A menos de uma semana da decisão da Supertaça, o Benfica surge como claro favorito à conquista do primeiro título da época.
Os encarnados têm uma equipa mais arrumada, fruto de menores mudanças ocorridas no defeso, e o mesmo treinador, enquanto que o FC Porto, não dispondo de um plantel inferior, debate-se com diversos problemas para se organizar a tempo de disputar a partida de Aveiro.
André Villas-Boas começou a trabalhar há pouco mais de um mês e é natural que as respetivas conceções de jogo demorem a serem assimiladas.
Por outro lado, os casos de Bruno Alves e Raul Meireles estão a tornar-se verdadeiros empecilhos na programação da época dos azuis-e-brancos.
Ontem, diante do Bordéus, o novo técnico do FC Porto deu a clara sensação de não saber se deveria ou não colocá-los em campo. Devido a esta complexa questão, não é só a Supertaça que está em causa, é a própria temporada que começa aos solavancos. Apesar das hesitações do mercado, os dragões não podem esperar muito mais para definirem se os dois internacionais portugueses, e figuras de proa da equipa, fazem ou não parte das contas.
O teórico favoritismo dos encarnados para a partida de sábado é também resultante das exibições realizadas na pré-época.
É óbvio que os jogos em causa constituíram pouco mais do que meros treinos e, de um modo geral, o FC Porto confrontou-se com equipas melhor apetrechadas ou em fase mais adiantada de preparação.
Contudo, enquanto os encarnados patentearam os princípios de jogo da temporada passada, os azuis-e-brancos pareceram ainda à procura de um modelo e, pior do que isso, de uma equipa titular, muito por culpa da tal indefinição ditada pelo mercado de transferências.
Aliás, frente ao Aston Villa, Jorge Jesus deu-se mesmo ao luxo de testar um esquema que utilizará com pouca frequência, a não ser que, face à saída de Ramires, o treinador do Benfica opte por um sistema tático mais ousado. Colocar, em simultâneo, Carlos Martins, Pablo Aimar, Jara, Saviola e Cardozo só vai acontecer, por certo, em encontros a disputar no Estádio da Luz, frente a adversários que adotem uma atitude demasiado defensiva.
De qualquer forma, este modelo foi colocado em prática com o Aston Villa com resultados extremamente positivos.
Apesar de os ingleses estarem ainda muito longe da melhor forma, ganhar-lhes por 4-1 não está ao alcance de qualquer equipa.
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