terça-feira, dezembro 12, 2006

Este já foi... que se sigam os outros...

Foi com um misto de tristeza e de profunda satisfação que li, hoje, uma notícia, que já conhecia.
Tristeza porque o nome da Briosa se vê envolvido em matéria criminal, mas profunda satisfação porque a justiça funcionou.
Aqui fica a notícia:
"O presidente da Académica, José Eduardo Simões, foi formalmente acusado dos crimes de corrupção e tráfico de influências, de acordo com a agência Lusa, que cita fonte próxima do processo, instaurado pelo Departamento de Investigação e Acção Penal de Coimbra.
O Diário de Coimbra escreve que o dirigente é acusado de dez crimes de corrupção, alguns deles de corrupção passiva para acto ilícito e outros para acto lícito.
Em causa estão alegadas ligações entre o futebol e interesses imobiliários que levaram ao embargo da urbanização «Jardins do Mondego», obra licenciada quando José Eduardo Simões era director do Departamento de Urbanismo da Câmara Municipal de Coimbra (CMC).
A investigação começou em Abril de 2005 e em Fevereiro deste ano foram realizadas buscas em casa do presidente da Académica, bem como na sede do clube e no gabinete onde exerceu funções na autarquia."

4 comentários:

Mestrecavungi disse...

Foi com grande alegria que ouvi essa notícia de manhã na TSF.
Em matéria de justiça não tenho pena de ninguém, nem de nenhum clube.Esses estarão sempre acima dos homens que os dirigem.Eu cá sou pelo, MP Sport Clube.

Prendam-nos a todos.Sem piedade.

Vermelho disse...

amigo costa:
a justiça funcionou, não significa que o JES seja culpado.
beneficia como todos os cidadãos da presunção de inocência até trânsito em julgado de uma sentença condenatória.
o sistema judicial não funciona ou deixa de funcionar por existirem condenações, mas sim se e quando os operadores judiciários cumprem as funções que constitucionalmente lhe são confiadas.
quanto à madame carol, dizer-lhe que o máximo a que poderá aspirar será a um atenuação especial da pena em caso de condenação.
abraço.

Vermelho disse...

amigo costa:
desculpe a linguagem técnica, mas nestas matérias não sei falar de outra forma.

amigo jc:
também eu quero que a Briosa ganhe, mas não a todo o custo.
de há uns anos a esta parte que se desenharam duas facções no interior da Académica:
os bola na rede e os conservadores.
não me revejo, na íntegra, em qualquer uma destas vias.
prefiro a sua síntese:
procura de resultados desportivos sem descaracterizar a instituição, preservando os seus valores essenciais e que a tornaram singular no panorama desportivo nacional.
não quero os jogadores estudantes do coroa que de estudantes apenas tinham o nome, mas também não quero os magotes de brasileiros e afins do jes.
é possível conciliar estas duas formas de ver e sentir a briosa.
jogadores estudantes, sim, mas só se o forem verdadeiramente e tiverem valor futebolístico para actuar na 1ª Liga.
brasileiros e afins, sim, mas só se forem melhores do que os valores saídos das camadas jovens.
em relação a este caso, o que mais me entristece é o facto de um indíviduo que se mostra indiciado pela prática de crimes da gravidade dos que lhe são imputados possa continuar a ser presidente da académica.
reafirmo, que é presumido inocente, mas em homenagem aos princípios e valores que fizeram a história da briosa, deveria, pelo menos, suspender o exercício das suas funções.
é premente que a briosa mantenha a sua singularidade, a qual não pode passar, apenas, pelo pontapé no rabo quando se estreia um jogador.
neste caso, a preservação da identidade da briosa exige, no mínimo, a suspensão do exercício de funções por parte do jes.
abraço.

Vermelho disse...

amigo jc:
não foi a leonor pinhão que lhe escreveu o livro.
quanto à credibilidade, será sempre afectada pelo facto das suas declarações terem acontecido após o terminus da sua relação com P.C., mas espero que não por ter sido alternadeira.
isso não diminui em nada a credibilidade do seu depoimento.
o engraçado desta questão é que quem lhe dava credibilidade, agora grita bem alto que se trata de uma puta, de uma vaca, que pretende vingar-se.
por outro lado, quem a apelidava de puta, vaca, alternadeira, dá-lhe agora uma credibilidade que antes sempre lhe negou.
falo, claro está, no primeiro caso, do P.C., do Reinaldo Teles, do Joaquim Pinheiro, da generalidade dos adeptos portistas e, no segundo caso, do Barbas e sus muchachos e da generalidade dos adeptos do benfica.
para mim, o depoimento da madame carol encontrará maior ou menor credibilidade assim seja confirmado ou infirmado na conjugação com os demais meios de prova existentes no processo.
abraço.