Seis jogos seguidos a marcar, com pausa para descanso no jogo com o AEK, para o qual não foi convocado. Depois de F.C. Porto e Nacional, Saviola tirou o Benfica de apuros pela terceira vez consecutiva, vincando a sua importância na equipa.
Se a qualidade técnica do argentino tinha ficado bem expressa desde os primeiros jogos, a sua influência esteve, até certa altura, encoberta pela exuberância dos números de Cardozo. Claro que houve sempre muito mérito de Saviola na eficácia do seu parceiro de ataque, mas para quem se habitua a avaliar o impacto através dos números, quatro golos nas primeiras 11 jornadas transformavam a sua primeira temporada na Luz numa sinfonia incompleta.
Agora invertem-se os papéis: Cardozo até joga bem, mas anda divorciado dos golos. E é o baixinho a resolver, conciliando talento e eficácia com uma facilidade que não se lhe via há largos anos. A manter este rendimento até à Primavera, nem o sonho do Mundial parece excessivo para a antiga coqueluche do futebol argentino. E quem gosta de futebol, independentemente das simpatias clubistas, não pode deixar de aplaudir o renascimento de um grande jogador nos relvados portugueses.
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