anual da Deloitte), e o seu modelo de gestão é, no mínimo, insensato: 94% do total das suas receitas perdem-se na voragem dos salários dos jogadores, o que conduz a que, na relação custos/receitas, o futebol português seja crónica e irremediavelmente deficitário.
Os clubes vêm assim acumulando défices que se aproximariam, só nos três grandes, dos 900 milhões de euros. Mau grado este cenário apocalíptico, os gestores de alguns deles não se coíbem de remunerações escandalosas (pelos vistos a CMVM não fiscaliza nada as contas das SAD cotadas em Bolsa).
Não sei se “pelo deixa-andar nacional em nome da liberdade associativa”, acentuaram-se nos últimos anos os negócios menos claros dos clubes na compra e venda de jogadores.
Só alguns sinais: a) a participação crescente de off-shore, sociedades cujos sócios são desconhecidos (diz-se que há por lá gente bem conhecida), sediadas em paraísos fiscais, que não pagam ou pagam reduzidos impostos;
b) as compras de jogadores feitas por quotas ou parcelas, em que o clube comprador cede a diversos terceiros percentagens do negócio (desde os tais empresários a fundos, às vezes ao próprio clube que vende, que são depois alteradas sem qualquer fiscalização (não se sabe quase nada, mas é óbvio que isto se presta a comissões ilegais, etc.);
c) outra ‘novidade’ recente: quando alguns clubes “vendem” um jogador (dantes era só nas compras) fazem-no através de um empresário, que cobra comissão (10%), despesas, etc., sem que tal faça sentido.
Por exemplo, num negócio como o de Pepe do FC Porto para o Real Madrid, clubes com relações directas e próximas, um a querer comprar e o outro disposto a vender, alguém me explica o que foi lá fazer o empresário Jorge Mendes? Ele que já na venda de Anderson abichou seis milhões de euros.
Desde logo porque os seus desequilíbrios profundos e estruturais tendem a agravar-se (a época de 2005/06 foi a pior das três últimas, segundo o estudo anual da Deloitte), e o seu modelo de gestão é, no mínimo, insensato: 94% do total das suas receitas perdem-se na voragem dos salários dos jogadores, o que conduz a que, na relação custos/receitas, o futebol português seja crónica e irremediavelmente deficitário.
Os clubes vêm assim acumulando défices que se aproximariam, só nos três grandes, dos 900 milhões de euros. Mau grado este cenário apocalíptico, os gestores de alguns deles não se coíbem de remunerações escandalosas (pelos vistos a CMVM não fiscaliza nada as contas das SAD cotadas em Bolsa).
Não sei se “pelo deixa-andar nacional em nome da liberdade associativa”, acentuaram-se nos últimos anos os negócios menos claros dos clubes na compra e venda de jogadores.
Só alguns sinais: a) a participação crescente de off-shore, sociedades cujos sócios são desconhecidos (diz-se que há por lá gente bem conhecida), sediadas em paraísos fiscais, que não pagam ou pagam reduzidos impostos;
b) as compras de jogadores feitas por quotas ou parcelas, em que o clube comprador cede a diversos terceiros percentagens do negócio (desde os tais empresários a fundos, às vezes ao próprio clube que vende, que são depois alteradas sem qualquer fiscalização (não se sabe quase nada, mas é óbvio que isto se presta a comissões ilegais, etc.);
c) outra ‘novidade’ recente: quando alguns clubes “vendem” um jogador (dantes era só nas compras) fazem-no através de um empresário, que cobra comissão (10%), despesas, etc., sem que tal faça sentido.
Por exemplo, num negócio como o de Pepe do FC Porto para o Real Madrid, clubes com relações directas e próximas, um a querer comprar e o outro disposto a vender, alguém me explica o que foi lá fazer o empresário Jorge Mendes? Ele que já na venda de Anderson abichou seis milhões de euros.
domingo, julho 22, 2007
Benfica - Possíveis Adversários na Pré-Eliminatória da Champions
Com o final de todos os campeonatos europeus, o Benfica já conhece os seus
possíveis adversários na terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões.
A boa performance do clube da Luz nas competições europeias nos últimos anos
permite ao conjunto comandado por Fernando Santos ostentar o estatuto de
cabeça-de-série para a derradeira fase de acesso à "Champions", escapando
assim a formações bastante complicadas, como Liverpool, Arsenal, Valência,
Sevilha, Ajax, Werder Bremen ou Lázio, entre outras.
Aliás, no lote de 16 cabeças-de-série – constituído também por Celtic, Steaua de Bucareste, Rangers, Shakhtior, Besiktas, Anderlecht, Dínamo de Kiev e Levski Sófia –
para o sorteio da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, o Benfica
é apenas superado a nível de coeficiente pelos emblemas britânicos e
espanhóis.
Apesar de estar integrado no lote das principais equipas, o emblema
encarnado pode enfrentar um adversário complicado, pois pode deparar-se com
formações como Sparta de Praga, Fenerbahçe, AEK de Atenas ou o Spartak de
Moscovo.
O sorteio para a derradeira fase de acesso à prova milionária pode ditar
ainda um reencontro do Benfica com uma das equipas que o clube da Luz
defrontou na última temporada nas competições europeias, pois FC Copenhaga e
Dínamo de Bucareste fazem também parte das equipas que integram o lote de
não cabeças-de-série.
Possíveis adversários
Sparta de Praga (República Checa)
Fenerbahce (Turquia)
AEK de Atenas (Grécia)
Dínamo de Bucareste (Roménia)
Slavia de Praga (República Checa)
Rosenborg (Noruega)
Spartak de Moscovo (Rússia)
Estrela Vermelha (Sérvia)
FC Copenhaga (Dinamarca)
Toulouse (França)
Dínamo de Zagreb (Croácia)
Genk (Bélgica)
Debrecen (Hungria)
Zurique (Suíça)
FC Salzburgo (Áustria)
APOEL Nicósia (Chipre)
possíveis adversários na terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões.
A boa performance do clube da Luz nas competições europeias nos últimos anos
permite ao conjunto comandado por Fernando Santos ostentar o estatuto de
cabeça-de-série para a derradeira fase de acesso à "Champions", escapando
assim a formações bastante complicadas, como Liverpool, Arsenal, Valência,
Sevilha, Ajax, Werder Bremen ou Lázio, entre outras.
Aliás, no lote de 16 cabeças-de-série – constituído também por Celtic, Steaua de Bucareste, Rangers, Shakhtior, Besiktas, Anderlecht, Dínamo de Kiev e Levski Sófia –
para o sorteio da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, o Benfica
é apenas superado a nível de coeficiente pelos emblemas britânicos e
espanhóis.
Apesar de estar integrado no lote das principais equipas, o emblema
encarnado pode enfrentar um adversário complicado, pois pode deparar-se com
formações como Sparta de Praga, Fenerbahçe, AEK de Atenas ou o Spartak de
Moscovo.
O sorteio para a derradeira fase de acesso à prova milionária pode ditar
ainda um reencontro do Benfica com uma das equipas que o clube da Luz
defrontou na última temporada nas competições europeias, pois FC Copenhaga e
Dínamo de Bucareste fazem também parte das equipas que integram o lote de
não cabeças-de-série.
Possíveis adversários
Sparta de Praga (República Checa)
Fenerbahce (Turquia)
AEK de Atenas (Grécia)
Dínamo de Bucareste (Roménia)
Slavia de Praga (República Checa)
Rosenborg (Noruega)
Spartak de Moscovo (Rússia)
Estrela Vermelha (Sérvia)
FC Copenhaga (Dinamarca)
Toulouse (França)
Dínamo de Zagreb (Croácia)
Genk (Bélgica)
Debrecen (Hungria)
Zurique (Suíça)
FC Salzburgo (Áustria)
APOEL Nicósia (Chipre)
quinta-feira, julho 19, 2007
Taça da Liga - Figurino e Calendário
A Taça da Liga que se iniciará a 05/08/2007 e terminará a 22/03/2008 (Sábado de Páscoa) apresenta o seguinte figurino:
1ª Eliminatória - 05/08/2007 (Domingo) - Um jogo. Participam os 16 clubes da 2ª Liga. Há dois grupos: do 9º ao 16º lugar jogam em casa e do 1º ao 8º jogam fora;
2ª Eliminatória - 12/08/2007 (Domingo) - Um jogo. Participam 16 clubes. Há dois grupos: os apurados da eliminatória anterior jogam em casa e do 9º ao 16º lugar da 1ª Liga jogam fora;
3ª Eliminatória - 26/09/2007 (4ª Feira) - Um jogo. Participam 16 clubes. Há dois grupos: os apurados da eliminatória anterior jogam em casa e do 1º ao 8º lugar da 1ª Liga jogam fora (Esta eliminatória acontece entre a 1ª e a 2ª jornadas da Liga dos Campeões e 1ª Eliminatória da Taça UEFA com as consequências daí resultantes);
4ª Eliminatória - 20/10/2007 (Sábado) e 31/10/2007 (4ª Feira) - Dois jogos. Participam 8 clubes. Há um grupo - os apurados da eliminatória anterior. Sorteiam-se os clubes e em que condição jogam. (Esta eliminatória acontece no Sábado antes da 3ª e entre a 3ª e a 4ª jornadas da Liga dos Campeões e Fase de Grupos da Taça UEFA com as consequências daí decorrentes);
Fase de Grupo a uma mão - 09/01/2008 (4ª Feira), 23/01/2008 (4ª Feira) e 30/01/2008 (4ª Feira). Há um grupo - os apurados da eliminatória anterior. Sorteiam-se os clubes e em que condição jogam com a garantia de que cada clube disputa um jogo em casa. Qualificam-se para a final os dois melhores classificados;
Final - 22/03/2007 (Sábado).
1ª Eliminatória - 05/08/2007 (Domingo) - Um jogo. Participam os 16 clubes da 2ª Liga. Há dois grupos: do 9º ao 16º lugar jogam em casa e do 1º ao 8º jogam fora;
2ª Eliminatória - 12/08/2007 (Domingo) - Um jogo. Participam 16 clubes. Há dois grupos: os apurados da eliminatória anterior jogam em casa e do 9º ao 16º lugar da 1ª Liga jogam fora;
3ª Eliminatória - 26/09/2007 (4ª Feira) - Um jogo. Participam 16 clubes. Há dois grupos: os apurados da eliminatória anterior jogam em casa e do 1º ao 8º lugar da 1ª Liga jogam fora (Esta eliminatória acontece entre a 1ª e a 2ª jornadas da Liga dos Campeões e 1ª Eliminatória da Taça UEFA com as consequências daí resultantes);
4ª Eliminatória - 20/10/2007 (Sábado) e 31/10/2007 (4ª Feira) - Dois jogos. Participam 8 clubes. Há um grupo - os apurados da eliminatória anterior. Sorteiam-se os clubes e em que condição jogam. (Esta eliminatória acontece no Sábado antes da 3ª e entre a 3ª e a 4ª jornadas da Liga dos Campeões e Fase de Grupos da Taça UEFA com as consequências daí decorrentes);
Fase de Grupo a uma mão - 09/01/2008 (4ª Feira), 23/01/2008 (4ª Feira) e 30/01/2008 (4ª Feira). Há um grupo - os apurados da eliminatória anterior. Sorteiam-se os clubes e em que condição jogam com a garantia de que cada clube disputa um jogo em casa. Qualificam-se para a final os dois melhores classificados;
Final - 22/03/2007 (Sábado).
quarta-feira, julho 18, 2007
Há Jogadores de Qualidade em Portugal?
Já aqui aflorei este tema - O massivo recurso ao mercado internacional por parte dos três grandes.
Ao observar as movimentações de mercado dos três grandes, vale a pena questionar a política desportiva subjacente à escolha dos reforços.
Que critérios são definidos em matéria de contratações? Afinal, onde páram os portugueses? Vejamos caso a caso, começando pelo actual campeão nacional.
FC Porto
Mariano Gonzalez (Argentina)
Mario Bollati (Argentina)
Luís Aguiar (Uruguai)
Kazmierczack (Polónia)
Leandro Lima (Brasil)
Edgar (Brasil)
Fernando (Brasil)
Lino (Brasil)
Nuno (Portugal)
Nuno Espírito Santo, vindo do Desp. Aves, é a excepção à regra para os lados do dragão. A nota dominante vai para o mercado sul-americano.
Do plantel às ordens de Jesualdo Ferreira, constam quinze jogadores oriundos de países como o Brasil (8), Argentina (4), Uruguai (2) e Colômbia (1).
O número de jogadores portugueses não chega para formar um onze titular, mas dava para participar numa Copa América de clubes.
Sporting CP
Milan Purovic (Montenegro)
Simon Vukcevic (Montenegro)
Stojkovic (Sérvia)
Marat Izmailov (Rússia)
Gladstone (Brasil)
Derlei (Brasil)
João Gonçalves (Portugal - promoção)
Adrien Silva (Portugal - promoção)
Paulo Renato (Portugal - promoção)
A par da tradicional aposta na formação, a novidade surge da Europa de Leste, numa clara tentativa de conciliar a relação qualidade-preço.
No balanço entre saídas e entradas, constata-se um acréscimo sensível do número de jogadores estrangeiros no plantel.
SL Benfica
Hans-Jorg Butt (Alemanha)
Sretenovic (Sérvia)
Marco Zoro (Costa do Marfim)
Oscar Cardozo (Paraguai)
Gonzalo Bergessio (Argentina)
Yu Dabao (China)
Fábio Coentrão (Portugal)
Manuel Fernandes (Portugal - regresso)
Romeu Ribeiro(Portugal - promoção)
Uma verdadeira Torre de Babel - são dez as nacionalidades presentes no plantel.
A aposta no mercado interno dá pelo nome de Fábio Coentrão, à qual se juntam o regresso de Manuel Fernandes e a promoção de Romeu Ribeiro como contratações de jogadores de nacionalidade portuguesa.
Uma só conclusão a extrair:
O mercado interno foi praticamente ignorado e os reforços Made in Portugal contam-se pelos dedos das mãos.
Assim, os plantéis dos principais clubes portugueses só a muito custo apresentam uma maioria de jogadores portugueses: FC Porto (35,7%), Sporting CP (50%) e SL Benfica (52,2%).
Este cenário importa a criação de riscos acrescidos, dos quais destaco:
1. provável dificuldade de adaptação a uma realidade futebolística distinta;
2. possível dificuldade de ligação à massa associativa e identificação com a imagem do clube;
3. potencial dificuldade na criação de um espírito de grupo.
Ao observar as movimentações de mercado dos três grandes, vale a pena questionar a política desportiva subjacente à escolha dos reforços.
Que critérios são definidos em matéria de contratações? Afinal, onde páram os portugueses? Vejamos caso a caso, começando pelo actual campeão nacional.
FC Porto
Mariano Gonzalez (Argentina)
Mario Bollati (Argentina)
Luís Aguiar (Uruguai)
Kazmierczack (Polónia)
Leandro Lima (Brasil)
Edgar (Brasil)
Fernando (Brasil)
Lino (Brasil)
Nuno (Portugal)
Nuno Espírito Santo, vindo do Desp. Aves, é a excepção à regra para os lados do dragão. A nota dominante vai para o mercado sul-americano.
Do plantel às ordens de Jesualdo Ferreira, constam quinze jogadores oriundos de países como o Brasil (8), Argentina (4), Uruguai (2) e Colômbia (1).
O número de jogadores portugueses não chega para formar um onze titular, mas dava para participar numa Copa América de clubes.
Sporting CP
Milan Purovic (Montenegro)
Simon Vukcevic (Montenegro)
Stojkovic (Sérvia)
Marat Izmailov (Rússia)
Gladstone (Brasil)
Derlei (Brasil)
João Gonçalves (Portugal - promoção)
Adrien Silva (Portugal - promoção)
Paulo Renato (Portugal - promoção)
A par da tradicional aposta na formação, a novidade surge da Europa de Leste, numa clara tentativa de conciliar a relação qualidade-preço.
No balanço entre saídas e entradas, constata-se um acréscimo sensível do número de jogadores estrangeiros no plantel.
SL Benfica
Hans-Jorg Butt (Alemanha)
Sretenovic (Sérvia)
Marco Zoro (Costa do Marfim)
Oscar Cardozo (Paraguai)
Gonzalo Bergessio (Argentina)
Yu Dabao (China)
Fábio Coentrão (Portugal)
Manuel Fernandes (Portugal - regresso)
Romeu Ribeiro(Portugal - promoção)
Uma verdadeira Torre de Babel - são dez as nacionalidades presentes no plantel.
A aposta no mercado interno dá pelo nome de Fábio Coentrão, à qual se juntam o regresso de Manuel Fernandes e a promoção de Romeu Ribeiro como contratações de jogadores de nacionalidade portuguesa.
Uma só conclusão a extrair:
O mercado interno foi praticamente ignorado e os reforços Made in Portugal contam-se pelos dedos das mãos.
Assim, os plantéis dos principais clubes portugueses só a muito custo apresentam uma maioria de jogadores portugueses: FC Porto (35,7%), Sporting CP (50%) e SL Benfica (52,2%).
Este cenário importa a criação de riscos acrescidos, dos quais destaco:
1. provável dificuldade de adaptação a uma realidade futebolística distinta;
2. possível dificuldade de ligação à massa associativa e identificação com a imagem do clube;
3. potencial dificuldade na criação de um espírito de grupo.
terça-feira, julho 17, 2007
Um Caso de Cegueira Intelectual
Artigo de Opinião de Luís Sobral
Primeiro na Holanda, nos sub-21, depois no Canadá, com os sub-20. Um Europeu sem chama, que teve também consequências directas nas esperanças olímpicas, e um Mundial demasiado infeliz e aquém das expectativas logo a seguir. O denominador comum é José Couceiro.
Portugal podia ter feito melhor em ambas as provas. Se a Selecção na Holanda merecia, pelo talento que incorpora, as meias-finais, no Canadá tinha necessariamente de passar o seu grupo com uma melhor imagem e jogar bem melhor do que o fez frente a Gâmbia e, depois, apesar do estatuto de «repescado», perante o Chile.
Nas duas competições, Couceiro não soube conter euforias precipitadas, nas duas houve decisões tácticas e técnicas duvidosas, nas duas, finalmente, houve indisciplina. Por parte da equipa técnica depois do jogo com os holandeses, por parte dos jogadores, ontem, no final do encontro com os chilenos.
Scolari pode vir agora repetir o discurso que teve após o afastamento dos Jogos Olímpicos frente à Itália [de que a eliminação não foi uma desilusão] que a sensação não muda. Porque o resto de Portugal não deverá sentir o mesmo que o seleccionador.
segunda-feira, julho 16, 2007
Um Mercado Periférico Emergente para Futebolistas Portugueses
Portugal encontrou um novo mercado para onde exportar jogadores.
O Chipre, situado no extremo oriental do Mar Mediterrâneo, tem pouco mais de nove mil km2 (um décimo do tamanho de Portugal) e acolhe neste momento cerca de 30 jogadores lusos nos seus campeonatos.
A ilha, com 800 mil habitantes, é mais conhecida pela sua atracção turística, mas um rendimento per capita de 29.105 dólares, muito superior ao português (22.677), começou a atrair os jogadores nacionais e a proporcionar às equipas cipriotas um poder de negociação contratual que não possuíam há alguns anos.
O primeiro jogador português a assinar por um clube do Chipre foi Ricardo Fernandes. O médio ofensivo, que jogou no Sporting e no F.C. Porto, abriu caminho aos jogadores nacionais em 2005/2006. Seguiram-se João Paiva, Kennedy, Filipe Duarte e muitos outros.
Neste momento, estão 28 jogadores portugueses contratualmente ligados a clubes cipriotas. Para além destes, mais 11 já passaram por lá, pelo que, em duas épocas, 39 jogadores portugueses assinaram contrato com clubes da ilha.
Mas nem só portugueses vão jogar para tais paragens. Estrangeiros que passaram pelo nosso país também jogam no Chipre.
Zé Carlos e Chmiest, que representaram a época transacta o Sp. Braga e assinaram neste defeso pelo Apoel F.C., foram os últimos a deixar Portugal para tomarem a rota da ilha de Chipre.
Um campeonato principal com 14 equipas, no qual o 1º classificado disputa a primeira pré-eliminatória da Liga dos Campeões e o 2º a primeira eliminatória da Taça UEFA, é aquilo que encontram os jogadores nacionais à chegada a Nicósia, capital cipriota.
O Apoel F.C. (campeão nacional no ano passado), o Apollon Limassol F.C. (vencedor da Supertaça), o Anorthosis Famagusta (vencedor da Taça) e o Omonia A.C. são os maiores clubes cipriotas.
Fica por destacar mais uma curiosidade: já sete jogadores estrangeiros que jogaram em Portugal passaram posteriormente pelo campeonato cipriota.
Entre eles Mário Jardel, que jogou em 2006/2007 no Anorthosis Famagusta; Miran Pavlin, o internacional esloveno que jogou no F.C. Porto; e o ponta de lança croata que alinhou no Sporting, Robert Spehar.
Poucos dias depois de Ricardo Fernandes assinar pelo Apoel F.C., João Paiva chegava ao Apollon Limassol F.C.
O avançado deixava o Marítimo a custo zero e aventurava-se no Mediterraneo.
João Paiva diz ter encontrado «um campeonato simpático» e caracteriza-o como «muito rápido, mais vivo, com menos cuidados tácticos do que em Portugal».
Uma liberdade táctica que acaba por ser «boa para os espectadores, que gostam do futebol assim», referiu ao MaisFutebol o atacante português.
O que atrai os jogadores portugueses para os campeonatos do Chipre é, em primeiro lugar, a capacidade financeira que os clubes apresentam.
Num país em que o «nível de vida é muito superior ao de Portugal», João Paiva não ficou admirado quando lhe apresentaram uma «boa proposta financeira e um bom projecto de futebol».
«Apesar de gostar muito de Lisboa e de Portugal, é muito bom e agradável viver aqui. É um estilo de vida muito algarvio», comentou o jogador.
Por ter sido dos pioneiros, João Paiva tem assistido de uma forma diferente à entrada de compatriotas nas competições cipriotas.
«Os clubes daqui gostam dos jogadores portugueses, até porque vêm subir a qualidade do futebol e, por isso, telefonam-me muitas vezes para pedirem informações sobre algum que tenham em vista. Mas também há muitos portugueses que procuram vir para cá. Telefonam a perguntar como é isto e se há possibilidades de virem» contou o avançado.
«Foi a entrada do Chipre na União Europeia que abriu portas aos jogadores portugueses» explicou João Paiva. Os jogadores nacionais deixaram de contar como estrangeiros e a sua entrada ficou facilitada.
Rui Lima é um dos mais recentes emigrantes nacionais no Chipre.
Deixou, em fim de contrato, o Beira-Mar e rumou há pouco mais de um mês para o Omonia A.C.
O extremo considera que as «vantagens financeiras são boas para os portugueses» e que «os jogadores mais bem pagos no Chipre têm salários ao nível médio dos grandes de Portugal». De tal forma que as equipas do Chipre têm capacidade para convencer jogadores portugueses, mesmo quando estes recebem propostas nacionais, tal como aconteceu com Rui Lima.
O português acredita que alguns jogadores aufiram «o dobro», do que em Portugal, além de receberem «a tempo e horas».
A adaptação não tem sido fácil, até pela língua e por se conduzir pela esquerda (consequências da influência britânica no país), mas «a vida calma, o calor e os amigos portugueses» ajudam a ambientação. Até agora, o português apenas fez jogos-treino, mas «já deu para ver que os adeptos vão ao futebol, vibram muito e são muito loucos».
O agente FIFA Carlos Gonçalves já transaccionou, entre outros jogadores, João Paiva, Hélio Pinto e Filipe Duarte para clubes do Chipre.
O empresário não duvida de que os jogadores lusos querem jogar na ilha de Chipre porque «os valores financeiros são bons e muitas vezes os clubes portugueses fecham as portas aos jogadores nacionais». Além disso, apesar de ser «relativamente pequeno, o futebol é muito mediático e os jogadores de fora são muito bem tratados» afiançou ao MaisFutebol.
Financeiramente, Carlos Gonçalves vê os maiores clubes de Chipre ao mesmo nível dos clubes portugueses logo abaixo dos três grandes: «Um Sp. Braga, por exemplo.» Interessante é o facto de o empresário considerar que «os clubes pequenos no Chipre têm mais capacidade financeira que os pequenos em Portugal».
Apesar disso, a «maioria dos jogadores chega ao Chipre a custo zero» e acrescenta o agente que os adeptos cipriotas «gostam dos jogadores nacionais porque têm experiência e são bons tecnicamente».
Outro empresário que colocou jogadores nos campeonatos do Chipre foi Ulisses Santos. O agente FIFA considera que o nível competitivo «não é excelente, mas é um mercado emergente e paga melhor que Portugal».
Há duas razões para os cipriotas quererem os jogadores nacionais segundo Ulisses Santos: a primeira, é Ricardo Fernandes, a segunda, as características.
«O Ricardo vingou e por isso eles ficaram com uma boa imagem dos nossos jogadores. Além disso, os portugueses são um misto de técnica e agressividade. Têm a habilidade natural dos campeonatos latinos e a capacidade física e dureza dos jogadores do mercado de Leste», um perfil que Ulisses Santos diz agradar a adeptos e dirigentes cipriotas.
O empresário faz um paralelismo entre a actuação dos clubes nacionais e a dos clubes da ilha de Chipre: «Tal como nós vamos buscar jogadores à América do Sul a custo zero, eles estão a ir buscá-los ao nosso país».
Os jogadores portugueses têm feito crescer as competições da ilha mediterrânica e assim talvez «o intercâmbio de jogadores entre países se torne mais natural». «Para um lado e para outro», apontou.
O Chipre, situado no extremo oriental do Mar Mediterrâneo, tem pouco mais de nove mil km2 (um décimo do tamanho de Portugal) e acolhe neste momento cerca de 30 jogadores lusos nos seus campeonatos.
A ilha, com 800 mil habitantes, é mais conhecida pela sua atracção turística, mas um rendimento per capita de 29.105 dólares, muito superior ao português (22.677), começou a atrair os jogadores nacionais e a proporcionar às equipas cipriotas um poder de negociação contratual que não possuíam há alguns anos.
O primeiro jogador português a assinar por um clube do Chipre foi Ricardo Fernandes. O médio ofensivo, que jogou no Sporting e no F.C. Porto, abriu caminho aos jogadores nacionais em 2005/2006. Seguiram-se João Paiva, Kennedy, Filipe Duarte e muitos outros.
Neste momento, estão 28 jogadores portugueses contratualmente ligados a clubes cipriotas. Para além destes, mais 11 já passaram por lá, pelo que, em duas épocas, 39 jogadores portugueses assinaram contrato com clubes da ilha.
Mas nem só portugueses vão jogar para tais paragens. Estrangeiros que passaram pelo nosso país também jogam no Chipre.
Zé Carlos e Chmiest, que representaram a época transacta o Sp. Braga e assinaram neste defeso pelo Apoel F.C., foram os últimos a deixar Portugal para tomarem a rota da ilha de Chipre.
Um campeonato principal com 14 equipas, no qual o 1º classificado disputa a primeira pré-eliminatória da Liga dos Campeões e o 2º a primeira eliminatória da Taça UEFA, é aquilo que encontram os jogadores nacionais à chegada a Nicósia, capital cipriota.
O Apoel F.C. (campeão nacional no ano passado), o Apollon Limassol F.C. (vencedor da Supertaça), o Anorthosis Famagusta (vencedor da Taça) e o Omonia A.C. são os maiores clubes cipriotas.
Fica por destacar mais uma curiosidade: já sete jogadores estrangeiros que jogaram em Portugal passaram posteriormente pelo campeonato cipriota.
Entre eles Mário Jardel, que jogou em 2006/2007 no Anorthosis Famagusta; Miran Pavlin, o internacional esloveno que jogou no F.C. Porto; e o ponta de lança croata que alinhou no Sporting, Robert Spehar.
Poucos dias depois de Ricardo Fernandes assinar pelo Apoel F.C., João Paiva chegava ao Apollon Limassol F.C.
O avançado deixava o Marítimo a custo zero e aventurava-se no Mediterraneo.
João Paiva diz ter encontrado «um campeonato simpático» e caracteriza-o como «muito rápido, mais vivo, com menos cuidados tácticos do que em Portugal».
Uma liberdade táctica que acaba por ser «boa para os espectadores, que gostam do futebol assim», referiu ao MaisFutebol o atacante português.
O que atrai os jogadores portugueses para os campeonatos do Chipre é, em primeiro lugar, a capacidade financeira que os clubes apresentam.
Num país em que o «nível de vida é muito superior ao de Portugal», João Paiva não ficou admirado quando lhe apresentaram uma «boa proposta financeira e um bom projecto de futebol».
«Apesar de gostar muito de Lisboa e de Portugal, é muito bom e agradável viver aqui. É um estilo de vida muito algarvio», comentou o jogador.
Por ter sido dos pioneiros, João Paiva tem assistido de uma forma diferente à entrada de compatriotas nas competições cipriotas.
«Os clubes daqui gostam dos jogadores portugueses, até porque vêm subir a qualidade do futebol e, por isso, telefonam-me muitas vezes para pedirem informações sobre algum que tenham em vista. Mas também há muitos portugueses que procuram vir para cá. Telefonam a perguntar como é isto e se há possibilidades de virem» contou o avançado.
«Foi a entrada do Chipre na União Europeia que abriu portas aos jogadores portugueses» explicou João Paiva. Os jogadores nacionais deixaram de contar como estrangeiros e a sua entrada ficou facilitada.
Rui Lima é um dos mais recentes emigrantes nacionais no Chipre.
Deixou, em fim de contrato, o Beira-Mar e rumou há pouco mais de um mês para o Omonia A.C.
O extremo considera que as «vantagens financeiras são boas para os portugueses» e que «os jogadores mais bem pagos no Chipre têm salários ao nível médio dos grandes de Portugal». De tal forma que as equipas do Chipre têm capacidade para convencer jogadores portugueses, mesmo quando estes recebem propostas nacionais, tal como aconteceu com Rui Lima.
O português acredita que alguns jogadores aufiram «o dobro», do que em Portugal, além de receberem «a tempo e horas».
A adaptação não tem sido fácil, até pela língua e por se conduzir pela esquerda (consequências da influência britânica no país), mas «a vida calma, o calor e os amigos portugueses» ajudam a ambientação. Até agora, o português apenas fez jogos-treino, mas «já deu para ver que os adeptos vão ao futebol, vibram muito e são muito loucos».
O agente FIFA Carlos Gonçalves já transaccionou, entre outros jogadores, João Paiva, Hélio Pinto e Filipe Duarte para clubes do Chipre.
O empresário não duvida de que os jogadores lusos querem jogar na ilha de Chipre porque «os valores financeiros são bons e muitas vezes os clubes portugueses fecham as portas aos jogadores nacionais». Além disso, apesar de ser «relativamente pequeno, o futebol é muito mediático e os jogadores de fora são muito bem tratados» afiançou ao MaisFutebol.
Financeiramente, Carlos Gonçalves vê os maiores clubes de Chipre ao mesmo nível dos clubes portugueses logo abaixo dos três grandes: «Um Sp. Braga, por exemplo.» Interessante é o facto de o empresário considerar que «os clubes pequenos no Chipre têm mais capacidade financeira que os pequenos em Portugal».
Apesar disso, a «maioria dos jogadores chega ao Chipre a custo zero» e acrescenta o agente que os adeptos cipriotas «gostam dos jogadores nacionais porque têm experiência e são bons tecnicamente».
Outro empresário que colocou jogadores nos campeonatos do Chipre foi Ulisses Santos. O agente FIFA considera que o nível competitivo «não é excelente, mas é um mercado emergente e paga melhor que Portugal».
Há duas razões para os cipriotas quererem os jogadores nacionais segundo Ulisses Santos: a primeira, é Ricardo Fernandes, a segunda, as características.
«O Ricardo vingou e por isso eles ficaram com uma boa imagem dos nossos jogadores. Além disso, os portugueses são um misto de técnica e agressividade. Têm a habilidade natural dos campeonatos latinos e a capacidade física e dureza dos jogadores do mercado de Leste», um perfil que Ulisses Santos diz agradar a adeptos e dirigentes cipriotas.
O empresário faz um paralelismo entre a actuação dos clubes nacionais e a dos clubes da ilha de Chipre: «Tal como nós vamos buscar jogadores à América do Sul a custo zero, eles estão a ir buscá-los ao nosso país».
Os jogadores portugueses têm feito crescer as competições da ilha mediterrânica e assim talvez «o intercâmbio de jogadores entre países se torne mais natural». «Para um lado e para outro», apontou.
O Valor de uma Marca
A marca Benfica é a mais valiosa entre os três grandes do futebol, atingindo um valor de 107 milhões de euros, segundo um estudo que a empresa Interbrand fez a pedido da agência Lusa.
O F.C. Porto aparece em segundo lugar, com um valor de 73 milhões, enquanto o Sporting se fica pelos 66 milhões.
A marca é avaliada como o "activo mais permanente" e vale mais um terço que a segunda marca mais valiosa: o FC Porto.
A Interbrand é uma empresa que avalia financeiramente as marcas desde 1989 e que divulga anualmente o ranking internacional das Melhores Marcas Globais. O estudo foi conduzido com base nas demonstrações financeiras recentemente publicadas pela Liga de Futebol relativas à época 2005/06.
O método aplicado para se conseguirem os referidos resultados foi, segundo a Interbrand, o Economic Use e implica «destacar dos lucros projectados para o negócio qual a parcela gerada pelo papel da marca e descontar esta projecção por uma determinada taxa de risco: a força da marca. O valor obtido será o valor da marca», refere a empresa na análise que fez.
Segundo a Interbrand a marca, no caso dos clubes de futebol, é o «activo mais permanente». «A época desportiva desvanece-se em ciclos de vitórias ou derrotas, os jogadores transferem-se ou emprestam-se, os patrimónios dos clubes alienam-se, os patrocínios mudam, mas o eu permanece na alma e na mente dos apoiantes é, sem sombra de dúvida, a marca do clube», refere ainda a Interbrand.
O F.C. Porto aparece em segundo lugar, com um valor de 73 milhões, enquanto o Sporting se fica pelos 66 milhões.
A marca é avaliada como o "activo mais permanente" e vale mais um terço que a segunda marca mais valiosa: o FC Porto.
A Interbrand é uma empresa que avalia financeiramente as marcas desde 1989 e que divulga anualmente o ranking internacional das Melhores Marcas Globais. O estudo foi conduzido com base nas demonstrações financeiras recentemente publicadas pela Liga de Futebol relativas à época 2005/06.
O método aplicado para se conseguirem os referidos resultados foi, segundo a Interbrand, o Economic Use e implica «destacar dos lucros projectados para o negócio qual a parcela gerada pelo papel da marca e descontar esta projecção por uma determinada taxa de risco: a força da marca. O valor obtido será o valor da marca», refere a empresa na análise que fez.
Segundo a Interbrand a marca, no caso dos clubes de futebol, é o «activo mais permanente». «A época desportiva desvanece-se em ciclos de vitórias ou derrotas, os jogadores transferem-se ou emprestam-se, os patrimónios dos clubes alienam-se, os patrocínios mudam, mas o eu permanece na alma e na mente dos apoiantes é, sem sombra de dúvida, a marca do clube», refere ainda a Interbrand.
sexta-feira, julho 13, 2007
Sorteio da Liga Bwin - Época 2007/2008 - Opiniões
Realizou-se, ontem, o sorteio da Liga Bwin - Época 2007/2008 -.
O FC Porto inicia a defesa do título conquistado na temporada passada em Braga, numa jornada agendada para o dia 19 de Agosto.
O Sporting, segundo colocado em 2006/07, arranca para a nova temporada em casa, recebendo a visita da Académica.
Pelo contrário, o Benfica, terceiro colocado no último Campeonato, vai estrear-se como visitante, deslocando-se ao terreno do recém-promovido Leixões.
O primeiro grande clássico da temporada terá lugar logo à segunda jornada, com FC Porto e Sporting a encontrarem-se no Estádio do Dragão.
Depois, na sexta ronda (30 de Setembro), será a vez de Benfica e Sporting se defrontarem na Luz.
O último embate entre candidatos ao título na primeira volta será realizado na 12ª jornada (2 de Dezembro), com Benfica e FC Porto a medirem forças em Lisboa.
De destacar que, ao invés do que sucedeu a época passada, deste vez o Benfica disputa em casa os dois primeiros clássicos.
Já ao Sporting sucederá precisamente o inverso: vai aos redutos dos principais concorrentes na primeira volta e depois irá receber dragões e águias na segunda.
A terminar, resta dizer que na última ronda do campeonato o FC Porto joga na Figueira da Foz frente à Naval, o Sporting defronta, em Alvalade, o Boavista e o Benfica enfrenta, na Luz, o Vitória de Setúbal.
quinta-feira, julho 12, 2007
Sorteio da Liga Bwin Época 2007/2008
O sorteio da Liga Bwin, época 2007/08, realiza-se a partir das 18h30.
O que vos proponho é um exercício de pura adivinhação - prognosticarem a partida inaugural de cada um dos três grandes na época 2007/2008.
Aqui fica o meu palpite:
Benfica-Leixões
V.Guimarães-Porto
Académica-Sporting
O que vos proponho é um exercício de pura adivinhação - prognosticarem a partida inaugural de cada um dos três grandes na época 2007/2008.
Aqui fica o meu palpite:
Benfica-Leixões
V.Guimarães-Porto
Académica-Sporting
quarta-feira, julho 11, 2007
Uma questão de gestão ou da sua ausência
O F. C. Porto tem sob contrato 62 jogadores, incluindo os últimos reforços Mário Bolatti e Luis Aguiar. Da época passada saíram Vítor Baía, Pepe, Anderson e Ricardo Costa.
O plantel idealizado por Jesualdo Ferreira fica abaixo das 27 unidades. Por isso, muitos não cabem no Dragão.
Dos que sobram, uma boa parte é constituída por ex-juniores e por jogadores formados no F. C. Porto, todos a rodar noutras equipas, mas também há casos de compras falhadas, sem proveito desportivo para os portistas.
Sonkaya e Ezequias são disso prova.
Ezequias foi adquirido em 2006 para entrar no esquema de Adriaanse e Sonkaya também é uma herança do treinador holandês. Porém, nem um nem outro chegaram a aquecer. Ezequias passou pelo Beira-Mar e é esperado no Leixões, enquanto Sonkaya esteve na Académica. Entretanto, regressou ao Rhoda, da Holanda.
Areias, outro caso de insucesso, não faz parte da lista, pois acabou de rescindir.
Na linha avançada, Pitbull e Maciel estão entre os "inadaptados".
Pitbull, que ingressou no ano dos três treinadores - Del Neri/Victor Fernández/José Couceiro -, só fez meia época no Dragão. Depois disso, já jogou nas Arábias, no Brasil e na Académica. Foi dado como reforço do Leixões, mas não se concretizou.
Para Matosinhos segue Diogo Valente. Contratado ao Boavista, nem se deu por ele nos campeões.
Maciel, trunfo de Mourinho no ano da vitória em Gelsenkirshen e cuja contratação orçou os 2,5 milhões de Euros, durou pouco nos azuis e brancos e fez a última época no Braga, sendo certo que não faz parte dos planos de Jesualdo e deverá ir para Leiria.
Na longa lista dos jogadores contratualizados, mas arredados do Dragão, nota para os "nascidos" no F. C. Porto.
Promessas como Bruno Vale, Hélder Barbosa, Ivanildo e Paulo Machado vão continuar a rodar. Tem sido impossível fixarem-se no plantel profissional. Vieirinha, outra esperança, foi para o Leixões. Mas a SAD quer inverter essa tendência. Por isso, os ex-juniores Ventura, Castro e Rui Pedro estão garantidos no quadro principal.
A política passa, igualmente, por uma espécie de parcerias, através de empréstimos a clubes de boa relação com o F. C. Porto e mediante contratos de curta duração. A saber Ribeirão, Portimonense, Tourizense e Varzim.
Nesse enquadramento estão 13 atletas, abaixo dos 21 anos.
Outras apostas de futuro foram feitas esta época.
Fernando Reges, internacional sub-20 brasileiro, veio do Vila Nova, assinou por cinco épocas e vai ser cedido.
Rabiola, "pescado" no Guimarães, continuará na Cidade Berço, com 50% do passe a pertencer ao F. C. Porto e a outra metade ao Vitória.
Como se vê - e há mais situações, como a de Leandro do Bomfim -, são todos dragões apenas no papel (e nos encargos), pois têm prestado serviço noutras equipas.
No vai e vem, Tarik foi repescado "in extremis" por Jesualdo Ferreira e Lucas Mareque recebeu guia de marcha.
O plantel idealizado por Jesualdo Ferreira fica abaixo das 27 unidades. Por isso, muitos não cabem no Dragão.
Dos que sobram, uma boa parte é constituída por ex-juniores e por jogadores formados no F. C. Porto, todos a rodar noutras equipas, mas também há casos de compras falhadas, sem proveito desportivo para os portistas.
Sonkaya e Ezequias são disso prova.
Ezequias foi adquirido em 2006 para entrar no esquema de Adriaanse e Sonkaya também é uma herança do treinador holandês. Porém, nem um nem outro chegaram a aquecer. Ezequias passou pelo Beira-Mar e é esperado no Leixões, enquanto Sonkaya esteve na Académica. Entretanto, regressou ao Rhoda, da Holanda.
Areias, outro caso de insucesso, não faz parte da lista, pois acabou de rescindir.
Na linha avançada, Pitbull e Maciel estão entre os "inadaptados".
Pitbull, que ingressou no ano dos três treinadores - Del Neri/Victor Fernández/José Couceiro -, só fez meia época no Dragão. Depois disso, já jogou nas Arábias, no Brasil e na Académica. Foi dado como reforço do Leixões, mas não se concretizou.
Para Matosinhos segue Diogo Valente. Contratado ao Boavista, nem se deu por ele nos campeões.
Maciel, trunfo de Mourinho no ano da vitória em Gelsenkirshen e cuja contratação orçou os 2,5 milhões de Euros, durou pouco nos azuis e brancos e fez a última época no Braga, sendo certo que não faz parte dos planos de Jesualdo e deverá ir para Leiria.
Na longa lista dos jogadores contratualizados, mas arredados do Dragão, nota para os "nascidos" no F. C. Porto.
Promessas como Bruno Vale, Hélder Barbosa, Ivanildo e Paulo Machado vão continuar a rodar. Tem sido impossível fixarem-se no plantel profissional. Vieirinha, outra esperança, foi para o Leixões. Mas a SAD quer inverter essa tendência. Por isso, os ex-juniores Ventura, Castro e Rui Pedro estão garantidos no quadro principal.
A política passa, igualmente, por uma espécie de parcerias, através de empréstimos a clubes de boa relação com o F. C. Porto e mediante contratos de curta duração. A saber Ribeirão, Portimonense, Tourizense e Varzim.
Nesse enquadramento estão 13 atletas, abaixo dos 21 anos.
Outras apostas de futuro foram feitas esta época.
Fernando Reges, internacional sub-20 brasileiro, veio do Vila Nova, assinou por cinco épocas e vai ser cedido.
Rabiola, "pescado" no Guimarães, continuará na Cidade Berço, com 50% do passe a pertencer ao F. C. Porto e a outra metade ao Vitória.
Como se vê - e há mais situações, como a de Leandro do Bomfim -, são todos dragões apenas no papel (e nos encargos), pois têm prestado serviço noutras equipas.
No vai e vem, Tarik foi repescado "in extremis" por Jesualdo Ferreira e Lucas Mareque recebeu guia de marcha.
terça-feira, julho 10, 2007
Artigo de Opinião de Miguel Sousa Tavares
Agora, que estamos naquela época do ano em que desaguam no Porto levas de novos jogadores de futebol destinados ao FCP— quase todos estrangeiros, sul-americanos e imberbes — deixo-lhes aqui alguns conselhos de comportamento que, se eu mandasse, lhes faria entregar no aeroporto:
— Livre-se de chegar ao FCP a pensar ou a dizer que já está a almejar mais altos voos (como ainda ontem vi o Leandro Lima — que nem sequer ainda chegou — a afirmar). Primeiro, porque os Chelsea, Manchester United e Barcelona não compram todos os jogadores bons do planeta, mas apenas um número restrito dos verdadeiramente excepcionais. Segundo, porque, ao chegar ao FCP, você já está num grande da Europa. É verdade que há, pelo menos, uma dúzia de clubes maiores na Europa a nível financeiro, mas não há sequer uma dúzia que lhe dê as condições e o prestígio que o FCP lhe pode dar.
— O FCP foi 19 vezes campeão de Portugal, duas vezes campeão da Europa e duas vezes campeão do Mundo. Você ainda não foi nada. É uma honra para si vestir esta camisola e estar ao serviço deste clube. Comece pois, por ser humilde, se quiser vir a ser verdadeiramente grande.
— O FCP tem mais de cem anos de história: ainda o seu avô não tinha nascido e já as cores azul e branca (homenagem à antiga e lindíssima bandeira nacional) jogavam futebol. Visite a sala de troféus, fale com os funcionários mais antigos, com velhas glórias do clube, com adeptos de várias gerações. Aprenda a história do clube para aprender a respeitá-lo.
— Como todos os clubes, também o FCP nasceu e vive graças à dedicação dos seus sócios e adeptos. Nunca confunda quem lhe assina os cheques com quem lhe paga: o seu patrão é o FC Porto e o FC Porto é dos seus sócios. É a eles, antes de mais, que você deve respeito e dedicação — a mesma que eles dão ao clube.
— Desde que foi inaugurado, o Estádio do Dragão tem a mais elevada média de assistências em Portugal. No último campeonato, a média foi de 40.000 espectadores por jogo. Não há muitos clubes no Mundo que se possam gabar disto, não há nenhum em toda a América do Sul. Isso dá-lhe bem a noção do amor ao futebol e da dedicação ao clube dos seus adeptos. E deve dar-lhe também a noção da sua responsabilidade em campo. Nunca esqueça, por exemplo, que o público que paga bilhete e se desloca ao estádio, fá-lo para assistir e vibrar com 90 minutos de futebol, e não apenas com 30, 50 ou 70: se estamos a ganhar por dois ou três a zero, isso não o dispensa nem à equipa de continuar a jogar o melhor que sabe pelo prazer do público.
— Você vai poder jogar no mais bonito estádio do Mundo, vai poder treinar num centro de treinos moderno e impecável onde nada falta, vai estagiar em hotéis de luxo, viajar em autocarro de luxo e 1.º classe de aviões fretados, vai ter técnicos, médicos, enfermeiros, pessoal de apoio ao seu serviço 24 horas por dia: nada o dispensa de não dar o máximo sempre. Devem ser raríssimas as actividades e empresas em todo o Mundo em que alguém disponha das mesmas condições de trabalho que o FCP lhe proporciona. Faça por merecer o privilégio.
— Você faz aquilo de que mais gosta e tem a sorte de poder fazer, profissionalmente, o que milhões de miúdos em todo o Mundo pagariam para poder fazer. Você é principescamente pago para jogar futebol ao serviço de um clube. Não tem desculpas para não encharcar essa camisola, nos treinos e nos jogos.
— Jamais venha com a desculpa de que está cansado porque jogou ao fim-de-semana para o campeonato e a meio da semana para a Liga dos Campeões. Esse é o sonho de qualquer jogador e, se você é bom profissional, tem obrigação de estar preparado para isso e muito mais. Mesmo que oiça essa desculpa ao próprio treinador, não alinhe nela. Os grandes jogadores das grandes equipas sabem que o contrato é claro: são anos de glória e de fortuna, em troca de sacrifícios e trabalho árduo. Para descansar, pode esperar pelos 30 anos. E, se não gosta, pode sempre escolher: há outras profissões de menor desgaste físico, em que se pode fazer noitadas, fumar e beber. Mas têm horários de trabalho de 40 ou mais horas, recebe-se cinquenta ou cem vezes menos e não há multidões a aplaudir o nosso trabalho.
— Hoje, você tem 20 anos e é milionário. Mas a vida não vai ser sempre assim. Se for inteligente, você saberá tirar partido dos seus tempos livres, em lugar de se dedicar ociosamente às três coisas que hoje parecem ocupar em exclusivo a cabeça da maioria dos jogadores de futebol: automóveis de luxo, penteados e tatuagens.
— Em vez disso, procure crescer, aprender, cultivar-se, interessar-se pelas coisas. Além do mais, quanto mais mundo e conhecimentos você adquirir, mais inteligente ficará e hoje o futebol que se joga depende muito da inteligência que os jogadores são capazes de integrar no seu jogo.
— Comece, por exemplo, por se interessar e aprender coisas sobre a cidade do Porto, onde terá de viver nos próximos anos. Descubra a história da cidade que deu nome a Portugal, descubra a sua arte, os seus costumes, os seus restaurantes, os seus monumentos, a história do vinho do Porto, a cultura da sua gente. E o mesmo em relação ao seu novo país de acolhimento. Deixe de lado o estereótipo do jogador que diz que é muito caseiro e que só faz vida treino-casa-estágio. Você tem metade dos dias livres: aproveite-os para fazer qualquer coisa de útil.
— Se realmente quer chegar ao topo, deixe as tardes de volta da Playstation, como se fosse um miúdo de doze anos, e ponha-se a aprender línguas, por exemplo: inglês, espanhol, italiano (e português, claro) vão-lhe dar muito jeito para o futuro, dentro ou fora do futebol.
— Contribua para afastar de vez aquela imagem do jogador de futebol que só sabe falar com os pés. Aprenda a exprimir-se como uma pessoa normal, aprenda a falar com a imprensa e, mesmo quando as perguntas são sempre iguais e desinteressantes, como tantas vezes são, procure dar respostas que tenham algum conteúdo e algum interesse para os adeptos. Se só sabe responder por lugares-comuns e banalidades, mais vale então ficar calado: poupa a sua imagem.
— Quando entrar em campo, pense que faz parte de uma equipa e que está ali para dar a vitória ao seu clube. Lá em cima, na bancada, nós não queremos saber se o seu carro custou 123.000 euros, como um dos três carros do Cristiano Ronaldo; não queremos saber se o seu penteado é ainda mais interessante que o do Miguel Veloso, as suas tatuagens mais sexys que as do Beckham e o seu look ainda mais in(?) que o do Abel Xavier. Nem queremos saber se você, como dizia o Valdano, é capaz de fintar três jogadores dentro de uma cabina telefónica — se depois não dá com a saída. Quando estiver em jogo, deixe de se preocupar consigo próprio: use a inteligência a par do talento, levante a cabeça, olhe para o jogo e faça o que for melhor para a equipa, em cada momento.
Se fizer tudo isto, seja bem-vindo ao FC Porto!
— Livre-se de chegar ao FCP a pensar ou a dizer que já está a almejar mais altos voos (como ainda ontem vi o Leandro Lima — que nem sequer ainda chegou — a afirmar). Primeiro, porque os Chelsea, Manchester United e Barcelona não compram todos os jogadores bons do planeta, mas apenas um número restrito dos verdadeiramente excepcionais. Segundo, porque, ao chegar ao FCP, você já está num grande da Europa. É verdade que há, pelo menos, uma dúzia de clubes maiores na Europa a nível financeiro, mas não há sequer uma dúzia que lhe dê as condições e o prestígio que o FCP lhe pode dar.
— O FCP foi 19 vezes campeão de Portugal, duas vezes campeão da Europa e duas vezes campeão do Mundo. Você ainda não foi nada. É uma honra para si vestir esta camisola e estar ao serviço deste clube. Comece pois, por ser humilde, se quiser vir a ser verdadeiramente grande.
— O FCP tem mais de cem anos de história: ainda o seu avô não tinha nascido e já as cores azul e branca (homenagem à antiga e lindíssima bandeira nacional) jogavam futebol. Visite a sala de troféus, fale com os funcionários mais antigos, com velhas glórias do clube, com adeptos de várias gerações. Aprenda a história do clube para aprender a respeitá-lo.
— Como todos os clubes, também o FCP nasceu e vive graças à dedicação dos seus sócios e adeptos. Nunca confunda quem lhe assina os cheques com quem lhe paga: o seu patrão é o FC Porto e o FC Porto é dos seus sócios. É a eles, antes de mais, que você deve respeito e dedicação — a mesma que eles dão ao clube.
— Desde que foi inaugurado, o Estádio do Dragão tem a mais elevada média de assistências em Portugal. No último campeonato, a média foi de 40.000 espectadores por jogo. Não há muitos clubes no Mundo que se possam gabar disto, não há nenhum em toda a América do Sul. Isso dá-lhe bem a noção do amor ao futebol e da dedicação ao clube dos seus adeptos. E deve dar-lhe também a noção da sua responsabilidade em campo. Nunca esqueça, por exemplo, que o público que paga bilhete e se desloca ao estádio, fá-lo para assistir e vibrar com 90 minutos de futebol, e não apenas com 30, 50 ou 70: se estamos a ganhar por dois ou três a zero, isso não o dispensa nem à equipa de continuar a jogar o melhor que sabe pelo prazer do público.
— Você vai poder jogar no mais bonito estádio do Mundo, vai poder treinar num centro de treinos moderno e impecável onde nada falta, vai estagiar em hotéis de luxo, viajar em autocarro de luxo e 1.º classe de aviões fretados, vai ter técnicos, médicos, enfermeiros, pessoal de apoio ao seu serviço 24 horas por dia: nada o dispensa de não dar o máximo sempre. Devem ser raríssimas as actividades e empresas em todo o Mundo em que alguém disponha das mesmas condições de trabalho que o FCP lhe proporciona. Faça por merecer o privilégio.
— Você faz aquilo de que mais gosta e tem a sorte de poder fazer, profissionalmente, o que milhões de miúdos em todo o Mundo pagariam para poder fazer. Você é principescamente pago para jogar futebol ao serviço de um clube. Não tem desculpas para não encharcar essa camisola, nos treinos e nos jogos.
— Jamais venha com a desculpa de que está cansado porque jogou ao fim-de-semana para o campeonato e a meio da semana para a Liga dos Campeões. Esse é o sonho de qualquer jogador e, se você é bom profissional, tem obrigação de estar preparado para isso e muito mais. Mesmo que oiça essa desculpa ao próprio treinador, não alinhe nela. Os grandes jogadores das grandes equipas sabem que o contrato é claro: são anos de glória e de fortuna, em troca de sacrifícios e trabalho árduo. Para descansar, pode esperar pelos 30 anos. E, se não gosta, pode sempre escolher: há outras profissões de menor desgaste físico, em que se pode fazer noitadas, fumar e beber. Mas têm horários de trabalho de 40 ou mais horas, recebe-se cinquenta ou cem vezes menos e não há multidões a aplaudir o nosso trabalho.
— Hoje, você tem 20 anos e é milionário. Mas a vida não vai ser sempre assim. Se for inteligente, você saberá tirar partido dos seus tempos livres, em lugar de se dedicar ociosamente às três coisas que hoje parecem ocupar em exclusivo a cabeça da maioria dos jogadores de futebol: automóveis de luxo, penteados e tatuagens.
— Em vez disso, procure crescer, aprender, cultivar-se, interessar-se pelas coisas. Além do mais, quanto mais mundo e conhecimentos você adquirir, mais inteligente ficará e hoje o futebol que se joga depende muito da inteligência que os jogadores são capazes de integrar no seu jogo.
— Comece, por exemplo, por se interessar e aprender coisas sobre a cidade do Porto, onde terá de viver nos próximos anos. Descubra a história da cidade que deu nome a Portugal, descubra a sua arte, os seus costumes, os seus restaurantes, os seus monumentos, a história do vinho do Porto, a cultura da sua gente. E o mesmo em relação ao seu novo país de acolhimento. Deixe de lado o estereótipo do jogador que diz que é muito caseiro e que só faz vida treino-casa-estágio. Você tem metade dos dias livres: aproveite-os para fazer qualquer coisa de útil.
— Se realmente quer chegar ao topo, deixe as tardes de volta da Playstation, como se fosse um miúdo de doze anos, e ponha-se a aprender línguas, por exemplo: inglês, espanhol, italiano (e português, claro) vão-lhe dar muito jeito para o futuro, dentro ou fora do futebol.
— Contribua para afastar de vez aquela imagem do jogador de futebol que só sabe falar com os pés. Aprenda a exprimir-se como uma pessoa normal, aprenda a falar com a imprensa e, mesmo quando as perguntas são sempre iguais e desinteressantes, como tantas vezes são, procure dar respostas que tenham algum conteúdo e algum interesse para os adeptos. Se só sabe responder por lugares-comuns e banalidades, mais vale então ficar calado: poupa a sua imagem.
— Quando entrar em campo, pense que faz parte de uma equipa e que está ali para dar a vitória ao seu clube. Lá em cima, na bancada, nós não queremos saber se o seu carro custou 123.000 euros, como um dos três carros do Cristiano Ronaldo; não queremos saber se o seu penteado é ainda mais interessante que o do Miguel Veloso, as suas tatuagens mais sexys que as do Beckham e o seu look ainda mais in(?) que o do Abel Xavier. Nem queremos saber se você, como dizia o Valdano, é capaz de fintar três jogadores dentro de uma cabina telefónica — se depois não dá com a saída. Quando estiver em jogo, deixe de se preocupar consigo próprio: use a inteligência a par do talento, levante a cabeça, olhe para o jogo e faça o que for melhor para a equipa, em cada momento.
Se fizer tudo isto, seja bem-vindo ao FC Porto!
segunda-feira, julho 09, 2007
Olho de Falcão ou um Primeiro Passo na Introdução da Tecnologia como Auxiliar da Arbitragem
A Liga Portuguesa de Futebol Profissional está a estudar a introdução no nosso País da tecnologia «olho de falcão», que consiste na colocação de um sistema electrónico apto a detectar se a bola ultrapassou, na totalidade, a linha de baliza.
O sistema electrónico «olho de falcão» vai ser utilizado à experiência na Premier League inglesa, na próxima época, seguindo assim o exemplo do ténis.
O novo sistema electrónico «apenas poderá ser utilizado pelos árbitros», estando interdito às televisões, segundo o acordo estabelecido entre o seu criador e a Liga inglesa.
O novo sistema electrónico vai ser submetido à apreciação da FIFA e os seus promotores acreditam que brevemente chegará a todos os estádios de futebol.
Michel Platini, presidente da UEFA, é favorável à instalação do novo sistema electrónico, mas o mesmo já não acontece em relação à arbitragem vídeo.
Eu concordo, e vocês?
O sistema electrónico «olho de falcão» vai ser utilizado à experiência na Premier League inglesa, na próxima época, seguindo assim o exemplo do ténis.
O novo sistema electrónico «apenas poderá ser utilizado pelos árbitros», estando interdito às televisões, segundo o acordo estabelecido entre o seu criador e a Liga inglesa.
O novo sistema electrónico vai ser submetido à apreciação da FIFA e os seus promotores acreditam que brevemente chegará a todos os estádios de futebol.
Michel Platini, presidente da UEFA, é favorável à instalação do novo sistema electrónico, mas o mesmo já não acontece em relação à arbitragem vídeo.
Eu concordo, e vocês?
domingo, julho 08, 2007
Artigos de Opinião de Luís Sobral
Manuel Fernandes, o melhor médio em 2007/08
Sei que é uma aposta alta, mas aqui fica: acredito que Manuel Fernandes será o melhor médio da Bwin Liga em 2007/08.
O internacional português está um jogador diferente. Mais forte fisicamente, acrescentou ao bom jogo defensivo que possuía uma capacidade de remate e uma maturidade espantosas.
No recente Euro 2007, Manuel Fernandes esteve sempre entre os mais lutadores e aplicados. Começou mal, como a equipa, mas foi melhorando jogo a jogo. Impressionava a entrega nos treinos e a vontade de fazer bem. Impressionava também a inteligência e frontalidade com que sempre respondeu a todas as perguntas, identificando os problemas da selecção e nunca se escondendo ou colocando em bicos dos pés.
Manuel Fernandes sabe o que se exige a um médio moderno e se exibir a mesma disponibilidade física, o Benfica terá encontrado nele, sem gastar um euro, o melhor reforço da temporada.
A saída de Manuel Fernandes do clube, no passado, permanecerá um episódio mal contado. Se esse momento não tiver deixado qualquer marca, e se nenhuma proposta entretanto surgir, o médio pode arrancar para uma época no Benfica que lhe garanta até um lugar entre os preferidos de Scolari.
Por esta altura, admite-se que Fernando Santos coloque Manuel Fernandes sobre o lado esquerdo do losango, com Katsouranis à direita, Petit nas costas e Simão à frente, antes dos dois avançados. Um local onde terá todas as possibilidades de testar o seu remate. E, digo eu, candidatar-se ao estatuto de melhor médio da Liga.
Derlei: uma boa jogada
A contratação de Derlei pelo Sporting foi um dos melhores movimentos do mercado até ao momento.
O antigo campeão europeu pode formar com Liedson uma dupla atacante única, capaz de colocar a cabeça em água a qualquer defesa. Já se sabe que a um avançado pede-se, antes de tudo, que marque golos. Mas no futebol de hoje, e sobretudo no de Paulo Bento, a defesa começa lá à frente. Nesse aspecto, o Sporting poderá fazer alinhar os dois melhores avançados-defesas da Liga: Liedson e Derlei, trabalhadores incansáveis.
A imagem que Derlei deixou no Benfica não foi entusiasmante. Mas foi menos má do que achavam os benfiquistas que o assobiavam na Luz sempre que falhava uma oportunidade. Se formos por aí, muitos outros poderiam ser assobiados com igual frequência.
Derlei chegou à Luz depois de uma paragem prolongada, precisou de fazer a pré-temporada em movimento e também não ajudou o castigo de dois jogos, logo para cartão de visita. Mas é indiscutível que os últimos jogos foram melhores, apesar de ter terminado com apenas um golo.
Numa equipa formada e em igualdade de preparação com os colegas, aposto que Derlei vai ser de grande utilidade ao Sporting.
As perdas dos grandes
Até agora todos os grandes tiveram uma baixa de peso.
O F.C. Porto perdeu Anderson. O Sporting ficou sem os desequilíbrios de Nani. O Benfica viu partir o seu avançado mais eficaz em frente ao guarda-redes, Miccoli.
F.C. Porto e Sporting ainda receberam milhões de euros. O Benfica preferiu gastar o dinheiro (e muito, por sinal) num paraguaio de nome Cardozo e alguma fama na América do Sul.
Na prática, o Benfica escolheu Cardozo a Miccoli. Trocou o certo pelo duvidoso. Um avançado adaptado e capaz de fazer golos, embora com problemas físicos, por alguém de perfil bem diferente, mas com tudo para provar. E é bom não esquecer que a última «grande compra», o mexicano Fonseca, só durou meia época.
Ao deixar sair Miccoli e Derlei e fazer entrar Cardozo e Bergessio, em teoria o Benfica começa a época um pouco menos forte na frente. Para que estas contas não sejam exactamente assim no final será preciso ir buscar mais alguém e fazer tudo para que os novos se assumam. E dava jeito que Nuno Gomes recuperasse depressa, para não perder a pré-época.
Alargamento: uma ideia absurda
A opção de alargar o número de equipas nos campeonatos profissionais parece-me absurda.
Felizmente, também pareceu absurda à maioria dos clubes e ao presidente da Liga, pelo que a ideia (?) do Boavista nem sequer foi votada. E isso foi o melhor que podia ter acontecido a João Loureiro, que saiu da Assembleia Geral a dizer que tinha conseguido que o assunto fosse estudado. Enfim, cada um acredita no que quer.
A primeira pergunta a que importa responder é esta: seria melhor para o futebol? Obviamente não. Traria mais duas equipas para a luta pela descida, provavelmente com maus estádios, jogadores sofríveis e treinadores que não arriscam. Ou seja, haveria mais jogos quase sem público e com escasso interesse.
Seria bom para os clubes pequenos e médios? Claro que não, para estes as receitas aparecem via televisão e nos dias em que recebem os grandes. Ou seja, provavelmente até teriam prejuízo, com as deslocações extra e a organização dos jogos em casa.
E para os grandes? Esses preferem ter mais datas livres para ir jogar à Arábia e preparar os confrontos europeus do que acrescentar jornadas em Portugal.
Ou seja, não existe um único argumento válido para voltar aos 18. Já um campeonato a 14, com uma Taça da Liga forte, merecia ser pensado. Talvez o estudo que tão contente deixou João Loureiro aponte para aí.
Sei que é uma aposta alta, mas aqui fica: acredito que Manuel Fernandes será o melhor médio da Bwin Liga em 2007/08.
O internacional português está um jogador diferente. Mais forte fisicamente, acrescentou ao bom jogo defensivo que possuía uma capacidade de remate e uma maturidade espantosas.
No recente Euro 2007, Manuel Fernandes esteve sempre entre os mais lutadores e aplicados. Começou mal, como a equipa, mas foi melhorando jogo a jogo. Impressionava a entrega nos treinos e a vontade de fazer bem. Impressionava também a inteligência e frontalidade com que sempre respondeu a todas as perguntas, identificando os problemas da selecção e nunca se escondendo ou colocando em bicos dos pés.
Manuel Fernandes sabe o que se exige a um médio moderno e se exibir a mesma disponibilidade física, o Benfica terá encontrado nele, sem gastar um euro, o melhor reforço da temporada.
A saída de Manuel Fernandes do clube, no passado, permanecerá um episódio mal contado. Se esse momento não tiver deixado qualquer marca, e se nenhuma proposta entretanto surgir, o médio pode arrancar para uma época no Benfica que lhe garanta até um lugar entre os preferidos de Scolari.
Por esta altura, admite-se que Fernando Santos coloque Manuel Fernandes sobre o lado esquerdo do losango, com Katsouranis à direita, Petit nas costas e Simão à frente, antes dos dois avançados. Um local onde terá todas as possibilidades de testar o seu remate. E, digo eu, candidatar-se ao estatuto de melhor médio da Liga.
Derlei: uma boa jogada
A contratação de Derlei pelo Sporting foi um dos melhores movimentos do mercado até ao momento.
O antigo campeão europeu pode formar com Liedson uma dupla atacante única, capaz de colocar a cabeça em água a qualquer defesa. Já se sabe que a um avançado pede-se, antes de tudo, que marque golos. Mas no futebol de hoje, e sobretudo no de Paulo Bento, a defesa começa lá à frente. Nesse aspecto, o Sporting poderá fazer alinhar os dois melhores avançados-defesas da Liga: Liedson e Derlei, trabalhadores incansáveis.
A imagem que Derlei deixou no Benfica não foi entusiasmante. Mas foi menos má do que achavam os benfiquistas que o assobiavam na Luz sempre que falhava uma oportunidade. Se formos por aí, muitos outros poderiam ser assobiados com igual frequência.
Derlei chegou à Luz depois de uma paragem prolongada, precisou de fazer a pré-temporada em movimento e também não ajudou o castigo de dois jogos, logo para cartão de visita. Mas é indiscutível que os últimos jogos foram melhores, apesar de ter terminado com apenas um golo.
Numa equipa formada e em igualdade de preparação com os colegas, aposto que Derlei vai ser de grande utilidade ao Sporting.
As perdas dos grandes
Até agora todos os grandes tiveram uma baixa de peso.
O F.C. Porto perdeu Anderson. O Sporting ficou sem os desequilíbrios de Nani. O Benfica viu partir o seu avançado mais eficaz em frente ao guarda-redes, Miccoli.
F.C. Porto e Sporting ainda receberam milhões de euros. O Benfica preferiu gastar o dinheiro (e muito, por sinal) num paraguaio de nome Cardozo e alguma fama na América do Sul.
Na prática, o Benfica escolheu Cardozo a Miccoli. Trocou o certo pelo duvidoso. Um avançado adaptado e capaz de fazer golos, embora com problemas físicos, por alguém de perfil bem diferente, mas com tudo para provar. E é bom não esquecer que a última «grande compra», o mexicano Fonseca, só durou meia época.
Ao deixar sair Miccoli e Derlei e fazer entrar Cardozo e Bergessio, em teoria o Benfica começa a época um pouco menos forte na frente. Para que estas contas não sejam exactamente assim no final será preciso ir buscar mais alguém e fazer tudo para que os novos se assumam. E dava jeito que Nuno Gomes recuperasse depressa, para não perder a pré-época.
Alargamento: uma ideia absurda
A opção de alargar o número de equipas nos campeonatos profissionais parece-me absurda.
Felizmente, também pareceu absurda à maioria dos clubes e ao presidente da Liga, pelo que a ideia (?) do Boavista nem sequer foi votada. E isso foi o melhor que podia ter acontecido a João Loureiro, que saiu da Assembleia Geral a dizer que tinha conseguido que o assunto fosse estudado. Enfim, cada um acredita no que quer.
A primeira pergunta a que importa responder é esta: seria melhor para o futebol? Obviamente não. Traria mais duas equipas para a luta pela descida, provavelmente com maus estádios, jogadores sofríveis e treinadores que não arriscam. Ou seja, haveria mais jogos quase sem público e com escasso interesse.
Seria bom para os clubes pequenos e médios? Claro que não, para estes as receitas aparecem via televisão e nos dias em que recebem os grandes. Ou seja, provavelmente até teriam prejuízo, com as deslocações extra e a organização dos jogos em casa.
E para os grandes? Esses preferem ter mais datas livres para ir jogar à Arábia e preparar os confrontos europeus do que acrescentar jornadas em Portugal.
Ou seja, não existe um único argumento válido para voltar aos 18. Já um campeonato a 14, com uma Taça da Liga forte, merecia ser pensado. Talvez o estudo que tão contente deixou João Loureiro aponte para aí.
quinta-feira, julho 05, 2007
Loureiro e Pacheco - Uma história de amizade!
São consabidas as dificuldades financeiras por que passa o Boavista.
É do conhecimento geral que, na época passada, os seus profissionais tiveram que suportar alguns meses de salários em atraso.
Perante as tormentas, João Loureiro viu-se forçado a refrear o despesismo reinante.
Loureiro seguindo os mais elementares compêndios de gestão, logo se decidiu pela adopção da mais querida das medidas da escola de Chicago – downsizing.
Mas, um downsizing à portuguesa, ou seja, assente única e exclusivamente na redução de custos.
E uma redução de custos orientada para um único factor produtivo – a mão de obra.
Vai daí, dispensou uma resma de jogadores - os que mais auferiam e se encontravam em final de contrato.
Loureiro sorriu – havia logrado o seu principal desiderato.
Um instante, que é como quem diz um mês, e Loureiro empalideceu.
Loureiro recordou-se: o Boavista continua a ser um clube de futebol e um clube de futebol tem de ter jogadores! Porra!
Loureiro chorou: mas, como é que eu vou resolver o problema?!
Se depressa pensou, melhor decidiu: “Eureka! Jogadores há muitos e sempre os posso comprar baratinhos!”
Loureiro tinha descoberto o ovo de Colombo.
No dia previsto, Loureiro engalanou-se para a apresentação aos sócios da sua nova maravilha, quiçá mesmo uma das novas 7 maravilhas do Mundo!
Loureiro entrou confiante e sorridente e logo se aprestou a tecer os mais rasgados encómios à qualidade dos profissionais por si contratados.
Loureiro, empolgado pelo momento, perdeu mesmo a cabeça e anunciou a contratação de mais 4 jogadores.
Loureiro sentia ter o Mundo na mão.
Murmurava baixinho de si para si: “Consegui! Enganei-os outra vez!”
O Mundo estava assim perfeito, quando sobe a palco a careca mais reluzente de Lordelo.
Loureiro estava seguro que o seu amigo de todas as horas não o iria deixar ficar mal e que, por certo, lhe dirigiria umas quantas palavras laudatórias.
Contudo, Pacheco, farto de suportar as "facadas" do amigo João, passou-se e, num raro laivo de lucidez, desmascarou-o.
A farsa encenada por Loureiro conhecia o seu epílogo!
Claro que se exigia que Pacheco fosse consequente e batesse com a porta!
Isso era pedir de mais ao homem que um dia disse “que ninguém é imune de estar alheio ao erro”.
Ergui a minha voz! Responsabilizei-o! Safei-me! pensou triunfante Pacheco.
Ir-me embora? Nem pensar! Sou um homem do futebol e os homens do futebol não traiem os seus amigos!
É do conhecimento geral que, na época passada, os seus profissionais tiveram que suportar alguns meses de salários em atraso.
Perante as tormentas, João Loureiro viu-se forçado a refrear o despesismo reinante.
Loureiro seguindo os mais elementares compêndios de gestão, logo se decidiu pela adopção da mais querida das medidas da escola de Chicago – downsizing.
Mas, um downsizing à portuguesa, ou seja, assente única e exclusivamente na redução de custos.
E uma redução de custos orientada para um único factor produtivo – a mão de obra.
Vai daí, dispensou uma resma de jogadores - os que mais auferiam e se encontravam em final de contrato.
Loureiro sorriu – havia logrado o seu principal desiderato.
Um instante, que é como quem diz um mês, e Loureiro empalideceu.
Loureiro recordou-se: o Boavista continua a ser um clube de futebol e um clube de futebol tem de ter jogadores! Porra!
Loureiro chorou: mas, como é que eu vou resolver o problema?!
Se depressa pensou, melhor decidiu: “Eureka! Jogadores há muitos e sempre os posso comprar baratinhos!”
Loureiro tinha descoberto o ovo de Colombo.
No dia previsto, Loureiro engalanou-se para a apresentação aos sócios da sua nova maravilha, quiçá mesmo uma das novas 7 maravilhas do Mundo!
Loureiro entrou confiante e sorridente e logo se aprestou a tecer os mais rasgados encómios à qualidade dos profissionais por si contratados.
Loureiro, empolgado pelo momento, perdeu mesmo a cabeça e anunciou a contratação de mais 4 jogadores.
Loureiro sentia ter o Mundo na mão.
Murmurava baixinho de si para si: “Consegui! Enganei-os outra vez!”
O Mundo estava assim perfeito, quando sobe a palco a careca mais reluzente de Lordelo.
Loureiro estava seguro que o seu amigo de todas as horas não o iria deixar ficar mal e que, por certo, lhe dirigiria umas quantas palavras laudatórias.
Contudo, Pacheco, farto de suportar as "facadas" do amigo João, passou-se e, num raro laivo de lucidez, desmascarou-o.
A farsa encenada por Loureiro conhecia o seu epílogo!
Claro que se exigia que Pacheco fosse consequente e batesse com a porta!
Isso era pedir de mais ao homem que um dia disse “que ninguém é imune de estar alheio ao erro”.
Ergui a minha voz! Responsabilizei-o! Safei-me! pensou triunfante Pacheco.
Ir-me embora? Nem pensar! Sou um homem do futebol e os homens do futebol não traiem os seus amigos!
quarta-feira, julho 04, 2007
A Prospecção e o Departamento de Prospecção do Benfica
Rui Águas foi apresentado, esta quarta-feira, como coordenador-geral do departamento de prospecção do Benfica.
Independentemente da nomenclatura do cargo ou da identidade de quem o exercerá, dúvidas não restam de que se trata de uma medida de gestão da mais elementar oportunidade e necessidade.
Introduzir no organigrama do futebol, profissional e de formação, uma figura que desempenhe funções de organização e coordenação dos diferentes “prospectores” não deixará de representar evidentes ganhos de produtividade e eficiência no funcionamento de um sector vital para o clube.
Implementar critérios claros e rigorosos que atenuem as diferenças de opinião e diminuam a margem de erro na prognose das potencialidades dos futebolistas, arvora-se como o principal desafio do novel coordenador-geral do departamento de prospecção.
O processo de reformulação da formação do Benfica iniciado com a contratação de Carraça e continuado com a construção do centro de estágios e formação do Seixal pressupunha a criação do cargo que agora Rui Águas é chamado a desempenhar.
Prospecção é detecção precoce de talentos e, como tal, assume importância fundamental em qualquer clube.
É fundamental nas camadas jovens porque representa a antecipação na captação dos maiores talentos em cada um dos grupos etários.
É fundamental no futebol profissional porque permite atrair talentos antes da inflação do valor do seu passe.
Como disse e bem Rui Águas: “É tentar chegar primeiro. Criar condições para que a procura comece mais cedo. Há máquinas rivais que estão, pelas condições que usufruíram, à nossa frente. Com as novas condições existentes e com uma organização mais completa, pretendemos ultrapassar a médio prazo os nossos competidores.”
A prospecção deve ser orientada no sentido de gerar qualidade para a equipa principal e, se necessário, mais-valias financeiras para o clube.
Portugal, ao contrário do que se apregoa, é um Pais onde a prospecção predomina em favor da formação.
Descobrir talentos é a nossa especialidade.
Dotá-los de competências extra, nem tanto.
Os nossos jogadores são insuperáveis na dimensão de rua do jogo, mas evidenciam algumas lacunas importantes no seu percurso formativo ao nível dos aspectos tácticos e mesmo em relação a alguns específicos “skills” técnicos, tais como a capacidade de remate.
Driblar ou improvisar, é connosco.
Tudo o resto, é mais complicado.
Aliás, quando se transferem para outros campeonatos, os seus progressos mais evidentes radicam, precisamente, na dimensão táctica do jogo.
O talento de Rui Costa, Luís Figo, Cristiano Ronaldo sempre foi indiscutível, mas, apenas e tão só, quando adquiriram competências ao nível da dimensão colectiva do jogo se guindaram a um plano de excelência superior.
Veja-se o número infinitamente superior de médios ofensivos e alas que as nossas “canteras” “produziram” em comparação com defesas ou médios defensivos.
Aliás, a afirmação mundial dos nossos defesas e médios de vocação defensiva apenas ocorreu quando a sua carreira sénior conhecia já alguns anos, ou seja, quando a alta competição superou e preencheu as suas lacunas formativas.
O nosso futebol nas camadas jovens é mais prospectivo do que formativo (o modelo competitivo pelo qual perpassa um desnível abissal entre os clubes determina muitas das nossas insuficiências na formação).
Assim, a relevância da prospecção emerge ainda mais decisiva.
O Benfica sofreu na última década turbulências várias que obstaram ao regular desenvolvimento da sua formação.
É desejável que se introduzam elementos de estabilidade que permitam sustentar um futuro que se pretende mais frutuoso.
Independentemente da nomenclatura do cargo ou da identidade de quem o exercerá, dúvidas não restam de que se trata de uma medida de gestão da mais elementar oportunidade e necessidade.
Introduzir no organigrama do futebol, profissional e de formação, uma figura que desempenhe funções de organização e coordenação dos diferentes “prospectores” não deixará de representar evidentes ganhos de produtividade e eficiência no funcionamento de um sector vital para o clube.
Implementar critérios claros e rigorosos que atenuem as diferenças de opinião e diminuam a margem de erro na prognose das potencialidades dos futebolistas, arvora-se como o principal desafio do novel coordenador-geral do departamento de prospecção.
O processo de reformulação da formação do Benfica iniciado com a contratação de Carraça e continuado com a construção do centro de estágios e formação do Seixal pressupunha a criação do cargo que agora Rui Águas é chamado a desempenhar.
Prospecção é detecção precoce de talentos e, como tal, assume importância fundamental em qualquer clube.
É fundamental nas camadas jovens porque representa a antecipação na captação dos maiores talentos em cada um dos grupos etários.
É fundamental no futebol profissional porque permite atrair talentos antes da inflação do valor do seu passe.
Como disse e bem Rui Águas: “É tentar chegar primeiro. Criar condições para que a procura comece mais cedo. Há máquinas rivais que estão, pelas condições que usufruíram, à nossa frente. Com as novas condições existentes e com uma organização mais completa, pretendemos ultrapassar a médio prazo os nossos competidores.”
A prospecção deve ser orientada no sentido de gerar qualidade para a equipa principal e, se necessário, mais-valias financeiras para o clube.
Portugal, ao contrário do que se apregoa, é um Pais onde a prospecção predomina em favor da formação.
Descobrir talentos é a nossa especialidade.
Dotá-los de competências extra, nem tanto.
Os nossos jogadores são insuperáveis na dimensão de rua do jogo, mas evidenciam algumas lacunas importantes no seu percurso formativo ao nível dos aspectos tácticos e mesmo em relação a alguns específicos “skills” técnicos, tais como a capacidade de remate.
Driblar ou improvisar, é connosco.
Tudo o resto, é mais complicado.
Aliás, quando se transferem para outros campeonatos, os seus progressos mais evidentes radicam, precisamente, na dimensão táctica do jogo.
O talento de Rui Costa, Luís Figo, Cristiano Ronaldo sempre foi indiscutível, mas, apenas e tão só, quando adquiriram competências ao nível da dimensão colectiva do jogo se guindaram a um plano de excelência superior.
Veja-se o número infinitamente superior de médios ofensivos e alas que as nossas “canteras” “produziram” em comparação com defesas ou médios defensivos.
Aliás, a afirmação mundial dos nossos defesas e médios de vocação defensiva apenas ocorreu quando a sua carreira sénior conhecia já alguns anos, ou seja, quando a alta competição superou e preencheu as suas lacunas formativas.
O nosso futebol nas camadas jovens é mais prospectivo do que formativo (o modelo competitivo pelo qual perpassa um desnível abissal entre os clubes determina muitas das nossas insuficiências na formação).
Assim, a relevância da prospecção emerge ainda mais decisiva.
O Benfica sofreu na última década turbulências várias que obstaram ao regular desenvolvimento da sua formação.
É desejável que se introduzam elementos de estabilidade que permitam sustentar um futuro que se pretende mais frutuoso.
terça-feira, julho 03, 2007
Artigo de Opinião de Miguel Sousa Tavares
Até agora, o Benfica gastou três vezes mais do que os seus rivais nas compras de Verão: 12,6 milhões de euros, contra 3,5 do FC Porto e 3,2 do Sporting. Mas as contas ainda não estão fechadas: Soares Franco já anunciou que vem mais um ponta-de-lança para os leões e Pinto da Costa disse que o plantel do FC Porto não está fechado.
De qualquer forma, e se Cardozo provar valer os mais de 9 milhões nele investidos, fica a sensação de que o Benfica, por uma vez, poderá ter saído, teoricamente pelo menos, vencedor deste campeonato particular do defeso.
No que respeita ao FC Porto, o que mais me interessa, há boas e más notícias.
Boa notícia é, desde logo, a contenção nos gastos, absolutamente essencial para quem apresentou 30 milhões de euros de prejuízo nas contas de 2005/06 e seguia pelo mesmo caminho na gestão corrente (a venda de Anderson permitirá disfarçar em muito o défice de exploração).
Boa notícia é também a venda de Ricardo Costa ao Wolfsburgo por 4 milhões, melhor só mesmo a venda de Ricardo Rocha, do Benfica, ao Tottenham.
Mas a venda de Anderson tão cedo foi, como já aqui o expliquei, um péssimo negócio. Os 4 milhões recebidos pela cedência definitiva de Hugo Almeida ao Werder Bremen também são um fraco negócio para quem não dispõe de um ponta-de-lança que faça a diferença.
Ao todo, o FC Porto facturou até agora 38 milhões em vendas e gastou 3,5 em compras —não está mal como negócio mas seguramente que a equipa ficou incomparavelmente mais fraca depois de perder Anderson.
Má notícia é também a continuada tendência portista para comprar em quantidade: embora gastando três vezes menos que o Benfica, o FC Porto já vai em oito jogadores novos, quase todos desconhecidos e alguns, como é costume, para posições que já se encontram saturadas. O caso mais evidente é o lateral-esquerdo Lino, que vem para um lugar onde já existem quatro clientes mais, fora os que estão emprestados.
Mas há uma boa novidade, que é o facto de, pela primeira vez desde há muito tempo, haver dois jogadores novos que vêm por um ano à experiência, contrariando a política suicida habitual de contratar todos em definitivo e com contratos de quatro ou cinco anos.
A principal razão do défice da SAD advém desta política de novo-rico deslumbrado, que tem como consequência a imensa folha de pagamentos mantida para pagar ordenados a jogadores emprestados a outros clubes.
Alguém se lembra que o FC Porto paga ordenados a jogadores como Areias, Pittbull, Leandro do Bonfim, Léo Lima, Bruno, Maciel, etc., etc.?
Outra das causas dos prejuízos de gestão crónicos são os ordenados elevadíssimos que se pagam lá pelo Dragão.
Temos agora um bom exemplo, com o interesse reiteradamente noticiado do FC Porto no médio Bolatti, um desconhecido jogador de uma obscura equipa argentina, em processo de falência judicial. O jogador é disputado pelo Corunha e pelo FC Porto: o Deportivo, que pertence a um campeonato rico, oferece 35 mil euros mensais de ordenado; o FC Porto, segundo a imprensa local, oferece mais do dobro: 83 mil. E isto, para um lugar de trinco, onde já estão o Paulo Assunção, o João Paulo e uma das contratações novas, Luís Aguiar!
Ao mesmo tempo que já vai em oito novas contratações, mais dois juniores promovidos, o FC Porto prepara-se para deitar fora, emprestados, jogadores como Alan, Vieirinha (tão mal aproveitado!), Diogo Valente (para que foram comprá-lo?), Ivanildo e o guarda-redes Bruno Vale, infinitamente melhor do que Nuno Espírito Santo, agora recomprado. E a fazer fé no que consta nos mentideros, Jesualdo também estará a fim de prescindir de Ibson e Bruno Morais. Todos jogadores de indiscutível valor e margem de progressão longe de estar esgotada e bem aproveitada. Para quê ficar com a despesa deles, sem a respectiva contrapartida, e ir buscar outros, de valor absolutamente desconhecido, para os substituir? Jesualdo tem o direito de não gostar de jogadores como Vieirinha, Bruno Morais ou Ibson.
Mas, num clube que tem excesso de jogadores e excesso de prejuízos, não compreendo que o presidente não se vire para o treinador e lhe diga: «Não gosta? Paciência. São estes que temos. E até que terminem os seus contratos, é com estes que vai ter de contar.»
Depois de anos e anos em roda livre de contratações, à SAD do FC Porto deveria aplicar-se o mesmo princípio que à Função Pública: por cada um que entrar há dois que têm de sair da folha de pagamentos.
Acresce que, como já foi notado, parece estar-se a assistir a uma opção pela razia de extremos: Ivanildo, Alan, Vieirinha. Resta Ricardo Quaresma… e se restar. Não é preciso ser bruxo para perceber que a Direcção está mortinha por vender Quaresma — de outro modo, aliás, o Atlético Madrid não continuaria a alimentar esperanças, muito bem documentadas na imprensa espanhola.
Se isto tem fundamentos sérios, como parece, julgo que a SAD estará apenas à espera de que esteja vendido um número razoável de lugares de época no estádio para anunciar que, além de Anderson, também se foi Quaresma.
A hipótese da venda de Quaresma é simplesmente devastadora — quer desportivamente (vale metade das assistências para golo em toda a época), quer financeiramente, uma vez que seguramente não seria vendido pelos mesmos 30 milhões de Anderson, e ele vale-os bem.
Pior ainda é que, se bem conheço a maneira de funcionar de Pinto da Costa nestas situações, a venda de Quaresma seria compensada por uma qualquer asneira, caríssima —tipo Miccoli —, destinada a acalmar as hostes.
Espero bem que esteja enganado e que logo à noite já haja um comunicado da SAD a anunciar que não, nunca, jamais, foi equacionado vender o Quaresma e especialmente ao preço de saldo oferecido pelo Atlético Madrid.
Francamente, não consigo entender como é que o Benfica consente em vestir os equipamentos alternativos que a Adidas lhe propõe a cada ano que passa. É difícil escolher pior e mais horrível.
Foi, primeiro, aquele preto, misturado com o encarnado, numa combinação cromática verdadeiramente impossível.
Depois, veio aquela cor de minhoca desenterrada, extensível aos fatos de treino, e que foi, talvez, o equipamento mais feio que alguma vez vi numa equipa de futebol. E agora vem aquele cor-de-rosa, com o preto a reincidir, que, enfim… como hei-de dizer? Olhem, é aquilo que vocês estão a pensar! Estas coisas têm (pelo menos, para mim) mais importância do que se julga. Por exemplo, só há dias e pela mão dos Rolling Stones, tive ocasião de conhecer por dentro o Alvalade XXI — que, por fora, já achava a coisa mais feia feita em Lisboa, nos últimos 30 anos.
Pois, meu Deus, por dentro aquilo é absolutamente indescritível! Não apenas é horrendo, deprimente, como também tem um ar sujo, prematuramente degradado, parece um palácio de congressos africano construído por chineses. Coitados dos sportinguistas, tão chiques e com um estádio daqueles! Que inveja, que depressão devem sentir quando vão ao Dragão!
De qualquer forma, e se Cardozo provar valer os mais de 9 milhões nele investidos, fica a sensação de que o Benfica, por uma vez, poderá ter saído, teoricamente pelo menos, vencedor deste campeonato particular do defeso.
No que respeita ao FC Porto, o que mais me interessa, há boas e más notícias.
Boa notícia é, desde logo, a contenção nos gastos, absolutamente essencial para quem apresentou 30 milhões de euros de prejuízo nas contas de 2005/06 e seguia pelo mesmo caminho na gestão corrente (a venda de Anderson permitirá disfarçar em muito o défice de exploração).
Boa notícia é também a venda de Ricardo Costa ao Wolfsburgo por 4 milhões, melhor só mesmo a venda de Ricardo Rocha, do Benfica, ao Tottenham.
Mas a venda de Anderson tão cedo foi, como já aqui o expliquei, um péssimo negócio. Os 4 milhões recebidos pela cedência definitiva de Hugo Almeida ao Werder Bremen também são um fraco negócio para quem não dispõe de um ponta-de-lança que faça a diferença.
Ao todo, o FC Porto facturou até agora 38 milhões em vendas e gastou 3,5 em compras —não está mal como negócio mas seguramente que a equipa ficou incomparavelmente mais fraca depois de perder Anderson.
Má notícia é também a continuada tendência portista para comprar em quantidade: embora gastando três vezes menos que o Benfica, o FC Porto já vai em oito jogadores novos, quase todos desconhecidos e alguns, como é costume, para posições que já se encontram saturadas. O caso mais evidente é o lateral-esquerdo Lino, que vem para um lugar onde já existem quatro clientes mais, fora os que estão emprestados.
Mas há uma boa novidade, que é o facto de, pela primeira vez desde há muito tempo, haver dois jogadores novos que vêm por um ano à experiência, contrariando a política suicida habitual de contratar todos em definitivo e com contratos de quatro ou cinco anos.
A principal razão do défice da SAD advém desta política de novo-rico deslumbrado, que tem como consequência a imensa folha de pagamentos mantida para pagar ordenados a jogadores emprestados a outros clubes.
Alguém se lembra que o FC Porto paga ordenados a jogadores como Areias, Pittbull, Leandro do Bonfim, Léo Lima, Bruno, Maciel, etc., etc.?
Outra das causas dos prejuízos de gestão crónicos são os ordenados elevadíssimos que se pagam lá pelo Dragão.
Temos agora um bom exemplo, com o interesse reiteradamente noticiado do FC Porto no médio Bolatti, um desconhecido jogador de uma obscura equipa argentina, em processo de falência judicial. O jogador é disputado pelo Corunha e pelo FC Porto: o Deportivo, que pertence a um campeonato rico, oferece 35 mil euros mensais de ordenado; o FC Porto, segundo a imprensa local, oferece mais do dobro: 83 mil. E isto, para um lugar de trinco, onde já estão o Paulo Assunção, o João Paulo e uma das contratações novas, Luís Aguiar!
Ao mesmo tempo que já vai em oito novas contratações, mais dois juniores promovidos, o FC Porto prepara-se para deitar fora, emprestados, jogadores como Alan, Vieirinha (tão mal aproveitado!), Diogo Valente (para que foram comprá-lo?), Ivanildo e o guarda-redes Bruno Vale, infinitamente melhor do que Nuno Espírito Santo, agora recomprado. E a fazer fé no que consta nos mentideros, Jesualdo também estará a fim de prescindir de Ibson e Bruno Morais. Todos jogadores de indiscutível valor e margem de progressão longe de estar esgotada e bem aproveitada. Para quê ficar com a despesa deles, sem a respectiva contrapartida, e ir buscar outros, de valor absolutamente desconhecido, para os substituir? Jesualdo tem o direito de não gostar de jogadores como Vieirinha, Bruno Morais ou Ibson.
Mas, num clube que tem excesso de jogadores e excesso de prejuízos, não compreendo que o presidente não se vire para o treinador e lhe diga: «Não gosta? Paciência. São estes que temos. E até que terminem os seus contratos, é com estes que vai ter de contar.»
Depois de anos e anos em roda livre de contratações, à SAD do FC Porto deveria aplicar-se o mesmo princípio que à Função Pública: por cada um que entrar há dois que têm de sair da folha de pagamentos.
Acresce que, como já foi notado, parece estar-se a assistir a uma opção pela razia de extremos: Ivanildo, Alan, Vieirinha. Resta Ricardo Quaresma… e se restar. Não é preciso ser bruxo para perceber que a Direcção está mortinha por vender Quaresma — de outro modo, aliás, o Atlético Madrid não continuaria a alimentar esperanças, muito bem documentadas na imprensa espanhola.
Se isto tem fundamentos sérios, como parece, julgo que a SAD estará apenas à espera de que esteja vendido um número razoável de lugares de época no estádio para anunciar que, além de Anderson, também se foi Quaresma.
A hipótese da venda de Quaresma é simplesmente devastadora — quer desportivamente (vale metade das assistências para golo em toda a época), quer financeiramente, uma vez que seguramente não seria vendido pelos mesmos 30 milhões de Anderson, e ele vale-os bem.
Pior ainda é que, se bem conheço a maneira de funcionar de Pinto da Costa nestas situações, a venda de Quaresma seria compensada por uma qualquer asneira, caríssima —tipo Miccoli —, destinada a acalmar as hostes.
Espero bem que esteja enganado e que logo à noite já haja um comunicado da SAD a anunciar que não, nunca, jamais, foi equacionado vender o Quaresma e especialmente ao preço de saldo oferecido pelo Atlético Madrid.
Francamente, não consigo entender como é que o Benfica consente em vestir os equipamentos alternativos que a Adidas lhe propõe a cada ano que passa. É difícil escolher pior e mais horrível.
Foi, primeiro, aquele preto, misturado com o encarnado, numa combinação cromática verdadeiramente impossível.
Depois, veio aquela cor de minhoca desenterrada, extensível aos fatos de treino, e que foi, talvez, o equipamento mais feio que alguma vez vi numa equipa de futebol. E agora vem aquele cor-de-rosa, com o preto a reincidir, que, enfim… como hei-de dizer? Olhem, é aquilo que vocês estão a pensar! Estas coisas têm (pelo menos, para mim) mais importância do que se julga. Por exemplo, só há dias e pela mão dos Rolling Stones, tive ocasião de conhecer por dentro o Alvalade XXI — que, por fora, já achava a coisa mais feia feita em Lisboa, nos últimos 30 anos.
Pois, meu Deus, por dentro aquilo é absolutamente indescritível! Não apenas é horrendo, deprimente, como também tem um ar sujo, prematuramente degradado, parece um palácio de congressos africano construído por chineses. Coitados dos sportinguistas, tão chiques e com um estádio daqueles! Que inveja, que depressão devem sentir quando vão ao Dragão!
segunda-feira, julho 02, 2007
Equipamentos do Benfica para a época 2007/2008
Nova Época - Avaliação dos Plantéis
No decurso da presente semana, os 3 grandes do futebol português iniciam os trabalhos de preparação da temporada 2007/2008.
No dealbar de uma nova época, lanço-vos o desafio de avaliarem os movimentos de entradas e saídas de jogadores verificados nos 16 clubes participantes na Liga Bwin.
Entradas - Confirmadas -
F.C. Porto
Lino (Académica), Fernando (Vila Nova), Kazmierczak (Pogon), Leandro Lima (São Caetano), Edgar (Beira Mar) e Luís Aguiar (Liverpool de Montevideu).
Sporting
Gladstone (Cruzeiro), Vukcevic (Saturn), Izmailov (Lokomotiv) e Derlei (Dinamo)
Benfica
F. Coentrão (Rio Ave), Zoro (Messina), Manuel Fernandes (Everton), Óscar Cardozo (Newell's Old Boys), Sretenovic (RAD Belgrado) e Bergessio (Racing Avellaneda).
Sp. Braga
Kieszek (Polónia Varsóvia), César Peixoto (Espanhol), Philco (At. Paranaense), Anilton Júnior (Aves), Bruno Tiago (Gil Vicente), Brum (Académica), Jairzinho (Alianza Lima), Kazeem (Fulham), Zé Manel (Boavista), João Tomás (Al-Rayaan), Ricardo Stélvio e Orlando (formação) e Lenny (Fluminense).
Belenenses
João Paulo de Oliveira (G.E. Glória) Mendonça (Varzim), Devic (Beira Mar), Gabriel Gómez (Santa Fé), Chiquinho (Inter SM), Rafael Bastos (Bahia) e Hugo Leal (Sp. Braga).
P. Ferreira
Edson Di e Kiko (Coruripe), Dedé e Chico Silva (Trofense), F. Anunciação (D. Aves), Ferreira (Marítimo), Furtado (CSKA Sófia), P. Gomes (U. Leiria), Fernando Pilar (Central de Caruaru), Rovérsio (Gil Vicente) e Márcio Carioca (Ceará).
U. Leiria
Lio (Daejon), Maciel (Sp. Braga), Tiago (Boavista), Éder (Gama), Rafael Fava (Juventus São Paulo), João Paulo (P. Ferreira), Jessuí (Serrano), Filipe Machado (Pontevedra), Juliano (Fluminense) e Oseias (Coritiba) e William (Trofense).
Nacional
Ricardo Machado, Gonçalo e Dinarte (todos juniores) e João Coimbra (Benfica).
E. Amadora
Vitor Moreno (V. Guimarães), Daniel Carriço (Sporting), Nelson (V. Setúbal) e Mossoró (Friburguense).
Boavista
Carlos Fernandes, Edgar (Málaga), Laionel (G. Anápolis), B. Pinheiro (Ribeirão), Ricardo Neves (júnior), Gilberto (P. Castelo), Ivan Santos (junior), Kifuta (Real Massamá), e Bosancic (Partizan).
Marítimo
Fogaça (Xanthia), Van der Linden (Groningen), Perez (Caracas) e Bruno (Nacional), Rogério (Santos) e Ricardo Esteves (Reggina).
Naval
Dani (Algeciras), Igor (Ribeirão), H. Santos (Operário), Felipe Brochieri (Palmeiras B), Bruno Lazaroni (América), Eanes (Coritiba), Wandeir Oliveira (Vardar Skopje) e Nikolopoulos (Égaleo).
Académica
Licá (S. Lamas), Orlando (Freamunde), Lito (Naval), Ricardo e Pedrinho (Varzim), Pedro Costa (Sp. Braga), Ndoye (Al Shabab), Berg (SV Ried), Nereu (Benfica), Tiero (Asante Kotoko), Cris (Feirense), Ivanildo e Hélder Barbosa (F.C. Porto).
V. Setúbal
Eduardo, Filipe e Matheus (Beira Mar), Elias (P. Ferreira), F. Gonçalves (Leixões), Bruno Gama (Sp. Braga), Jorginho (Estoril) e Robson (Gondomar).
Leixões
Nuno Diogo (Penafiel), Jorge Baptista (Gil Vicente), Paulo Vinicius (Santa Clara), Diogo Valente (Marítimo), Ezequias (Beira Mar), Paulo Machado (U. Leiria), e Tales Schutz (South China).
V. Guimarães
Fajardo (Naval), Carlitos (Belenenses), Tiago Ronaldo, Luciano Amaral (CRB), Andrezinho (Vila Nova), Márcio Martins (Juventude), João Alves (Sporting), Mrdakovic (Maccabi Telavive), Rabiola (emprestado pelo F.C. Porto) e Felipe Tigrão (Tupi).
Saídas - Confirmadas -
F.C. Porto:
Anderson (Man. United), Sonkaya (Roda), Ezequias, Paulo Machado, Vieirinha, Diogo Valente (emprestados ao Leixões) e Ricardo Costa (Wolfsburgo).
Sporting
Miguel Garcia (Reggina), Bueno (PSG), Tello (Besiktas), Nani (Man. United), Custódio (Dínamo Moscovo), Luís Loureiro (rescindiu), Alecsandro (Cruzeiro), Varela e Carlos Martins (R. Huelva) e João Alves (V. Guimarães).
Benfica:
Amoreirinha (Cluj), Carlitos (Sion), Manduca (AEK), João Coimbra (Nacional), Beto (Sion) e Marco Ferreira (empretsado ao CSKA Sofia).
Sp. Braga:
Nem (Paraná), Paíto, Chmiest, Ricardo Chaves, Diego (At. Madrid), Maciel (U. Leiria), Pedro Costa (Académica), Andrade, Dani, Bruno Gama, Luisinho (Rio Ave), William (Gil Vicente), Césinha e Davide (Rapid Bucareste).
Belenenses:
Marco Aurélio, Sandro Gaúcho (Foolad), Roma, Eliseu (Málaga), Mancuso, Pinheiro (Trofense), Carlitos (V. Guimarães), Gaspar, Djurdjevic, Fernando, Sousa e Garcés.
P. Ferreira:
Paulo Sousa (APOP), Nuno Claro (Cluj), João Paulo (Leiria), Williams (Vizela), Geraldo (AEK Atenas), Primo, Emerson, Fahel, Mojica, Elias, Phil Jackson e Leanderson.
U. Leiria:
Bruno Vale, Eliézio (Cruzeiro), Marcos António (Auxerre), Valdomiro, Rossato, Kata (Vizela), Paulo Gomes (P. Ferreira), Harison, Paulo Machado (Leixões), Ivanildo, Touré e Slusarski.
Nacional:
Chainho, Chilikov (CSKA Sofia), Rogerinho, Luciano e Zé Rui (rescindiram).
E. Amadora:
Jordão, Paulo Lopes, Jaime, Fonte, Tiago, Jones, Cleiton, Luís Loureiro, Rui Borges, Zamorano, Amoreirinha (Cluj) e Dário.
Boavista:
Cissé (Reading), William (retirado), Khadim, Bessa (Trofense), H. Rosário (Málaga), Lucas (E. Vermelha), F. Dinis (Trofense), Kaziu, Tiago (U. Leiria), Kaz (F.C. Porto), Paulo Sousa (Trofense), Zé Manel (Sp. Braga) e Ricardo Sousa.
Marítimo:
Zé Gomes, Diogo Valente (Leixões), Ferreira (P. Ferreira), Alex, Martin Prest, Moukouri, Ricardo e Mbesuma.
Naval:
Fernando, Wilson Jr., Tony, Valdir, Orestes, Pedro Santos, Delfim, Tiago Fraga, Lito (Académica), Fajardo (V. Guimarães), Léo Guerra e Osvaldo (Portimonense).
Académica:
Douglas, Eduardo, Sonkaya (Roda), Nuno Luís, Medeiros (Omonia), Danilo, Lira, Lino (F.C. Porto), Alexandre, Brum (Sp. Braga), Dame, Gelson, Sílvio, Pitbull, Joeano e Alvarez.
V. Setúbal:
Nandinho, Labarthe, MBamba, Flávio, La Paglia, André Barreto, Russiano, Inzaghi,Veríssimo (Fátima), Mamadou (Portimonense), Ademar (Vihren), Madior, Rui Dolores, Amuneke (CSKA Sófia) e Ayew.
Leixões:
Fonseca, Alexandre, Leão, Xavier, Pedro Moita, F. Gonçalves (V. Setúbal), Cleuber (Vizela), Cícero e Cristóvão.
V. Guimarães:
Octacílio, V. Moreno (E. Amadora), Brasília (Daejon), P. Adriano, H. Cabral, Henrique, Bacari, Franco, Tchomogo, Anderson e Rissut.
No dealbar de uma nova época, lanço-vos o desafio de avaliarem os movimentos de entradas e saídas de jogadores verificados nos 16 clubes participantes na Liga Bwin.
Entradas - Confirmadas -
F.C. Porto
Lino (Académica), Fernando (Vila Nova), Kazmierczak (Pogon), Leandro Lima (São Caetano), Edgar (Beira Mar) e Luís Aguiar (Liverpool de Montevideu).
Sporting
Gladstone (Cruzeiro), Vukcevic (Saturn), Izmailov (Lokomotiv) e Derlei (Dinamo)
Benfica
F. Coentrão (Rio Ave), Zoro (Messina), Manuel Fernandes (Everton), Óscar Cardozo (Newell's Old Boys), Sretenovic (RAD Belgrado) e Bergessio (Racing Avellaneda).
Sp. Braga
Kieszek (Polónia Varsóvia), César Peixoto (Espanhol), Philco (At. Paranaense), Anilton Júnior (Aves), Bruno Tiago (Gil Vicente), Brum (Académica), Jairzinho (Alianza Lima), Kazeem (Fulham), Zé Manel (Boavista), João Tomás (Al-Rayaan), Ricardo Stélvio e Orlando (formação) e Lenny (Fluminense).
Belenenses
João Paulo de Oliveira (G.E. Glória) Mendonça (Varzim), Devic (Beira Mar), Gabriel Gómez (Santa Fé), Chiquinho (Inter SM), Rafael Bastos (Bahia) e Hugo Leal (Sp. Braga).
P. Ferreira
Edson Di e Kiko (Coruripe), Dedé e Chico Silva (Trofense), F. Anunciação (D. Aves), Ferreira (Marítimo), Furtado (CSKA Sófia), P. Gomes (U. Leiria), Fernando Pilar (Central de Caruaru), Rovérsio (Gil Vicente) e Márcio Carioca (Ceará).
U. Leiria
Lio (Daejon), Maciel (Sp. Braga), Tiago (Boavista), Éder (Gama), Rafael Fava (Juventus São Paulo), João Paulo (P. Ferreira), Jessuí (Serrano), Filipe Machado (Pontevedra), Juliano (Fluminense) e Oseias (Coritiba) e William (Trofense).
Nacional
Ricardo Machado, Gonçalo e Dinarte (todos juniores) e João Coimbra (Benfica).
E. Amadora
Vitor Moreno (V. Guimarães), Daniel Carriço (Sporting), Nelson (V. Setúbal) e Mossoró (Friburguense).
Boavista
Carlos Fernandes, Edgar (Málaga), Laionel (G. Anápolis), B. Pinheiro (Ribeirão), Ricardo Neves (júnior), Gilberto (P. Castelo), Ivan Santos (junior), Kifuta (Real Massamá), e Bosancic (Partizan).
Marítimo
Fogaça (Xanthia), Van der Linden (Groningen), Perez (Caracas) e Bruno (Nacional), Rogério (Santos) e Ricardo Esteves (Reggina).
Naval
Dani (Algeciras), Igor (Ribeirão), H. Santos (Operário), Felipe Brochieri (Palmeiras B), Bruno Lazaroni (América), Eanes (Coritiba), Wandeir Oliveira (Vardar Skopje) e Nikolopoulos (Égaleo).
Académica
Licá (S. Lamas), Orlando (Freamunde), Lito (Naval), Ricardo e Pedrinho (Varzim), Pedro Costa (Sp. Braga), Ndoye (Al Shabab), Berg (SV Ried), Nereu (Benfica), Tiero (Asante Kotoko), Cris (Feirense), Ivanildo e Hélder Barbosa (F.C. Porto).
V. Setúbal
Eduardo, Filipe e Matheus (Beira Mar), Elias (P. Ferreira), F. Gonçalves (Leixões), Bruno Gama (Sp. Braga), Jorginho (Estoril) e Robson (Gondomar).
Leixões
Nuno Diogo (Penafiel), Jorge Baptista (Gil Vicente), Paulo Vinicius (Santa Clara), Diogo Valente (Marítimo), Ezequias (Beira Mar), Paulo Machado (U. Leiria), e Tales Schutz (South China).
V. Guimarães
Fajardo (Naval), Carlitos (Belenenses), Tiago Ronaldo, Luciano Amaral (CRB), Andrezinho (Vila Nova), Márcio Martins (Juventude), João Alves (Sporting), Mrdakovic (Maccabi Telavive), Rabiola (emprestado pelo F.C. Porto) e Felipe Tigrão (Tupi).
Saídas - Confirmadas -
F.C. Porto:
Anderson (Man. United), Sonkaya (Roda), Ezequias, Paulo Machado, Vieirinha, Diogo Valente (emprestados ao Leixões) e Ricardo Costa (Wolfsburgo).
Sporting
Miguel Garcia (Reggina), Bueno (PSG), Tello (Besiktas), Nani (Man. United), Custódio (Dínamo Moscovo), Luís Loureiro (rescindiu), Alecsandro (Cruzeiro), Varela e Carlos Martins (R. Huelva) e João Alves (V. Guimarães).
Benfica:
Amoreirinha (Cluj), Carlitos (Sion), Manduca (AEK), João Coimbra (Nacional), Beto (Sion) e Marco Ferreira (empretsado ao CSKA Sofia).
Sp. Braga:
Nem (Paraná), Paíto, Chmiest, Ricardo Chaves, Diego (At. Madrid), Maciel (U. Leiria), Pedro Costa (Académica), Andrade, Dani, Bruno Gama, Luisinho (Rio Ave), William (Gil Vicente), Césinha e Davide (Rapid Bucareste).
Belenenses:
Marco Aurélio, Sandro Gaúcho (Foolad), Roma, Eliseu (Málaga), Mancuso, Pinheiro (Trofense), Carlitos (V. Guimarães), Gaspar, Djurdjevic, Fernando, Sousa e Garcés.
P. Ferreira:
Paulo Sousa (APOP), Nuno Claro (Cluj), João Paulo (Leiria), Williams (Vizela), Geraldo (AEK Atenas), Primo, Emerson, Fahel, Mojica, Elias, Phil Jackson e Leanderson.
U. Leiria:
Bruno Vale, Eliézio (Cruzeiro), Marcos António (Auxerre), Valdomiro, Rossato, Kata (Vizela), Paulo Gomes (P. Ferreira), Harison, Paulo Machado (Leixões), Ivanildo, Touré e Slusarski.
Nacional:
Chainho, Chilikov (CSKA Sofia), Rogerinho, Luciano e Zé Rui (rescindiram).
E. Amadora:
Jordão, Paulo Lopes, Jaime, Fonte, Tiago, Jones, Cleiton, Luís Loureiro, Rui Borges, Zamorano, Amoreirinha (Cluj) e Dário.
Boavista:
Cissé (Reading), William (retirado), Khadim, Bessa (Trofense), H. Rosário (Málaga), Lucas (E. Vermelha), F. Dinis (Trofense), Kaziu, Tiago (U. Leiria), Kaz (F.C. Porto), Paulo Sousa (Trofense), Zé Manel (Sp. Braga) e Ricardo Sousa.
Marítimo:
Zé Gomes, Diogo Valente (Leixões), Ferreira (P. Ferreira), Alex, Martin Prest, Moukouri, Ricardo e Mbesuma.
Naval:
Fernando, Wilson Jr., Tony, Valdir, Orestes, Pedro Santos, Delfim, Tiago Fraga, Lito (Académica), Fajardo (V. Guimarães), Léo Guerra e Osvaldo (Portimonense).
Académica:
Douglas, Eduardo, Sonkaya (Roda), Nuno Luís, Medeiros (Omonia), Danilo, Lira, Lino (F.C. Porto), Alexandre, Brum (Sp. Braga), Dame, Gelson, Sílvio, Pitbull, Joeano e Alvarez.
V. Setúbal:
Nandinho, Labarthe, MBamba, Flávio, La Paglia, André Barreto, Russiano, Inzaghi,Veríssimo (Fátima), Mamadou (Portimonense), Ademar (Vihren), Madior, Rui Dolores, Amuneke (CSKA Sófia) e Ayew.
Leixões:
Fonseca, Alexandre, Leão, Xavier, Pedro Moita, F. Gonçalves (V. Setúbal), Cleuber (Vizela), Cícero e Cristóvão.
V. Guimarães:
Octacílio, V. Moreno (E. Amadora), Brasília (Daejon), P. Adriano, H. Cabral, Henrique, Bacari, Franco, Tchomogo, Anderson e Rissut.
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