quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Antevisão da Jornada

Benfica - Boavista

Esta Sexta-feira, o Benfica recebe pela 50ª vez o Boavista em jogos a contar para o campeonato nacional.
Nos anteriores 49 encontros, verificaram-se 35 vitórias dos encarnados, 10 empates e 4 vitórias dos axadrezados.
Depois de na segunda metade da década de 90 ter somado seis visitas sem
perder, quatro empates e duas vitórias, o Boavista vem perdendo a tradição
de fazer bons resultados na Luz, onde foi derrotado nas três últimas
deslocações.
Foi já na longínqua época de 1998/99 a derradeira vitória do Boavista no Estádio da Luz. Ayew bisou e foi o principal obreiro – o terceiro golo pertenceu a Luís Manuel –do triunfo mais expressivo averbado pelos axadrezados na Luz.
Embora estejam separados por 17 pontos na classificação, a partida de sexta-feira não deixará de ser, por certo, muito equilibrada. O jogo de encaixes e de marcações apertadas será terrível.
O Benfica quererá manter a senda triunfal na Luz – sete jogos, outras tantas vitórias –, não só para conservar o segundo lugar, mas também para tentar aproveitar eventuais deslizes dos rivais na luta pelo título.
Quanto ao Boavista, tentará provocar uma surpresa para recuperar do decepcionante início de Campeonato: ocupa o 11.º lugar com apenas 18 pontos.
Os encarnados estão com a motivação em alta após o último triunfo no Restelo, que os catapultou para o segundo lugar da tabela, a cinco pontos do FC Porto.
Para a recepção ao Boavista, Fernando Santos não deverá proceder a alterações na equipa inicial.
O onze deverá ser o mesmo que derrotou o Belenenses no Estádio do Restelo, naquele que foi o sexto triunfo consecutivo – o quarto para o Campeonato –, voltando Simão a ter ampla liberdade de movimentos na frente do ataque, onde fará companhia a Nuno Gomes, enquanto Rui Costa se encarregará de pautar o ritmo de jogo.
Neste contexto, Derlei surge como opção para saltar do banco de suplentes, de
acordo, naturalmente, com as circunstâncias do encontro.
Por falar em Derlei, dizer que o Benfica esteve, apenas, reactivo no mercado.
Com milhões (a SAD encaixou cerca de 10 milhões de euros nesta fase) "tapou buracos", percebendo-se ser imperioso garantir o equilíbrio financeiro em detrimento da aquisição de mais valias inquestionáveis.
Chegaram Derlei e David Luiz.
Viu-se com o Leiria, que o regresso de Rui Costa deverá fazer Fernando Santos regressar ao 4-3-3 e é nessa perspectiva que se enquadra a contratação de Derlei.
No futebol actual, não mais é possível jogar em 4-3-3 com extremos clássicos que apenas procuram "ganhar a linha" através de movimentos verticais ao longo da lateral, sob pena de retirar dinâmica e imprevisibilidade ao processo ofensivo.
Derlei, ao contrário por exemplo de Manú, é muito forte em movimentos diagonais e, actuando a partir da direita, poderá ser um complemento a Nuno Gomes e Simão, formando um tridente com características muito semelhantes ao do FC Porto (Quaresma, Lisandro e Postiga). Por outro lado, há que não esquecer os benefícios que retirará Nelson das movimentações interiores de Derlei.
David Luiz tem apenas 19 anos.
São muito raros os casos de defesas-centrais que se afirmam de forma
categórica aos 19/20 anos (veja-se os casos de Ricardo Carvalho, Jorge Andrade, Fernando Couto, Jorge Costa, Ricardo Rocha).
Mas servem estes casos para enfatizar ser excessivo colocar sobre um miúdo
de 19 anos, a responsabilidade de garantir a solidez, num lugar que, ao contrário de outros, não pede irreverência ou criatividade, mas sim concentração, experiência e robustez física.
Assim, a responsabilidade está do lado de Anderson.
O ano passado conseguiu realizar exibições convincentes. Esta é a sua oportunidade para as repetir.
O mês de Fevereiro pode ser determinante para o Benfica.
Com efeito, irá ter um mês muito preenchido, com a possibilidade de disputar sete encontros – caso passe o Varzim, na Taça de Portugal – em apenas 28 dias.
Ou seja, os encarnados vão jogar em média de quatro em quatro dias.
O Benfica inicia este ciclo infernal já esta sexta-feira, frente ao Boavista para o Campeonato. No percurso das águias, segue-se a deslocação à Póvoa de Varzim, dos oitavos-de-final da Taça de Portugal (dia 10).
Quatro dias depois desta partida, os comandados de Fernando Santos recebem o Dínamo
de Bucareste, na primeira mão dos 16 avos-de-final da Taça UEFA, mas já com
um olho na partida (dia 18) contra o Nacional para a Liga.
O tira-teimas com o Dínamo, agora na Roménia, será no dia 25 e, no regresso
a Portugal, Fernando Santos e seus pares terão de pensar imediatamente no
embate frente ao Paços de Ferreira.
Por seu turno, o Boavista vem de um empate moralizador no Bessa frente ao
Sporting, mas a sua época tem sido pouco mais do que uma desilusão.
No mercado, contratou Kaziumierczak, defesa esquerdo, e Livramento, ala direito ou esquerdo.
Todavia, a sua melhor “aquisição” foi mesmo a manutenção de Linz no plantel.
Contra o Sporting, um jovem produto da cantera boavisteira emergiu – Nuno Pinto. Veremos se conseguirá dar sequência às boas indicações que deixou.
Na Luz, Pacheco apresentará uma equipa à sua imagem – concentrada, lutadora, robusta e agressiva.
A matriz principal do seu jogo assentará, por certo, numa forte consistência defensiva, procurando cercear espaços de criação ao Benfica, exercendo uma pressão intensa e forte sobre o meio-campo encarnado.
Na maior ou menor eficácia na redução de espaços entre as linhas intermediária e avançada do Benfica residirá a chave do sucesso do esquema montado por Pacheco.
Não será, por certo, uma equipa de puro contra-ataque (falta Zé Manel), mas sim de transições rápidas, nas quais Linz se assumirá como pivot do processo ofensivo, procurando servir as penetrações verticais e diagonais de Grzelak e Hugo Monteiro.
Mais do que tudo, será um jogo de paciência para o Benfica.
Jogo de prognóstico favorável ao Benfica, mas em que não será despropositado pensar num eventual empate.

Equipas Prováveis:

Benfica – Quim, Nelson, Luisão, Anderson e Léo, Petit, Katsouranis, Karagounis e Rui Costa, Nuno Gomes e Simão;
Boavista – William, Hélder Rosário, Cissé, Ricardo Silva e Nuno Pinto, Kazmierczak, Lucas e Essame, Grzelak, Hugo Monteiro e Linz.

Árbitro: Pedro Henriques
Auxiliares: Paulo Ramos, Gabínio Evaristo

Porto - E.Amadora

No Sábado, o Porto recebe pela 14 vez o Estrela da Amadora em jogos a contar para o campeonato nacional.
Nas anteriores 13 ocasiões, o Porto venceu 11 partidas e empatou 2as.
Será um bom jogo para ver a resposta dos jogadores portistas ao desaire da última jornada e à ausência de Ricardo Quaresma e Pepe.
Veremos o grau de dependência do Porto em relação a estes dois jogadores, mormente Quaresma.
Em Leiria, as indicações deixadas na 2ª parte não foram animadoras para os adeptos azuis e brancos.
O processo ofensivo ressentiu-se e muito da ausência de Quaresma.
Consequência da inferioridade numérica mais do que tudo? Talvez.
As dúvidas serão dissipadas no Sábado.
Jesualdo Ferreira vai ser obrigado a fazer, pelo menos, duas alterações no
onze, sendo Ricardo Costa e Vieirinha os mais fortes candidatos a ocupar as vagas deixadas em aberto na equipa.
No entanto, as mudanças no onze inicial podem não ficar por aqui, até porque Ibson também deve ser novamente chamado à titularidade no lugar habitualmente ocupado por Raul Meireles, para além de Bosingwa, que regressa após ter cumprido um jogo de castigo.
Quanto ao mercado, dizer que apenas no Porto se viu investimento, mas numa perspectiva de médio prazo.
Mareque veio suprir uma lacuna no plantel, ao passo que Renteria juntou-se aos 4 outros pontas de lança existentes.
Contudo, Mareque pareceu-me mais interior esquerdo do que lateral esquerdo.
Deu nota de boa técnica e visão de jogo, mas perdeu-se um pouco nas transições, abrindo espaços nas suas costas.
Num esquema de três defesas, estou certo que aportaria profundidade ao flanco, mas num modelo de defesa a quatro abre brechas defensivas evidentes.
Foi só um jogo, pelo que pode vir a desmentir esta ideia inicial.
Renteria, o Chico Colômbia, não conheço, abstendo-me, assim, de fazer qualquer comentário à sua valia.
Depois de um início de campeonato medíocre e marcado por sete derrotas em
nove jogos, o Estrela da Amadora tem vindo a recompor-se e já não perde
desde a nona jornada, tendo pontuado sempre nas últimas três
deslocações.
A sua principal “estrela” neste período tem sido Jaime, o qual, contudo, estará ausente do Dragão por lesão (sofreu uma rotura muscular no jogo com a Naval).
Ainda assim, apenas uma noite de fraca inspiração portista poderá fazer perigar a sua vitória.

Equipas Prováveis:
Porto – Hélton, Bosingwa, Ricardo Costa, Bruno Alves e Mareque, Assunção, Lucho e Ibson, Vieirinha, Postiga e Lisandro.
Estrela – Paulo Lopes, Rui Duarte, Amoreirinha, Fonte e Edu Silva, Tiago Gomes, Marco Paulo, Luís Loureiro, Cleiton, Rui Borges e Jones.

Árbitro: Jorge Sousa
Auxiliares: Eduardo David, José Luís Melo

Sporting - Nacional

Também no Sábado, o Sporting recebe pela 8ª vez o Nacional em Alvalade.
Nas anteriores 7 partidas, o Sporting venceu 6 e o Nacional apenas 1a.
O Sporting não se encontra num bom momento.
Desperdiçou quatro pontos nas duas últimas rondas e caiu para
o terceiro lugar.
Enfrentam este Sábado um adversário sempre difícil e incómodo, num jogo que tem ganho um colorido diferente nos últimos anos devido aos confrontos verbais em que se envolveram os Presidentes dos dois clubes
O momento menos bom dos leões tem encontrado razão de ser primordial nas dificuldades ofensivas que a equipa tem sentido.
No Bessa, o processo ofensivo viu-se confinado a duas soluções – Nani e Liedson.
Liedson rematou, por duas vezes, à baliza de William, registando
um golo e uma excelente oportunidade, enquanto Nani fê-lo por oito vezes, a maioria das quais (seis) de fora da área.
Então, durante a primeira parte, foi confrangedor observar a total inoperância ofensiva do Sporting, período em que Nani se assumiu como o único a visar as redes de William.
Mas, os problemas ofensivos do Sporting começam mais atrás.
Custódio cumpre a preceito o segmento defensivo das suas funções, mas emperra a dinâmica ofensiva.
Face às dificuldades em sair a jogar evidenciadas por Custódio, o primeiro momento de construção do processo ofensivo cinge-se a Polga, através de lançamentos longos para os pontas de lança, os quais executam movimentos basculantes para as alas.
Assim, não será de estranhar que Miguel Veloso regresse à titularidade no jogo de sábado à noite, ocupando o vértice mais recuado do losango.
Miguel Veloso vem a subir gradualmente de forma e, após um período em que as aparições no onze se tornaram esporádicas, tem saído do banco nas últimas partidas.
A sua titularidade acrescentará mais dinâmica e maior verticalidade à manobra ofensiva, ainda que a equipa perca algum jogo posicional, mormente de compensações.
Contudo, uma outra possível ausência poderá acarretar o acentuar das dificuldades ofensivas dos leões, qual seja Rodrigo Tello.
Hoje por hoje, Tello é o único jogador do Sporting que consegue executar movimentos verticais pelas alas e cruzar.
Sendo previsível que Pateiro e José Vítor agrilhoem os laterais do Sporting ao seu meio reduto, a ausência de Tello retirará profundidade nas alas ao processo ofensivo.
Sem movimentos de ruptura pelas alas, obrigando ao desposicionamento dos jogadores que actuam na zona central do terreno, fruto da necessária basculação lateral, o processo ofensivo tende a esterilizar.
Na ausência de Alecsandro castigado, Djaló deverá ser promovido à titularidade.
Quanto ao mercado, Pereirinha foi o possível perante as exigências de cumprimento do Project-finance.
Por sua vez, o Nacional, que vinha de uma série de quatro jogos sem vencer,
bateu o Marítimo no derby madeirense.
Carlos Brito apresentar-se-á em Alvalade com um 4x3x3 tão do seu agrado, fazendo da consistência defensiva e do contra-ataque o modelo primacial do seu jogo.
Jogo de prognóstico favorável aos leões, muito embora não seja descabido pensar num eventual empate.

Equipas Prováveis:

Sporting – Ricardo, Abel, Polga, Tonel e Caneira, Veloso, Moutinho, Nani e Martins, Liedson e Djaló.
Nacional – Diego, Patacas, Ávalos, Ricardo Fernandes e Alonzo, Chainho, Bruno, Bruno Amaro, Pateiro, Rodrigo e José Vítor.

Árbitro: Duarte Gomes
Auxiliares: José Lima, Pedro Garcia

7 comentários:

Vermelho disse...

amigo sempre:
o Robert vive num mundo só seu...
abraço.

Valdo disse...

Estive a ler os comentários que foram feitos na minha ausência.
Não evitei soltar belas casquinadas.
Pensam que sou um heterónimo do Prof. Venceslau.
Nada de mais errado.
Partem do pressuposto que só alguém de Coimbra conhece o Jardim da Manga.
Santa ignorância!
É um monumento nacional que muito aprecio.
Já lá almoçei e tive oportunidade de me deslumbrar com a beleza do local.
O Piaçaba está enganado.
O Piaçaba não é um Gil Grisom ou um Horatio. Quanto muito será um Patilhas ou um Ventoínhas.
Têm o Prof. em muito má conta.
Então o Ilustre Prof. ía cair numa armadilha tão básica!
Sou novo aqui em termos de escrita, mas suficientemente antigo em termos de consulta para vos conhecer bem.

Valdo disse...

Senhor sempre em afirmação seja contra quem fôr será para ganhar ou não fosse o Senhor o central maravilha dessa fantática equipa.
SANTACRUZENSE - SEMPRE.

Valdo disse...

À atenção do menstruado Administrador e seus acólitos servidores da Justiça:
Então, não é que o Juiz do Apito Dourado foi júnior do FCP!
Impedido, mais impedido não podia estar, mas continua a servir.

Valdo disse...

O Senhor sempre em negação e o Paiçaba anda aí, mas não dizem nada.

Valdo disse...

Senhor sempre em afirmação nem faz você ideia daquilo que eu sei...

Turma disse...

Ponderação, meninos ponderção. Não tarda muito e estão a levar umas valentes chibatadas...