O verdadeiro craque estava nas bancadas
Razão tem Jorge Jesus, que não se cansa de elogiar os adeptos. Ontem, os mais de 50 mil que estiveram na Luz funcionaram como um craque que empurrou a equipa para o triunfo sobre o Guimarães, mesmo quando algumas pedras foram surgindo no caminho. A massa humana que embala este Benfica é algo que dá aos encarnados uma confiança extrema, atemoriza os adversários e condiciona algumas decisões das equipas de arbitragem. A equipa de Jorge Jesus - com todo o mérito - sabe aproveitar a embalagem do Inferno da Luz e não treme em situações de grande pressão, o que acontecia depois da vitória do líder Braga sobre o Sporting. Basta ver o que aconteceu na época passada perante o mesmo adversário para se perceber as diferenças: um ambiente parecido acabou por ser mais um adversário da equipa orientada por Quique Flores, que saiu derrotada por 1-0 e disse definitivamente adeus ao título.
Com o 3-1 de ontem, o Benfica respondeu da melhor forma aos triunfos de Sporting de Braga e FC Porto, mantendo-se na pole position pela conquista do título nacional, uma luta agora reduzida a estes três emblemas. A 13 jornadas do final, a equipa da Luz continua a parecer a mais forte candidata a vencer esta maratona, tanto mais que os dois adversários directos se irão defrontar dentro de três jornadas. Mas a linha que separa o sucesso do fracasso no futebol é demasiado ténue para que alguém possa cantar vitória antes de tempo.
O Guimarães, diga-se a verdade, foi das equipas mais competentes que defrontaram o Benfica esta época - os resultados dos três jogos anteriores entre os dois clubes (uma vitória para cada lado e um empate) provam-no. Paulo Sérgio não trouxe o 3x5x2 previsto por Jorge Jesus e manteve-se fiel ao seu habitual 4x3x3, com Targino e Desmarets bem abertos nas alas. Nos primeiros minutos, o esquema até resultou, reduzindo os ataques do Benfica aos sempre perigosos lances de bola parada.
O golo de Aimar, obtido praticamente no primeiro lance de perigo criado pelos encarnados e com muita felicidade (a bola ressaltou em Moreno e isolou o argentino), levou os minhotos a mostrarem todo o seu carácter. Não tiveram medo e justificaram o empate, apontado por Nuno Assis, cujas boas exibições frente ao Benfica começam a tornar-se um clássico. A equipa da casa manteve-se naturalmente por cima do jogo e só não chegou ao intervalo em vantagem devido ao desacerto de Cardozo, que continua a jogar bem para a equipa mas parece ter entrado em conflito com as balizas contrárias.
Aimar, que andava arredado das boas exibições, voltou a espalhar classe no maltratado relvado da Luz, aliando um toque de bola único a uma agressividade que raramente lhe é vista. Mas o grande motor do triunfo dos encarnados foi Carlos Martins, surpreendentemente titular devido a uma pequena lesão de Ramires, que apontou dois belos golos que decidiram tudo nos primeiros minutos da segunda parte. Depois, e em mais uma demonstração de instabilidade, o médio fez-se expulsar, deixando a equipa a jogar com 10 nos últimos 20 minutos. O Vitória tentou, cruzou, rematou, mas foi o Benfica que perdeu mais algumas chances para trazer as goleadas de volta ao Estádio da Luz. Não foi preciso: a formação orientada por Jorge Jesus chega ao fim de Janeiro com mais dois golos apontados do que a equipa de Quique Flores em toda a temporada passada. É obra.
1 comentário:
Este Sérgio Krithinas parece-me é um bom cretino. Diz ele que:
"A massa humana que embala este Benfica é algo que dá aos encarnados uma confiança extrema, atemoriza os adversários e condiciona algumas decisões das equipas de arbitragem."
De que decisões está este "jornalista" do jornal "O Nojo" a falar?
Aos 5' amarelo perdoado a Leandro: entrada duríssima sobre Saviola (aos 18' o primeiro amarelo seria o segundo...);
Aos 28' penalty perdoado ao Guimarães: mão na bola de Moreno e mais um amarelo perdoado (aos 40' seria o segundo...);
Aos 66' novo amarelo perdoado a Custódio e livre perigoso por assinalar à entrada da área do Guimarães;
Aos 72' expulsa Carlos Martins (bem) mas 5 min depois um jogador do Guimarães impede a bola de sair com a mão, Elmano Santos marca livre mas o correspondente amarelo ficou no bolso;
Aos 76' transforma um vermelho directo a Valdomiro (cotovelada em Cardozo) num amarelo.
A mim cheira-me a azia...
Saudações benfiquistas!
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